Boa Tarde Senhores,
Antes de mais nada, gostaria de pedir a GENTILEZA de termos um debate RACIONAL e sem preconceitos acerca do assunto.
Estou postando nessa seção por estar cônscio de que aqui não haverão adolescentes arrogantes sem argumentos ou embasamentos. Enfim...
Tenho 28 anos, dos quais 8 deles sou usuário da Cannabis Sativa. Droga popularmente conhecida como Maconha.
Sou solteiro e tenho uma filha com a idade do tempo que uso a erva.
Quando era mais jovem, lá pelos meus 14~15 anos de idade, sabia que meu irmão fumava com seus amigos. Algumas vezes aqui em casa mesmo.
Tinha muito preconceito para com a erva sem mesmo saber o motivo. Na verdade, eu culpava o cheiro que achava desagradável. Não entendia o porquê odiava tanto. Não podia ser somente pelo cheiro. Talvez o tanto que as pessoas falavam, acabei acreditando em tudo e por fim acabei criando um certo preconceito.
Quando estava com 19 para 20 anos, estava passando por uma situação complicada no meu relacionamento com a mãe da minha filha que já estava para nascer.
Frequentava a casa de um colega que na frente era um bar e atrás, sua antiga residência. Dávamos festas com churrasco, bebidas de graça e muita, muita droga. Das quais Maconha e Cocaína imperavam.
Certo dia tive a curiosidade de experimentar maconha (Nos meus 16 anos, tinha experimentado cocaína, mas maconha, nunca). Achei aquilo o máximo. O ápice da alegria. O apogeu do relaxamento. Vi, na maconha, uma válvula de escape para os problemas cotidianos. Tinha um problema? Era só fumar um beck e pronto! Tudo estava mais tranquilo, conseguia pensar com mais calma.
No começo fumava muito pouco. Não conseguia dar mais do que 6 pegas no baseado que não aguentava a brisa.
Fumava apenas nos finais de semana que ia pra casa desse meu colega (ou seja, todos os fins de semana) até que a quantidade que estava fumando já não era suficiente. Já não e dava mais aquele 'barato' do começo. Então, comecei a fumar em quantidades maiores.
Naquela época, não conseguia bolar (fazer o cigarro), então não tinha como fumar muito mais do que um baseado com um colega.
Coloquei na minha cabeça que deveria aprender a bolar sozinho, para então poder fumar sozinho a quantidade que eu quisesse. E assim aconteceu...
Depois disso, comecei a comprar 50g por mês (que dá R$ 150,00 - maconha de 'qualidade') e a fumar todas essas 50g.
Meu pai faleceu, meu irmão mais velho (não o que fumava) acabou saindo de casa, minha mãe foi morar em outra cidade e deixou eu e meu irmão (o que fuma) morando aqui, sozinhos.
Fizemos do nosso apartamento, a Babilônia. Fumávamos MUITA maconha. Coisa de 4~5 baseados POR DIA da semana e nos finais de semana cerca de 8~10 POR DIA.
Percebi então que estava há muito tempo viciado. E um viciado crônico. Não de chegar ao ponto de roubar, pois creio eu que a maconha não te deixa na paranoia de char a esse ponto.
Eu era uma pessoa que, depois que comecei a fumar, defendia a legalização da droga com unhas e dentes. Argumentando sempre à favor e com provas científicas. Mas na maioria das vezes, médicas e não recreativas.
A maconha me ajudou MUITO a crescer. Eu era uma pessoa fechada, reservada e que tinha uma visão muito limitada de tudo.
Estou tentando parar, mas é muito difícil. Consegui, com muita força de vontade e consciência, dar uma diminuída radical.
Agora, fumo 1 baseado por semana. Trabalho de manhã e a tarde, de noite vou para a faculdade e quando volto, dou dois, três pegas, briso um pouco na internet, jogos ou em algo na tv e vou dormir.
Fins de semana, fumo só um e de noite.
Minha conclusão: Se você não fuma, mas tem vontade de experimentar. NÃO EXPERIMENTE. Por mais que você diga "Eu sei a hora de parar", você estará mentindo para você mesmo. Pois um vício não é nada fácil de largar. E eu sou a prova viva disso.
O tempo dela me ajudar já foi. Ela já abriu minha mente e agora está me prejudicando.
Quando não tenho um beck pra fumar, fico muito nervoso. Não ao ponto de sair quebrando tudo. Mas de dar coices em pessoas queridas.
Sem contar o gasto não só com a maconha em si, mas também com 'laricas'. O uso da erva vem acompanhado de um rombo no estômago, que te dá vontade de comer tudo -no meu caso, doces.
Até nisso ela me prejudicou: Estou com um dente cariado que terá que ser arrancado. Meu dentista me disse: "Em pleno século XXI ter que arrancar um dente com tantas opções para a higiene bucal".
Não que eu não fazia a higiene. Pelo contrário, fazia até muito bem. Mas o problema era o excesso de açúcar.
Bom, espero um dia largar dessa merdda de uma vez por todas. Pode soar meio estranho, mas tenho consciência de que devo parar de uma vez por todas para focar definitivamente e somente na minha carreira. Pois na sala de aula, mesmo reduzindo o uso, ainda fico um pouco desconcentrado, meio avoado. E isso não está sendo bom, vez que, ganho um salário-miséria que só da pra pagar a faculdade, pagar a condução e pensão alimentícia.
Portanto pessoal, antes de querer se aventurar na 'brisa' da maconha, em ser 'descolado' e 'cool', pensem que seu uso recreativo agora, pode se tornar um vício crônico amanhã.
Por esse motivo, pode ser egoísta e limitado para uns, mas hoje não sou mais à favor da legalização da maconha. Pois, por experiência de vida, afirmo que ela não é uma 'erva natural que não faz mal à ninguém'.
Abraços e mais uma vez peço: Sem julgamentos e preconceitos. Vamos tentar debater esse assunto seríssimo que está em pauta, inclusive no Congresso Nacional.
Antes de mais nada, gostaria de pedir a GENTILEZA de termos um debate RACIONAL e sem preconceitos acerca do assunto.
Estou postando nessa seção por estar cônscio de que aqui não haverão adolescentes arrogantes sem argumentos ou embasamentos. Enfim...
Tenho 28 anos, dos quais 8 deles sou usuário da Cannabis Sativa. Droga popularmente conhecida como Maconha.
Sou solteiro e tenho uma filha com a idade do tempo que uso a erva.
Quando era mais jovem, lá pelos meus 14~15 anos de idade, sabia que meu irmão fumava com seus amigos. Algumas vezes aqui em casa mesmo.
Tinha muito preconceito para com a erva sem mesmo saber o motivo. Na verdade, eu culpava o cheiro que achava desagradável. Não entendia o porquê odiava tanto. Não podia ser somente pelo cheiro. Talvez o tanto que as pessoas falavam, acabei acreditando em tudo e por fim acabei criando um certo preconceito.
Quando estava com 19 para 20 anos, estava passando por uma situação complicada no meu relacionamento com a mãe da minha filha que já estava para nascer.
Frequentava a casa de um colega que na frente era um bar e atrás, sua antiga residência. Dávamos festas com churrasco, bebidas de graça e muita, muita droga. Das quais Maconha e Cocaína imperavam.
Certo dia tive a curiosidade de experimentar maconha (Nos meus 16 anos, tinha experimentado cocaína, mas maconha, nunca). Achei aquilo o máximo. O ápice da alegria. O apogeu do relaxamento. Vi, na maconha, uma válvula de escape para os problemas cotidianos. Tinha um problema? Era só fumar um beck e pronto! Tudo estava mais tranquilo, conseguia pensar com mais calma.
No começo fumava muito pouco. Não conseguia dar mais do que 6 pegas no baseado que não aguentava a brisa.
Fumava apenas nos finais de semana que ia pra casa desse meu colega (ou seja, todos os fins de semana) até que a quantidade que estava fumando já não era suficiente. Já não e dava mais aquele 'barato' do começo. Então, comecei a fumar em quantidades maiores.
Naquela época, não conseguia bolar (fazer o cigarro), então não tinha como fumar muito mais do que um baseado com um colega.
Coloquei na minha cabeça que deveria aprender a bolar sozinho, para então poder fumar sozinho a quantidade que eu quisesse. E assim aconteceu...
Depois disso, comecei a comprar 50g por mês (que dá R$ 150,00 - maconha de 'qualidade') e a fumar todas essas 50g.
Meu pai faleceu, meu irmão mais velho (não o que fumava) acabou saindo de casa, minha mãe foi morar em outra cidade e deixou eu e meu irmão (o que fuma) morando aqui, sozinhos.
Fizemos do nosso apartamento, a Babilônia. Fumávamos MUITA maconha. Coisa de 4~5 baseados POR DIA da semana e nos finais de semana cerca de 8~10 POR DIA.
Percebi então que estava há muito tempo viciado. E um viciado crônico. Não de chegar ao ponto de roubar, pois creio eu que a maconha não te deixa na paranoia de char a esse ponto.
Eu era uma pessoa que, depois que comecei a fumar, defendia a legalização da droga com unhas e dentes. Argumentando sempre à favor e com provas científicas. Mas na maioria das vezes, médicas e não recreativas.
A maconha me ajudou MUITO a crescer. Eu era uma pessoa fechada, reservada e que tinha uma visão muito limitada de tudo.
Estou tentando parar, mas é muito difícil. Consegui, com muita força de vontade e consciência, dar uma diminuída radical.
Agora, fumo 1 baseado por semana. Trabalho de manhã e a tarde, de noite vou para a faculdade e quando volto, dou dois, três pegas, briso um pouco na internet, jogos ou em algo na tv e vou dormir.
Fins de semana, fumo só um e de noite.
Minha conclusão: Se você não fuma, mas tem vontade de experimentar. NÃO EXPERIMENTE. Por mais que você diga "Eu sei a hora de parar", você estará mentindo para você mesmo. Pois um vício não é nada fácil de largar. E eu sou a prova viva disso.
O tempo dela me ajudar já foi. Ela já abriu minha mente e agora está me prejudicando.
Quando não tenho um beck pra fumar, fico muito nervoso. Não ao ponto de sair quebrando tudo. Mas de dar coices em pessoas queridas.
Sem contar o gasto não só com a maconha em si, mas também com 'laricas'. O uso da erva vem acompanhado de um rombo no estômago, que te dá vontade de comer tudo -no meu caso, doces.
Até nisso ela me prejudicou: Estou com um dente cariado que terá que ser arrancado. Meu dentista me disse: "Em pleno século XXI ter que arrancar um dente com tantas opções para a higiene bucal".
Não que eu não fazia a higiene. Pelo contrário, fazia até muito bem. Mas o problema era o excesso de açúcar.
Bom, espero um dia largar dessa merdda de uma vez por todas. Pode soar meio estranho, mas tenho consciência de que devo parar de uma vez por todas para focar definitivamente e somente na minha carreira. Pois na sala de aula, mesmo reduzindo o uso, ainda fico um pouco desconcentrado, meio avoado. E isso não está sendo bom, vez que, ganho um salário-miséria que só da pra pagar a faculdade, pagar a condução e pensão alimentícia.
Portanto pessoal, antes de querer se aventurar na 'brisa' da maconha, em ser 'descolado' e 'cool', pensem que seu uso recreativo agora, pode se tornar um vício crônico amanhã.
Por esse motivo, pode ser egoísta e limitado para uns, mas hoje não sou mais à favor da legalização da maconha. Pois, por experiência de vida, afirmo que ela não é uma 'erva natural que não faz mal à ninguém'.
Abraços e mais uma vez peço: Sem julgamentos e preconceitos. Vamos tentar debater esse assunto seríssimo que está em pauta, inclusive no Congresso Nacional.
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