Pessoal,
Em época de PNBL muito tem se falado em Backbone, backhaul, última milha, enfim, as composições das redes nunca foram tão expostas como agora, pois neste momento o mercado está voltado para expansão.
Mas na prática o que seria o Backbone?
Basicamente é a infra-estrutura que conecta todos os pontos de uma rede, no Brasil o 1º backbone foi o da rede RNP, o projeto "divisor de àguas foi batizado de RNP2 e teve início em 1997, nesta época começaram a criar redes locais de alta velocidade, aproveitando a estrutura e o potencial de algumas regiões metropolitanas. Ainda em 97, foi lançado o edital Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade, com o apoio financeiro do Cnpq e do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Dos esforços da RNP surgiu a rede IPÊ.
A rede Ipê é a primeira rede óptica nacional acadêmica da América Latina, inaugurada pela RNP em 2005. O backbone da rede Ipê foi projetado para garantir não só a largura de banda necessária ao tráfego Internet usual (navegação web, correio eletrônico, transferência de arquivos) mas também o uso de serviços e aplicações avançadas e a experimentação. A infraestrutura engloba 27 Pontos de Presença (PoPs), um em cada unidade da federação, além de ramificações para atender mais de 500 instituições de ensino e pesquisa em todo o país, beneficiando mais de 3,5 milhões de usuários.
Em 2010, a rede Ipê passou por um grande salto qualitativo, atingindo a capacidade agregada de 233,2 Gbps, um aumento de 280% em relação à capacidade agregada anterior. Nesta nova rede, que é a sexta geração do backbone operado pela RNP, as velocidades multigigabits (acima de 1 Gbps) estão disponíveis para 24 dos 27 PoPs. A ampliação foi resultado de acordo de cooperação com a empresa de telecomunicações Oi, que proverá à RNP infraestrutura de transmissão em fibras ópticas para uso não-comercial e participará de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de interesse comum.
Rede RNP/IPÊ
Backbone GVT
A GVT utiliza:
GEODEX ( GVT ) - Backbone nacional - Banda Própria
Globalcrossing - Level3 ( Global Crossing - Think Ahead! ) - Backbone internacional - Banda Alugada
Telefônica Wholesale - ( Mayorista de Telecomunicaciones - Proveedor Internacional (TIWS) ) - Backbone internacional - Banda alugada
Backbone Geodex
OBS: A VIVO "COMPROU" A GVT, COM ISSO ESTÁ OCORRENDO FUSÃO DOS BACKBONES.
Backbone OI
A Oi Utiliza:
Backbone próprio (Oi ) - Backbone Nacional - Banda Própria
GlobeNet ( Broadband | Brazil telecommunications company |Oi |GlobeNet ) - Backbone internacional - Banda Própria
Obs: Falem o que quiser, mas o Backbone internacional da Oi é um dos melhores.
Visão Geral Backbone OI Velox (globenet)
Backbone Telefônica
***A Telefônica utiliza backbone própria tanto nacional como internacional.
Embratel/Net Virtua/CLARO
A Embratel utiliza:
Backbone próprio ( EMBRATEL - Portal - Home ) Nacional e Internacional - Banda própria.
Obs: O backbone da embratel está preparado para até 120 Tbps, ou seja, continuo com a minha opinião que essas empresas com sistema Docsis tem a faca e o queijo na mão.
Backbone Embratel
Backbone TIM (Tim/Seabone/LANautilus)
Existem muitos outros backbones no Brasil, aqui vai uma lista geral:
A tabela a seguir apresenta os principais Backbones de Internet ou sistemas autônomos (AS) existentes no Brasil.
Nacionais: Embratel, Rede Nacional de Pesquisa (RNP), Oi/Brasil Telecom, KDD Nethal, Comsat Brasil, Impsat Comunicações, AT&T, NTT, Diveo do Brasil, CTBC, Mundivox do Brasil, Telefonica, Intelig, Geodex GVT.
Estaduais: ANSP (SP), Rede Norte-riograndense de Informática (RN), Rede Pernambuco de Informática (PE), Rede Rio (RJ), Rede Tchê (RS) e REMAV (Redes Metropolitanas de Alta Velocidade).
Quando falamos em Backbone, não podemos deixar de falar no Peering, que seria o Ponto de Troca de Tráfego (PTT). O Peering é tão importante para o tráfego nacional quanto o tráfego internacional e necessita de uma infra-estrutura adequada para que os diversos provedores de backbones possam fazer a troca de trafego de suas redes (Peering) de forma neutra, organizada e segura.
Vamos falar de Backhaul?
O que é um backhaul?
O governo Brasileiro se embananou todo na definição de algumas nomenclaturas para o PNBL, chegou ao ponto do ridículo, abaixo dou a definição que entendo de Backhaul, caso algum colega discorde, discutimos no tópico.
Backhaul é a infra-estrutura de conexão dos pontos de concentração da rede de acesso com o núcleo de alta capacidade de transmissão da rede (onde, normalmente, também estão localizados os pontos de interconexão com outras redes), também conhecido como backbone.
Notem a hierarquia desenhada: acesso, concentração (backhaul) e núcleo (backbone). Notem também a ausência de adjetivos. Eu não disse acesso/backhaul/backbone do STFC, ou IP, ou o que seja. O motivo é simples: por razões econômicas, quanto mais serviços puderem compartilhar o uso da mesma infra-estrutura melhor. O jargão telecom para isto é multi-serviço, uma espécie de santo graal da indústria, perseguido desde os heróicos tempos do ISDN (ou RDSI, no jargão Telebrás).
E, é bom não esquecer também, tudo isto nasceu dentro das operadoras de telecom nos tempos em "operadora de telecom" significava um único serviço: telefonia (ou STFC, conforme define o marco regulatório no Brasil, hoje). Comunicação de dados, neste tempo, era apenas um acessório, um penduricalho, ao lado do majestoso e imponente serviço de telefonia.
Última Milha
Última milha nada mais é do que o acesso do usuário final a rede da operadora.
No Brasil, como de resto no mundo, o acesso típico do usuário local é feito hoje através da rede telefônica. Essa solução baseia-se no uso da infraestrutura de telefonia urbana existente para dar acesso ao usuário às redes de dados. Pela simplicidade de seu uso e facilidade de implantação, invariavelmente, é a primeira alternativa que se considera.
Também é a última milha a grande causadora dos principais problemas de conectividade (ou falta dela) no Brasil. Por incrível que pareça ainda temos muiitos quilômetros de rede Pupinizada, ou linha Pupinizada, o que invariavelmente impede as instalação de adsl para esses clientes, é lamentável, mas ainda é real.
Roteadores de borda
Quando falamos em Backbone e backhaul é impossível não falar em roteadores de borda tamanha é a sua importância na estabilidade e velocidade de sua conexão para "encontrar rotas".
Esses roteadores escutam a rede a procura da menor rota possível, muitos rotadores "trocam informações" entre si afim de aprender a rota mais curta, um simples defeito ou ajuste mal feito dará ao usuário a péssima sensação de estar percorrendo o mundo para atingir um endereçamento.
Exemplo de Roteadore de borda
Servidores raiz de internet
Existem apenas 13 servidores raiz distribuídos ao redor do mundo (10 nos EUA, 2 na Europa e 1 na Ásia; dos 10 nos EUA, a maioria é operada por agências governamentais americanas). Este é o número máximo tecnicamente possível. Se um servidor quebrar, os outros 12 ainda continuam funcionando, e mesmo se os 13 servidores caírem simultaneamente a resolução dos nomes de domínio (a principal função dos servidores raiz) continuaria sendo feita em outros servidores de nome de domínio distribuídos hierarquicamente através da Internet. Para aumentar a base instalada destes servidores, foram criadas réplicas localizadas por todo o mundo, inclusive no Brasil.
Abaixo há uma tabela retirada da IANA - Internet Assigment Numbers Authority com as empresas responsáveis os ips e hostnames de cada um dos 13 servidores:
Hostname IP Addresses Manager
a.root-servers.net 198.41.0.4, 2001:503:BA3E::2:30 VeriSign, Inc.
b.root-servers.net 192.228.79.201 University of Southern California (ISI)
c.root-servers.net 192.33.4.12 Cogent Communications
d.root-servers.net 128.8.10.90, 2001:500:2D: University of Maryland
e.root-servers.net 192.203.230.10 NASA (Ames Research Center)
f.root-servers.net 192.5.5.241, 2001:500:2f::f Internet Systems Consortium, Inc.
g.root-servers.net 192.112.36.4 US Department of Defence (NIC)
h.root-servers.net 128.63.2.53, 2001:500:1::803f:235 US Army (Research Lab)
i.root-servers.net 192.36.148.17, 2001:7fe::53 Netnod
j.root-servers.net 192.58.128.30, 2001:503:c27::2:30 VeriSign, Inc.
k.root-servers.net 193.0.14.129, 2001:7fd::1 RIPE NCC
l.root-servers.net 199.7.83.42, 2001:500:3::42 ICANN
m.root-servers.net 202.12.27.33, 2001:dc3::35 WIDE Project
Atualização 10/07/2012
***Matéria interessante sobre capacidade de backbone e assuntos relacinados.
Crédito: Revista Teletime
América do Sul
Mas a intenção da Telebras de derrubar o custo do megabit dos links internacionais não se restringe à implantação de cabos submarinos próprios. Aliás, o debate extrapola as fronteiras nacionais e está sendo tratado no âmbito sul-americano. A missão é interligar, por terra e mar, a infraestrutura de telecomunicações dos países sul-americanos, ação coordenada pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) com doze países da Região. Atualmente, a comunicação entre os países da América do Sul só ocorre por meio de cabos submarinos ligados a outros continentes, principalmente aos Estados Unidos. O anel óptico pretende promover a integração das telecomunicações na Região, além de torná-la menos dependente do tráfego transcontinental.
O negócio é tão sério que, pela primeira vez, os ministros de comunicação dos países sul-americanos se reuniram em Brasília para conversar, no final de novembro, tendo esse assunto em pauta. A nova infraestrutura abrangeria praticamente toda a América do Sul, com uma extensão total de mais de 10 mil quilômetros, e aproveitaria as redes existentes utilizadas atualmente no setor elétrico ou energético, como é o caso dos gasodutos. O objetivo final é o de reduzir os custos das transmissões de dados entre os países e assim ampliar o acesso aos serviços de telecomunicações entre a população sul-americana. “Em relação a uma empresa norte-americana, um provedor de serviços na América do Sul paga, no mínimo, três vezes mais por megabit”, compara Kapp. “Na Bolívia, o valor do Mbps é US$ 1 mil”, alerta.
Segundo o consultor da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Edwin Rojas, o uso dos enlaces internacionais representa de 30% a 40% do custo final do serviço de Internet na América Latina. “As operadoras dizem que esse custo não passa dos 20%, mas há outras melhorias que devem ser analisadas”, alerta. Esse valor excessivo na composição da conta do serviço de Internet, de acordo com o consultor, ocorre pois de 60% a 80% do tráfego internacional originado na América Latina passa por servidores dos Estados Unidos. Cerca de 40% desse tráfego advém do Brasil.
Mas os provedores privados refutam: “Só de impostos são 40%. Essa conta não fecha. Além do mais, o usuário doméstico paga muito mais pela última milha, principalmente se for cliente de incumbent, diz o diretor de marketing estratégico e comunicações da Level 3. E (para cada assinante de 1 Mbps) as operadoras não reservam 1 mega. Elas compram isso para dividir entre três assinantes, por isso esse gasto internacional é diluído, não representa tanto”, acrescenta.
Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o custo aproximado do projeto de integração de infraestrutura será de US$ 100 milhões e o prazo de conclusão é de dois anos. Este número, entretanto, representa apenas uma fração do montante total do plano, que inclui também cabos submarinos que ligarão a costa brasileira aos EUA, Europa e África. Bernardo defende que o projeto seja estabelecido como uma prioridade entre os países do continente e seja incluído no Plano de Ação Estratégico 2012-2022 do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan).
O presidente da Telebras, Caio Bonilha, revelou que há uma negociação da estatal com a Odebrecht Defesa, que participaria da construção do trecho que ligará a América do Sul aos EUA e à Europa. Porém, declarou que tudo não passa de conversas preliminares. Por ser um projeto comercial, não há restrição à entrada de sócios no projeto e a Telebras estuda propostas de outras empresas. Na ponta africana, por outro lado, já existem compromissos firmados com empresas como a Angola Telecom para a construção do cabo. Segundo Bonilha, o que não falta ao projeto são empresas interessadas em entrar na joint-venture. Ele explica que a Telebras deve ser minoritária na joint-venture, mas será a maior acionista individual, e terá o controle das operações em Fortaleza e nos EUA .
Novo gigante
Do lado privado, o mercado não foi menos agitado. A Level 3 concluiu a aquisição da Global Crossing e, com isso, é agora uma das maiores provedoras de infraestrutura de comunicações do mundo, com receita de US$ 6,2 bilhões, 56 mil quilômetros de redes submarinas, 160 mil quilômetros de rotas terrestres e 48 mil quilômetros de redes metropolitanas. “Ganhamos força nas Américas e agora somos o único provedor com acesso a todos os continentes, presente em 70 países e mais de 700 cidades”, comemora Neves. “Em 2011 estudamos a entrada em outros países. Provavelmente teremos novidades em 2012”, acrescenta.
Não só o crescimento da capilaridade está em curso, mas um aumento da capacidade dos cabos do SAC (link submarino herdado da Global Crossing). “No segundo trimestre de 2012 ampliaremos a capacidade de lambda de 40 Gbps para 100 Gbps, crescimento de duas vezes e meia”, antecipa.
Além de conectividade, as empresas do setor procuram oferecer serviços de valor adicionado. Em 2009, a Global Crossing lançou um serviço chamado Ethesphere. O produto é uma espécie de Metro Ethernet internacional, porque liga diversas filiais ao redor do mundo por meio de uma simples conexão Ethernet. A Level 3 manterá e ampliará o serviço. E tem fortes motivos para isso. “Desde que começou, nos últimos três anos o crescimento anual desse serviço tem sido de 35%”, relata Yuri Menck.
A companhia está recebendo da Global Crossing um bom legado no segmento corporativo, que representa 60% do negócio da empresa no Brasil. Os outros 40% vêm do provimento de conectividade para operadoras.
TIWS
A Level 3 tem como concorrentes na região diversos outros players de peso, como a Embratel (Atlantis 2, Americas 2 e Unisur); Oi (Globenet); LANautilus (Telecom Italia); e TIWS (SAM-1). Esta última acredita que o fato de ser o único provedor que não dispõe de uma operadora de telecom no varejo pesa significativamente contra a Level 3. “Cerca de 99% do tráfego doméstico das operadoras com provedores internacionais, como Oi, TIM e Telefônica, saem e entram do País por esses links próprios. E estamos muito à frente, pois temos operações domésticas em vários países”, diz Mitsuo Shibata, diretor geral da TIWS, subsidiária do grupo Telefónica.
Ao contrário da Level 3, a atuação da TIWS se restringe ao mercado de wholesale, ou seja, venda de dados e voz no atacado. “Não pode haver conflito de interesses: mercado corporativo é com a Telefônica Empresas, que é um dos nossos principais clientes”, explica. “A voz, mesmo ocupando uma banda pequena, ainda gera um tráfego e uma receita associada importante. Cerca de 60% da nossa receita vem da telefonia internacional. Só o grupo Telefónica trafega no mundo 20 bilhões de minutos por ano”, diz o executivo, que destaca também o recente lançamento de um serviço de atendimento ao cliente para as carriers. “Temos atendido a Vivo na expansão que ela necessita nas regiões da Amazônia e no Nordeste, inclusive via satélite”.
Gargalo
Para Shibata, o problema nas telecomunicações não se encontra no mar, mas sim na terra. “O gargalo não está nas operações internacionais, mas nas domésticas. Esse é o desafio para todas as operadoras. Dependemos muito dos backbones terrestres para ampliar ainda mais nossa capacidade. De nada adianta construir uma auto-estrada se no final haverá várias ‘ruazinhas’”, compara. “Um lambda de 100 Gbps chegar ao País e não conseguir trafegar, caindo para 10 Gbps, gera perda de eficiência”, acrescenta.
Segundo o executivo da TIWS, o SAM-1 foi instalado há dez anos e teve sua capacidade nominal multiplicada por dez desde então. “Não preciso mexer em absolutamente nada da parte molhada do cabo. Faço isso remotamente. Operar um cabo submarino é totalmente diferente de operar um cabo terrestre. É necessário haver um alinhamento com as redes terrestres”. Esse alinhamento, revela, está ocorrendo no grupo Telefónica. “Com a compra da Vivo, TVA, as futuras redes LTE, estamos trabalhando em um plano estratégico de arquitetura de redes”.
Shibata revela que a TIWS continua investindo em aumento de capacidade, apostando também em cashing local. “Onde conseguíamos passar um lambda de 10 Gbps no mesmo espectro, hoje passamos 40 Gbps. E já estamos em testes avançados para transmitir, em um só cabo, 100 Gbps. Ou seja, nossa capacidade total é de 1,9 Tbps, mas pode chegar a 19 Tbps”, explica.
Vendors
Com a capacidade das redes submarinas dobrando, em média, a cada 24 meses, os vendors ampliam seus negócios. Alcatel-Lucent, Nokia Siemens Networks, Huawei e outras grandes fabricantes de equipamentos de transmissão apostam algumas fichas no mercado de links internacionais.
Desde que desembolsou US$ 2 bilhões, no primeiro trimestre de 2010, e comprou a divisão de redes Metro da Nortel, a Ciena, nome mais novo nesse setor, não para de crescer. “Cerca de 25% dos 2 Tbps dos dados que circularam nos cabos submarinos em 2011 no Brasil foram roteados por equipamentos da Ciena. E acreditamos que entre 2011 e 2017 o crescimento da demanda será de 45% a 50%”, diz Marcos Garcia Villas-Bôas, diretor regional e gerente geral da Ciena Brasil, que acredita que em 2018 o tráfego anual no Brasil atinja 18 Tbps. “Vídeos de alta definição, 3D, proliferação de smartphones, tablets, Copa do Mundo, Olimpíadas, temos boas razões para estar otimistas.”
Nau óptica
Quando o assunto é cabos submarinos, muito pouco se fala a respeito daqueles que têm a árdua tarefa de atravessar os mares instalando e fazendo manutenção nos cabos ópticos. Na verdade, são poucas as empresas que realizam o serviço de ponta a ponta. Elas cabem nos dedos de uma mão. Primeiro porque custa caro e requer alto nível de especialização. “Já instalamos cabos ópticos em pontos no mar com uma profundidade maior do que a altura da Cordilheira do Himalaia”, diz Vincent Chevalier, vice-presidente das Américas da Alcatel Lucent Submarine Network.
A Cordilheira do Himalaia é a cadeia montanhosa mais alta do mundo e tem mais de 100 picos que excedem os 7,2 mil metros do chão. “É um investimento elevado; além do que, é preciso muita experiência e tripulação especializada nos barcos que instalam os cabos, construídos especialmente para esse fim”. A Alcatel Lucent tem mais de 50 anos de experiência em instalação de links internacionais, uma base de aproximadamente 510 mil quilômetros de redes submarinas implantadas e uma frota de seis navios “offshore” – como são chamados.
Parece pouco, mas cada embarcação desse tipo custa, em média, US$ 120 milhões. “A frota mundial de navios offshore é de 40 embarcações, das quais oito são nossas”, diz Courtney McDaniel, diretor da TE SubCom, empresa do Grupo TE também com mais de 50 anos de experiência no setor e 490 mil quilômetros de sistemas ópticos instalados. “Recentemente, concluímos um projeto que exigiu seis navios, com várias centenas de pessoas envolvidas”, diz McDaniel, que afirma que a TE SubCom é a única empresa que terá uma embarcação especializada de plantão no norte da América do Sul para a manutenção e reparação de prováveis rupturas. No Brasil e América do Sul, aliás, a TE SubCom construiu e atualizou os sistemas submarinos Americas, Americas 2, SAM1 e Columbus, além de projetos offshore para a Petrobras.
The Internet is rapidly becoming an electronic agent for commerce, entertainment, communication, and information retrieval. New network-enabled intranet applications and powerful desktop computers are driving an exponential increase in network traffic. Service providers and enterprises are rapidly deploying packet-switching infrastructures to handle this tremendous growth in data traffic. The Cisco 12000 series gigabit switch router (GSR) is the premier routing product family from Cisco designed and developed for the core of service provider and enterprise IP backbones. The Cisco 12000 series GSR products are architected to meet the bandwidth, performance, services, and reliability requirements of today's IP core backbones.
Atualização 28/07/2012
Switch's utilizados em Backbones
A linha de Switch mais utilizada nos backbones é a linha 12000 da Cisco.
A série de roteadores Gigabit Switch 12000 da Cisco é o tipo de equipamento utilizado no backbone da Internet. Esses roteadores usam o mesmo tipo de projeto dos mais poderosos supercomputadores do mundo, um projeto que liga muitos processadores diferentes com uma série de comutadores extremamente rápidos. A série 12000 usa processador de 200 MHz MIPS R5000, o mesmo tipo de processador usado nas estações de trabalho que geraram muitas das animações de computadores e efeitos especiais usados nos filmes. O maior modelo da série 12000, o 12016, usa uma série de comutadores que podem gerenciar até 320 bilhões de bits de informações por segundo e, quando completamente carregado com placas, move tanto quanto 60 milhões de pacotes de dados a cada segundo.
Imagem Roteadores Cisco série 12000
Atualização 22/09/2012
Imagem do roteador multi-serviços Tellabs 8800
Estes roteadores multi-serviços fornecem transporte da conexão "backhaul" para os clientes. Comunicam-se com os Dslam's através de link STM-1 e conexões GigE.
Atualização 04/05/2021
Novo Cabo Ellalink Ligará Brasil - Europa
- Um pouco sobre a Ellalink:
EllaLink é uma plataforma óptica avançada que oferece conectividade segura de alta capacidade em uma rota transatlântica exclusiva, de baixa latência, atendendo às necessidades crescentes dos mercados latino-americano e europeu. A rede EllaLink conecta diretamente o Brasil e a Europa, ligando os principais hubs de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza com Lisboa, Madrid e Marselha.
O sistema EllaLink foi construído com tecnologia de última geração, oferecendo inicialmente 100 Tbps de capacidade em quatro pares de fibras diretas entre a Europa e o Brasil. Os locais de pouso em Fortaleza (Brasil) e Sines (Portugal) foram garantidos e EllaLink está programada para estar pronta para serviço em maio de 2021. EllaLink é uma empresa privada e independente comprometida em fornecer produtos e serviços em uma operadora neutra e de acesso aberto . Marguerite II, é um fundo de ações pan-europeu, ativo nos setores de energias renováveis, energia, transportes e infraestrutura digital, é o principal acionista da EllaLink.
Wikpedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/EllaLink
(Espaço reservado a atualizações)
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Pessoal
Este tópico tem a finalidade de que os usuários possam compreender um pouco mais sobre o que agrega uma rede, temos o hábito de esbravejar contra as operadoras, mas muitos dos problemas estão além dessas operadoras, conhecendo o funcionamento é mais fácil entender os problemas, um roteador de borda defeituoso, um peering mal feito, um servidor quebrado enfim, pode ocorrer muitos problemas que a operadora não pode fazer nada, a complexidade é muito maior do que se apresenta.
Abraços.
Em época de PNBL muito tem se falado em Backbone, backhaul, última milha, enfim, as composições das redes nunca foram tão expostas como agora, pois neste momento o mercado está voltado para expansão.
Mas na prática o que seria o Backbone?
Basicamente é a infra-estrutura que conecta todos os pontos de uma rede, no Brasil o 1º backbone foi o da rede RNP, o projeto "divisor de àguas foi batizado de RNP2 e teve início em 1997, nesta época começaram a criar redes locais de alta velocidade, aproveitando a estrutura e o potencial de algumas regiões metropolitanas. Ainda em 97, foi lançado o edital Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade, com o apoio financeiro do Cnpq e do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Dos esforços da RNP surgiu a rede IPÊ.
A rede Ipê é a primeira rede óptica nacional acadêmica da América Latina, inaugurada pela RNP em 2005. O backbone da rede Ipê foi projetado para garantir não só a largura de banda necessária ao tráfego Internet usual (navegação web, correio eletrônico, transferência de arquivos) mas também o uso de serviços e aplicações avançadas e a experimentação. A infraestrutura engloba 27 Pontos de Presença (PoPs), um em cada unidade da federação, além de ramificações para atender mais de 500 instituições de ensino e pesquisa em todo o país, beneficiando mais de 3,5 milhões de usuários.
Em 2010, a rede Ipê passou por um grande salto qualitativo, atingindo a capacidade agregada de 233,2 Gbps, um aumento de 280% em relação à capacidade agregada anterior. Nesta nova rede, que é a sexta geração do backbone operado pela RNP, as velocidades multigigabits (acima de 1 Gbps) estão disponíveis para 24 dos 27 PoPs. A ampliação foi resultado de acordo de cooperação com a empresa de telecomunicações Oi, que proverá à RNP infraestrutura de transmissão em fibras ópticas para uso não-comercial e participará de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de interesse comum.
Rede RNP/IPÊ
Backbone GVT
A GVT utiliza:
GEODEX ( GVT ) - Backbone nacional - Banda Própria
Globalcrossing - Level3 ( Global Crossing - Think Ahead! ) - Backbone internacional - Banda Alugada
Telefônica Wholesale - ( Mayorista de Telecomunicaciones - Proveedor Internacional (TIWS) ) - Backbone internacional - Banda alugada
Backbone Geodex
OBS: A VIVO "COMPROU" A GVT, COM ISSO ESTÁ OCORRENDO FUSÃO DOS BACKBONES.
Backbone OI
A Oi Utiliza:
Backbone próprio (Oi ) - Backbone Nacional - Banda Própria
GlobeNet ( Broadband | Brazil telecommunications company |Oi |GlobeNet ) - Backbone internacional - Banda Própria
Obs: Falem o que quiser, mas o Backbone internacional da Oi é um dos melhores.
Visão Geral Backbone OI Velox (globenet)
Backbone Telefônica
***A Telefônica utiliza backbone própria tanto nacional como internacional.
Embratel/Net Virtua/CLARO
A Embratel utiliza:
Backbone próprio ( EMBRATEL - Portal - Home ) Nacional e Internacional - Banda própria.
Obs: O backbone da embratel está preparado para até 120 Tbps, ou seja, continuo com a minha opinião que essas empresas com sistema Docsis tem a faca e o queijo na mão.
Backbone Embratel
Backbone TIM (Tim/Seabone/LANautilus)
Existem muitos outros backbones no Brasil, aqui vai uma lista geral:
A tabela a seguir apresenta os principais Backbones de Internet ou sistemas autônomos (AS) existentes no Brasil.
Nacionais: Embratel, Rede Nacional de Pesquisa (RNP), Oi/Brasil Telecom, KDD Nethal, Comsat Brasil, Impsat Comunicações, AT&T, NTT, Diveo do Brasil, CTBC, Mundivox do Brasil, Telefonica, Intelig, Geodex GVT.
Estaduais: ANSP (SP), Rede Norte-riograndense de Informática (RN), Rede Pernambuco de Informática (PE), Rede Rio (RJ), Rede Tchê (RS) e REMAV (Redes Metropolitanas de Alta Velocidade).
Quando falamos em Backbone, não podemos deixar de falar no Peering, que seria o Ponto de Troca de Tráfego (PTT). O Peering é tão importante para o tráfego nacional quanto o tráfego internacional e necessita de uma infra-estrutura adequada para que os diversos provedores de backbones possam fazer a troca de trafego de suas redes (Peering) de forma neutra, organizada e segura.
Vamos falar de Backhaul?
O que é um backhaul?
O governo Brasileiro se embananou todo na definição de algumas nomenclaturas para o PNBL, chegou ao ponto do ridículo, abaixo dou a definição que entendo de Backhaul, caso algum colega discorde, discutimos no tópico.
Backhaul é a infra-estrutura de conexão dos pontos de concentração da rede de acesso com o núcleo de alta capacidade de transmissão da rede (onde, normalmente, também estão localizados os pontos de interconexão com outras redes), também conhecido como backbone.
Notem a hierarquia desenhada: acesso, concentração (backhaul) e núcleo (backbone). Notem também a ausência de adjetivos. Eu não disse acesso/backhaul/backbone do STFC, ou IP, ou o que seja. O motivo é simples: por razões econômicas, quanto mais serviços puderem compartilhar o uso da mesma infra-estrutura melhor. O jargão telecom para isto é multi-serviço, uma espécie de santo graal da indústria, perseguido desde os heróicos tempos do ISDN (ou RDSI, no jargão Telebrás).
E, é bom não esquecer também, tudo isto nasceu dentro das operadoras de telecom nos tempos em "operadora de telecom" significava um único serviço: telefonia (ou STFC, conforme define o marco regulatório no Brasil, hoje). Comunicação de dados, neste tempo, era apenas um acessório, um penduricalho, ao lado do majestoso e imponente serviço de telefonia.
Última Milha
Última milha nada mais é do que o acesso do usuário final a rede da operadora.
No Brasil, como de resto no mundo, o acesso típico do usuário local é feito hoje através da rede telefônica. Essa solução baseia-se no uso da infraestrutura de telefonia urbana existente para dar acesso ao usuário às redes de dados. Pela simplicidade de seu uso e facilidade de implantação, invariavelmente, é a primeira alternativa que se considera.
Também é a última milha a grande causadora dos principais problemas de conectividade (ou falta dela) no Brasil. Por incrível que pareça ainda temos muiitos quilômetros de rede Pupinizada, ou linha Pupinizada, o que invariavelmente impede as instalação de adsl para esses clientes, é lamentável, mas ainda é real.
Roteadores de borda
Quando falamos em Backbone e backhaul é impossível não falar em roteadores de borda tamanha é a sua importância na estabilidade e velocidade de sua conexão para "encontrar rotas".
Esses roteadores escutam a rede a procura da menor rota possível, muitos rotadores "trocam informações" entre si afim de aprender a rota mais curta, um simples defeito ou ajuste mal feito dará ao usuário a péssima sensação de estar percorrendo o mundo para atingir um endereçamento.
Exemplo de Roteadore de borda
Servidores raiz de internet
Existem apenas 13 servidores raiz distribuídos ao redor do mundo (10 nos EUA, 2 na Europa e 1 na Ásia; dos 10 nos EUA, a maioria é operada por agências governamentais americanas). Este é o número máximo tecnicamente possível. Se um servidor quebrar, os outros 12 ainda continuam funcionando, e mesmo se os 13 servidores caírem simultaneamente a resolução dos nomes de domínio (a principal função dos servidores raiz) continuaria sendo feita em outros servidores de nome de domínio distribuídos hierarquicamente através da Internet. Para aumentar a base instalada destes servidores, foram criadas réplicas localizadas por todo o mundo, inclusive no Brasil.
Abaixo há uma tabela retirada da IANA - Internet Assigment Numbers Authority com as empresas responsáveis os ips e hostnames de cada um dos 13 servidores:
Hostname IP Addresses Manager
a.root-servers.net 198.41.0.4, 2001:503:BA3E::2:30 VeriSign, Inc.
b.root-servers.net 192.228.79.201 University of Southern California (ISI)
c.root-servers.net 192.33.4.12 Cogent Communications
d.root-servers.net 128.8.10.90, 2001:500:2D: University of Maryland
e.root-servers.net 192.203.230.10 NASA (Ames Research Center)
f.root-servers.net 192.5.5.241, 2001:500:2f::f Internet Systems Consortium, Inc.
g.root-servers.net 192.112.36.4 US Department of Defence (NIC)
h.root-servers.net 128.63.2.53, 2001:500:1::803f:235 US Army (Research Lab)
i.root-servers.net 192.36.148.17, 2001:7fe::53 Netnod
j.root-servers.net 192.58.128.30, 2001:503:c27::2:30 VeriSign, Inc.
k.root-servers.net 193.0.14.129, 2001:7fd::1 RIPE NCC
l.root-servers.net 199.7.83.42, 2001:500:3::42 ICANN
m.root-servers.net 202.12.27.33, 2001:dc3::35 WIDE Project
Atualização 10/07/2012
***Matéria interessante sobre capacidade de backbone e assuntos relacinados.
Crédito: Revista Teletime
América do Sul
Mas a intenção da Telebras de derrubar o custo do megabit dos links internacionais não se restringe à implantação de cabos submarinos próprios. Aliás, o debate extrapola as fronteiras nacionais e está sendo tratado no âmbito sul-americano. A missão é interligar, por terra e mar, a infraestrutura de telecomunicações dos países sul-americanos, ação coordenada pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) com doze países da Região. Atualmente, a comunicação entre os países da América do Sul só ocorre por meio de cabos submarinos ligados a outros continentes, principalmente aos Estados Unidos. O anel óptico pretende promover a integração das telecomunicações na Região, além de torná-la menos dependente do tráfego transcontinental.
O negócio é tão sério que, pela primeira vez, os ministros de comunicação dos países sul-americanos se reuniram em Brasília para conversar, no final de novembro, tendo esse assunto em pauta. A nova infraestrutura abrangeria praticamente toda a América do Sul, com uma extensão total de mais de 10 mil quilômetros, e aproveitaria as redes existentes utilizadas atualmente no setor elétrico ou energético, como é o caso dos gasodutos. O objetivo final é o de reduzir os custos das transmissões de dados entre os países e assim ampliar o acesso aos serviços de telecomunicações entre a população sul-americana. “Em relação a uma empresa norte-americana, um provedor de serviços na América do Sul paga, no mínimo, três vezes mais por megabit”, compara Kapp. “Na Bolívia, o valor do Mbps é US$ 1 mil”, alerta.
Segundo o consultor da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Edwin Rojas, o uso dos enlaces internacionais representa de 30% a 40% do custo final do serviço de Internet na América Latina. “As operadoras dizem que esse custo não passa dos 20%, mas há outras melhorias que devem ser analisadas”, alerta. Esse valor excessivo na composição da conta do serviço de Internet, de acordo com o consultor, ocorre pois de 60% a 80% do tráfego internacional originado na América Latina passa por servidores dos Estados Unidos. Cerca de 40% desse tráfego advém do Brasil.
Mas os provedores privados refutam: “Só de impostos são 40%. Essa conta não fecha. Além do mais, o usuário doméstico paga muito mais pela última milha, principalmente se for cliente de incumbent, diz o diretor de marketing estratégico e comunicações da Level 3. E (para cada assinante de 1 Mbps) as operadoras não reservam 1 mega. Elas compram isso para dividir entre três assinantes, por isso esse gasto internacional é diluído, não representa tanto”, acrescenta.
Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o custo aproximado do projeto de integração de infraestrutura será de US$ 100 milhões e o prazo de conclusão é de dois anos. Este número, entretanto, representa apenas uma fração do montante total do plano, que inclui também cabos submarinos que ligarão a costa brasileira aos EUA, Europa e África. Bernardo defende que o projeto seja estabelecido como uma prioridade entre os países do continente e seja incluído no Plano de Ação Estratégico 2012-2022 do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan).
O presidente da Telebras, Caio Bonilha, revelou que há uma negociação da estatal com a Odebrecht Defesa, que participaria da construção do trecho que ligará a América do Sul aos EUA e à Europa. Porém, declarou que tudo não passa de conversas preliminares. Por ser um projeto comercial, não há restrição à entrada de sócios no projeto e a Telebras estuda propostas de outras empresas. Na ponta africana, por outro lado, já existem compromissos firmados com empresas como a Angola Telecom para a construção do cabo. Segundo Bonilha, o que não falta ao projeto são empresas interessadas em entrar na joint-venture. Ele explica que a Telebras deve ser minoritária na joint-venture, mas será a maior acionista individual, e terá o controle das operações em Fortaleza e nos EUA .
Novo gigante
Do lado privado, o mercado não foi menos agitado. A Level 3 concluiu a aquisição da Global Crossing e, com isso, é agora uma das maiores provedoras de infraestrutura de comunicações do mundo, com receita de US$ 6,2 bilhões, 56 mil quilômetros de redes submarinas, 160 mil quilômetros de rotas terrestres e 48 mil quilômetros de redes metropolitanas. “Ganhamos força nas Américas e agora somos o único provedor com acesso a todos os continentes, presente em 70 países e mais de 700 cidades”, comemora Neves. “Em 2011 estudamos a entrada em outros países. Provavelmente teremos novidades em 2012”, acrescenta.
Não só o crescimento da capilaridade está em curso, mas um aumento da capacidade dos cabos do SAC (link submarino herdado da Global Crossing). “No segundo trimestre de 2012 ampliaremos a capacidade de lambda de 40 Gbps para 100 Gbps, crescimento de duas vezes e meia”, antecipa.
Além de conectividade, as empresas do setor procuram oferecer serviços de valor adicionado. Em 2009, a Global Crossing lançou um serviço chamado Ethesphere. O produto é uma espécie de Metro Ethernet internacional, porque liga diversas filiais ao redor do mundo por meio de uma simples conexão Ethernet. A Level 3 manterá e ampliará o serviço. E tem fortes motivos para isso. “Desde que começou, nos últimos três anos o crescimento anual desse serviço tem sido de 35%”, relata Yuri Menck.
A companhia está recebendo da Global Crossing um bom legado no segmento corporativo, que representa 60% do negócio da empresa no Brasil. Os outros 40% vêm do provimento de conectividade para operadoras.
TIWS
A Level 3 tem como concorrentes na região diversos outros players de peso, como a Embratel (Atlantis 2, Americas 2 e Unisur); Oi (Globenet); LANautilus (Telecom Italia); e TIWS (SAM-1). Esta última acredita que o fato de ser o único provedor que não dispõe de uma operadora de telecom no varejo pesa significativamente contra a Level 3. “Cerca de 99% do tráfego doméstico das operadoras com provedores internacionais, como Oi, TIM e Telefônica, saem e entram do País por esses links próprios. E estamos muito à frente, pois temos operações domésticas em vários países”, diz Mitsuo Shibata, diretor geral da TIWS, subsidiária do grupo Telefónica.
Ao contrário da Level 3, a atuação da TIWS se restringe ao mercado de wholesale, ou seja, venda de dados e voz no atacado. “Não pode haver conflito de interesses: mercado corporativo é com a Telefônica Empresas, que é um dos nossos principais clientes”, explica. “A voz, mesmo ocupando uma banda pequena, ainda gera um tráfego e uma receita associada importante. Cerca de 60% da nossa receita vem da telefonia internacional. Só o grupo Telefónica trafega no mundo 20 bilhões de minutos por ano”, diz o executivo, que destaca também o recente lançamento de um serviço de atendimento ao cliente para as carriers. “Temos atendido a Vivo na expansão que ela necessita nas regiões da Amazônia e no Nordeste, inclusive via satélite”.
Gargalo
Para Shibata, o problema nas telecomunicações não se encontra no mar, mas sim na terra. “O gargalo não está nas operações internacionais, mas nas domésticas. Esse é o desafio para todas as operadoras. Dependemos muito dos backbones terrestres para ampliar ainda mais nossa capacidade. De nada adianta construir uma auto-estrada se no final haverá várias ‘ruazinhas’”, compara. “Um lambda de 100 Gbps chegar ao País e não conseguir trafegar, caindo para 10 Gbps, gera perda de eficiência”, acrescenta.
Segundo o executivo da TIWS, o SAM-1 foi instalado há dez anos e teve sua capacidade nominal multiplicada por dez desde então. “Não preciso mexer em absolutamente nada da parte molhada do cabo. Faço isso remotamente. Operar um cabo submarino é totalmente diferente de operar um cabo terrestre. É necessário haver um alinhamento com as redes terrestres”. Esse alinhamento, revela, está ocorrendo no grupo Telefónica. “Com a compra da Vivo, TVA, as futuras redes LTE, estamos trabalhando em um plano estratégico de arquitetura de redes”.
Shibata revela que a TIWS continua investindo em aumento de capacidade, apostando também em cashing local. “Onde conseguíamos passar um lambda de 10 Gbps no mesmo espectro, hoje passamos 40 Gbps. E já estamos em testes avançados para transmitir, em um só cabo, 100 Gbps. Ou seja, nossa capacidade total é de 1,9 Tbps, mas pode chegar a 19 Tbps”, explica.
Vendors
Com a capacidade das redes submarinas dobrando, em média, a cada 24 meses, os vendors ampliam seus negócios. Alcatel-Lucent, Nokia Siemens Networks, Huawei e outras grandes fabricantes de equipamentos de transmissão apostam algumas fichas no mercado de links internacionais.
Desde que desembolsou US$ 2 bilhões, no primeiro trimestre de 2010, e comprou a divisão de redes Metro da Nortel, a Ciena, nome mais novo nesse setor, não para de crescer. “Cerca de 25% dos 2 Tbps dos dados que circularam nos cabos submarinos em 2011 no Brasil foram roteados por equipamentos da Ciena. E acreditamos que entre 2011 e 2017 o crescimento da demanda será de 45% a 50%”, diz Marcos Garcia Villas-Bôas, diretor regional e gerente geral da Ciena Brasil, que acredita que em 2018 o tráfego anual no Brasil atinja 18 Tbps. “Vídeos de alta definição, 3D, proliferação de smartphones, tablets, Copa do Mundo, Olimpíadas, temos boas razões para estar otimistas.”
Nau óptica
Quando o assunto é cabos submarinos, muito pouco se fala a respeito daqueles que têm a árdua tarefa de atravessar os mares instalando e fazendo manutenção nos cabos ópticos. Na verdade, são poucas as empresas que realizam o serviço de ponta a ponta. Elas cabem nos dedos de uma mão. Primeiro porque custa caro e requer alto nível de especialização. “Já instalamos cabos ópticos em pontos no mar com uma profundidade maior do que a altura da Cordilheira do Himalaia”, diz Vincent Chevalier, vice-presidente das Américas da Alcatel Lucent Submarine Network.
A Cordilheira do Himalaia é a cadeia montanhosa mais alta do mundo e tem mais de 100 picos que excedem os 7,2 mil metros do chão. “É um investimento elevado; além do que, é preciso muita experiência e tripulação especializada nos barcos que instalam os cabos, construídos especialmente para esse fim”. A Alcatel Lucent tem mais de 50 anos de experiência em instalação de links internacionais, uma base de aproximadamente 510 mil quilômetros de redes submarinas implantadas e uma frota de seis navios “offshore” – como são chamados.
Parece pouco, mas cada embarcação desse tipo custa, em média, US$ 120 milhões. “A frota mundial de navios offshore é de 40 embarcações, das quais oito são nossas”, diz Courtney McDaniel, diretor da TE SubCom, empresa do Grupo TE também com mais de 50 anos de experiência no setor e 490 mil quilômetros de sistemas ópticos instalados. “Recentemente, concluímos um projeto que exigiu seis navios, com várias centenas de pessoas envolvidas”, diz McDaniel, que afirma que a TE SubCom é a única empresa que terá uma embarcação especializada de plantão no norte da América do Sul para a manutenção e reparação de prováveis rupturas. No Brasil e América do Sul, aliás, a TE SubCom construiu e atualizou os sistemas submarinos Americas, Americas 2, SAM1 e Columbus, além de projetos offshore para a Petrobras.
The Internet is rapidly becoming an electronic agent for commerce, entertainment, communication, and information retrieval. New network-enabled intranet applications and powerful desktop computers are driving an exponential increase in network traffic. Service providers and enterprises are rapidly deploying packet-switching infrastructures to handle this tremendous growth in data traffic. The Cisco 12000 series gigabit switch router (GSR) is the premier routing product family from Cisco designed and developed for the core of service provider and enterprise IP backbones. The Cisco 12000 series GSR products are architected to meet the bandwidth, performance, services, and reliability requirements of today's IP core backbones.
Atualização 28/07/2012
Switch's utilizados em Backbones
A linha de Switch mais utilizada nos backbones é a linha 12000 da Cisco.
A série de roteadores Gigabit Switch 12000 da Cisco é o tipo de equipamento utilizado no backbone da Internet. Esses roteadores usam o mesmo tipo de projeto dos mais poderosos supercomputadores do mundo, um projeto que liga muitos processadores diferentes com uma série de comutadores extremamente rápidos. A série 12000 usa processador de 200 MHz MIPS R5000, o mesmo tipo de processador usado nas estações de trabalho que geraram muitas das animações de computadores e efeitos especiais usados nos filmes. O maior modelo da série 12000, o 12016, usa uma série de comutadores que podem gerenciar até 320 bilhões de bits de informações por segundo e, quando completamente carregado com placas, move tanto quanto 60 milhões de pacotes de dados a cada segundo.
Imagem Roteadores Cisco série 12000
Atualização 22/09/2012
Imagem do roteador multi-serviços Tellabs 8800
Estes roteadores multi-serviços fornecem transporte da conexão "backhaul" para os clientes. Comunicam-se com os Dslam's através de link STM-1 e conexões GigE.
Atualização 04/05/2021
Novo Cabo Ellalink Ligará Brasil - Europa
- Um pouco sobre a Ellalink:
EllaLink é uma plataforma óptica avançada que oferece conectividade segura de alta capacidade em uma rota transatlântica exclusiva, de baixa latência, atendendo às necessidades crescentes dos mercados latino-americano e europeu. A rede EllaLink conecta diretamente o Brasil e a Europa, ligando os principais hubs de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza com Lisboa, Madrid e Marselha.
O sistema EllaLink foi construído com tecnologia de última geração, oferecendo inicialmente 100 Tbps de capacidade em quatro pares de fibras diretas entre a Europa e o Brasil. Os locais de pouso em Fortaleza (Brasil) e Sines (Portugal) foram garantidos e EllaLink está programada para estar pronta para serviço em maio de 2021. EllaLink é uma empresa privada e independente comprometida em fornecer produtos e serviços em uma operadora neutra e de acesso aberto . Marguerite II, é um fundo de ações pan-europeu, ativo nos setores de energias renováveis, energia, transportes e infraestrutura digital, é o principal acionista da EllaLink.
Wikpedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/EllaLink
(Espaço reservado a atualizações)
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Pessoal
Este tópico tem a finalidade de que os usuários possam compreender um pouco mais sobre o que agrega uma rede, temos o hábito de esbravejar contra as operadoras, mas muitos dos problemas estão além dessas operadoras, conhecendo o funcionamento é mais fácil entender os problemas, um roteador de borda defeituoso, um peering mal feito, um servidor quebrado enfim, pode ocorrer muitos problemas que a operadora não pode fazer nada, a complexidade é muito maior do que se apresenta.
Abraços.
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