Meritocracia: existe?

A meritocracia existe?

  • Sim, com toda certeza

    Votes: 28 36.4%
  • Neutro

    Votes: 12 15.6%
  • Não, palavra chata pra calar pobre

    Votes: 37 48.1%

  • Total de votos
    77
Como falei, no conceito social não tem como aplicar, ninguém nasce em condições exatamente iguais. Mas não é porque ele não é aplicado de forma ampla dentro de uma sociedade como todo que as pessoas não podem aplicar em pequenos locos.
Por exemplo, você tem 10 vendedores, eles vendem os mesmos produtos, trabalham a mesma carga horário, eu tenho que aplicar o conceito de comissão, quem vender mais, receber salário maior. Isso é aplicável.
Mas pela lógica já descrita no tópico, sempre irá haver alguma circunstância que colococará um vendedor na frente do outro, por mais iguais que sejam as circunstâncias do emprego, o que anularia completamente a chance de haver meritocracia em qualquer situação prática.
Acho que há muita confusão, o que a maioria das pessoas quer dizer com meritocracia é na verdade reconhecimento, seja por esforço, seja por agregação de valor (o que eu acho mais interessante).
As pessoas não estão buscando avaliar as condições desde o nascimento até o ponto em que se está quando falam em meritocracia ou buscam aplicá-la, geralmente estão buscando avaliar alguma métrica de desempenho de uma situação especifica, limitada, para distribuição de recompensas ou permissão de acesso.

No extremo, nunca vai haver meritocracia pelo sentido puro, pois todos os cérebros raciocinam de formas diferentes, individuais, então nunca vai haver essa igualdade de condições que é a premissa estabelecida para a meritocracia no sentido mais teórico.
Mas essa aplicação "popular" da meritocracia, que é o reconhecimento de valor, é um dos motores das relações sociais.
 
Última edição:
Você está se referindo a ganho proporcional, e não em meritocracia. Um dos maiores males que venho observando na geração atual está em destoar semântica de certas palavras e termos. Isso dificulta qualquer tipo de diálogo.
O Ganho proporcional ele vem de algum conceito. Que no caso é o conceito de mérito:
"Meritocracia é um sistema ou modelo de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais de cada indivíduo."
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Mas pela lógica já descrita no tópico, sempre irá haver alguma circunstância que colococará um vendedor na frente do outro, por mais iguais que sejam as circunstâncias do emprego, o que anularia completamente a chance de haver meritocracia em qualquer situação prática.
Acho que há muita confusão, o que a maioria das pessoas quer dizer com meritocracia é na verdade reconhecimento, seja por esforço, seja por agregação de valor (o que eu acho mais interessante).
As pessoas não estão buscando avaliar as condições desde o nascimento até o ponto em que se está quando falam em meritocracia ou buscam aplicá-la, geralmente estão buscando avaliar alguma métrica de desempenho de uma situação especifica, limitada, para distribuição de recompensas ou permissão de acesso.

No extremo, nunca vai haver meritocracia pelo sentido puro, pois todos os cérebros raciocinam de formas diferentes, individuais, então nunca vai haver essa igualdade de condições que é a premissa estabelecida para a meritocracia no sentido mais teórico.
Mas essa aplicação "popular" da meritocracia, que é o reconhecimento de valor, é um dos motores das relações sociais.
Mas o conceito pode aplicar, o erro é achar que algum conceito/teoria é 100% real.
Mas pela lógica já descrita no tópico, sempre irá haver alguma circunstância que colococará um vendedor na frente do outro, por mais iguais que sejam as circunstâncias do emprego, o que anularia completamente a chance de haver meritocracia em qualquer situação prática.
Acho que há muita confusão, o que a maioria das pessoas quer dizer com meritocracia é na verdade reconhecimento, seja por esforço, seja por agregação de valor (o que eu acho mais interessante).
As pessoas não estão buscando avaliar as condições desde o nascimento até o ponto em que se está quando falam em meritocracia ou buscam aplicá-la, geralmente estão buscando avaliar alguma métrica de desempenho de uma situação especifica, limitada, para distribuição de recompensas ou permissão de acesso.

No extremo, nunca vai haver meritocracia pelo sentido puro, pois todos os cérebros raciocinam de formas diferentes, individuais, então nunca vai haver essa igualdade de condições que é a premissa estabelecida para a meritocracia no sentido mais teórico.
Mas essa aplicação "popular" da meritocracia, que é o reconhecimento de valor, é um dos motores das relações sociais.
Concordo que mesmo neste ambiente ainda vai existir desvantagens, mas ainda é possível comparar. Uma equipe pode receber treinamentos, feedbacks.
Se ir ao extremo é um debate que não tem sentido, mas se pegarmos pequenos ambientes como falei, porque numa turma onde se formaram 50 engenheiros, o que fez com que de repente um chegasse em tal nível ? Eles tiveram os mesmos professores, os mesmos materiais. Em algum momento um estava de ressaca da balada, o outro estava estudando por fora alguma especialização, ou um estava se dedicando ao estágio, em face de outro que só estudava. Qual foi o ponto para com que um fique rico e outro pobre ou classe média.
 
Última edição:
"Meritocracia é um sistema ou modelo de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais de cada indivíduo."
Pera pera pera. Você trouxe o conceito de um site chamado "significados"? Não leu a definição que trouxe do criador do termo, no livro escrito em 1958? Sério isso?

Essa sua definição é tão rasa que ela traz um paradoxo, ao dizer que meritocracia é um sistema baseado em mérito. Ou seja, é um mérito baseado em mérito. Não faz o menor sentido.
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Mas pela lógica já descrita no tópico, sempre irá haver alguma circunstância que colococará um vendedor na frente do outro, por mais iguais que sejam as circunstâncias do emprego, o que anularia completamente a chance de haver meritocracia em qualquer situação prática.
Acho que há muita confusão, o que a maioria das pessoas quer dizer com meritocracia é na verdade reconhecimento, seja por esforço, seja por agregação de valor (o que eu acho mais interessante).
As pessoas não estão buscando avaliar as condições desde o nascimento até o ponto em que se está quando falam em meritocracia ou buscam aplicá-la, geralmente estão buscando avaliar alguma métrica de desempenho de uma situação especifica, limitada, para distribuição de recompensas ou permissão de acesso.

No extremo, nunca vai haver meritocracia pelo sentido puro, pois todos os cérebros raciocinam de formas diferentes, individuais, então nunca vai haver essa igualdade de condições que é a premissa estabelecida para a meritocracia no sentido mais teórico.
Mas essa aplicação "popular" da meritocracia, que é o reconhecimento de valor, é um dos motores das relações sociais.
Exatamente isso.

É algo tão simples e bobo que qualquer um consegue entender ser utópico.
 
Pera pera pera. Você trouxe o conceito de um site chamado "significados"? Não leu a definição que trouxe do criador do termo, no livro escrito em 1958? Sério isso?

Essa sua definição é tão rasa que ela traz um paradoxo, ao dizer que meritocracia é um sistema baseado em mérito. Ou seja, é um mérito baseado em mérito. Não faz o menor sentido.
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Exatamente isso.

É algo tão simples e bobo que qualquer um consegue entender ser utópico.
Se fosse simples e bobo não haveria tantos artigos científicos na área de economia/sociologia discutindo sobre isso. Não acha presunção da tua parte?
Você está apenas falando de etimologia, ou puxando a fonte das palavras, ou fala que é algo simples, mas em nenhum momento elaborou qualquer tipo de argumento . Sempre indo para um lado pejorativo sobre A PESSOA que esta debatendo e não sobre o conteúdo em SI, falando que é algo BOBO, que as pessoas não sei o que, isso não é debate.
 
Se fosse simples e bobo não haveria tantos artigos científicos na área de economia/sociologia discutindo sobre isso. Não acha presunção da tua parte?
Você está apenas falando de etimologia, ou puxando a fonte das palavras, ou fala que é algo simples, mas em nenhum momento elaborou qualquer tipo de argumento . Sempre indo para um lado pejorativo sobre A PESSOA que esta debatendo e não sobre o conteúdo em SI, falando que é algo BOBO, que as pessoas não sei o que, isso não é debate.
Estou apenas falando de etimologia? Não estou elaborando argumento? Estou usando apenas o lado pejorativo? Você viu as páginas anteriores ou caiu de paraquedas? Uma página atrás disse ser a favor do uso distorcido do termo meritocracia quando aplicado no âmbito psicológico, como estímulo. Seu erro é tentar falar sobre algo sem ter conhecimento, seja sobre o que eu disse ou sobre o tema, achando que um 'google' e pegando a primeira coisa que aparecer fosse servir como embasamento para algo.

Quais artigos refletem sobre o conceito da meritocracia e defende que ela é verdadeira? Você conhece algum? Poderia trazer, por favor ou só está falando palavras genéricas na intenção de encher linguiça? Te dou aqui duas dissertações de mestrado, onde uma apenas corrobora com o que disse, de ser utópico e inaplicável, e outra traz para um ponto que também citei, do fator psicológico, de ser usado como estímulo para se atingir metas.

Dissertação de mestrado da UFSC
A meritocracia pode ser considerada um critério de justiça para a estrutura básica da sociedade? Na resposta dessa pergunta, discute-se a evolução histórica do conceito de mérito individual como um princípio que nasce progressista na Modernidade e transforma-se, principalmente com a ascensão da ideologia neoliberal, em uma estratégia de legitimação do status quo atual. A meritocracia então não é um critério de justiça para a estrutura básica da sociedade porque, ao afirmar a total responsabilidade do indivíduo no alcance de seus objetivos, permite que outras desigualdades moralmente arbitrárias (como aquelas oriundas de circunstâncias de nascimento e sociais), perpetuem-se e que influenciem injustamente a formação e possibilidade de realização dos projetos pessoais de vida.

Dissertação de mestrado da Fundação Pedro Leopoldo
A discussão teórica desenvolvida por esta dissertação tem a meritocracia como tema central, a avaliação de desempenho como instrumento para sua execução e traços da cultura brasileira como o elemento influenciador do processo. Meritocracia é entendida como um conjunto de valores que define os lugares do indivíduo e a sua recompensa por meio do seu desempenho, rejeitando toda e qualquer forma de privilégio hereditário ou corporativo. A meritocracia nas organizações pode ser exercida por meio da avaliação de desempenho e da atribuição do mérito. Pesquisas e estudos confirmam que existem alguns traços da cultura brasileira que influenciam o processo de avaliar o desempenho e, por consequência, de atribuir o mérito. Assim, esta dissertação tem como objetivo identificar como os traços da cultura brasileira influenciam a forma de avaliar e de atribuir o mérito na Empresa Alvo, segundo a percepção dos avaliados. Foi realizado estudo de caso de caráter descritivo e quantitativo na Empresa Alvo, que atua no Brasil no setor de telecomunicações e que aplica um sistema de meritocracia desde 2001. Os dados foram coletados por meio de documentos da empresa, entrevistas com dois executivos e questionários aplicados aos gerentes, coordenadores e supervisores da empresa Alvo. Obtiveram-se 232 respostas válidas consideradas representativas da população, com margem de erro de 5% e nível de confiança de 95%. Para a análise dos dados, foram utilizadas técnicas univariadas, bivariadas e multivariadas. Os resultados indicaram que a avaliação de desempenho e atribuição do mérito na Empresa Alvo são realizadas por meio do Programa de Participação nos Resultados, descrito no Manual do Sistema de Gestão Políticas Internas. Tem objetivos, critérios, valores e metas claramente descritos, atrelando-se ao atingimento das metas estabelecidas para os gerentes e desdobradas até os níveis da operação, cujos resultados refletem-se nos bônus e prêmios. Na percepção dos avaliados, o mérito é consequência do desempenho, sendo considerada significativa e positiva a relação entre os dois constructos. Observou-se que os traços da cultura brasileira tomados como referência – ambiguidade, personalismo e distância do poder – exercem pouca influência na forma de avaliar o desempenho e de atribuir o mérito na Empresa Alvo. Por sua vez, os três construtos possuem peso alto na composição da avaliação de desempenho e no mérito, ressaltando a sua adequação para mensurá-los. Entretanto, a empresa deve estar atenta à impossibilidade da redução total da subjetividade no processo, atentando-se para aspectos comportamentais, como a comunicação sobre os critérios e a relação entre avaliado e avaliador, no tocante à troca de feedback. Concluiu-se que o fato de os respondentes perceberem forte relação entre o que fazem e como são reconhecidos sinaliza a legitimidade da meritocracia. Esta dissertação avança em termos acadêmicos ao comprovar e identificar os traços culturais que influenciam a avaliação de desempenho e a atribuição do mérito. Ao propor um questionário validado, propicia um instrumento de utilidade tanto para a academia quanto para as empresas, que podem utilizá-lo no diagnóstico de seu processo de meritocracia.

Você quer trazer para a realidade um termo onde o criador do mesmo o fez em clara intenção de deboche e escárnio com o esse pensamento de que cada pessoa é responsável pelo que alcança de bom e ruim na vida.
 
meritocracia não existe? então quer dizer que se eu poupar e investir no meu negócio, bolar um produto bem útil para as pessoas que melhore suas vidas e passe a ganhar grana com isso não estou sendo recompensado?

:hmm:

Melhor ficar dormindo até meio dia então. Estranho que na Lista de mais ricos do mundo tem uma porção que era pobre quando jovem. nem metade nasceu rico.
 
meritocracia não existe? então quer dizer que se eu poupar e investir no meu negócio, bolar um produto bem útil para as pessoas que melhore suas vidas e passe a ganhar grana com isso não estou sendo recompensado?

:hmm:

Melhor ficar dormindo até meio dia então. Estranho que na Lista de mais ricos do mundo tem uma porção que era pobre quando jovem. nem metade nasceu rico.
Sim, "meritocracia" existe, é só uma questão cosmética de etimologia e definição das palavras.
Do mesmo jeito que "meritocracia" era usada bastante como algo positivo há um tempo, como forma de reconheçer valor do esforço ou do resultado entregue, hoje é modinha no twitter "desmereçer" essa palavra se apegando a um sentido mais puro e utópico, o que geralmente é feito num contexto de uma discussão ideologica onde as pessoas se apegam a esse extremo utópico para embasar seus argumentos sobre igualdade e para desqualificar pessoas que usam a palavra as caracterizando como pessoas que estão se baseando em algo que não existe, quando na verdade 99% da galera se refere a reconhecimento e recompensa.
 
Sim, "meritocracia" existe, é só uma questão cosmética de etimologia e definição das palavras.
Do mesmo jeito que "meritocracia" era usada bastante como algo positivo há um tempo, como forma de reconheçer valor do esforço ou do resultado entregue, hoje é modinha no twitter "desmereçer" essa palavra se apegando a um sentido mais puro e utópico, o que geralmente é feito num contexto de uma discussão ideologica onde as pessoas se apegam a esse extremo utópico para embasar seus argumentos sobre igualdade e para desqualificar pessoas que usam a palavra as caracterizando como pessoas que estão se baseando em algo que não existe, quando na verdade 99% da galera se refere a reconhecimento e recompensa.
Espera um pouco. Se apegar à origem do termo é ser extremo? E quem usa hoje como justificativa para o sucesso ou fracasso de alguém está sendo mais coerente? Michael Young deve estar se revirando no túmulo com coisas assim.

É por isso que diálogos são difíceis nos dias de hoje. Cada pessoa acaba tendo seu próprio dicionário, onde cada palavra possui significado distinto. Não me espanta que quase tudo que o brasileiro resolve discutir é baseado em narrativas e não em fatos, dados ou conceitos. É praticamente um "Existe pra mim, então ele existe." ou algo como "Na minha opinião isso não faz sentido".

É BIZARRO.
 
Espera um pouco. Se apegar à origem do termo é ser extremo? E quem usa hoje como justificativa para o sucesso ou fracasso de alguém está sendo mais coerente? Michael Young deve estar se revirando no túmulo com coisas assim.

É por isso que diálogos são difíceis nos dias de hoje. Cada pessoa acaba tendo seu próprio dicionário, onde cada palavra possui significado distinto. Não me espanta que quase tudo que o brasileiro resolve discutir é baseado em narrativas e não em fatos, dados ou conceitos. É praticamente um "Existe pra mim, então ele existe." ou algo como "Na minha opinião isso não faz sentido".

É BIZARRO.
Se apegar a origem do termo não é ser extremo, mas pessoas hoje fazem muito uso do sentido utópico em situações extremas, independente do significado prático no contexto. Seu próprio post é um exemplo disso, da extrema polarização do debate atual. Porque eu critiquei pessoas que fazem esse uso, você já entendeu que eu estou classificando pessoas que usam o termo no outro extremo (que meritocracia seria algo completamente natural e coerente) como mais coerentes, quando na verdade eu já postei mais acima que o termo em sí é utópico quando levado ao pé da letra.

Diálogos são difíceis quando não se interpreta corretamente as coisas que são ditas nos seus contextos, essa é a origem da confusão com definições e significados.

É BIZARRO.
 
meritocracia não existe? então quer dizer que se eu poupar e investir no meu negócio, bolar um produto bem útil para as pessoas que melhore suas vidas e passe a ganhar grana com isso não estou sendo recompensado?

:hmm:

Melhor ficar dormindo até meio dia então. Estranho que na Lista de mais ricos do mundo tem uma porção que era pobre quando jovem. nem metade nasceu rico.
Do ponto de vista pessoal você pode dizer que foi meritocracia. Pro filho do bilhonário, vai parecer que você é um pobre esforçado. Pro político ladrão, você vai parecer um palhaço. Pro pobre, você vai parecer que tirou alguma vantagem no sistema. Não existe uma meritocracia universal que dá usar pra criticar os menos abastados de encostados e vagabundos, e os mais abastados, de esforçado e vencedores.
 
Se apegar a origem do termo não é ser extremo, mas pessoas hoje fazem muito uso do sentido utópico em situações extremas, independente do significado prático no contexto. Seu próprio post é um exemplo disso, da extrema polarização do debate atual. Porque eu critiquei pessoas que fazem esse uso, você já entendeu que eu estou classificando pessoas que usam o termo no outro extremo (que meritocracia seria algo completamente natural e coerente) como mais coerentes, quando na verdade eu já postei mais acima que o termo em sí é utópico quando levado ao pé da letra.

Diálogos são difíceis quando não se interpreta corretamente as coisas que são ditas nos seus contextos, essa é a origem da confusão com definições e significados.

É BIZARRO.
Não me referi ao seu outro post, mas ao que concorda da existência da meritocracia. Foi esse o ponto. De qualquer forma, se essa não foi sua intenção, pelo que repito ficou muito a parecer que tenha sido, fica aqui meu pedido de desculpas. Quero que saiba que, ao contrário do que se espera de muita gente por aqui, priorizo o diálogo acima de tudo, desde que ele seja produtivo, coisa que há algumas páginas não estava tendo.
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Do ponto de vista pessoal você pode dizer que foi meritocracia. Pro filho do bilhonário, vai parecer que você é um pobre esforçado. Pro político ladrão, você vai parecer um palhaço. Pro pobre, você vai parecer que tirou alguma vantagem no sistema. Não existe uma meritocracia universal que dá usar pra criticar os menos abastados de encostados e vagabundos, e os mais abastados, de esforçado e vencedores.
Para algumas pessoas é difícil entender isso.
 
Estou apenas falando de etimologia? Não estou elaborando argumento? Estou usando apenas o lado pejorativo? Você viu as páginas anteriores ou caiu de paraquedas? Uma página atrás disse ser a favor do uso distorcido do termo meritocracia quando aplicado no âmbito psicológico, como estímulo. Seu erro é tentar falar sobre algo sem ter conhecimento, seja sobre o que eu disse ou sobre o tema, achando que um 'google' e pegando a primeira coisa que aparecer fosse servir como embasamento para algo.

Quais artigos refletem sobre o conceito da meritocracia e defende que ela é verdadeira? Você conhece algum? Poderia trazer, por favor ou só está falando palavras genéricas na intenção de encher linguiça? Te dou aqui duas dissertações de mestrado, onde uma apenas corrobora com o que disse, de ser utópico e inaplicável, e outra traz para um ponto que também citei, do fator psicológico, de ser usado como estímulo para se atingir metas.

Dissertação de mestrado da UFSC
A meritocracia pode ser considerada um critério de justiça para a estrutura básica da sociedade? Na resposta dessa pergunta, discute-se a evolução histórica do conceito de mérito individual como um princípio que nasce progressista na Modernidade e transforma-se, principalmente com a ascensão da ideologia neoliberal, em uma estratégia de legitimação do status quo atual. A meritocracia então não é um critério de justiça para a estrutura básica da sociedade porque, ao afirmar a total responsabilidade do indivíduo no alcance de seus objetivos, permite que outras desigualdades moralmente arbitrárias (como aquelas oriundas de circunstâncias de nascimento e sociais), perpetuem-se e que influenciem injustamente a formação e possibilidade de realização dos projetos pessoais de vida.

Dissertação de mestrado da Fundação Pedro Leopoldo
A discussão teórica desenvolvida por esta dissertação tem a meritocracia como tema central, a avaliação de desempenho como instrumento para sua execução e traços da cultura brasileira como o elemento influenciador do processo. Meritocracia é entendida como um conjunto de valores que define os lugares do indivíduo e a sua recompensa por meio do seu desempenho, rejeitando toda e qualquer forma de privilégio hereditário ou corporativo. A meritocracia nas organizações pode ser exercida por meio da avaliação de desempenho e da atribuição do mérito. Pesquisas e estudos confirmam que existem alguns traços da cultura brasileira que influenciam o processo de avaliar o desempenho e, por consequência, de atribuir o mérito. Assim, esta dissertação tem como objetivo identificar como os traços da cultura brasileira influenciam a forma de avaliar e de atribuir o mérito na Empresa Alvo, segundo a percepção dos avaliados. Foi realizado estudo de caso de caráter descritivo e quantitativo na Empresa Alvo, que atua no Brasil no setor de telecomunicações e que aplica um sistema de meritocracia desde 2001. Os dados foram coletados por meio de documentos da empresa, entrevistas com dois executivos e questionários aplicados aos gerentes, coordenadores e supervisores da empresa Alvo. Obtiveram-se 232 respostas válidas consideradas representativas da população, com margem de erro de 5% e nível de confiança de 95%. Para a análise dos dados, foram utilizadas técnicas univariadas, bivariadas e multivariadas. Os resultados indicaram que a avaliação de desempenho e atribuição do mérito na Empresa Alvo são realizadas por meio do Programa de Participação nos Resultados, descrito no Manual do Sistema de Gestão Políticas Internas. Tem objetivos, critérios, valores e metas claramente descritos, atrelando-se ao atingimento das metas estabelecidas para os gerentes e desdobradas até os níveis da operação, cujos resultados refletem-se nos bônus e prêmios. Na percepção dos avaliados, o mérito é consequência do desempenho, sendo considerada significativa e positiva a relação entre os dois constructos. Observou-se que os traços da cultura brasileira tomados como referência – ambiguidade, personalismo e distância do poder – exercem pouca influência na forma de avaliar o desempenho e de atribuir o mérito na Empresa Alvo. Por sua vez, os três construtos possuem peso alto na composição da avaliação de desempenho e no mérito, ressaltando a sua adequação para mensurá-los. Entretanto, a empresa deve estar atenta à impossibilidade da redução total da subjetividade no processo, atentando-se para aspectos comportamentais, como a comunicação sobre os critérios e a relação entre avaliado e avaliador, no tocante à troca de feedback. Concluiu-se que o fato de os respondentes perceberem forte relação entre o que fazem e como são reconhecidos sinaliza a legitimidade da meritocracia. Esta dissertação avança em termos acadêmicos ao comprovar e identificar os traços culturais que influenciam a avaliação de desempenho e a atribuição do mérito. Ao propor um questionário validado, propicia um instrumento de utilidade tanto para a academia quanto para as empresas, que podem utilizá-lo no diagnóstico de seu processo de meritocracia.

Você quer trazer para a realidade um termo onde o criador do mesmo o fez em clara intenção de deboche e escárnio com o esse pensamento de que cada pessoa é responsável pelo que alcança de bom e ruim na vida.
Se eu ficar procurando no Scholar Google, acho qualquer dissertação, paper para justificar qualquer resposta. Quero que você com SEU PENSAMENTO, com a sua elaboração responda à alguns questionamentos. Sem ser pejorativa com a PESSOA que esta escrevendo, ou sem se desviar do assunto dizendo que tal palavra está sendo conceituado errado segundo "alguém", ou sem colocar um artigo que você sabe que ninguém aqui vai ficar lendo apenas para discutir na internet.

1 - Partindo como VERDADEIRA a hipótese que a meritocracia é uma utopia e que a discussão da mesma não existe, como você explicaria o fato de algumas pessoas receberem mais do que a outra? Se você considera que é pelo simples fato dela ter nascido em condições favoráveis, então você acha que tudo é pré determinado por um favorecimento social/genético? Se não, então tudo é de forma aleatória? Ou tudo é obra de Deus e pronto?

2 - Por que as empresas gastam tanto para selecionar seus trabalhadores, gastam tanto com análise de dados para avaliar a produtividade dos seus funcionários, bom, meritocracia não existe correto? Então porque gastar tanto tempo, dinheiro, energia buscando informações sobre a produtividade dos trabalhadores dos países e da empresas?

3 - Se uma pessoa passar a vida sem estudar, sem trabalhar, enquanto que a outra estudar, trabalhar, e buscar ser produtiva. Imagina que são milhões de pessoas fazendo isso, umas estudando mais, outras menos, lembrando que o discussão sobre meritocracia é inexistente, pois estamos aqui dentro da sua VERDADE que isso não tem discussão correto? Porque algumas recebem mais que a outra? Existe alguma correlação entre anos de estudo com rendimento/produtividade? Vai ter impacto no rendamento/produtividade ficar dormindo sem estudar e trabalhar??
 
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Reações: C.J
Para ter sucesso na vida vc precisa de duas coisas: capacidade e oportunidade.

A capacidade pode ser adquirida através de esforço, estudos etc.

A oportunidade depende de onde vc esta. Mesmo que seja um sistema de meritocracia as vezes, simplesmente, não tem "vaga"no momento.

Nesse mundo nada é preto no branco então com certeza vamos ter pessoas com alta capacidade e sem oportunidade e outras com média capacidade e que tiveram oportunidade.

Em um mundo imperfeito como o nosso o que realmente importa é como reagimos a ele.

Por ele ter suas falhas podemos apertar o botão do F ou fazer a nossa parte e seguir em frente em busca de um mundo melhor.
 
Se eu ficar procurando no Scholar Google, acho qualquer dissertação, paper para justificar qualquer resposta. Quero que você com SEU PENSAMENTO, com a sua elaboração responda à alguns questionamentos. Sem ser pejorativa com a PESSOA que esta escrevendo, ou sem se desviar do assunto dizendo que tal palavra está sendo conceituado errado segundo "alguém", ou sem colocar um artigo que você sabe que ninguém aqui vai ficar lendo apenas para discutir na internet.
Antes de te responder esse questionário, que diga-se de passagem é bobo, saiba que só por ter feito tais perguntas já fica claro que você sequer leu as páginas anteriores ou, sequer, se deu ao trabalho de seguir as fontes citadas. O mais curioso é ver você dizendo que se procurar acha, mas não trazer nenhuma, uma vez que defendeu claramente dizendo que havia artigos falando. E outra, ao fazer essas perguntas você acaba provando pra mim que desentende completamente as vontades do mercado, uma vez que não tem como entender e aceitar ela e acreditar nessa falácia da meritocracia, pois os pensamentos se confrontam.

Enquanto redigia a mensagem o @Pedro de Lara respondeu à todas as suas questões da maneira mais clara possível. Farei mesmo assim.

1 - Partindo como VERDADEIRA a hipótese que a meritocracia é uma utopia e que a discussão da mesma não existe, como você explicaria o fato de algumas pessoas receberem mais do que a outra? Se você considera que é pelo simples fato dela ter nascido em condições favoráveis, então você acha que tudo é pré determinado por um favorecimento social/genético? Se não, então tudo é de forma aleatória? Ou tudo é obra de Deus e pronto?
Não vamos partir como VERDADEIRA algo que é verdadeiro por si só. Digamos que vamos partir da realidade, que é este o caso. Algumas pessoas recebem mais que outra pelo simples fato que é assim que funciona a vida desde o início de tudo. Alguns herdam, outros constroem (com atalhos ou não), assim como alguns sobem de baixo. Em nenhum momento falei que a ascensão é uma mentira, no entanto, a premissa básica da meritocracia diz que todo o retorno depende única e exclusivamente do seu próprio esforço e isso sim é uma falácia, pois, por exemplo, um vendedor de cachorro quente pode se dedicar a semana inteira, 12 horas por dia e ser excelente em seu trabalho e ter seu negócio indo de mal a pior, seja pela cultura local ou pelo ponto, ou qualquer outra coisa e, ao mesmo tempo, ter um vendedor de pipoca que se dedica 2 a 4 horas por dia entre dois turnos de uma escola e vende excepcionalmente bem, muito mais que o vendedor de cachorro quente. Neste caso, quem se esforçou mais é claro que foi o vendedor de cachorro quente, mas o mercado não reage em torno do que teve mais esforço, nunca é assim. O mercado reage em torno daquele que correspondeu melhor as demandas daquele local, daquelas pessoas.

Dentre as milhares e até milhões de variáveis que impactam na vida de cada um, há sim a necessidade da auto qualificação. Há sim a necessidade do esforço individual, mas não apenas isso. É preciso receber oportunidades, que são diferentes para cada classe social; é preciso estar atento ao mercado e suas demandas e, dentre tantas outras, o timing também é extremamente importante. Tente ser um expert em datilografia hoje e verá que seu esforço pode não ser bem recompensado ou até mesmo abrir uma loja de venda de CDs no shopping. Ambos poderiam ser excelentes caminhos há algumas décadas e seu esforço pode não ser muito bem recompensado nos dias atuais.

2 - Por que as empresas gastam tanto para selecionar seus trabalhadores, gastam tanto com análise de dados para avaliar a produtividade dos seus funcionários, bom, meritocracia não existe correto? Então porque gastar tanto tempo, dinheiro, energia buscando informações sobre a produtividade dos trabalhadores dos países e da empresas?
Aqui você erra o conceito, algo bem simples, ao comparar meritocracia com produtividade. É por isso ser difícil diálogo, uma vez que você parece entender palavras com significados diferentes do que elas realmente são.

Não há causalidade da existência entre investimento e acompanhamento das empresas com seus funcionários e suas produtividades com a própria meritocracia. Esse é um simples indicador de desempenho individual, em um cenário que inflige intrinsecamente todos os pilares que sustentam o mérito ou meritocracia, qual seja, o retorno pelo seu esforço sem auxílio do Estado, Sociedade e Família. Bom, para qualquer funcionário, temos que este por sua vez está sendo ajudado naquele momento pela sociedade, através da oportunidade de emprego que recebeu, assim como chegou onde chegou graças, na sua maioria das vezes, à sua família. E, em alguns casos de pessoas que se qualificaram com bolsas de estudo, ou programas de aplicação de ensino públicos, como o ENEM, há aqui a ajuda do ESTADO. Sendo assim, não houve por qualquer funcionário um retorno exclusivo e unicamente dos seus esforços, visto que cada um deles está fazendo uso obrigatoriamente do primeiro item e podem estar fazendo uso dois dois posteriores.

3 - Se uma pessoa passar a vida sem estudar, sem trabalhar, enquanto que a outra estudar, trabalhar, e buscar ser produtiva. Imagina que são milhões de pessoas fazendo isso, umas estudando mais, outras menos, lembrando que o discussão sobre meritocracia é inexistente, pois estamos aqui dentro da sua VERDADE que isso não tem discussão correto? Porque algumas recebem mais que a outra? Existe alguma correlação entre anos de estudo com rendimento/produtividade? Vai ter impacto no rendamento/produtividade ficar dormindo sem estudar e trabalhar??
Aqui um esclarecimento. Não é minha verdade, mas A verdade. Esse tipo de discussão sobre ser verdade ou não, nenhum estudioso sério nos dias atuais sequer gasta tempo falando disso. Entenda, é uma discussão boba e irrelevante. Qualquer pesquisa lhe esclarece. A questão é você ter dúvida de algo e preguiça para entender, aí é outro problema. Feito o esclarecimento vamos à sua dúvida.

Aqui você repete a mesma pergunta 1, apenas com palavras diferentes. É óbvio que não se dedicar a algo diminui suas chances, assim como se dedicar a algo aumentam suas chances. Você precisa distinguir chance de certeza, possibilidade de inexorável sucesso. Porque ter mais chances e possibilidades não condiz com a meritocracia, uma vez que a palavra coloca certeza de que seu esforço será recompensado, algo que sabemos que não é sempre verdade.

E entenda. Essa discussão só chegou a essa distância pelo seu desconhecimento do significado da palavra meritocracia. Uma vez que soubesse que ela significava certeza de retorno e que sabe que nem sempre uma pessoa alcança algo pelo próprio esforço, está colocado em cheque essa utopia. Não é difícil de entender.

Muita gente confunde as coisas e, por desconhecimento bobo do básico que é a semântica das palavras, acabam associando mérito ou meritocracia à palavra justiça. Está tudo errado. Meritocracia possui critérios próprios a serem preenchidos para ser utilizada, enquanto que a justiça é um termo extremamente subjetivo, uma vez que ela parte do modo de entender de uma pessoa, onde esta está sujeita às realidades éticas e morais de sua sociedade. Por exemplo, no ato de um homossexual ser apedrejado, a depender do local, pode ser crime ou punição do estado pela sua orientação sexual. Em ambos os casos é aceito como justiça, seja, nos países que enxergam o apedrejamento como um crime, com a prisão do agressor ou, em países que acreditam que a homossexualidade seja um crime, com o fato da pessoa não se ver como hétero.
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Para ter sucesso na vida vc precisa de duas coisas: capacidade e oportunidade.

A capacidade pode ser adquirida através de esforço, estudos etc.

A oportunidade depende de onde vc esta. Mesmo que seja um sistema de meritocracia as vezes, simplesmente, não tem "vaga"no momento.

Nesse mundo nada é preto no branco então com certeza vamos ter pessoas com alta capacidade e sem oportunidade e outras com média capacidade e que tiveram oportunidade.

Em um mundo imperfeito como o nosso o que realmente importa é como reagimos a ele.

Por ele ter suas falhas podemos apertar o botão do F ou fazer a nossa parte e seguir em frente em busca de um mundo melhor.
Objetivo e sucinto. Excelente.
 
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Como já diz o primeiro posto, meritocracia é a ascenção proporcional ligada unicamente ao esforço e desempenho, ou seja, é óbvio que meritocracia não existe. TODOS, SEM EXCEÇÃO, irão subir caso seja aplicado algum esforço para isso, mas essa subida nunca será igual para ninguém, o que tem melhores contatos e mais dinheiro sempre vai subir mais, isso é um fato, não é como se fosse possível analisar como opinião.

Se eu, morador de bairro pobre da ZN do RJ, dedicar X horas por dia da minha vida aos estudos, irei chegar NO MESMO LUGAR que chegaria o filho do dono da Sadia estudando o mesmo número de horas? Algum desses 11 que votaram que meritocracia existe realmente acredita nisso?
 
Como já diz o primeiro posto, meritocracia é a ascenção proporcional ligada unicamente ao esforço e desempenho, ou seja, é óbvio que meritocracia não existe. TODOS, SEM EXCEÇÃO, irão subir caso seja aplicado algum esforço para isso, mas essa subida nunca será igual para ninguém, o que tem melhores contatos e mais dinheiro sempre vai subir mais, isso é um fato, não é como se fosse possível analisar como opinião.

Se eu, morador de bairro pobre da ZN do RJ, dedicar X horas por dia da minha vida aos estudos, irei chegar NO MESMO LUGAR que chegaria o filho do dono da Sadia estudando o mesmo número de horas? Algum desses 11 que votaram que meritocracia existe realmente acredita nisso?
Pois é.

Eu sinceramente acredito que eles desconhecem o significado da palavra.
 
Como já diz o primeiro posto, meritocracia é a ascenção proporcional ligada unicamente ao esforço e desempenho, ou seja, é óbvio que meritocracia não existe. TODOS, SEM EXCEÇÃO, irão subir caso seja aplicado algum esforço para isso, mas essa subida nunca será igual para ninguém, o que tem melhores contatos e mais dinheiro sempre vai subir mais, isso é um fato, não é como se fosse possível analisar como opinião.

Se eu, morador de bairro pobre da ZN do RJ, dedicar X horas por dia da minha vida aos estudos, irei chegar NO MESMO LUGAR que chegaria o filho do dono da Sadia estudando o mesmo número de horas? Algum desses 11 que votaram que meritocracia existe realmente acredita nisso?
Dedicar aos estudos é seguir o caminho padrão faculdade, pós, mestrado? Se sim, na maioria das vezes não vai chegar a lugar nenhum mesmo, a diferença é que o dono da multinacional sabe disso e passa pro filho enquanto o morador da ZN foi levado a vida toda a acreditar que faculdade e nota é garantia de ascensão.
E junto com esses,tem o pobre que é mais esperto, que vê a verdade e sai ganhando bem mais que o que acreditou que o certo era "os estudos". Dificilmente chegará ao mesmo lugar que o filho do Bezos, mas sabendo o que realmente importa, vai ascender bem mais.
 
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Dedicar aos estudos é seguir o caminho padrão faculdade, pós, mestrado? Se sim, na maioria das vezes não vai chegar a lugar nenhum mesmo, a diferença é que o dono da multinacional sabe disso e passa pro filho enquanto o morador da ZN foi levado a vida toda a acreditar que faculdade e nota é garantia de ascensão.
E junto com esses,tem o pobre que é mais esperto, que vê a verdade e sai ganhando bem mais que o que acreditou que o certo era "os estudos". Dificilmente chegará ao mesmo lugar que o filho do Bezos, mas sabendo o que realmente importa, vai ascender bem mais.
Você se apegou ao exemplo que ele deu e não ao cerne, que explica a inexistência da meritocracia.
 
Você se apegou ao exemplo que ele deu e não ao cerne, que explica a inexistência da meritocracia.
E no final da frase ainda afirmou que a meritocracia não existe.
 
Você se apegou ao exemplo que ele deu e não ao cerne, que explica a inexistência da meritocracia.
Aí tem toda razão. Ninguém vai melhorar de vida ficando parado ou trabalhando no call center fazendo o mínimo. Porém,mesmo que um morador da Rocinha nasça um gênio,estude em harvard e seja um vendedor nato, ou terá que ralar 10x mais ou nunca alcançará o mesmo que o filho de um político, que o filho do CEO de multinacional, que o filho de uma família que é rica há séculos. A capacidade de fazer contatos e conluios, fora a grana já garantida, se sobrepõe,mas não anula o esforço individual, estudar muito. Talvez a verdadeira meritocracia esteja em convencer os outros.
 
E no final da frase ainda afirmou que a meritocracia não existe.
Né isso.

O que eu fico espantado é que quem costuma defender a meritocracia cita exemplos da não aplicabilidade da meritocracia.
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Aí tem toda razão. Ninguém vai melhorar de vida ficando parado ou trabalhando no call center fazendo o mínimo. Porém,mesmo que um morador da Rocinha nasça um gênio,estude em harvard e seja um vendedor nato, ou terá que ralar 10x mais ou nunca alcançará o mesmo que o filho de um político, que o filho do CEO de multinacional, que o filho de uma família que é rica há séculos. A capacidade de fazer contatos e conluios, fora a grana já garantida, se sobrepõe,mas não anula o esforço individual, estudar muito. Talvez a verdadeira meritocracia esteja em convencer os outros.
Agora você tocou em um ponto extremamente importante, que é do porque ainda tentam fazer crer na meritocracia. Há livros e estudos apontando justamente o que você falou, de que a intenção seria de convencer os outros (entende-se por outros àqueles que estão na base da pirâmide) de que os que estão acima receberam a justiça da meritocracia, de que àqueles que fazem parte da elite se esforçaram proporcionalmente muito mais que os de baixo. Seria a ideia de trazer o conformismo dos que não ascenderam socialmente.

Esse pensamento não é incomum, historicamente falando. Foi assim nos tempos gregos, na idade média através dos reis, que já tratavam e impunham esse tipo de visão. Plebe se aceitava como plebe e sabia seu lugar na sociedade, enquanto que a elite era elite e deveria ser elite por toda a eternidade. Não se questionava o porque, apenas de mantinha o status quo. No período da colonização a mesma ideia se perdurou, onde fora adotado pelos senhores de engenho, etc. A elite sempre visou manter o status quo. Sempre. Sem entrar no aspecto político, mas citando o PR Collor, muitos creem que o que motivou o impeachment dele fora o confisco da poupança dos pobres. Essa é uma falácia sem tamanho, podendo ser explicada da seguinte forma:

No dia 16 de Março de 1990 o então PR anunciou o confisco dos correntistas e poupadores, de pessoas físicas e jurídicas, sendo permitido o saque de até 50 mil cruzados e o restante em 12 parcelas iguais somente no ano seguinte, com juros e correção. 50 mil cruzados seria o equivalente hoje a um pouco mais de R$ 8.300,00. Inicialmente deixo aqui meu questionamento: quantas pessoas pobres e miseráveis, repito, pobres e miseráveis, você conhece que possuem quase R$ 10.000,00 na poupança? É claro que pode existir, mas acreditar que essa é ou era a realidade da maioria da classe baixa é ser muito ingênuo.

Fica claro, no meu entendimento, que os mais afetados com essa lei foram os mais abastados, assim como as empresas. Afinal, 50 mil cruzados para um pobre pode ser muito, mas para ricos e empresas de sucesso são migalhas. Toda a pressão sofrida não veio principalmente dos pobres, mas obviamente pelos mais ricos. Afinal, que coisa é essa de afetar igualmente as pessoas? Curiosamente, com os governos seguintes, quem vem sempre pagando a conta são os menos favorecidos. Há diversos dados comprovando maior inflação no consumo básico que na renda, por exemplo, sem contar a essencialidade da tributação brasileira que é mais concentrada também no consumo, comprometendo uma fatia maior da renda dos mais pobres com coisas mais básicas.

Discutirmos esse termo a partir do ponto que você levantou, pra mim, é o melhor tipo de debate que podemos ter até agora neste tópico, pois lida com uma situação muito mais próxima da realidade, já que o termo é totalmente refutável, partindo de um ponto do "porque ainda utilizam?".
 
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Como já diz o primeiro posto, meritocracia é a ascenção proporcional ligada unicamente ao esforço e desempenho, ou seja, é óbvio que meritocracia não existe. TODOS, SEM EXCEÇÃO, irão subir caso seja aplicado algum esforço para isso, mas essa subida nunca será igual para ninguém, o que tem melhores contatos e mais dinheiro sempre vai subir mais, isso é um fato, não é como se fosse possível analisar como opinião.

Se eu, morador de bairro pobre da ZN do RJ, dedicar X horas por dia da minha vida aos estudos, irei chegar NO MESMO LUGAR que chegaria o filho do dono da Sadia estudando o mesmo número de horas? Algum desses 11 que votaram que meritocracia existe realmente acredita nisso?

e gastar dinheiro não é um esforço? muito pobre opta por não investir em si mesmo, e gastar com lazer pq pode morrer amanhã.
e ajudar um filho ou qualquer um que você queira anula a meritocracia? não se pode deixar herança e ajudar ninguém?

e meritocracia não é recompensa por esforço, e sim por resultado, não adianta a pessoa trabalhar 20H por dia se esforçando pra fazer algo que não tem valor.

Vocês ficam procurando os poucos pontos que fazem a meritocracia parecer que não existe, mas na prática ela existe na maioria dos casos.

É óbvio que meritocracia existe e funciona praticamente com todo mundo. Só que a pessoa vai nascer rica ou pobre dependendo das condições dos pais, e vai subir ou descer de padrão conforme seu resultado. Inclusive pode ficar mais pobre do que nasceu.

Pega um pobre de comunidade, deixa ele aprender uma habilidade, dar milhões de lucro pro seu chefe pra ver se ele não recebe um salário milionário como Neymar Jr.

praticamente todas as empresas do mundo se baseiam na meritocracia pra promover funcionários. não existe só na cabeça de quem está fora do mercado ou se esforçou a vida toda sem conseguir nada, mas daí é um fracasso pessoal. se fosse recompensar todo mundo não seria meritocracia, é recompensado quem merece ué.
 
Né isso.

O que eu fico espantado é que quem costuma defender a meritocracia cita exemplos da não aplicabilidade da meritocracia.
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Agora você tocou em um ponto extremamente importante, que é do porque ainda tentam fazer crer na meritocracia. Há livros e estudos apontando justamente o que você falou, de que a intenção seria de convencer os outros (entende-se por outros àqueles que estão na base da pirâmide) de que os que estão acima receberam a justiça da meritocracia, de que àqueles que fazem parte da elite se esforçaram proporcionalmente muito mais que os de baixo. Seria a ideia de trazer o conformismo dos que não ascenderam socialmente.

Esse pensamento não é incomum, historicamente falando. Foi assim nos tempos gregos, na idade média através dos reis, que já tratavam e impunham esse tipo de visão. Plebe se aceitava como plebe e sabia seu lugar na sociedade, enquanto que a elite era elite e deveria ser elite por toda a eternidade. Não se questionava o porque, apenas de mantinha o status quo. No período da colonização a mesma ideia se perdurou, onde fora adotado pelos senhores de engenho, etc.

Discutirmos esse termo a partir do ponto que você levantou, pra mim, é o melhor tipo de debate que podemos ter até agora neste tópico, pois lida com uma situação muito mais próxima da realidade, já que o termo é totalmente refutável, partindo de um ponto do "porque ainda utilizam?".
Na verdade falei em convencer os outros no sentido de ganhar confiança, criar e vender produtos. O que vc falou acontece também,mas hoje a internet permite que os mais pobres,da base da pirâmide não sejam manipulados pela elite ou o governo, tudo depende da maneira que usa.
 
Na verdade falei em convencer os outros no sentido de ganhar confiança, criar e vender produtos. O que vc falou acontece também,mas hoje a internet permite que os mais pobres,da base da pirâmide não sejam manipulados pela elite ou o governo, tudo depende da maneira que usa.
A internet não traz a clarividência.

A manipulação ocorre o tempo todo e em qualquer plataforma. Os mais esclarecidos vão ser esclarecidos, com ou sem internet.
 
se meritocracia não existisse ninguém no mundo mudaria de padrão social. como explica o enriquecimento de pessoas pobres?
 

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