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Quando entramos nesse escopo de pensamento, dos quais muita das vezes não damos conta, percebemos o quão privilegiados somos se nos compararmos com determinados grupos de pessoas.Aprendi a muito tempo que estudar é um privilegio, não sei porque algumas pessoas dizem que sofreram na vida por estudar.
O que dá pra discutir sobre são as variáveis de cada classe social, se colocar no lugar mesmo, eu acho. Por exemplo, como um pobre poderia subir através da meritocracia, quais seriam as variáveis e etc.Quando entramos nesse escopo de pensamento, dos quais muita das vezes não damos conta, percebemos o quão privilegiados somos se nos compararmos com determinados grupos de pessoas.
Esse é um exercício que poucas pessoas fazem e muitos que fazem não conseguem enxergar.
Acredito que não, uma vez que o termo meritocracia é utópico por si só. Por isso levantei o questionamento do porque acredito que as pessoas não conhecem a definição desta palavra e acabam associando a situações em que acreditam haver mérito e/ou demérito.O que dá pra discutir sobre são as variáveis de cada classe social, se colocar no lugar mesmo, eu acho. Por exemplo, como um pobre poderia subir através da meritocracia, quais seriam as variáveis e etc.
Exatamente, maior privilégio de todos é poder estudar 3, 4, 5 ou mais anos sem ter de se preocupar em pagar aluguel ou ser expulso de casa.Aprendi a muito tempo que estudar é um privilegio, não sei porque algumas pessoas dizem que sofreram na vida por estudar.
Estudo voltado para demandas da sociedade. Porque estudar 4 anos de adm, filosofia e similares é dinheiro e tempo no lixoExatamente, maior privilégio de todos é poder estudar 3, 4, 5 ou mais anos sem ter de se preocupar em pagar aluguel ou ser expulso de casa.
Acertou em cheio no tocante ao retorno.Meritocracia é babaquice, desde os tempos gregos. Ela sofreu muito da semântica freestyle das discussões de twitter e hoje em dia é associado a Liberalismo e Libertarianismo, sendo que não tem porra nenhuma a ver.
O mercado não se importa se você teve de andar 6 km a pé, todos os dias da sua vida estudantil, o mercado não remunera esforço ele remunera a criação de valor, o valor que você consegue adicionar à vida de outras pessoas, em qualquer sentido da vida, seja emocional, físico, espiritual e por ai vai.
Prova disso é o salário exorbitante de jogadores de futebol, apresentadores de televisão, vide Faustão, Raul Gil, Datena e outros. Essa galera com certeza não se esforça na mesma intensidade que um servente de pedreiro que trabalha 8 horas por dia carregando massa, areia e tijolos, porém a criação de valor que eles proporcionam é muito maior, afinal geram entretenimento, entretenimento gera audiência, audiência gera público consumidor, que leva a patrocinadores.
O servente ganha pouco, porque iguais a ele existem aos montes, qualquer um pode carregar algo, empurrar um carrinho.
Talvez Meritrocracia só exista realmente dentro do interior de organizações, onde os trabalhadores recebem promoções com base em seu "esforço" dentro da empresa, com base na qualidade de seu trabalho.
Isso é injusto?
É. Mas, é sempre importante lembrar que a natureza humana leva a isso, ninguém quer saber de esforço quando contrata um serviço, ninguém quer saber se o Chef se esforça pra fazer sua comida, todo mundo quer o produto final, uma comida boa, ninguém realmente se importa com o que ele fez no passado pra chegar ali, ele tem seu salário hoje porque o produto dele se destaca, o produto dele criou um valor nas pessoas.
O Mundo reflete o código de valores dos humanos, esse código não é meritocrático.
Mas um pouquinho mais abertas, e com tapete vermelho, pra quem tem melhores condicoes.As portas das Universidades Federais estão abertas a todos.
Para 50% dos indivíduos após 2010, concordo plenamente!Mas um pouquinho mais abertas, e com tapete vermelho, pra quem tem melhores condicoes.
Pois é, se essa "meritocracia" que geral vive falando só funciona se TODOS iniciarem EXATAMENTE do mesmo ponto, com condições idênticas até a vida adulta, então é fácil responder a pergunta e meritocracia não existe, simplesmente pq é muito difícil que pessoas diferentes tenham exatamente as mesmas "condições iniciais". E nem me refiro a nascer numa família mais rica ou mais pobre, mas até dois filhos de pais humildes podem ter condições bem diferentes só pelo fato de um nascer numa grande capital e outro nascer numa cidade de interior bem estruturada.
A criação deste tópico me fez ter a seguinte reflexão: porque ficamos tão limitados em assuntos polêmicos? Um Google responde objetivamente ao questionamento do tópico, logo, qualquer discussão em torno dele se torna mera expressão de opiniões acerca de um fato. Quando esse assunto surgiu em outro tópico o debate 'pegou fogo' até que se fosse esclarecido, depois disso ninguém tratou de debater profundamente o tema, levando em consideração que não havia dúvidas se havia existência ou não da meritocracia. Ficamos sempre presos em debates superficiais.
Como dito por muitos aqui, a meritocracia não existe no seu cerne. Ponto.
Mas é bom entender que ter essa resposta não encerra o tópico, desde que tratemos o assunto a partir desse momento. Afinal, porque ainda existem pessoas que acreditam na meritocracia? Será que entendem a real definição da palavra? Porque tal falácia não é desconstruída por colunas, blogs, etc.? Qual o interesse em manter esse tipo de pensamento? Há algum interesse?
Acredito que debater tais questões seja ainda mais profundo e importante, e não ficarmos decidindo se 1 + 1 é igual a 2 ou 3.
O orgulho do brasileiro é:Então como disse, vc está na analisando a meritocracia no prisma do individualismo, o que é um erro.
Ninguém tem condições iguais, nem irmãos dentro da mesma familia tem.
Discordo existe sim a meritocracia, mas tb muitos confudem meritocracia com justiça, justiça social.
Um playboy, que se esforça muito vira o melhor atleta do país pois teve todo apoio necessário, ele não tem mérito? ele não teve que vencer outros com muitos com a mesma condição e outros com mais condições que ele?
O favelado que nem competiu que é o campeão de verdade?
Vc tem que fazer seu merito, vencer na vida e contar sua história de sucesso, e não ficar se vitimizando falando que meritocracia não existe.
O orgulho do brasileiro é:
"Fulano de tal me deu faculdade/diploma"
"Se eu tenho tal carro/casa/ trator/soja é por causa daquele cara"
Já notou que no Brasil o mérito é terceirizado pra algum presidente/político, etc.
Me desculpa, mas não existe. E não é questão de opinião (eu acho que existe, eu acho que não).Discordo existe sim a meritocracia, mas tb muitos confudem meritocracia com justiça, justiça social.
Um playboy, que se esforça muito vira o melhor atleta do país pois teve todo apoio necessário, ele não tem mérito? ele não teve que vencer outros com muitos com a mesma condição e outros com mais condições que ele?
O favelado que nem competiu que é o campeão de verdade?
Vc tem que fazer seu merito, vencer na vida e contar sua história de sucesso, e não ficar se vitimizando falando que meritocracia não existe.
Você precisa expandir um pouco mais esse horizonte que me trouxe aqui, ao citar bilionários, pois está fundamentalmente errado. Veja.
A meritocracia foi um termo criado em 1958, no livro chamado The Rise of the Meritocracy (A Ascenção da Meritocracia, em tradução livre), de Michael Young, um sociólogo, político de esquerda e ativista social britânico, onde, através do livro que tem um tom distópico e bem satírico, imagina um mundo onde as pessoas seriam capazes de prosperar somente com suas capacidades de inteligência e de trabalho, sem ajuda da sociedade, estado ou família. Qualquer aplicabilidade deste termo fora do descrito acima, temos que há a deturpação do mesmo.
Eu não vou entrar em detalhes complexos da ascenção da Apple, Amazon, Microsoft, etc. É muito mais simples entender a não aplicabilidade universal da meritocracia quando imaginamos, por exemplo, que uma pessoa pode ficar bilionária apenas por ser filha de um falecido bilionário. Onde há mérito nos filhos do Elon Musk, por exemplo? Ou até mesmo da esposa dele? E há diversos outros exemplos dos quais posso trazer aqui, que comprovam a não existência da meritocracia em sua essência.
Concordo sim ser um fator psicológico muito bom, pois muitos utilizam como estímulo para não desistir, quando algo dá errado, acreditando que se ela tentar de novo e fizer um pouco melhor terá um resultado diferente. Psicologicamente falando é excelente. Mas não há causalidade única e exclusivamente direta entre esforço e retorno.
Fiz questão de deixar em negrito a parte que diz ser única e exclusivamente, porque é assim que o termo meritocracia funciona em sua teoria.
O background é muito engraçado, porque conheço muita gente que diz abominar todo e qualquer pensamento de esquerda, mas que abraça, beija e trata como palavra santa um termo criado por um autor esquerdista, em um contexto totalmente irônico e utópico. E que acreditam ser real até nos dias de hoje.
Me desculpa, mas não existe. E não é questão de opinião (eu acho que existe, eu acho que não).
Etimologicamente falando e semanticamente falando, ou seja, tecnicamente falando não existe. Já escrevi em outro tópico a respeito e deixo abaixo quotado para ser mais direto:
Há ainda uma outra interpretação do termo meritocracia, do antigo grego, que remete á palavra força, poder, em outras palavras, quem deveria ter o poder do Estado. E as pessoas designadas para tais cargos eram os 'bons', pessoas inteligentes, de sucesso, ou seja, quem já era elite nos tempos gregos. Não havia ascensão de povos, mas apenas manutenção dos que já estavam acima.
Segue uma crítica mais recente, do autor do livro The Meritocracy Trap, a respeito da meritocracia e do porque ela não existe em seu cerne:
Mérito ou meritocracia é a ideia de que as pessoas devem se destacar não com base na classe social de seus pais, mas com base em suas próprias conquistas — em quão produtivas e habilidosas elas são. O problema do mérito na nossa sociedade é que se tornou um sistema fechado e auto sustentável em que ocorre o seguinte: as elites dão educação aos seus filhos de uma maneira que ninguém mais consegue pagar. Aí, as pessoas que têm acesso a essa educação incrível que ninguém mais consegue pagar, transformam o mercado de trabalho de forma que os trabalhos que pagam os melhores salários são exatamente os que exigem as habilidades que só a educação mais cara proporciona.
É um sistema fechado. Não estamos tratando das pessoas que vão bem na escola na maioria da sociedade, estamos falando de quem faz o seu melhor de acordo com um conjunto de padrões construídos especificamente para favorecê-las. É por isso que o mérito é uma farsa.(...) A meritocracia produz uma elite que diz servir ao interesse público, mas que, na verdade, serve a si mesma. Dessa forma, o que faz é dar a todo o restante da sociedade uma razão poderosa para desconfiar das elites. E um elemento do populismo é a desconfiança em relação às elites. (...) A desigualdade que venho descrevendo é sistêmica, estrutural, mas não é absoluta. É sempre possível para as pessoas — ou por serem excepcionalmente talentosas ou por serem excepcionalmente sortudas — sair da armadilha. Uma sociedade justa e eficiente não faz suas regras e políticas básicas com a exceção em mente, e sim com a maioria das pessoas em mente.— Daniel Markovits
Eu iria um pouco além da reflexão do autor ao dizer que, além da educação dada pela elite, existe também o nerwork que faz toda a diferença. Lembro de alguns exemplos interessantes, como o caso do Eike Batista, filho do ex-Presidente da Vale do Rio Doce, que abandonou a faculdade para se dedicar à venda de ouro.
Por fim um vídeo de um canal que não sigo de olhos fechados, quando o assunto é sobre economia, uma vez que discordo de parte dos posicionamentos dos libertários. No entanto, em se tratando de um assunto como esse, o vídeo, ainda que discorde de alguns pontos, tem sim seus méritos e vale a pena ver.
PS.: Colocar vídeo no início, caso não esteja.
Vou me ater aos pontos realmente importantes aqui. Afinal, você entendeu que meritocracia não existe.O problema de sair dizendo por ai que a meritocracia não existe, ai as pessoas não vão querer se esforçar, já está tudo ganho(pra uns e perdido pro resto), a elite cede todas as vagas aos seus descendente, não há nada o que fazer,vira uma muleta de perdedor.
Só que não há filho de rico suficientes pra ocupar todas posições importantes.
E pior tem outra coisa o fato de uma nata ter acesso a um material maior de estudo, não quer dizer que não é necessário muito esforço para adquirir todo aquele conhecimento e que não tem disputa entre essa propria nata, onde os desleixados e relaxados ficam pra trás.
Nossa sociedade é sedenta por certos tipos de serviço que filho de rico nem chega perto, e os safos que entendem isso, e passam a ganhar muito dinheiro, como não dizer que é um merito?quantos desempregados aceitariam o emprego de limpar fossa?maioria que serviço leve no ar condicionado.
Claro pegar a meritocracia e dizer ,para chegar a conclusão individualista que um sujeito especifico é perdedor, sendo que ele em sí tem muito pouco a fazer se a economia do país está em frangalhos, por politicas economicas recessivas.
Todos os anos muita gente sai de baixo e sobe na vida, assim como muita gente vai caindo aos poucos.
Sim a palavra meritocracia em si é uma ilusão um ideal inalcançavel.
Eu acho que a pessoa tem que ter perseverança, tem que se melhorar sempre, fazer sempre autocritica, buscar possíveis defeitos a corrigir, tem gente muito ruim por ai que se acha perfeita.
E outra coisa essa visão "tecnocrata", onde o mérito do profissional é apenas técnico, isso não é o ideal, todo ser humano é um ser politico, se a pessoa não tem capacidade de criar ,ter e manter contatos, não tem capacidade influenciar pessoas,não consegue ter urbanidade, ela é fraca, e conforme o passar da vida, vai ver os outros recebendo promoções.
Ou: um ficou rico com esquema de pirâmide, outro virou lobista político, outro gigolô... Esse é o problema dessa meritocracia que tanto mencionam porque ela também engloba pessoas "bem sucedidas" dessa natureza. Não existe moral, certo ou errado na meritocracia. E julgando desse ponto, um filho de rico encostado que chega aos 30 e resolve começar a multiplicar os milhões que ele ganhou dos pais através do circulo social dele, também tem mérito.Não existe, como conceito amplo geral/ social, teria que todos nascerem nas mesmas condições. Só de um estudar numa escola melhor que o outro já não esta tendo justiça ali. Só de um poder apenas estudar e outro ter que trabalhar e ainda estudar, já é desvantagem.
Mas de forma micro, pegando pequenas amostras, sim, por exemplo numa sala de aula onde tem 50 alunos, porque uns 5 ficam ricos? porque uns 10 ficam pobres? Tendo a mesma escola, morando em bairros parecidos? Em algum momento houve uma inflexão na vida desses 50, onde um estudou mais, se dedicou mais a profissão, enquanto o outro dormia ou se divertia na balada.
Então você pode comparar por exemplo os 40 que se formaram em ADM da faculdade tal, mas não comparar o Pedrinho classe média com o Joãozinho da favela.
sim a meritocracia pode ser imoral, mas não deixa de existir, um cara pode arriscar a vida cometendo um assalto, mas acabará sendo recompensado, é assim mesmo. Mas certas coisas envolvem riscos, e o governo trabalha para evitar esse tipo de coisa, com polícia e leis.Ou: um ficou rico com esquema de pirâmide, outro virou lobista político, outro gigolô... Esse é o problema dessa meritocracia que tanto mencionam porque ela também engloba pessoas "bem sucedidas" dessa natureza. Não existe moral, certo ou errado na meritocracia. E julgando desse ponto, um filho de rico encostado que chega aos 30 e resolve começar a multiplicar os milhões que ele ganhou dos pais através do circulo social dele, também tem mérito.
Não tem como delinear o mérito usando-se a "justiça" ou "moral".
ainda existe muito aquela visão romantizada, de que a pessoa que rala muito fisicamente por várias horas deveria ganhar bem apenas pelo fato que fez algo exaustivo. Mas não adiantaria nada por exemplo eu ficar 12h por dia cavando buraco no meio do mato. Trabalho só é bem pago em função da qualificação, complexidade, número de pessoas atingidas, risco. Aí muita gente com essa visão deturpada acha que o CEO que fica num escritório deveria ganhar menos que um pedreiro porque o pedreiro "se esforça" mais.sim a meritocracia pode ser imoral, mas não deixa de existir, um cara pode arriscar a vida cometendo um assalto, mas acabará sendo recompensado, é assim mesmo. Mas certas coisas envolvem riscos, e o governo trabalha para evitar esse tipo de coisa, com polícia e leis.
Quem fala que não existe é pq espera que um trabalhador comum chegue a ficar rico, só pq ele se "esforça" trabalhando todo dia. Mas não é bem assim que funciona. Um trabalhador não é recompensado apenas por bater cartão todos os dias, isso é pouco. Quem só trabalha dentro da média é recompensado dentro da média. Que é um salário normal a vida toda. Mas se o cara ficar dormindo tem uma recompensa ainda menor, pois nem o salário terá. Pro cara ganhar acima da média tem que ter um desempenho incrível, comandar mais pessoas. pois uma pessoa sozinha trabalhando só com seu corpo e seu tempo jamais irá produzir muito acima do normal.
Não há maleabilidade de conceito, meu amigo. Se ele não é aplicado como um todo, logo, ele não pode ser utilizado. Não existe meio termo, sabe?!Não existe, como conceito amplo geral/ social, teria que todos nascerem nas mesmas condições. Só de um estudar numa escola melhor que o outro já não esta tendo justiça ali. Só de um poder apenas estudar e outro ter que trabalhar e ainda estudar, já é desvantagem.
Mas de forma micro, pegando pequenas amostras, sim, por exemplo numa sala de aula onde tem 50 alunos, porque uns 5 ficam ricos? porque uns 10 ficam pobres? Tendo a mesma escola, morando em bairros parecidos? Em algum momento houve uma inflexão na vida desses 50, onde um estudou mais, se dedicou mais a profissão, enquanto o outro dormia ou se divertia na balada.
Então você pode comparar por exemplo os 40 que se formaram em ADM da faculdade tal, mas não comparar o Pedrinho classe média com o Joãozinho da favela.
Por não ser possível delinear mérito usando justiça, daquele que ascende por desempenho próprio, tem-se como refutada a teoria da meritocracia. É simples.Ou: um ficou rico com esquema de pirâmide, outro virou lobista político, outro gigolô... Esse é o problema dessa meritocracia que tanto mencionam porque ela também engloba pessoas "bem sucedidas" dessa natureza. Não existe moral, certo ou errado na meritocracia. E julgando desse ponto, um filho de rico encostado que chega aos 30 e resolve começar a multiplicar os milhões que ele ganhou dos pais através do circulo social dele, também tem mérito.
Não tem como delinear o mérito usando-se a "justiça" ou "moral".
Não existe, como conceito amplo geral/ social, teria que todos nascerem nas mesmas condições. Só de um estudar numa escola melhor que o outro já não esta tendo justiça ali. Só de um poder apenas estudar e outro ter que trabalhar e ainda estudar, já é desvantagem.
Mas de forma micro, pegando pequenas amostras, sim, por exemplo numa sala de aula onde tem 50 alunos, porque uns 5 ficam ricos? porque uns 10 ficam pobres? Tendo a mesma escola, morando em bairros parecidos? Em algum momento houve uma inflexão na vida desses 50, onde um estudou mais, se dedicou mais a profissão, enquanto o outro dormia ou se divertia na balada.
Então você pode comparar por exemplo os 40 que se formaram em ADM da faculdade tal, mas não comparar o Pedrinho classe média com o Joãozinho da favela.
Como falei, no conceito social não tem como aplicar, ninguém nasce em condições exatamente iguais. Mas não é porque ele não é aplicado de forma ampla dentro de uma sociedade como todo que as pessoas não podem aplicar em pequenos locos.Não há maleabilidade de conceito, meu amigo. Se ele não é aplicado como um todo, logo, ele não pode ser utilizado. Não existe meio termo, sabe?!
Seu exemplo dos que ficaram ricos e pobres, nada mais é do que a aplicação da exceção, quanto aos ricos, é a pura representação do uso do termo mérito e meritocracia como muleta para justificar o cargo alcançado e usar como justificativa para os que não conseguindo, esquecendo outras milhares e até milhões de fatores externos que implicam tão quanto, e as vezes até mais, no resultado.
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Por não ser possível delinear mérito usando justiça, daquele que ascende por desempenho próprio, tem-se como refutada a teoria da meritocracia. É simples.
Você está se referindo a ganho proporcional, e não em meritocracia. Um dos maiores males que venho observando na geração atual está em destoar semântica de certas palavras e termos. Isso dificulta qualquer tipo de diálogo.Como falei, no conceito social não tem como aplicar, ninguém nasce em condições exatamente iguais. Mas não é porque ele não é aplicado de forma ampla dentro de uma sociedade como todo que as pessoas não podem aplicar em pequenos locos.
Por exemplo, você tem 10 vendedores, eles vendem os mesmos produtos, trabalham a mesma carga horário, eu tenho que aplicar o conceito de comissão, quem vender mais, receber salário maior. Isso é aplicável.