[TÓPICO DEDICADO] Escassez global de chips de computador 'atinge o ponto de crise'

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Os preços ao consumidor aumentam, enquanto a escassez de semicondutores diminui a produção da Samsung para a Ford

um técnico segurando uma pinça enquanto monta uma placa de circuito.


A Ford cancelou recentemente turnos em duas fábricas de automóveis e disse que os lucros podem ser atingidos em US $ 1 bilhão a US $ 2,5 bilhões devido à escassez de chips. Fotografia: Krystian Nawrocki / Getty Images


Os consumidores estão enfrentando aumentos de preços e escassez de produtos de TVs e telefones celulares a carros e consoles de jogos, à medida que cresce a escassez global de semicondutores.
A escassez de chips, o “cérebro” dentro de todos os dispositivos eletrônicos do mundo, vem piorando continuamente desde o ano passado.

Inicialmente, o problema era apenas um atraso temporário nos suprimentos, já que as fábricas fechavam quando a pandemia do coronavírus apareceu pela primeira vez.

No entanto, embora a produção tenha voltado ao normal, um novo aumento na demanda impulsionada pela mudança de hábitos alimentada pela pandemia significa que agora ela está chegando ao ponto de crise.

Os fabricantes de automóveis que investem em veículos elétricos com alta tecnologia, o boom nas vendas de TVs e computadores domésticos e o lançamento de novos consoles de jogos e telefones celulares habilitados para 5G impulsionaram a demanda.

Até mesmo a poderosa Apple, uma empresa de US $ 2 trilhões e a maior compradora mundial de semicondutores, gastando US $ 58 bilhões anualmente, foi forçada a atrasar o lançamento do muito elogiado iPhone 12 em dois meses no ano passado devido à escassez.

“Chips são tudo”, diz Neil Campling, analista de mídia e tecnologia da Mirabaud. “Há uma tempestade perfeita de fatores de oferta e demanda acontecendo aqui. Mas, basicamente, há um novo nível de demanda que não pode ser atendido, todo mundo está em crise e está piorando”.

A Ford cancelou recentemente turnos em duas fábricas de automóveis e disse que os lucros podem ser atingidos em até US $ 2,5 bilhões este ano devido à escassez de chips, enquanto a Nissan está paralisando a produção em fábricas no México e nos EUA. A General Motors disse que pode enfrentar uma diminuição de US $ 2 bilhões no lucro.

No mês passado, a Sony, que junto com outros fabricantes de consoles lutou com a falta de estoque no ano passado, disse que poderia não atingir as metas de vendas do novo PS5 neste ano por causa do problema com o fornecimento de semicondutores. O Xbox da Microsoft disse que prevê que os problemas de abastecimento continuem pelo menos até o segundo semestre do ano.

No entanto, o exemplo mais revelador da crise dos semicondutores veio da Samsung, o segundo maior comprador mundial de chips para seus produtos, depois da Apple. No início desta semana, a empresa disse que pode ter que adiar o lançamento de seu smartphone topo de linha devido à escassez, apesar de também ser o segundo maior produtor mundial de chips.

“É incrível que a Samsung venda US $ 56 bilhões de semicondutores para terceiros e consuma US $ 36 bilhões deles, podendo ter que atrasar o lançamento de um de seus próprios produtos”, diz Campling.

O co-presidente-executivo da Samsung, Koh Dong-jin, que também dirige sua unidade de negócios móveis, destacou uma questão significativa dizendo que há um “sério desequilíbrio” na hierarquia de quem está recebendo os suprimentos limitados de chips.

Os fabricantes de automóveis, que cortaram os pedidos de chips enquanto as vendas de veículos caíram no ano passado, se viram no final da fila quando tentaram fazer novos pedidos, quando o mercado se recuperou. Toda a indústria automotiva global compra cerca de US $ 37 bilhões em chips, com os maiores participantes, como Toyota e Volkswagen, gastando mais de US $ 4 bilhões cada, o que os torna relativamente pequenos para fornecedores de semicondutores.

“Os mais afetados foram os automóveis porque foram os últimos a chegar à festa; se a Apple está gastando US $ 56 bilhões por ano e crescendo, para quem você vai manter os suprimentos indo primeiro? ” diz Campling.

A escassez de chips parece que vai persistir por algum tempo. Pode levar até dois anos para colocar fábricas de produção de semicondutores em funcionamento e os fabricantes estão no processo de aumentar significativamente os preços pela segunda vez em menos de um ano.

“Não há sinal de que a oferta está aumentando ou diminuindo a demanda, enquanto os preços estão subindo em toda a cadeia”, disse Campling. “Isso vai passar para as pessoas na rua. Espere que os carros custem mais e os telefones custem mais. O iPhone deste ano não será mais barato do que no ano passado. ”

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Fábrica de chips pega fogo e pode afetar produção global de carros
Renesas Electronics estima que a produção pode ser atrasada em, pelo menos, um mês; incêndio agrava a situação das montadoras


Um incêndio atingiu a Renesas Electronics, uma das maiores fabricantes de chips automotivos do mundo, na última sexta-feira (19). O acidente teve origem em um setor de equipamentos da fábrica em Tóquio, causando um atraso de, pelo menos, um mês na produção. O incêndio prejudica ainda mais o cenário de algumas montadoras que já haviam reduzido sua produção devido à escassez de semicondutores relacionada à pandemia.

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De acordo com a fabricante, um problema elétrico em um equipamento específico teria causado o superaquecimento que foi o foco do incêndio. Dois terços dos chips produzidos na fábrica eram automotivos, provocando um “impacto significativo” no fornecimento global, segundo o presidente-executivo da Renesas, Hidetoshi Shibata. A estimativa é que a receita da empresa seja afetada em cerca de US$ 160 milhões por mês.

A fábrica tinha acabado de trazer de volta ao Japão parte da produção que era terceirizada para a TSMC, em uma tentativa de agilizar a crescente demanda dos clientes locais. Agora, esta produção também será atrasada. Segundo Shibata, a empresa está tentando compensar a interrupção na produção com um aumento de atividade em outras fábricas, mas não sabe se isso seria o suficiente.

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As ações da Renesas caíram 4,9% após o incêndio, e as três principais montadoras do Japão – Toyota, Nissan e Honda – também foram impactadas, com queda de 3% nesta segunda-feira (22).

Outros problemas já atingiam Renesas antes do incêndio
Antes de ter parte de sua fábrica em Hitachinaka consumida pelo fogo, a Renesas já enfrentava problemas para fornecer chips. As mesmas instalações haviam sofrido com um terremoto em fevereiro, o que resultou em uma pausa nas operações por alguns dias, provocando uma redução em seus estoques.

O cenário traz lembranças nada agradáveis à Renesas. Há 10 anos, em março de 2011, a fábrica foi uma das mais atingidas por um terremoto no leste do Japão, e precisou paralisar sua produção por três meses.

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Problemas na produção de chips da Realtek também podem afetar o mercado de PCs

Fabricantes de notebooks estão pressionando a empresa para atender a demanda

A DigiTimes publicou uma matéria na última segunda-feira (12) afirmando que a Realtek também entrou na lista de fabricantes que passam por problemas na sua linha de produção de chips, não conseguindo atender a alta demanda atual. Os chips de áudio e LAN da fabricante estão presentes em diversos dispositivos como notebooks, automóveis e mais.

Assim como já foi noticiado com diversas outras fabricantes de silício, a principal causa desse problema é a alta demanda pelos componentes que equipam dispositivos eletrônicos hoje, acompanhado de alguns desafios na logística de produção causados pela pandemia do novo coronavírus.

A DigiTimes afirmou que a Realtek já estendeu o seu prazo de entrega dos componentes em 32 semanas, já que as fábricas estão operando com toda a sua capacidade e também enfrentam problemas de reposição da matéria prima para a produção dos chips.

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A Realtek está com dificuldades de atender sua demanda por chips de rede com e sem fio, como Ethernet e Bluetoth e, apesar de existirem outras fabricantes desses componentes, os chips da Realtek de audio e LAN ocupam 70% do mercado global atualmente. Esse cenário torna muito difícil a simples substituição dessa marca por outra equivalente.

Isso significa que esse é mais um dos fatores que pode contribuir com o aumento de preços de computadores pessoais, e várias fabricantes estão sofrendo do mesmo problema da Realtek no mundo inteiro. De acordo com a DigiTimes, só o problema de produção da Realtek já foi o suficiente para atrasar a fabricação de notebooks e automóveis, além de outros setores da indústria.

Além disso, algumas fabricantes de notebooks como a Dell e a HP teriam pressionado a Realtek para aumentar a sua capacidade de fabricação de chips para atender a demanda. No entanto, como já comentamos, todo mercado está passando por problemas de reposição da matéria prima para a fabricação desses componentes.

Por enquanto, a indústria ainda vai ter que lidar com atrasos nas linhas de produção e, graças a crescente demanda, os consumidores provavelmente vão continuar lidando com a crescente inflação dos preços de PCs.

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Intel, Nvidia e TSMC alertam: escassez de chips não acabará tão cedo
Escassez global de chips virou problema crônico: Intel, Nvidia e TSMC sugerem normalização em 2022 ou, ainda, 2023


Uma pergunta incômoda tem pairado sobre o setor de tecnologia: quando a atual escassez de chips chegará ao fim? As respostas dos principais nomes do segmento não são animadoras. A TSMC, que fabrica processadores para a Apple e outras companhias, sinalizou que a solução não aparecerá antes de 2022. Intel e Nvidia deram previsões parecidas.

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O problema é consequência, em grande parte, da pandemia de COVID-19. Com muita gente passando mais tempo em casa, a procura por notebooks, smartphones, tablets e TVs, por exemplo, aumento consideravelmente em 2020.

Quase que ao mesmo tempo, a indústria automotiva, que tinha paralisado linhas de montagem em várias partes do mundo nos primeiros meses da pandemia, teve uma retomada de produção com demanda muito acima do esperado.

A combinação desses e de outros problemas fez o setor de semicondutores enfrentar uma crise que afeta praticamente todos os ramos da indústria: falta chip para celulares, PCs, carros, máquinas de lavar e assim por diante.

Recentemente, a TSMC anunciou um investimento de US$ 100 bilhões para a construção de mais fábricas. Mas esse é um plano de longo prazo: o montante vai ser investido durante três anos.

Para um futuro próximo, a companhia avisou que a escassez global de chips perdurará, podendo chegar a 2022 ou 2023. O problema é tão grave que afeta até a Apple: a companhia tem certa prioridade na encomenda de chips, pois possui recursos financeiros para encomendar grandes volumes e negociar preços. Mesmo assim, o problema já dificulta a produção de iPads e MacBooks.

Não vai ser surpresa se a próxima geração de iPhones também for prejudicada.

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Sobre a Nvidia, a companhia tem sido questionada sobretudo pela falta de placas de vídeo da atual série GeForce RTX 3000. Com algum esforço, é possível encontrar modelos dessa linha no varejo, mas a procura é tão alta que os preços dispararam.

De novo, não há sinal de melhora da situação no curto prazo. A Nvidia alertou que a demanda continuará maior do que a oferta durante todo o ano de 2021. Há boas chances de que o problema continue existindo no começo de 2022.

Em entrevista recente, Pat Gelsinger, CEO da Intel, declarou que o problema pode durar “alguns anos”, dando a entender que a normalização pode acontecer apenas em 2023.

Mas, para a Intel, esse cenário tende a ter um efeito positivo. A companhia planeja investir US$ 20 bilhões na construção de duas fábricas nos Estados Unidos para fabricação de chips sob encomenda. A alta demanda pode levar a empresa a obter clientes dentro desse modelo de negócio com relativa facilidade.

Enquanto isso, é bom manter a atenção: como o exemplo da Nvidia deixa claro, enquanto a demanda não corresponder à oferta, os preços de equipamentos deverão seguir aumentando.

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Em entrevista para o 60 minutes, CEO da Intel analisa a escassez de chips e a dependência global da Ásia
O CEO da Intel expõe o quão frágil uma cadeia de suprimentos pode ser.

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O que você precisa saber

  • O CEO da Intel, Pat Gelsinger, foi recentemente ao programa 60 Minutes da CBS.
  • Durante a entrevista do programa, ele afirmou que os EUA viram uma queda drástica na produção de semicondutores.
  • É reiterado que a Intel é a última linha de defesa doméstica para as necessidades de semicondutores com base nos Estados Unidos.
Embora houvesse muitos comentários do CEO da Intel, Pat Gelsinger, no 60 Minutes, incluindo o anúncio de que a Intel gastará muito dinheiro em atualizações das fábricas de Rio Rancho, além de seu plano de US $ 20 bilhões para fazer novas fábricas no Arizona, o maior pode ser as palavras moderadas que Gelsinger compartilhou sobre o estado da dependência de semicondutores nos Estados Unidos.

Depois que os telespectadores foram informados de que costumava haver vinte e cinco fabricantes de chips em todo o mundo e agora existem apenas três, sendo a Intel a única com sede nos Estados Unidos, Gelsinger deu uma estatística que explica muito por que o país está com escassez rotina em que está.

"25 anos atrás, os Estados Unidos produziam 37% da fabricação mundial de semicondutores nos Estados Unidos", disse Gelsinger. "Hoje, esse número caiu para apenas 12%."

Para efeito de comparação, 75% da fabricação de semicondutores ocorre atualmente na Ásia.

Gelsinger prosseguiu dizendo que depender de qualquer região, especialmente uma como a sempre imprevisível Ásia, é uma estratégia arriscada. Ele acrescentou que o objetivo da Intel é trazer um pouco dessa dependência de volta para casa, para que a produção doméstica de chips seja mais bem equipada para atender às necessidades dos cidadãos americanos, além de benefícios como a criação de empregos nos EUA. Ao trazer a produção para casa, os EUA estarão no controle de seu futuro tecnológico.

Quando a TSMC ultrapassou a Intel no setor de manufatura, Gelsinger teve uma visão otimista: "Acreditamos que isso nos levará alguns anos e nos recuperaremos."
O tempo dirá se a Intel pode cumprir essa meta, alcançar a TSMC e ajudar a proteger os EUA de uma futura escassez de chips tão terrível quanto a atual.

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A escassez global de chips está começando a ter grandes consequências no mundo real

PONTOS CHAVE
  • Com o avanço da tecnologia, os chips semicondutores se espalharam de computadores e carros para escovas de dente e secadoras - eles agora se escondem sob o capô de um número surpreendente de produtos.
  • Mas a demanda por chips continua superando a oferta, e as montadoras não são mais as únicas empresas a sentir o aperto.
  • Muitas empresas - principalmente aquelas na China que foram atingidas por sanções - estão aumentando seus estoques de chips em demanda para tentar sobreviver à tempestade, mas isso está tornando os chips ainda mais difíceis de conseguir para outras empresas.
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O chip Epyc de 2ª geração, fabricado pela Advanced Micro Devices Inc. (AMD), está preparado para uma fotografia durante um evento de lançamento em San Francisco, Califórnia, EUA, na quarta-feira, 7 de agosto de 2019.

A gravidade da escassez global de chips aumentou um pouco nas últimas semanas e agora parece que milhões de pessoas serão afetadas.
Com o avanço da tecnologia, os chips semicondutores se espalharam de computadores e carros para escovas de dente e secadoras - eles agora se escondem sob o capô de um número surpreendente de produtos.

Mas a demanda por chips continua superando a oferta, e as montadoras não são mais as únicas empresas a sentir o aperto.

A gigante sul-coreana da tecnologia Samsung disse na semana passada que a escassez de chips está atingindo a produção de aparelhos de televisão e aparelhos, enquanto a LG admitiu que a escassez é um risco.

“Devido à escassez global de semicondutores, também estamos experimentando alguns efeitos, especialmente em torno de certos conjuntos de produtos e produção de telas”, disse Ben Suh, chefe de relações com investidores da Samsung, em uma ligação com analistas.

“Estamos discutindo com varejistas e grandes canais sobre planos de abastecimento para que possamos alocar os componentes aos produtos que têm mais urgência ou maior prioridade em termos de abastecimento.”

O co-presidente-executivo e chefe móvel da Samsung, Koh Dong-jin, disse em uma reunião de acionistas em março que há um sério desequilíbrio na oferta e demanda de chips no setor de TI. Na época, a empresa disse que poderia pular o lançamento do próximo smartphone Galaxy Note.

A LG disse que está “monitorando de perto a situação, já que nenhum fabricante pode ficar livre do problema se ele se prolongar”, de acordo com o The Financial Times. A LG não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da CNBC.

Aparelhos de uso diário em risco

A produção de processadores de margem baixa, como os usados para pesar roupas em uma máquina de lavar ou torrar pão em uma torradeira inteligente, também foi atingida. Embora a maioria dos varejistas ainda consiga colocar as mãos nesses produtos no momento, eles podem enfrentar problemas nos próximos meses.

Até mesmo as empresas de lavagem de cães estão sofrendo, de acordo com o The Washington Post. A CCSI, que fabrica cabines de lavagem eletrônica de cães no vilarejo de Garden Prairie, em Illinois, foi informada recentemente por seu fornecedor de placas de circuito que os chips usuais não estavam disponíveis, de acordo com o relatório.

A empresa, que não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da CNBC, teria recebido um chip diferente, mas isso exigia que a empresa ajustasse suas placas de circuito, aumentando os custos no processo.

“Este problema específico afeta todos os aspectos da manufatura, desde pequenas pessoas até grandes conglomerados”, disse o presidente Russell Caldwell.

“Literalmente, temos campos de milho ao nosso redor ... não há muitos aqui.”

Muitas empresas - principalmente aquelas na China que foram atingidas por sanções - estão aumentando seus estoques de chips em demanda para tentar sobreviver à tempestade, mas isso está tornando os chips ainda mais difíceis de conseguir para outras empresas.

Indústria automobilística segue pior atingida

O setor automotivo, que conta com chips para tudo, desde o gerenciamento de motores por computador até sistemas de assistência ao motorista, ainda é o mais atingido. Empresas como Ford, Volkswagen e Jaguar Land Rover fecharam fábricas, demitiram trabalhadores e reduziram a produção de veículos.

Stellantis, a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, disse na quarta-feira que a falta de chips piorou no último trimestre. Richard Palmer, o diretor financeiro da empresa criada por meio da fusão da Fiat Chrysler com a PSA, fabricante da Peugeot, alertou que a ruptura pode durar até 2022.

Algumas montadoras estão deixando de fora os recursos de ponta por causa da escassez de chips, de acordo com um relatório da Bloomberg na quinta-feira.

A Nissan está deixando de fora os sistemas de navegação dos carros que normalmente os teriam, enquanto a Ram Trucks parou de equipar suas 1500 pickups com um espelho retrovisor “inteligente” padrão que monitora os pontos cegos.

“A Ram parou de incluir a opção em todos os modelos Tradesman, Bighorn, Rebel e Laramie no momento devido ao fornecimento limitado de componentes eletrônicos usados nesta opção”, disse um porta-voz da Ram à CNBC, acrescentando que a empresa planeja retomar a oferta da opção ainda este ano.

Em outros lugares, a Renault não está mais colocando uma tela digital de grandes dimensões atrás do volante de certos modelos. A Nissan e a Renault não responderam imediatamente a um pedido de comentários da CNBC.

As locadoras de veículos também estão sentindo os efeitos, já que não podem comprar os veículos novos que desejam, de acordo com um relatório da Bloomberg na terça-feira. A Hertz e a Enterprise, que tradicionalmente lucram com a compra de veículos novos a granel e alugando-os, teriam recorrido à compra de carros usados em leilão.

“A escassez global de microchip afetou a capacidade de toda a indústria de aluguel de automóveis de receber novos pedidos de veículos tão rapidamente quanto gostaríamos”, disse um porta-voz da Hertz à CNBC.

A Hertz disse que está “complementando” sua frota “comprando veículos usados de baixa quilometragem” de leilões e concessionárias.

Um porta-voz da Enterprise disse que a escassez global de chips “impactou a disponibilidade de novos veículos e as entregas em toda a indústria em um momento em que a demanda já é alta”.

Problema complexo envolvendo muitos componentes móveis

A maior fabricante de chips do mundo, a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), disse no domingo que acha que será capaz de atender à demanda automotiva até junho.

Mas Patrick Armstrong, CIO da Plurimi Investment Managers, disse à CNBC “Street Signs Europe” na terça-feira, que o cronograma é altamente ambicioso.

“Se você ouvir Ford, BMW, Volkswagen, todos eles destacaram que há gargalos de capacidade e eles não podem obter os chips de que precisam para fabricar os novos carros”, disse ele, acrescentando que acha que vai durar 18 meses.

O presidente-executivo da fabricante alemã de chips Infineon disse na terça-feira que a indústria de semicondutores está em território desconhecido.

“A situação atual, onde todas as verticais estão crescendo, eu nunca vi antes”, disse Reinhard Ploss ao canal “Street Signs Europe” da CNBC.

Ploss disse que está “muito claro que levará algum tempo” até que a oferta e a demanda sejam reequilibradas. “Acho que dois anos é muito tempo, mas com certeza veremos chegando a 2022”, disse ele. “Acho que capacidade adicional virá ... Espero uma situação mais equilibrada no próximo ano civil.”

Soberania de tecnologia

As nações agora estão sendo forçadas a pensar em como podem aumentar o número de chips que produzem. A grande maioria dos chips do mundo é feita na China, enquanto os Estados Unidos são o segundo maior produtor.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, disse que deseja aumentar a capacidade de fabricação de chips na Europa como parte de um esforço para se tornar mais autossuficiente do que considera uma tecnologia crítica.

A Europa atualmente é responsável por menos de 10% da produção global de chips, embora seja 6% maior que há cinco anos. Ela quer aumentar esse número para 20% e está estudando investir de 20 a 30 bilhões de euros (US $ 24 a 36 bilhões) para que isso aconteça.

A gigante americana de tecnologia Intel ofereceu ajuda, mas supostamente quer 8 bilhões de euros em subsídios públicos para construir uma fábrica de semicondutores na Europa.

Pat Gelsinger, CEO da Intel, se reuniu com dois comissários da UE em Bruxelas, incluindo Thierry Breton, na sexta-feira passada, após se reunir com ministros alemães no dia anterior.

“O que estamos pedindo dos governos dos Estados Unidos e da Europa é que seja competitivo para nós fazê-lo aqui em comparação com a Ásia”, disse Gelsinger em entrevista ao Politico Europe, onde foi citado dizendo que estava procurando cerca de 8 bilhões de euros em subsídios.

 
acho que dá pra aplicar a Teoria do Emílio Surita:
— Coma o Pão seco, não invente de passar nem uma margarina, pq dali vai querer adicionar um queijo, um presunto...

hoje eu vivo bem conservando/consumindo (as vezes até deixando de comprar que o desconto é maior, hehe) coisa de geração passada, total avesso aqueles iDiots que ficam em fila por Lançamento de qualquer coisa

mas, sabemos que não é só por aí, o consumo tb vem da vaidade que estimula todos de qualquer classe a tentarem elevar seu status, e, atender todo mundo tem seu preço
 
acho que dá pra aplicar a Teoria do Emílio Surita:
— Coma o Pão seco, não invente de passar nem uma margarina, pq dali vai querer adicionar um queijo, um presunto...

hoje eu vivo bem conservando/consumindo (as vezes até deixando de comprar que o desconto é maior, hehe) coisa de geração passada, total avesso aqueles iDiots que ficam em fila por Lançamento de qualquer coisa

mas, sabemos que não é só por aí, o consumo tb vem da vaidade que estimula todos de qualquer classe a tentarem elevar seu status, e, atender todo mundo tem seu preço
Boa dica Julius! Se você não comprar o desconto é maior!

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mas;;;
qual seria a ´´causa inicial ´´ desse problema?

covid-19 na minha opinião, fudeu toda uma cadeia de produção, dai somou-se alta demanda pro hardware ai lascou tudo, claro que a outros fatores mais a grosso modo meio que foi isso mesmo...
 
Minha mobo véia queimou 2 slots de memoria, fiquei com 8gb (2x4)
Pensei invisto em 2x8 na altura do campeonato ou invisto numa plataforma atual

Fui ver os preços e desisti fácil :olar:
Comprei 2x8gb ddr3 e rezar pra mobo não queimar os 2 ultimos
Arriscar 1k numa placa usada na gringa e receber uma placa zuada ou nem receber
É foda
 
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covid-19 na minha opinião, fudeu toda uma cadeia de produção, dai somou-se alta demanda pro hardware ai lascou tudo, claro que a outros fatores mais a grosso modo meio que foi isso mesmo...
Pois é. Soma-se aí os mineradores que agora vão começar a acumular SSDs também e vira essa bomba.
 
Covid19 e mais alta demanda por causa dos mineradores (mesma coisa das placas 3d), uma hora a brincadeira acaba...

Ainda bem que montei meu pc em 2019 e espero que dure 10 anos no mínimo...
 
Relaxem, daqui a pouco a China aparece como salvadora do mundo com umas 20 fábricas de semicondutores capazes de atender 3x a demanda atual + a demanda reprimida.
 
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A escassez de chips está elevando os preços da tecnologia - começando pelas TVs
Algumas televisões de última geração já custam 30% a mais do que no verão passado.


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Televisores, laptops e tablets tiveram alta demanda durante a pandemia COVID-19, pois as pessoas trabalharam e aprenderam via Zoom, socializaram pelo Skype e se divertiram no Netflix para aliviar a tristeza da pandemia. Mas todo esse tempo extra de tela também ajudou a desencadear uma crise no fornecimento de semicondutores que está causando uma alta nos preços de alguns gadgets - a começar pelas TVs.

Nos últimos meses, o preço de modelos maiores de TV disparou cerca de 30% em relação ao verão passado, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado NPD. O salto é resultado direto da atual crise de chips e ressalta que uma solução é mais complicada do que simplesmente aumentar a produção. Também pode ser apenas uma questão de tempo antes que outros dispositivos que usam o mesmo circuito - laptops, tablets e óculos de realidade virtual - sofram choques semelhantes.

Alguns fabricantes já sinalizaram possíveis aumentos de preços. A Asus, uma fabricante taiwanesa de computadores, disse durante uma chamada de lucros trimestrais em março que uma escassez de componentes significaria “aumentos de preços ainda maiores”, o que provavelmente afetaria os consumidores.

“Os preços estão definitivamente - infelizmente - subindo”, para esses componentes, diz Michael Hurlston, CEO da Synaptics, uma empresa que vende circuitos integrados para controlar telas sensíveis ao toque para fabricantes de eletrônicos de consumo. “Em certos casos, repassamos esses preços aos nossos clientes e ouvimos que eles estão repassando esses aumentos aos clientes.”

Embora o aperto na oferta tenha sido sentido em toda a indústria de semicondutores, esses circuitos integrados vinculados a monitores apresentam desafios específicos. Como não são especialmente avançados, os circuitos são normalmente feitos em fábricas de chips que estão várias gerações atrás da tecnologia de ponta. Com os fabricantes de chips focados na construção de fábricas de fabricação mais avançadas que produzem componentes mais valiosos, houve pouco incentivo para investir em capacidade em instalações mais antigas. Simplesmente não é possível produzir mais, mesmo quando a demanda aumenta.

Todos os tipos de dispositivos já foram afetados pela falta de chips. A Sony disse a analistas esta semana que o PlayStation 5 permaneceria em falta até 2022 devido à crise. As empresas que atuam como corretoras de componentes eletrônicos dizem que certos componentes viram os preços saltarem ordens de magnitude; reguladores de tensão usados em inúmeros produtos que normalmente custam 50 centavos estão sendo vendidos por até US $ 70. Mas no nível do consumidor, os produtos que requerem circuitos integrados de tela estão sentindo o impacto primeiro, e mais fortemente, por causa dessas limitações de fábrica.

“Ouvi dizer recentemente que os estoques se esgotaram”, diz Peggy Carrieres, vice-presidente da AVNet , fornecedora de componentes eletrônicos. “Portanto, esses novos preços atingirão as lojas de varejo e o consumo do consumidor.”

Embora seja um tipo de circuito integrado, o impacto é amplo. “Qualquer coisa que tenha uma tela embutida será afetada por esses aumentos de preços”, diz Paul Gagnon , diretor sênior de pesquisa para dispositivos de consumo da empresa de analistas Omdia . Isso inclui fabricantes de PCs, diz ele, que conseguiram evitar aumentos vendendo dispositivos pelo mesmo preço, mas com, por exemplo, menos memória.

A varejista de eletrônicos Monoprice foi afetada pela seca de componentes, disse Paul Collas, vice-presidente de produtos da empresa. Ele afirma que a Monoprice não aumentará os preços, mas pode ter que cancelar as vendas e outras promoções. “Em alguns casos, também estamos vendo a necessidade de investir mais em pagamentos adiantados aos parceiros para garantir que as peças de longo prazo sejam protegidas para atender aos nossos requisitos de fornecimento.”

Uma confluência de fatores contribuiu para a seca sem precedentes de chips. A pandemia gerou um boom na demanda por eletrônicos domésticos e serviços em nuvem, e a desaceleração econômica também fez com que certas indústrias julgassem mal como a demanda cairia.

Os impactos também foram sentidos além da tecnologia de consumo tradicional. As montadoras, em particular, foram deixadas de lado depois de esperar menos vendas. Depois de cancelar preventivamente os pedidos de componentes de semicondutores, muitos fabricantes de automóveis tiveram que interromper a produção enquanto aguardavam a chegada dos reforços de suprimento. Interrupções mais amplas na cadeia de suprimentos também afetaram, incluindo um incêndio em março que fechou uma fábrica no Japão que fabrica uma variedade de componentes semicondutores - incluindo circuitos integrados de display.

Tensões geopolíticas entre os EUA e a China também contribuíram. Nos últimos anos, o governo dos Estados Unidos impôs sanções às principais empresas chinesas de tecnologia de consumo, incluindo Huawei e ZTE, bloqueando seu acesso aos chips mais avançados e levando-os a estocar o máximo possível.

Muitos especialistas esperam que a crise de semicondutores dure mais de um ano e pode contribuir para um redesenho do cenário global de fabricação de chips. A escassez destacou a importância da fabricação de chips para muitas indústrias, e os chips mais avançados serão vitais para o progresso em áreas-chave, como inteligência artificial, 5G e tecnologia militar.

A principal fabricante de chips dos Estados Unidos, a Intel, ficou atrás de concorrentes como a TSMC em Taiwan e a Samsung na Coréia do Sul nos últimos anos, mas a empresa planeja investir pesado em um esforço para recuperar uma posição de liderança. O governo dos Estados Unidos também propôs um estímulo de US $ 50 bilhões para a indústria de chips dos Estados Unidos em um esforço para reforçar as capacidades americanas de fabricação de chips.

Mas isso não ajudará em nada na situação atual, de acordo com Hurlston da Synaptics, uma fabricante de circuitos. “É apenas economia simples”, diz ele. “Há uma quantidade finita de oferta, estamos todos lutando por ela.”

 
NVIDIA, AMD e Intel podem sofrer consequências de supercompensação por escassez de chips
Quando a demanda por chips for normalizada, o aumento desenfreado na produção pode acarretar em problemas para empresas

A escassez de chips global já se tornou um assunto recorrente em todas as áreas do setor de tecnologia. Enquanto Lisa Su, CEO da AMD, afirma que a escassez de chips é apenas um megaciclo que a indústria dos semicondutores está passando, o CEO da Intel, Pat Gelsinger afirma que a situação só deve normalizar em 2022.

A falta de chips é uma situação real, que causa efeitos negativos como aumento de preços. Entretanto, uma pesquisa publicada pela firma Jon Peddie Research, e comentada pelo site PC Gamer, traz a tona os perigos de super compensação que empresas como NVIDIA, AMD e Intel podem enfrentar.

Segundo a pesquisa, o risco é que fornecedores de semicondutores podem ser induzidos a acreditar que repentinamente 100 milhões de novos usuários surgiram, e que a demanda permanecerá alta por um longo período de tempo. "O risco é que as fabricantes exagerem e acreditem que 100 milhões de novos usuários apareceram e que a demanda permanecerá alta. Isso não é realístico, de onde esses usuários estariam vindo?" afirma a pesquisa da Jon Peddie Research.

Se investimentos desenfreados na produção de chips continuarem, existe o risco de quando a escassez de chips for resolvida, a produção se tornar muito superior a demanda. Dessa forma, a indústria enfrentaria um novo problema: o que fazer com o excesso de produção das novas fábricas?

A firma Jon Peddie Research afirma que ceder à pressão exagerada para suprir a demanda de chips pode acabar se tornando uma armadilha. Katie Wickens, do site PC Gamer, comenta que o resultado para empresas como AMD, Intel e NVIDIA, pode ser similar ao que a NVIDIA enfrentou em 2018 quando as baixas vendas de GPU não corresponderam com a alta produção. Por enquanto, o problema da escassez de chips ainda irá demorar para ser resolvido, mas é importante que empresas como AMD, NVIDIA e Intel planejem suas estratégias com cuidado, projetando como estará funcionando o mercado quando a situação normalizar.

 

Senado dos EUA aprova investimento de US$ 52 bi para conter a crise dos chips


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Além de estimular o desenvolvimento tecnológico dos EUA e conter a crise dos chips, projeto ainda pretende frear o avanço da China

O Senado norte-americano aprovou na última terça-feira (08) um projeto de lei de US$250 bilhões para conter a crise dos chips e impulsionar o desenvolvimento tecnológico no país.

A Lei de Inovação e Competição dos EUA (USICA, da sigla em inglês) é considerada um dos maiores projetos de lei industrial bipartidários da história dos Estados Unidos, ou seja, conta com apoio de republicanos e democratas. A USICA ainda precisa passar por aprovação na Câmara dos Representantes para entrar em vigor. Mas, ao que tudo indica, a legislação deve passar com certa facilidade pela Câmara, afinal, a proposta foi aprovada no Senado dos EUA com 68 favoráveis e 32 contrários.

Projeto pretende conter a crise dos chips e frear o avanço tecnológico da China​


A proposta do governo é conter a crise de chips e, ao mesmo tempo, frear o avanço tecnológico da China e outras nações. De acordo com o escopo do projeto, cerca de US$ 190 bilhões serão destinados à ciência e pesquisa tecnológica. Isto inclui a criação de uma nova divisão na National Science Foundation, ou Fundação Nacional da Ciência em tradução livre, visando fomentar áreas emergentes da tecnologia como a Inteligência Artificial (IA).

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Chuck Schumer, líder democrata no Senado, apresentou a proposta bipartidária para conter a crise de chips e estimular o desenvolvimento tecnológico dos EUA

De acordo com o senador Charles E. Schumer, um dos principais autores da USICA, o que a China estava fazendo para se destacar como uma potencial tecnológica e econômica era “investir pesadamente em pesquisa e ciência”. Para Schumer, se os EUA não começarem a investir nessas duas frentes a China poderá se tornar a maior economia mundial.

Além disso, pelo menos US$ 52 bilhões serão destinados à produção de semicondutores e chips. O Senado ainda pretende destinar US$ 10 bilhões ao Departamento de Comércio para a criação de novos pólos tecnológicos dentro do país. A ideia é permitir que outras cidades consigam “criar indústrias, gerar novos empregos em tecnologia e ter as mesmas oportunidades que o Vale do Silício”.

Mas como a proposta do projeto de lei não é apenas conter a crise dos chips, os legisladores também possuem planos para limitar a influência política e econômica da China. Entre as propostas estão:

  • Impor sanções ao governo de Pequim e as atuais práticas de Direitos Humanos;
  • Solicitar novos estudos sobre a origem do coronavírus;
  • Boicote diplomático aos jogos Olímpicos de Inverno de 2022;
  • Autorizar US$ 300 milhões para frear a influência política do Partido Comunista da China.
Apesar de a legislação ter sido aprovada pela maioria dos senadores, alguns liberais alertaram sobre o efeito “mentalidade da Guerra Fria”. Para eles o projeto possui algumas pontas que podem resultar em uma nova tensão geopolítica, mas desta vez entre EUA e China. Eles ainda afirmam que as propostas “podem alimentar racismo, violência, xenofobia e nacionalismo branco”.

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Um dos objetivos da lei é frear o avanço tecnológico da China, mantendo os EUA como maior economia do mundo

Alguns democratas da Câmara também se mostraram preocupados com as considerações feitas pelos liberais, portanto, são esperadas mudanças no projeto até a aprovação final. Já os democratas do Senado, estão empenhados em mostrar que a intenção não é criar medidas “anti-China”.

O senador Charles Schumer enfatizou que de fato o país asiático, assim como qualquer outro, que liderar a ciência, será uma ameaça real aos EUA. Porém “devemos lidar com isso, não ficando com raiva deles, mas fazendo a coisa certa para nós mesmos”. O governo de Joe Biden, atual presidente dos EUA, informou que apoia o projeto e vai trabalhar para melhorá-lo e garantir o cumprimento das metas propostas.


Fábrica de chips luta contra a Covid e a crise climática

Fabricantes em todo o mundo já tiveram problemas para garantir suprimentos de semicondutores, atrasando a produção e entrega de mercadorias​


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O desastre ambiental já tem sido um desafio para os fabricantes de chips da ilha, incluindo a líder do setor, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSM).Foto: Long Wei/VCG via Getty Images

As autoridades taiwanesas estão preocupadas com a possibilidade de um surto grave de Covid-19 comprometer seu papel crucial na cadeia global de suprimentos de semicondutores. Mas há outra ameaça à indústria que os especialistas temem que possa ter consequências ainda mais drásticas: a crise climática.

Responsável por mais da metade da produção mundial de chips, Taiwan sofre há meses com sua pior seca em mais de 50 anos, um evento que especialistas dizem que pode se tornar mais frequente devido aos efeitos das mudanças climáticas.

“Há claramente uma pressão na indústria de semicondutores”, escreveu Mark Williams, economista-chefe da consultoria Capital Economics para a Ásia, em uma nota na quinta-feira (10) que aborda tanto a escassez de água e os casos de coronavírus como os cortes de energia contínuos.

Fabricantes em todo o mundo já tiveram problemas para garantir suprimentos de semicondutores, atrasando a produção e entrega de mercadorias. Se Taiwan for duramente atingida, a situação pode piorar muito, dada a importância da ilha em contribuir para o fornecimento global de chips.

O desastre ambiental já tem sido um desafio para os fabricantes de chips da ilha, incluindo a líder do setor, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSM). A empresa disse que usa 156 mil toneladas de água por dia para produzir seus chips, o equivalente a cerca de 60 piscinas olímpicas.

A água é usada para limpar dezenas de camadas de metal que formam um semicondutor.

“Em um chip, existem muitos bilhões de transistores e precisamos de muitas camadas de metal para interconectar todos os sinais”, disse Jefferey Chiu, engenheiro elétrico da Universidade Nacional de Taiwan.

“Temos que limpar a superfície repetidas vezes após a conclusão de cada processo”, continuou.

As autoridades taiwanesas limitaram o fornecimento de água encanada em toda a ilha em resposta à seca.

A TSMC já tentou lidar com a escassez transportando água por caminhão e aumentando as medidas de reciclagem. A empresa disse ao CNN Business que a produção até agora não foi afetada.

“Temos procedimentos de resposta detalhados para lidar com a escassez de água em diferentes estágios”, afirmou a empresa. “Por meio de nossas medidas de conservação de água existentes, somos capazes de gerenciar as atuais necessidades de redução do uso de água do governo, sem impacto em nossas operações”.

Tecnologia indispensável

Peça indispensável, os chips semicondutores estão presentes em tudo, de smartphones e carros até máquinas de lavar.

Os chips superavançados são difíceis de fabricar devido ao alto custo de desenvolvimento e ao conhecimento necessário para fabricá-los, o que significa que grande parte da produção está concentrada apenas em um punhado de fornecedores.

A TSMC é a maior fabricante de chips do mundo, e suas caras instalações de manufatura abastecem muitas empresas, incluindo a Apple (AAPL), Qualcomm (QCOM) e Nvidia (NVDA), que podem projetar seus próprios chips, mas não tem os recursos para fazê-los.

A tecnologia de ponta da empresa taiwanesa também a tornou um player fundamental, já que os Estados Unidos e a China vivem uma rivalidade acirrada no desenvolvimento de tecnologias avançadas do futuro, como inteligência artificial, 5G e computação em nuvem.

"A TSMC é a chave para muitas empresas diferentes”, opinou Alan Priestley, analista vice-presidente da consultoria Gartner. “A maioria dos eletrônicos de alto desempenho que você usa hoje, como telefones celulares e tablets, têm chips feitos pela TSMC”.

Oferta limitada

A indústria global de semicondutores está sob muita pressão agora. Os chips estão em falta ultimamente em grande parte por causa da demanda volátil causada pela pandemia, as sanções dos EUA sobre empresas de tecnologia chinesas e as condições meteorológicas extremas. Um número crescente de empresas de tecnologia relatou problemas para proteger semicondutores, o que, segundo analistas, pode atrasar a produção ou aumentar os preços pagos pelos consumidores.

Os fatores tornam qualquer ameaça à produção de Taiwan ainda mais importante de conter.

Além da seca, as autoridades também expressaram preocupação sobre o surto de coronavírus na ilha autônoma, que começou no mês passado e desde então se tornou o pior desde o início da pandemia.

James Lee, diretor geral do Taipei Cultural and Economic Office em Nova York, disse à agência de notícias Bloomberg no mês passado que o setor poderia enfrentar “problemas logísticos” e apelou aos Estados Unidos para que enviassem vacinas para Taiwan.

“É por isso que é urgente”, disse Lee. “Esperamos que a comunidade internacional possa ajudar a liberar vacinas o mais rápido possível para ajudar a controlar o surto”.

O escritório de Lee recusou um pedido de entrevista do CNN Business, citando sua agenda lotada.

No mês passado, a TSMC contou que dois de seus funcionários foram diagnosticados com Covid-19, embora tenha dito que as operações continuaram normalmente. E Chiu, o engenheiro da Universidade Nacional de Taiwan, disse que muitas empresas provavelmente serão capazes de mitigar os riscos, uma vez que o processo de fabricação do chip é altamente automatizado e os fabricantes têm funcionários separados por grupos para limitar a propagação do vírus.

Ainda assim, pelo menos cinco fabricantes de semicondutores a sudoeste da capital Taipei foram forçados a suspender algumas operações porque os trabalhadores migrantes adoeceram.

A King Yuan Electronics, fornecedora líder de serviços de teste e embalagem de semicondutores, teve que suspender os negócios por dois dias no último fim de semana depois que mais de 200 funcionários testaram positivo, de acordo com a Agência Central de Notícias, a fonte oficial de notícias da ilha. Todos os trabalhadores migrantes, ou cerca de 30% dos sete mil funcionários da empresa, foram colocados em quarentena por duas semanas depois que um foco de vírus foi relatado em seus dormitórios.

Embora a King Yuan tenha dito que colocou mais gente nas linhas de produção, ela alertou que as fábricas só conseguem operar com capacidade limitada.

Os dados de abril sobre os pedidos globais de semicondutores sugerem que “as restrições de capacidade persistirão”, escreveu Williams, da Capital Economics, no mês passado, observando que havia muito mais pedidos do que exportações de Taiwan.

“Isso não vai continuar indefinidamente: os pedidos de semicondutores no mês passado foram 74% maiores do que os da pré-pandemia, o que não é sustentável”, afirmou Williams, acrescentando que a carteira de pedidos “vai demorar um pouco para se esvaziar”.

Longo prazo

Os especialistas dizem que o problema da falta de água, por sua vez, pode piorar no futuro. A mudança climática provavelmente trará menos chuvas para Taiwan nas próximas décadas, o que pode resultar em secas mais frequentes, de acordo com Hsu Huang-hsiung, pesquisador de clima da Academia Sinica.

“Nossas projeções mostram que a seca vai se agravar no futuro. Portanto, este ano foi uma boa oportunidade para testar a sustentabilidade de nossa indústria de semicondutores”, disse Hsu.

De acordo com o engenheiro Chiu, a seca poderia limitar o desenvolvimento de chips avançados de Taiwan. À medida que a tecnologia por trás dos semicondutores se torna mais sofisticada, os fabricantes de chips precisarão de mais água durante os processos químicos necessários para fabricá-los.

A escassez de água também não é a única questão ambiental em jogo. Os apagões contínuos causados pela crescente demanda por eletricidade em Taiwan também sufocaram a produção. A TSMC disse que quedas de energia afetaram até mesmo algumas de suas instalações.

“Precisamos reduzir nossa emissão de dióxido de carbono. Mas, por outro lado, precisamos gerar mais eletricidade”, pontuou Hsu, acrescentando que as empresas de semicondutores de Taiwan precisarão investir em mais energias renováveis para garantir um futuro sustentável.

A TSMC disse que já está trabalhando para reforçar seu fornecimento de energia por meio de parcerias com usinas solares e parques eólicos em toda a ilha. No ano passado, ela disse que pretende abastecer sua produção totalmente por meio de energias renováveis até 2050.


Falta de chips faz Volkswagen suspender produção em SP e no Paraná por 10 dias

Em nota, companhia afirmou que tenta minimizar os efeitos da escassez de semicondutores que atinge a produção de veículos no Brasil.


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A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira (11) que vai suspender por 10 dias a fabricação de veículos em duas unidades de São Paulo e outra no Paraná, devido à falta de chips. Os funcionários entrarão em férias coletivas.
Em nota, a companhia afirmou que tem tentado minimizar no Brasil os efeitos da escassez de semicondutores que atinge a produção de veículos no mundo.

"Entretanto, o cenário atual não demonstra o encaminhamento para uma solução definitiva visando a normalização do fornecimento de chips. Ao contrário, há sérios riscos de agravamento dessa situação nas próximas semanas", afirmou a empresa, no documento.

Devido à escassez de insumos, a montadora alemã anunciou que vai paralisar as operações de suas fábricas de São Bernardo do Campo e São Carlos (SP) e de São José dos Pinhais (PR) a partir de 21 de junho, por 10 dias.
"Novas paralisações não estão descartadas futuramente caso o cenário global de fornecimento de semicondutores permaneça crítico, impactando diretamente as atividades de produção da empresa no Brasil", acrescentou a empresa.
Em entrevista à Globo News na terça-feira (8), Pablo Di Si, presidente da Volkswagen no Brasil, afirmou que a solução para a falta de peças só deve vir em 2022, com o aumento na produção de semicondutores e o equilíbrio entre oferta e consumo.

“Até lá, vamos ter interrupções diárias ou por semana, ficaremos nesses altos e baixos”, disse.

Apesar das dificuldades, a Volkswagen mantém as projeções de crescimento para o ano. Di Si lembra que a escassez de semicondutores é uma realidade desde outubro do ano passado.
E que, ainda assim, a produção de veículos no Brasil, segundo a Anfavea, associação que reúne as montadoras, cresceu 55,6% de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

 
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CEO da Intel prevê que escassez de chips ainda vai piorar antes de melhorar​

Executivo volta a falar do assunto, falando de normalização somente em 2023

A escassez de componentes eletrônicos que tem assolado diferentes mercados da área e resultado em preços assustadoramente elevados não deve ser completamente normalizada até 2023. É isso que o CEO da Intel, Pat Gelsinger, prevê para a economia há algum tempo, e voltou a comentar em uma entrevista recente, dessa vez com a Bloomberg.

"Eu não espero que a indústria de componentes retorne a uma situação saudável entre suprimento e demanda até 2023. Para uma variedade de indústrias, eu acho que ainda vai piorar antes de melhorar."

As projeções de Gelsinger não são novidade para quem acompanha as notícias sobre o assunto, mas o segundo trecho da fala ainda pode vir como um baque. Para o executivo, a complicada situação em que estamos agravadas pelo impacto da pandemia atrapalhando na produção enquanto a demanda subiu muito, ainda pode piorar em alguns segmentos antes de vermos uma melhora.

Ainda falando com a Bloomberg, o chefe da Intel comentou que a companhia ainda se encontra numa posição melhor que muitas de suas colegas e concorrentes, porque ela é dona das próprias fábricas. Isso deixou a empresa mais preparada para tentar alcançar o crescimento rápido da demanda, mas eles ainda sentem a ausência de suprimento para outros componentes que precisam, conforme os estoques começam a falhar em alcançar as expectativas.

Enquanto muitos executivos e analistas de mercado têm uma visão semelhante sobre nossa situação atual, é nas projeções para o futuro que encontramos mais diferenças. Análises mais pessimistas informam que essa alta da demanda é passageira e, enquanto a indústria corre para ampliar sua capacidade de produção, depois vai ter que sentir o prejuízo da queda nas vendas.

Gelsinger está entre os mais otimistas. O CEO prevê que o uso desses componentes só vai crescer na próxima década, impulsionado pelo 5G e expansão do uso de tecnologias de Inteligência Artificial. Isso deve manter a demanda elevada ao longo dos próximos anos e trazer retorno para as empresas que conseguirem investir em crescimento na situação atual.

 
A culpa desses mineradoris terruristas que acenderam um cachimbo pra agradecer ao deus dólar, a fumaça era tão grandis que deu um curto e pegou fogo na fábrica japunessa
 
Tem que dá uma picareta para esses mineradores irem minerar de verdade. Criptomoeda é esquema de pirâmide, nada é produzido e quem ganha mais são os que investiram primeiro, o dinheiro que eles ganham vem dos trouxas que estão chegando depois e estão na base da pirâmide.
 
Tem que dá uma picareta para esses mineradores irem minerar de verdade. Criptomoeda é esquema de pirâmide, nada é produzido e quem ganha mais são os que investiram primeiro, o dinheiro que eles ganham vem dos trouxas que estão chegando depois e estão na base da pirâmide.

O objetivo é fazer você comprar enquanto a moeda está subindo, pra depois comprar de volta a sua moeda mas pela metade do preço. É win-win, mas apenas para quem entrou primeiro, o resto são os que se dão mal.
 

CEO da Intel prevê que escassez de chips ainda vai piorar antes de melhorar​

Executivo volta a falar do assunto, falando de normalização somente em 2023

A escassez de componentes eletrônicos que tem assolado diferentes mercados da área e resultado em preços assustadoramente elevados não deve ser completamente normalizada até 2023. É isso que o CEO da Intel, Pat Gelsinger, prevê para a economia há algum tempo, e voltou a comentar em uma entrevista recente, dessa vez com a Bloomberg.

"Eu não espero que a indústria de componentes retorne a uma situação saudável entre suprimento e demanda até 2023. Para uma variedade de indústrias, eu acho que ainda vai piorar antes de melhorar."

As projeções de Gelsinger não são novidade para quem acompanha as notícias sobre o assunto, mas o segundo trecho da fala ainda pode vir como um baque. Para o executivo, a complicada situação em que estamos agravadas pelo impacto da pandemia atrapalhando na produção enquanto a demanda subiu muito, ainda pode piorar em alguns segmentos antes de vermos uma melhora.

Ainda falando com a Bloomberg, o chefe da Intel comentou que a companhia ainda se encontra numa posição melhor que muitas de suas colegas e concorrentes, porque ela é dona das próprias fábricas. Isso deixou a empresa mais preparada para tentar alcançar o crescimento rápido da demanda, mas eles ainda sentem a ausência de suprimento para outros componentes que precisam, conforme os estoques começam a falhar em alcançar as expectativas.

Enquanto muitos executivos e analistas de mercado têm uma visão semelhante sobre nossa situação atual, é nas projeções para o futuro que encontramos mais diferenças. Análises mais pessimistas informam que essa alta da demanda é passageira e, enquanto a indústria corre para ampliar sua capacidade de produção, depois vai ter que sentir o prejuízo da queda nas vendas.

Gelsinger está entre os mais otimistas. O CEO prevê que o uso desses componentes só vai crescer na próxima década, impulsionado pelo 5G e expansão do uso de tecnologias de Inteligência Artificial. Isso deve manter a demanda elevada ao longo dos próximos anos e trazer retorno para as empresas que conseguirem investir em crescimento na situação atual.

nao é a primeira noticia q vejo falando de normalizar em 2023.
de 2022 eu ja desisti
 
Intel confirma escassez de substrato ABF chegando ao terceiro trimestre de 2021 para chips de consumo, espera que os preços da CPU subam

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Como informamos com exclusividade quase um bimestre atrás, a Intel está em uma situação de oferta que excede a demanda, onde estão ficando sem matéria-prima para produzir seus chips. Isso já foi confirmado pela empresa. Conforme relatamos, apenas os chips de consumidor serão afetados devido à escassez de ABF (uma liga metálica), já que a empresa está priorizando as remessas de servidores (Ice Lake especificamente) para proteger sua participação no mercado de x86.

A indústria de semicondutores está ficando sem substrato ABF e a Intel está racionando CPUs de consumo

Em termos de prioridade, fomos informados que a Intel está dedicando a maior parte dos recursos aos servidores, depois à mobilidade e, finalmente, às peças de consumo do desktop. É também por isso que Tiger Lake teve fornecimento intermitente e aumentos de preços e é algo que deve piorar com Alder Lake. O que estamos vendo com os preços da GPU (premium) vai lentamente ser o caso com CPUs também, considerando que o aperto global do chip não deve terminar até 2023.

"Espera-se que a escassez persistente de componentes e substratos em toda a indústria reduza as receitas de CCG sequencialmente", disse George Davies, diretor financeiro da Intel, durante a teleconferência da Intel para o segundo trimestre de 2021 com analistas e investidores (via BuscandoAlpha). "Esperamos que a escassez de fornecimento continue por vários trimestres, mas parece ser particularmente grave para os clientes no terceiro trimestre. No datacenter, esperamos que as empresas, o governo e a nuvem apresentem uma recuperação adicional no terceiro trimestre."

Fabricantes de wafer de 300 mm, como Shin-Etsu e Global Wafers, já estão operando a 100% da capacidade e há um suprimento finito de substrato escorrendo para fundições como a Intel. Com a empresa confirmando a escassez para seus parceiros, parece que os jogadores estão em um ano muito difícil à frente, com criptomoedas e escassez de substrato que impulsionaram os preços. Como a escassez vem da fonte, fundições como a Intel e/ou a TSMC pouco podem fazer para mitigar essa situação.

Isso é o que a Intel tinha a dizer quando postamos nosso exclusivo:

Como dissemos no comunicado à imprensa do Financial Outlook em 23 de março, a demanda por semicondutores e produtos Intel é muito forte. Temos expandido nossa capacidade para atender a essa demanda e, como resultado, esperamos aumentar nosso suprimento anual de CPU de cliente, dois dígitos ano a ano em relação a 2020. No entanto, a demanda global sem precedentes por componentes e substratos de semicondutores é um desafio para muitas indústrias, incluindo a nossa. Estamos trabalhando ativamente com nossos parceiros da cadeia de suprimentos para aumentar a disponibilidade de materiais e componentes de terceiros para melhorar ainda mais a produção de nossos processadores e também oferecer suporte ao ecossistema de PC mais amplo. Continuamos focados em apoiar nossos clientes e continuaremos trabalhando para aumentar o fornecimento para atender às necessidades de nossos clientes.
- Porta-voz da Intel para Wccftech

Claro, a perda de um homem é o ganho de outro. Embora os aumentos de preços devido à demanda excedendo a oferta sejam ruins para os jogadores, eles serão uma bênção para fundições e casas de design como a Intel em termos de receita e podem na verdade ajudá-los a mitigar parte dessa perda de margem. Em uma tentativa de mitigar os problemas do substrato ABF, a Intel investiu em vários fabricantes de ABF e, na verdade, instalou alguns equipamentos internamente para terminar a produção de substratos ABF em sua própria instalação de embalagem - um dos muitos prós de ter sua própria fabricação interna.

 
Mano escova de dente precisa de chip?
precisamos mesmos de 500 variações da mesma RTX 3070??
Porra tudo isso dava pra ser evitado se empresas parassem pra pensar.
 
Mano escova de dente precisa de chip?
precisamos mesmos de 500 variações da mesma RTX 3070??
Porra tudo isso dava pra ser evitado se empresas parassem pra pensar.
Elas querem mais variedade pra fazer o povo consumir, por isso existem dezenas de modelos de tv, projetores, celular, receivers (equipamentos diversos de Home Theaters) e placas de video por exemplo.... nem voui falar do resto, todo ano precisa lançar um "modelo novo" e todo ano tem os consumidores que vão lá e trocam de eletronicos e etc.... é um ciclo sem fim que é alimentado pela midia, pelas redes sociais (todo review de youtube por exemplo) e assim vai.

Cabe a cada um ter a retidão e disciplina de que, não eu não preciso trocar de carro todo ano, eu não preciso trocar de celular todo ano, eu não preciso trocar de placa de video todo ano e assim vai....

A galera que vive dessa forma vive numa "corrida de rato", tá ligado aquela rodinha que tem dentro da gaiola do rato pra ele fazer exercicio? É isso.
 

CEO da Nvidia espera que escassez de suprimentos continue em 2022

Jensen Huang previu no ano passado problemas para 2021

No ano passado, em setembro, o lançamento da série Nvidia GeForce RTX 30 foi um sucesso. Rapidamente as GPUs Nvidia disponíveis no mercado sumiram das lojas. A união da falta de matéria-prima com a alta demanda foi a responsável por isso. E Jensen Huang, CEO da empresa, anunciou que haveria problema de estoque com as placas de vídeo em 2021.

Dito e feito, parabéns Jensen Diná. E o chefão da Nvidia faz seu novo palpite: o problema de suprimento de GPUs continuará no próximo ano. A declaração foi dada durante a divulgação dos resultados do último trimestre da empresa (que bateu recorde de receita). Jensen Huang disse:

Nós temos e estamos garantindo contratos significativos a longo prazo para os suprimentos [...]. Eu acredito que nós veremos um ambiente com restrições [na entrega] dos suprimentos pela maior parte do próximo ano. É o meu palpite no momento.

Os preços das placas de vídeo começaram a cair nos últimos meses após atingir o pico em maio, quando algumas GeForce RTX foram encontradas custando 304% acima do preço sugerido. Mas em terras tupiniquins ainda é impossível achar uma GPU pelo preço de tabela.

Durante a apresentação, Huang confirmou que a maioria das placas fabricadas pela Nvidia no momento possuem a ferramenta "anti-mineração" Lite Hash Rate, que busca deixar a mineração de criptomoedas menos rentável através das GPUs.

A nova previsão de Jensen Huang vai ao encontro do que Pat Gelsinger, CEO da Intel, disse em julho. Gelsinger foi mais pessimista (ou seria realista?) e disse que espera que a escassez de chips afete a indústria "por mais um ou dois anos". Huang em 2020 comentou que o problema da falta de RTX 3000 seria de demanda, e não oferta. Neste ponto, sua previsão para 2021 errou.

 
O livre mercado regula.

Esses dias fui ver celular por curiosidade e ta impraticavel também.

Sorte que o meu tem custom roms caso a fabricante pare de atualizar. Mas ainda ta novo.
 

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