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Jogos e Propagandas eram comuns na década de 1990

Sonymaster

Jogador de Videogame das décadas 1980/1990.
Colaborador
Poucas coisas na vida conseguem nos trazer a interessante mistura de notalgia, alegria e vergonha alheia como os gloriosos anos 90. Hoje, com outros olhos, percebemos que quadros como a Piscininha do Gugu não era tão bacanas de passar na TV aberta em uma tarde de domingo ou que versos como "Pau que nasce torto nunca se endireita" talvez não fossem muito adequados para serem cantados em programas infantis.

Mas a verdade é que isso não era uma exclusividade nem do Brasil, e nem da televisão. Mesmo no que diz respeito a videogames, esta época também deixou sua parcela de "cretinice" no mundo dos videogames, principalmente quando nos lembramos que muitas marcas se infiltravam nos jogos, sem necessariamente deixar claro de que aquilo se tratava de uma propaganda, e ainda os vendiam custando o mesmo que os jogos tradicionais. Pois é, hora de ler o Coleção Retrô desta semana.

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Os tempo eram outrosQuando ouvimos falar da palavra advergames, logo nos vem a cabeça um destes banners que se expandem pela tela inteira em um site e trazem alguma proposta de jogo interativo que chega a doer na própria alma chamar de videogame. E pois mais que seja difícil desvencilhar o termo da ideia de um jogo de uma ou duas fases onde o protagonista precisa coletar o maior número de desodorantes da marca X enquanto foge dos da Y e Z, no passado eles foram responsáveis por jogos decentes.

Por mais que "bom" não seja exatamente a palavra que reflita a qualidade dos jogos que apresentaremos a seguir, a verdade é que eles podem ser pelo menos considerados "videogames de verdade". Isto é, tirando o fato de que eles expunham crianças as marcas e ao consumo, eram vendidos como jogos normais (e caros também) e que a inocência (ou até falta de informação) de muitos pais não os permitia enxergar qualquer problema nisso.

E quando dizemos que estes jogos eram decentes, era porque muitas vezes eles era feitos por desenvolvedoras decentes: como Capcom, Ubisoft e por aí vai. Se hoje seria praticamente impensável ver empresas deste porte criando jogos em nome do bom e velho "patrocínio" para o PS4, XOne ou Wii U, nos anos 90 isso não era lá tão raro de acontecer.

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Nesta matéria, separamos os jogos em dois blocos: Jogos Decentes e Menções Honrosas. Em Jogos Decentes apresentaremos jogos que realmente tiveram uma preocupação em divertir o jogador além de, é claro, promover sua marca. Neste quesito falaremos de Cool Spot, jogo do mascote da extinta marca de refrigerantes 7-Up , Yo! Noid, game do personagem da Pizzaria Domino's e Mick and Mack Gobal Gladiators, que ajudou a divulgar o Mc Donald's como uma empresa ecologicamente correta.

Já em Menções Honrosas, serão discutidos games que valem a pena serem lembrados, ou porque "deram certo" comercialmente, como Chester Cheetah: Too Cool to Fool, por serem ideias cretinas, como FPS Taco Bell's Tasty Temple, ou que simplesmente seriam impossíveis de serem lançados hoje, como um certo jogo de corrida com foco nas garçonetes de uma cadeia de bares, Hooters Road Trip.

Cool Spot

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Disparado um dos advergames (se é que podemos chamá-los assim) mais bem feitos em sua época do ponto de vista técnico, Cool Spot traz as aventuras do mascote de mesmo nome da marca de refrigerante 7-Up. Sendo um jogo genuinamente divertido, ele traz uma mistura de plataforma com elementos de run and gun muito interessante, além de contar com animações e trilha sonoras dignas dos melhores jogos da geração de 16 bits. Não é a toa que ele foi lançado para praticamente todas as plataformas relevantes da época: Mega Drive, Master System,Game Gear, SNES, Game Boy e DOS.

Como veremos a seguir, este foi um dos únicos exemplos de jogos cujo tom de propaganda chegou a fazer sentido em território nacional. Lançado em agosto de 1994, o game chegou por estas bandas apenas alguns meses antes do refrigerante, que teve sua estreia no Brasil no ano seguinte. Apesar de seu bom videogame, patrocínio de grandes clubes de futebol (como o Botafogo) e suas enormes campanhas publicitárias, as baixas vendas do produto o fizeram sair do mercado apenas dois anos depois, em 1997. Mas se você for um publicitário e adorar "curtir as marcas", ainda dá para jogar o game tomando um gole de H2OH!, que usa uma versão mais light, com menos gás e açucares, da fórmula do 7-Up original. Isso que é uma jogatina refrescante!

Yo! Noid

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Lançado em novembro de 1990, Yo! Noid foi um run' n gun para o NES que contava as aventura de The Noid, mascote entregador de pizzas da Domino's. Produzido pela Capcom, o game na verdade é a versão ocidental de um game japonês chamado Kamen no ninja Hanamaru (algo como "Ninja Mascarado Hanamaru"), cujos sprites foram refeitos para representar o mascote da pizzaria.

Curiosamente, a rede Domino's só foi chegar ao Brasil em 2004, 14 anos depois do jogo. Ainda assim, o título recebeu uma atenção especial da mídia nacional na época, pois além de ser um jogo divertido também era completamente maluco. E convenhamos que isto até era de ser esperar, já que trocaram um ninja por um entregador de pizzas.

Mick and Mack


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Um dos melhores exemplos de advergame original e bem feito, Mick and Mack: Global Gladiators é o resultado de uma bem sucedida parceria entre a Virgin Interactive, responsável por jogos como Rei Leão e Alladin, e a rede de fast-food Mc Donald's, que queria comunicar a sua posição como apoiadora da preservação ambiental. O jogo foi lançado em 1992 para Mega-Drive, Master System e Game Gear, e por incrível que pareça, não é apelativo.

Transportados para um mundo de histórias em quadrinhos, os protagonistas Mick and Mack (na época conhecidos como MC Kids nas propagandas de TV da rede de restaurantes nos EUA) precisam confiar em suas poderosas armas de ketchup e mostarda para derrotar monstros de lixo tóxico que ameaçam poluir o mundo. Além de ser elogiado até mesmo pelo Green Peace, o jogo teve uma ótima recepção do público, sendo muitas vezes referido como um Earthworm Jim "consciente". Isso sem falar de sua música de menu que é uma das mais "descoladas" de sua geração

Chester Cheetah: Too Cool to Fool

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Lançado para SNES e Mega-Drive respectivamente em 1992 e 1993 , Chester Cheetah: Too Cool to Fool traz como protagonista o famoso guepardo mascote da linha de salgadinhos Cheetos. Apesar de seu considerável sucesso (o game chegou até a receber uma sequência, chamada Wild Wild Quest no ano seguinte), o jogo possui sinais clássicos de falta de investimento em sua produção, como animações ruins e sprites reaproveitados demais. Mas o game cumpre seu papel de divertir o jogador, principalmente para aqueles se empenharem na missão de encontrar cada uma das peças de scooter escondidas em cada uma das fases.

Taco Bell Tasty Temple Challenge

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Provavelmente o jogo mais honesto entre todos os apresentados nesta coluna, Taco Bell Tasty Temple Challenge foi produzido pela cadeia de restaurantes de comida mexicana Taco Bell e entregue gratuitamente às crianças que comiam no local. Com a "incrível" ideia de juntar FPS e comida mexicana, o jogador é convidado a explorar o "Saboroso Templo do Taco Bell" enquanto atira os picantes molhos do restaurante para matar cobras, escorpiões e outros animais no maior estilo Doom. Uma obra-prima.

Hooters Road Trip


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Da série "jogos dos quais a Ubisoft não se orgulha", Hooters Road Trip foi feito em uma parceria entre a desenvolvedora e a rede de bares Hooters, que veio para o Brasil em 2010. Apesar do jogo de corrida lançado em 2002 para PC e PS1 contar com uma jogabilidade razoável, ele consegue falhar até mesmo na missão de ser uma simples cópia da série Cruis'n, e ainda consegue enfiar ali no meio um bando de garçonetes e mulheres de biquíni de forma totalmente sexualizada e sem contexto algum. Nos dias de hoje, um game como este provavelmente nem seria lançado, ainda mais sendo vendido pelo mesmo preço de um jogo tradicional. Com certeza é algo do qual a Ubisoft quer esquecer que existiu.

Fonte: Coleção Retrô: Jogos e Propagandas (ign.com)
 

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