Meritocracia: existe?

A meritocracia existe?

  • Sim, com toda certeza

    Votes: 28 36.4%
  • Neutro

    Votes: 12 15.6%
  • Não, palavra chata pra calar pobre

    Votes: 37 48.1%

  • Total de votos
    77
Aprendi a muito tempo que estudar é um privilegio, não sei porque algumas pessoas dizem que sofreram na vida por estudar.
Quando entramos nesse escopo de pensamento, dos quais muita das vezes não damos conta, percebemos o quão privilegiados somos se nos compararmos com determinados grupos de pessoas.

Esse é um exercício que poucas pessoas fazem e muitos que fazem não conseguem enxergar.
 
Quando entramos nesse escopo de pensamento, dos quais muita das vezes não damos conta, percebemos o quão privilegiados somos se nos compararmos com determinados grupos de pessoas.

Esse é um exercício que poucas pessoas fazem e muitos que fazem não conseguem enxergar.
O que dá pra discutir sobre são as variáveis de cada classe social, se colocar no lugar mesmo, eu acho. Por exemplo, como um pobre poderia subir através da meritocracia, quais seriam as variáveis e etc.
 
O que dá pra discutir sobre são as variáveis de cada classe social, se colocar no lugar mesmo, eu acho. Por exemplo, como um pobre poderia subir através da meritocracia, quais seriam as variáveis e etc.
Acredito que não, uma vez que o termo meritocracia é utópico por si só. Por isso levantei o questionamento do porque acredito que as pessoas não conhecem a definição desta palavra e acabam associando a situações em que acreditam haver mérito e/ou demérito.

Em resumo, é uma linguagem muito mais psicológica do que qualquer outra coisa, isso para julgar o lado positivo, do qual acredito que exista. Por isso disse no meu outro post que o mais sensato seria debater questões além desse ponto já esclarecido, de que meritocracia não existe, quando trouxe questões como:

Porque ainda existem pessoas que acreditam na meritocracia? Será que entendem a real definição da palavra? Porque tal falácia não é desconstruída por colunas, blogs, etc.? Qual o interesse em manter esse tipo de pensamento? Há algum interesse? Etc.

Por último, mas não menos importante. Meu argumento não tem como objetivo criticar a criação do tópico, pois acho muito válido por sinal. Mas sim da direção que, não só este, mas tantos outros com temas importantes acabam rumando, desvirtuando dos temas realmente mais profundos e importantes, sem distorções pessoais de pessoas que pouco sabem a respeito.

Podem achar que estou exigindo muito em um fórum da internet, mas, neste caso, sugiro fortemente que mudemos a área "Papo Cabeça" para "Papo de Boteco" ou que criemos tal tópico em "Geral" mesmo.
 
Última edição:
Meritocracia é babaquice, desde os tempos gregos. Ela sofreu muito da semântica freestyle das discussões de twitter e hoje em dia é associado a Liberalismo e Libertarianismo, sendo que não tem porra nenhuma a ver.

O mercado não se importa se você teve de andar 6 km a pé, todos os dias da sua vida estudantil, o mercado não remunera esforço ele remunera a criação de valor, o valor que você consegue adicionar à vida de outras pessoas, em qualquer sentido da vida, seja emocional, físico, espiritual e por ai vai.

Prova disso é o salário exorbitante de jogadores de futebol, apresentadores de televisão, vide Faustão, Raul Gil, Datena e outros. Essa galera com certeza não se esforça na mesma intensidade que um servente de pedreiro que trabalha 8 horas por dia carregando massa, areia e tijolos, porém a criação de valor que eles proporcionam é muito maior, afinal geram entretenimento, entretenimento gera audiência, audiência gera público consumidor, que leva a patrocinadores.

O servente ganha pouco, porque iguais a ele existem aos montes, qualquer um pode carregar algo, empurrar um carrinho.

Talvez Meritrocracia só exista realmente dentro do interior de organizações, onde os trabalhadores recebem promoções com base em seu "esforço" dentro da empresa, com base na qualidade de seu trabalho.

Isso é injusto?

É. Mas, é sempre importante lembrar que a natureza humana leva a isso, ninguém quer saber de esforço quando contrata um serviço, ninguém quer saber se o Chef se esforça pra fazer sua comida, todo mundo quer o produto final, uma comida boa, ninguém realmente se importa com o que ele fez no passado pra chegar ali, ele tem seu salário hoje porque o produto dele se destaca, o produto dele criou um valor nas pessoas.

O Mundo reflete o código de valores dos humanos, esse código não é meritocrático.
 
Aprendi a muito tempo que estudar é um privilegio, não sei porque algumas pessoas dizem que sofreram na vida por estudar.
Exatamente, maior privilégio de todos é poder estudar 3, 4, 5 ou mais anos sem ter de se preocupar em pagar aluguel ou ser expulso de casa.
 
Meritocracia é babaquice, desde os tempos gregos. Ela sofreu muito da semântica freestyle das discussões de twitter e hoje em dia é associado a Liberalismo e Libertarianismo, sendo que não tem porra nenhuma a ver.

O mercado não se importa se você teve de andar 6 km a pé, todos os dias da sua vida estudantil, o mercado não remunera esforço ele remunera a criação de valor, o valor que você consegue adicionar à vida de outras pessoas, em qualquer sentido da vida, seja emocional, físico, espiritual e por ai vai.

Prova disso é o salário exorbitante de jogadores de futebol, apresentadores de televisão, vide Faustão, Raul Gil, Datena e outros. Essa galera com certeza não se esforça na mesma intensidade que um servente de pedreiro que trabalha 8 horas por dia carregando massa, areia e tijolos, porém a criação de valor que eles proporcionam é muito maior, afinal geram entretenimento, entretenimento gera audiência, audiência gera público consumidor, que leva a patrocinadores.

O servente ganha pouco, porque iguais a ele existem aos montes, qualquer um pode carregar algo, empurrar um carrinho.

Talvez Meritrocracia só exista realmente dentro do interior de organizações, onde os trabalhadores recebem promoções com base em seu "esforço" dentro da empresa, com base na qualidade de seu trabalho.

Isso é injusto?

É. Mas, é sempre importante lembrar que a natureza humana leva a isso, ninguém quer saber de esforço quando contrata um serviço, ninguém quer saber se o Chef se esforça pra fazer sua comida, todo mundo quer o produto final, uma comida boa, ninguém realmente se importa com o que ele fez no passado pra chegar ali, ele tem seu salário hoje porque o produto dele se destaca, o produto dele criou um valor nas pessoas.

O Mundo reflete o código de valores dos humanos, esse código não é meritocrático.
Acertou em cheio no tocante ao retorno.

Outra definição seria o esforço preciso, aquele que envolve diversos fatores, inclusive sorte. O próprio Flávio Augusto, criador da Wise Up, disse ter tido sorte no timing que resolveu empreender. Talvez 2 anos mais cedo ou 2 anos mais tarde poderia mudar e muito o rumo das coisas, mais cedo dificultando maior acesso ao capital e mais tarde podendo não ser o pioneiro do modelo desenvolvido.

É como alguém resolver desenvolver um App de transporte alternativo, achando que vai ter o mesmo boom que teve o Uber, por exemplo. Ou de achar uma ideia revolucionária virar youtuber. Sendo assim não se trata apenas do esforço, mas sim da alocação precisa do esforço para a criação de valor.
 
As portas das Universidades Federais estão abertas a todos.
Mas um pouquinho mais abertas, e com tapete vermelho, pra quem tem melhores condicoes.
 
Pois é, se essa "meritocracia" que geral vive falando só funciona se TODOS iniciarem EXATAMENTE do mesmo ponto, com condições idênticas até a vida adulta, então é fácil responder a pergunta e meritocracia não existe, simplesmente pq é muito difícil que pessoas diferentes tenham exatamente as mesmas "condições iniciais". E nem me refiro a nascer numa família mais rica ou mais pobre, mas até dois filhos de pais humildes podem ter condições bem diferentes só pelo fato de um nascer numa grande capital e outro nascer numa cidade de interior bem estruturada.

Então como disse, vc está na analisando a meritocracia no prisma do individualismo, o que é um erro.
Ninguém tem condições iguais, nem irmãos dentro da mesma familia tem.

A criação deste tópico me fez ter a seguinte reflexão: porque ficamos tão limitados em assuntos polêmicos? Um Google responde objetivamente ao questionamento do tópico, logo, qualquer discussão em torno dele se torna mera expressão de opiniões acerca de um fato. Quando esse assunto surgiu em outro tópico o debate 'pegou fogo' até que se fosse esclarecido, depois disso ninguém tratou de debater profundamente o tema, levando em consideração que não havia dúvidas se havia existência ou não da meritocracia. Ficamos sempre presos em debates superficiais.

Como dito por muitos aqui, a meritocracia não existe no seu cerne. Ponto.

Mas é bom entender que ter essa resposta não encerra o tópico, desde que tratemos o assunto a partir desse momento. Afinal, porque ainda existem pessoas que acreditam na meritocracia? Será que entendem a real definição da palavra? Porque tal falácia não é desconstruída por colunas, blogs, etc.? Qual o interesse em manter esse tipo de pensamento? Há algum interesse?

Acredito que debater tais questões seja ainda mais profundo e importante, e não ficarmos decidindo se 1 + 1 é igual a 2 ou 3.

Discordo existe sim a meritocracia, mas tb muitos confudem meritocracia com justiça, justiça social.

Um playboy, que se esforça muito vira o melhor atleta do país pois teve todo apoio necessário, ele não tem mérito? ele não teve que vencer outros com muitos com a mesma condição e outros com mais condições que ele?

O favelado que nem competiu que é o campeão de verdade?

Vc tem que fazer seu merito, vencer na vida e contar sua história de sucesso, e não ficar se vitimizando falando que meritocracia não existe.
 
Então como disse, vc está na analisando a meritocracia no prisma do individualismo, o que é um erro.
Ninguém tem condições iguais, nem irmãos dentro da mesma familia tem.



Discordo existe sim a meritocracia, mas tb muitos confudem meritocracia com justiça, justiça social.

Um playboy, que se esforça muito vira o melhor atleta do país pois teve todo apoio necessário, ele não tem mérito? ele não teve que vencer outros com muitos com a mesma condição e outros com mais condições que ele?

O favelado que nem competiu que é o campeão de verdade?

Vc tem que fazer seu merito, vencer na vida e contar sua história de sucesso, e não ficar se vitimizando falando que meritocracia não existe.
O orgulho do brasileiro é:

"Fulano de tal me deu faculdade/diploma"

"Se eu tenho tal carro/casa/ trator/soja é por causa daquele cara"

Já notou que no Brasil o mérito é terceirizado pra algum presidente/político, etc.
 
O orgulho do brasileiro é:

"Fulano de tal me deu faculdade/diploma"

"Se eu tenho tal carro/casa/ trator/soja é por causa daquele cara"

Já notou que no Brasil o mérito é terceirizado pra algum presidente/político, etc.

De certo algumas pessoas tem a qualidade moral da gratidão, e a consciência politica de saber que se não fosse tal fulano tais oportunidades jamais existiriam.

Se é pra apontar o dedo pra alguém, não para os que são gratos, e sim os ingratos.

Vivemos em comunidade, se vc ajudar a comunidade em forma de negocio/trabalho, vc recebe dinheiro, agora como um monte de gente mimada, individualista e mesquinha vai ajudar os outros? lógico que vão ter problemas no capitalismo.

Se a pessoa não tiver a mentalidade de ajudar de servir a sociedade dificilmente fará um negocio de sucesso, ou dificilmente será um bom profissional.

O Brasil é atrasado demais culturalmente pra prosperar no mundo capitalista, já notei varias vezes pessoas que deixam de fazer negocio por preconceitos,seja por regionalismo ou "racismo reverso", a pessoa quer escolher com quem vai fazer negocio, e se a outra ficar satisfeita demais ela não fecha.

A especulação aqui é mais selvagem e severa que em qualquer outro lugar, ética não é ensinado nas escolas, e boa parte ainda acha justo cobrar o quanto quiser em qualquer coisa ou serviço, como se as coisas não tivessem um valor, e enganar os outros fosse moralmente valido.
 
Discordo existe sim a meritocracia, mas tb muitos confudem meritocracia com justiça, justiça social.

Um playboy, que se esforça muito vira o melhor atleta do país pois teve todo apoio necessário, ele não tem mérito? ele não teve que vencer outros com muitos com a mesma condição e outros com mais condições que ele?

O favelado que nem competiu que é o campeão de verdade?

Vc tem que fazer seu merito, vencer na vida e contar sua história de sucesso, e não ficar se vitimizando falando que meritocracia não existe.
Me desculpa, mas não existe. E não é questão de opinião (eu acho que existe, eu acho que não).

Etimologicamente falando e semanticamente falando, ou seja, tecnicamente falando não existe. Já escrevi em outro tópico a respeito e deixo abaixo quotado para ser mais direto:

Você precisa expandir um pouco mais esse horizonte que me trouxe aqui, ao citar bilionários, pois está fundamentalmente errado. Veja.

A meritocracia foi um termo criado em 1958, no livro chamado The Rise of the Meritocracy (A Ascenção da Meritocracia, em tradução livre), de Michael Young, um sociólogo, político de esquerda e ativista social britânico, onde, através do livro que tem um tom distópico e bem satírico, imagina um mundo onde as pessoas seriam capazes de prosperar somente com suas capacidades de inteligência e de trabalho, sem ajuda da sociedade, estado ou família. Qualquer aplicabilidade deste termo fora do descrito acima, temos que há a deturpação do mesmo.

Eu não vou entrar em detalhes complexos da ascenção da Apple, Amazon, Microsoft, etc. É muito mais simples entender a não aplicabilidade universal da meritocracia quando imaginamos, por exemplo, que uma pessoa pode ficar bilionária apenas por ser filha de um falecido bilionário. Onde há mérito nos filhos do Elon Musk, por exemplo? Ou até mesmo da esposa dele? E há diversos outros exemplos dos quais posso trazer aqui, que comprovam a não existência da meritocracia em sua essência.

Concordo sim ser um fator psicológico muito bom, pois muitos utilizam como estímulo para não desistir, quando algo dá errado, acreditando que se ela tentar de novo e fizer um pouco melhor terá um resultado diferente. Psicologicamente falando é excelente. Mas não há causalidade única e exclusivamente direta entre esforço e retorno.

Fiz questão de deixar em negrito a parte que diz ser única e exclusivamente, porque é assim que o termo meritocracia funciona em sua teoria.

O background é muito engraçado, porque conheço muita gente que diz abominar todo e qualquer pensamento de esquerda, mas que abraça, beija e trata como palavra santa um termo criado por um autor esquerdista, em um contexto totalmente irônico e utópico. E que acreditam ser real até nos dias de hoje.

Há ainda uma outra interpretação do termo meritocracia, do antigo grego, que remete á palavra força, poder, em outras palavras, quem deveria ter o poder do Estado. E as pessoas designadas para tais cargos eram os 'bons', pessoas inteligentes, de sucesso, ou seja, quem já era elite nos tempos gregos. Não havia ascensão de povos, mas apenas manutenção dos que já estavam acima.

Segue uma crítica mais recente, do autor do livro The Meritocracy Trap, a respeito da meritocracia e do porque ela não existe em seu cerne:

Mérito ou meritocracia é a ideia de que as pessoas devem se destacar não com base na classe social de seus pais, mas com base em suas próprias conquistas — em quão produtivas e habilidosas elas são. O problema do mérito na nossa sociedade é que se tornou um sistema fechado e auto sustentável em que ocorre o seguinte: as elites dão educação aos seus filhos de uma maneira que ninguém mais consegue pagar. Aí, as pessoas que têm acesso a essa educação incrível que ninguém mais consegue pagar, transformam o mercado de trabalho de forma que os trabalhos que pagam os melhores salários são exatamente os que exigem as habilidades que só a educação mais cara proporciona.

É um sistema fechado. Não estamos tratando das pessoas que vão bem na escola na maioria da sociedade, estamos falando de quem faz o seu melhor de acordo com um conjunto de padrões construídos especificamente para favorecê-las. É por isso que o mérito é uma farsa.(...) A meritocracia produz uma elite que diz servir ao interesse público, mas que, na verdade, serve a si mesma. Dessa forma, o que faz é dar a todo o restante da sociedade uma razão poderosa para desconfiar das elites. E um elemento do populismo é a desconfiança em relação às elites. (...) A desigualdade que venho descrevendo é sistêmica, estrutural, mas não é absoluta. É sempre possível para as pessoas — ou por serem excepcionalmente talentosas ou por serem excepcionalmente sortudas — sair da armadilha. Uma sociedade justa e eficiente não faz suas regras e políticas básicas com a exceção em mente, e sim com a maioria das pessoas em mente.
— Daniel Markovits

Eu iria um pouco além da reflexão do autor ao dizer que, além da educação dada pela elite, existe também o nerwork que faz toda a diferença. Lembro de alguns exemplos interessantes, como o caso do Eike Batista, filho do ex-Presidente da Vale do Rio Doce, que abandonou a faculdade para se dedicar à venda de ouro.

Por fim um vídeo de um canal que não sigo de olhos fechados, quando o assunto é sobre economia, uma vez que discordo de parte dos posicionamentos dos libertários. No entanto, em se tratando de um assunto como esse, o vídeo, ainda que discorde de alguns pontos, tem sim seus méritos e vale a pena ser visto.




PS.: Colocar vídeo no início, caso não esteja.
 
Última edição:
Me desculpa, mas não existe. E não é questão de opinião (eu acho que existe, eu acho que não).

Etimologicamente falando e semanticamente falando, ou seja, tecnicamente falando não existe. Já escrevi em outro tópico a respeito e deixo abaixo quotado para ser mais direto:



Há ainda uma outra interpretação do termo meritocracia, do antigo grego, que remete á palavra força, poder, em outras palavras, quem deveria ter o poder do Estado. E as pessoas designadas para tais cargos eram os 'bons', pessoas inteligentes, de sucesso, ou seja, quem já era elite nos tempos gregos. Não havia ascensão de povos, mas apenas manutenção dos que já estavam acima.

Segue uma crítica mais recente, do autor do livro The Meritocracy Trap, a respeito da meritocracia e do porque ela não existe em seu cerne:

Mérito ou meritocracia é a ideia de que as pessoas devem se destacar não com base na classe social de seus pais, mas com base em suas próprias conquistas — em quão produtivas e habilidosas elas são. O problema do mérito na nossa sociedade é que se tornou um sistema fechado e auto sustentável em que ocorre o seguinte: as elites dão educação aos seus filhos de uma maneira que ninguém mais consegue pagar. Aí, as pessoas que têm acesso a essa educação incrível que ninguém mais consegue pagar, transformam o mercado de trabalho de forma que os trabalhos que pagam os melhores salários são exatamente os que exigem as habilidades que só a educação mais cara proporciona.

É um sistema fechado. Não estamos tratando das pessoas que vão bem na escola na maioria da sociedade, estamos falando de quem faz o seu melhor de acordo com um conjunto de padrões construídos especificamente para favorecê-las. É por isso que o mérito é uma farsa.(...) A meritocracia produz uma elite que diz servir ao interesse público, mas que, na verdade, serve a si mesma. Dessa forma, o que faz é dar a todo o restante da sociedade uma razão poderosa para desconfiar das elites. E um elemento do populismo é a desconfiança em relação às elites. (...) A desigualdade que venho descrevendo é sistêmica, estrutural, mas não é absoluta. É sempre possível para as pessoas — ou por serem excepcionalmente talentosas ou por serem excepcionalmente sortudas — sair da armadilha. Uma sociedade justa e eficiente não faz suas regras e políticas básicas com a exceção em mente, e sim com a maioria das pessoas em mente.
— Daniel Markovits

Eu iria um pouco além da reflexão do autor ao dizer que, além da educação dada pela elite, existe também o nerwork que faz toda a diferença. Lembro de alguns exemplos interessantes, como o caso do Eike Batista, filho do ex-Presidente da Vale do Rio Doce, que abandonou a faculdade para se dedicar à venda de ouro.

Por fim um vídeo de um canal que não sigo de olhos fechados, quando o assunto é sobre economia, uma vez que discordo de parte dos posicionamentos dos libertários. No entanto, em se tratando de um assunto como esse, o vídeo, ainda que discorde de alguns pontos, tem sim seus méritos e vale a pena ver.




PS.: Colocar vídeo no início, caso não esteja.


O problema de sair dizendo por ai que a meritocracia não existe, ai as pessoas não vão querer se esforçar, já está tudo ganho(pra uns e perdido pro resto), a elite cede todas as vagas aos seus descendente, não há nada o que fazer,vira uma muleta de perdedor.

Só que não há filho de rico suficientes pra ocupar todas posições importantes.

E pior tem outra coisa o fato de uma nata ter acesso a um material maior de estudo, não quer dizer que não é necessário muito esforço para adquirir todo aquele conhecimento e que não tem disputa entre essa propria nata, onde os desleixados e relaxados ficam pra trás.

Nossa sociedade é sedenta por certos tipos de serviço que filho de rico nem chega perto, e os safos que entendem isso, e passam a ganhar muito dinheiro, como não dizer que é um merito?quantos desempregados aceitariam o emprego de limpar fossa?maioria que serviço leve no ar condicionado.

Claro pegar a meritocracia e dizer ,para chegar a conclusão individualista que um sujeito especifico é perdedor, sendo que ele em sí tem muito pouco a fazer se a economia do país está em frangalhos, por politicas economicas recessivas.

Todos os anos muita gente sai de baixo e sobe na vida, assim como muita gente vai caindo aos poucos.

Sim a palavra meritocracia em si é uma ilusão um ideal inalcançavel.

Eu acho que a pessoa tem que ter perseverança, tem que se melhorar sempre, fazer sempre autocritica, buscar possíveis defeitos a corrigir, tem gente muito ruim por ai que se acha perfeita.

E outra coisa essa visão "tecnocrata", onde o mérito do profissional é apenas técnico, isso não é o ideal, todo ser humano é um ser politico, se a pessoa não tem capacidade de criar ,ter e manter contatos, não tem capacidade influenciar pessoas,não consegue ter urbanidade, ela é fraca, e conforme o passar da vida, vai ver os outros recebendo promoções.
 
O problema de sair dizendo por ai que a meritocracia não existe, ai as pessoas não vão querer se esforçar, já está tudo ganho(pra uns e perdido pro resto), a elite cede todas as vagas aos seus descendente, não há nada o que fazer,vira uma muleta de perdedor.

Só que não há filho de rico suficientes pra ocupar todas posições importantes.

E pior tem outra coisa o fato de uma nata ter acesso a um material maior de estudo, não quer dizer que não é necessário muito esforço para adquirir todo aquele conhecimento e que não tem disputa entre essa propria nata, onde os desleixados e relaxados ficam pra trás.

Nossa sociedade é sedenta por certos tipos de serviço que filho de rico nem chega perto, e os safos que entendem isso, e passam a ganhar muito dinheiro, como não dizer que é um merito?quantos desempregados aceitariam o emprego de limpar fossa?maioria que serviço leve no ar condicionado.

Claro pegar a meritocracia e dizer ,para chegar a conclusão individualista que um sujeito especifico é perdedor, sendo que ele em sí tem muito pouco a fazer se a economia do país está em frangalhos, por politicas economicas recessivas.

Todos os anos muita gente sai de baixo e sobe na vida, assim como muita gente vai caindo aos poucos.

Sim a palavra meritocracia em si é uma ilusão um ideal inalcançavel.

Eu acho que a pessoa tem que ter perseverança, tem que se melhorar sempre, fazer sempre autocritica, buscar possíveis defeitos a corrigir, tem gente muito ruim por ai que se acha perfeita.

E outra coisa essa visão "tecnocrata", onde o mérito do profissional é apenas técnico, isso não é o ideal, todo ser humano é um ser politico, se a pessoa não tem capacidade de criar ,ter e manter contatos, não tem capacidade influenciar pessoas,não consegue ter urbanidade, ela é fraca, e conforme o passar da vida, vai ver os outros recebendo promoções.
Vou me ater aos pontos realmente importantes aqui. Afinal, você entendeu que meritocracia não existe.

Não sei se você se atentou bem, mas no quote do meu próprio post eu disse sim enxergar lado bom em acreditar na meritocracia, apenas do ponto de vista psicológico, e enquanto for utilizado para estímulo. E digo apenas nesse quesito, pois muitos usam a palavra como termo pejorativo, como justificativa para existência de pobres e miseráveis, como sendo fruto exclusivo do 'não esforço' destes, algo como você disse na primeira vez ao citar um "favelado que nem competiu".

Tentar definir ou justificar questões complexas como sendo mero 'merecimento' ou 'não merecimento', na minha visão, é muito mais uso das palavras mérito e meritocracia como muletas do que o exemplo citado por você.

No mais, como bem ficou entendido acredito eu, para termos algum tipo de reflexão realmente válido e sem fugir totalmente do tópico, uma vez que não há mais dúvida quanto à existência ou não da meritocracia, seria ideal tentarmos entender porque muitos, e principalmente àqueles que estão na parte de cima da pirâmide, afirmam e defendem um termo que foi criado como piada em uma situação totalmente utópica.
 
É igual a cabeça de bacalhau... Até existe, mas a maioria das pessoas nunca viu.
 
Não existe, como conceito amplo geral/ social, teria que todos nascerem nas mesmas condições. Só de um estudar numa escola melhor que o outro já não esta tendo justiça ali. Só de um poder apenas estudar e outro ter que trabalhar e ainda estudar, já é desvantagem.
Mas de forma micro, pegando pequenas amostras, sim, por exemplo numa sala de aula onde tem 50 alunos, porque uns 5 ficam ricos? porque uns 10 ficam pobres? Tendo a mesma escola, morando em bairros parecidos? Em algum momento houve uma inflexão na vida desses 50, onde um estudou mais, se dedicou mais a profissão, enquanto o outro dormia ou se divertia na balada.
Então você pode comparar por exemplo os 40 que se formaram em ADM da faculdade tal, mas não comparar o Pedrinho classe média com o Joãozinho da favela.
 
Não existe, como conceito amplo geral/ social, teria que todos nascerem nas mesmas condições. Só de um estudar numa escola melhor que o outro já não esta tendo justiça ali. Só de um poder apenas estudar e outro ter que trabalhar e ainda estudar, já é desvantagem.
Mas de forma micro, pegando pequenas amostras, sim, por exemplo numa sala de aula onde tem 50 alunos, porque uns 5 ficam ricos? porque uns 10 ficam pobres? Tendo a mesma escola, morando em bairros parecidos? Em algum momento houve uma inflexão na vida desses 50, onde um estudou mais, se dedicou mais a profissão, enquanto o outro dormia ou se divertia na balada.
Então você pode comparar por exemplo os 40 que se formaram em ADM da faculdade tal, mas não comparar o Pedrinho classe média com o Joãozinho da favela.
Ou: um ficou rico com esquema de pirâmide, outro virou lobista político, outro gigolô... Esse é o problema dessa meritocracia que tanto mencionam porque ela também engloba pessoas "bem sucedidas" dessa natureza. Não existe moral, certo ou errado na meritocracia. E julgando desse ponto, um filho de rico encostado que chega aos 30 e resolve começar a multiplicar os milhões que ele ganhou dos pais através do circulo social dele, também tem mérito.

Não tem como delinear o mérito usando-se a "justiça" ou "moral".
 
Ou: um ficou rico com esquema de pirâmide, outro virou lobista político, outro gigolô... Esse é o problema dessa meritocracia que tanto mencionam porque ela também engloba pessoas "bem sucedidas" dessa natureza. Não existe moral, certo ou errado na meritocracia. E julgando desse ponto, um filho de rico encostado que chega aos 30 e resolve começar a multiplicar os milhões que ele ganhou dos pais através do circulo social dele, também tem mérito.

Não tem como delinear o mérito usando-se a "justiça" ou "moral".
sim a meritocracia pode ser imoral, mas não deixa de existir, um cara pode arriscar a vida cometendo um assalto, mas acabará sendo recompensado, é assim mesmo. Mas certas coisas envolvem riscos, e o governo trabalha para evitar esse tipo de coisa, com polícia e leis.

Quem fala que não existe é pq espera que um trabalhador comum chegue a ficar rico, só pq ele se "esforça" trabalhando todo dia. Mas não é bem assim que funciona. Um trabalhador não é recompensado apenas por bater cartão todos os dias, isso é pouco. Quem só trabalha dentro da média é recompensado dentro da média. Que é um salário normal a vida toda. Mas se o cara ficar dormindo tem uma recompensa ainda menor, pois nem o salário terá. Pro cara ganhar acima da média tem que ter um desempenho incrível, comandar mais pessoas. pois uma pessoa sozinha trabalhando só com seu corpo e seu tempo jamais irá produzir muito acima do normal.
 
sim a meritocracia pode ser imoral, mas não deixa de existir, um cara pode arriscar a vida cometendo um assalto, mas acabará sendo recompensado, é assim mesmo. Mas certas coisas envolvem riscos, e o governo trabalha para evitar esse tipo de coisa, com polícia e leis.

Quem fala que não existe é pq espera que um trabalhador comum chegue a ficar rico, só pq ele se "esforça" trabalhando todo dia. Mas não é bem assim que funciona. Um trabalhador não é recompensado apenas por bater cartão todos os dias, isso é pouco. Quem só trabalha dentro da média é recompensado dentro da média. Que é um salário normal a vida toda. Mas se o cara ficar dormindo tem uma recompensa ainda menor, pois nem o salário terá. Pro cara ganhar acima da média tem que ter um desempenho incrível, comandar mais pessoas. pois uma pessoa sozinha trabalhando só com seu corpo e seu tempo jamais irá produzir muito acima do normal.
ainda existe muito aquela visão romantizada, de que a pessoa que rala muito fisicamente por várias horas deveria ganhar bem apenas pelo fato que fez algo exaustivo. Mas não adiantaria nada por exemplo eu ficar 12h por dia cavando buraco no meio do mato. Trabalho só é bem pago em função da qualificação, complexidade, número de pessoas atingidas, risco. Aí muita gente com essa visão deturpada acha que o CEO que fica num escritório deveria ganhar menos que um pedreiro porque o pedreiro "se esforça" mais.
 
Não existe, como conceito amplo geral/ social, teria que todos nascerem nas mesmas condições. Só de um estudar numa escola melhor que o outro já não esta tendo justiça ali. Só de um poder apenas estudar e outro ter que trabalhar e ainda estudar, já é desvantagem.
Mas de forma micro, pegando pequenas amostras, sim, por exemplo numa sala de aula onde tem 50 alunos, porque uns 5 ficam ricos? porque uns 10 ficam pobres? Tendo a mesma escola, morando em bairros parecidos? Em algum momento houve uma inflexão na vida desses 50, onde um estudou mais, se dedicou mais a profissão, enquanto o outro dormia ou se divertia na balada.
Então você pode comparar por exemplo os 40 que se formaram em ADM da faculdade tal, mas não comparar o Pedrinho classe média com o Joãozinho da favela.
Não há maleabilidade de conceito, meu amigo. Se ele não é aplicado como um todo, logo, ele não pode ser utilizado. Não existe meio termo, sabe?!

Seu exemplo dos que ficaram ricos e pobres, nada mais é do que a aplicação da exceção, quanto aos ricos, é a pura representação do uso do termo mérito e meritocracia como muleta para justificar o cargo alcançado e usar como justificativa para os que não conseguindo, esquecendo outras milhares e até milhões de fatores externos que implicam tão quanto, e as vezes até mais, no resultado.
--- Post duplo é unido automaticamente: ---

Ou: um ficou rico com esquema de pirâmide, outro virou lobista político, outro gigolô... Esse é o problema dessa meritocracia que tanto mencionam porque ela também engloba pessoas "bem sucedidas" dessa natureza. Não existe moral, certo ou errado na meritocracia. E julgando desse ponto, um filho de rico encostado que chega aos 30 e resolve começar a multiplicar os milhões que ele ganhou dos pais através do circulo social dele, também tem mérito.

Não tem como delinear o mérito usando-se a "justiça" ou "moral".
Por não ser possível delinear mérito usando justiça, daquele que ascende por desempenho próprio, tem-se como refutada a teoria da meritocracia. É simples.
 
Não existe, como conceito amplo geral/ social, teria que todos nascerem nas mesmas condições. Só de um estudar numa escola melhor que o outro já não esta tendo justiça ali. Só de um poder apenas estudar e outro ter que trabalhar e ainda estudar, já é desvantagem.
Mas de forma micro, pegando pequenas amostras, sim, por exemplo numa sala de aula onde tem 50 alunos, porque uns 5 ficam ricos? porque uns 10 ficam pobres? Tendo a mesma escola, morando em bairros parecidos? Em algum momento houve uma inflexão na vida desses 50, onde um estudou mais, se dedicou mais a profissão, enquanto o outro dormia ou se divertia na balada.
Então você pode comparar por exemplo os 40 que se formaram em ADM da faculdade tal, mas não comparar o Pedrinho classe média com o Joãozinho da favela.

Olha se a humanidade conseguir evoluir conseguir a independencia de recursos, e minimizar a necessidade de trabalho para o funcionamento da sociedade.

Se isso acontecer acredito que a sociedade vai chegar no consenso de que os pais não são a opção mais quailificada para criação dos seus filhos, e será criado um sistema onde todas crianças serão criadas juntas, numa enorme instituição, onde terão serão instruidas por maquinas/robos com inteligencia artificial avançada, todas manhas e birras serão facilmente detectadas e aprendidas pela inteligencia artificial, que sempre irá dar as melhores respostas, para o resultado desejado.(isso é pra centenas de anos a frente)

Assim todos sendo criados junto comendo o mesmo, tendo acesso aos mesmos conteudos, as diferenciais sociais serão minimizadas, e ai sim depois de esses jovens formados, poderão sair do sistema, e teremos algo mais próximo de uma meritocracia.

Agora comparar adultos lesados pela fome, que nem chegaram na altura dos pais, com os filhos dos mais ricos, e tentar desenhar uma justiça no segundo vencer o primeiro é uma insanidade completa.
 
Não há maleabilidade de conceito, meu amigo. Se ele não é aplicado como um todo, logo, ele não pode ser utilizado. Não existe meio termo, sabe?!

Seu exemplo dos que ficaram ricos e pobres, nada mais é do que a aplicação da exceção, quanto aos ricos, é a pura representação do uso do termo mérito e meritocracia como muleta para justificar o cargo alcançado e usar como justificativa para os que não conseguindo, esquecendo outras milhares e até milhões de fatores externos que implicam tão quanto, e as vezes até mais, no resultado.
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Por não ser possível delinear mérito usando justiça, daquele que ascende por desempenho próprio, tem-se como refutada a teoria da meritocracia. É simples.
Como falei, no conceito social não tem como aplicar, ninguém nasce em condições exatamente iguais. Mas não é porque ele não é aplicado de forma ampla dentro de uma sociedade como todo que as pessoas não podem aplicar em pequenos locos.
Por exemplo, você tem 10 vendedores, eles vendem os mesmos produtos, trabalham a mesma carga horário, eu tenho que aplicar o conceito de comissão, quem vender mais, receber salário maior. Isso é aplicável.
 
Como falei, no conceito social não tem como aplicar, ninguém nasce em condições exatamente iguais. Mas não é porque ele não é aplicado de forma ampla dentro de uma sociedade como todo que as pessoas não podem aplicar em pequenos locos.
Por exemplo, você tem 10 vendedores, eles vendem os mesmos produtos, trabalham a mesma carga horário, eu tenho que aplicar o conceito de comissão, quem vender mais, receber salário maior. Isso é aplicável.
Você está se referindo a ganho proporcional, e não em meritocracia. Um dos maiores males que venho observando na geração atual está em destoar semântica de certas palavras e termos. Isso dificulta qualquer tipo de diálogo.
 

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