Essa é 95% da minha situação, é horrível ver uma pessoa que vc ama nesse estado... Parece que não tem vontade própria
É complicado... No pouco tempo que ficamos juntos sempre acabávamos discutindo por causa disso, ela simplesmente queria que eu parasse de fazer tudo o que gosto (ouvir músicas, assistir filmes, jogar no meu videogame etc).
Certo dia, eu estava ouvindo uma música no meu celular, dai ela pegou um dos fones para ver o que eu estava ouvindo e começou a encher o saco porque eu estava ouvindo aquele tipo de lixo e bla-bla-bla. E olha que nem era um funk proibidão ou coisa parecida, geralmente eu escuto mais música eletrônica pra relaxar, muitas nem letra tem é só o toque mesmo. Dai começou a discussão:
- Se você conseguir me provar que o simples ato de eu estar ouvindo uma música no meu fone de ouvido sem incomodar ninguém está prejudicando/fazendo algum tipo de mal a alguém eu posso até repensar essa questão.
- Ah, mas a bíblia diz que você não pode servir a 2 senhores!
- Sim, sei disso, mas o ato de eu estar ouvindo uma música não implica necessariamente que eu esteja servindo a outro senhor. Não tem nada a ver o fiofó com as calças!
- Claro que tem tudo a ver! A bíblia diz que tudo o que você fizer tem que ser para glorificar o nome de Deus, se você está ouvindo uma música que não exalta o nome de Deus, você está exaltando outro senhor!
- Novamente, o que tem a ver uma coisa com a outra? A música que estou ouvindo nem letra tem, é só um toque, como que a música em questão pode estar exaltando outro deus/senhor?
- Mesmo sendo só toque, você não sabe as motivações de quem fez essa música, se ela não foi consagrada a outros deuses/senhores.
Em um certo sábado eu tinha ido para a aula da pós pela manhã e na parte da tarde fui jogar um GTA pra relaxar. Dai de repente ela chega aqui em casa eu estava lá no GTA destruindo tudo na cidade, zoando mesmo no jogo para relaxar e descarregar a raiva que tinha passado com o orientador da pós-graduação na aula da manhã. Novamente, ela começou a encher o saco, falar que era errado eu jogar aquilo, que aquilo não tinha nada de edificante, que era obra do inimigo etc. Tentei explicar pra ela que o fato de eu jogar um jogo daqueles não significava que eu iria fazer esse tipo de coisa na vida real, que sempre joguei esse tipo de jogo desde criança e nem por isso peguei uma arma e sai atirando em todo mundo, mas não tinha jeito.
E o pior é que ela tinha um certo grau de instrução, era servidora do Judiciário Federal, tinha graduação, pós MBA etc, não consigo entender como pessoas que têm instrução se deixam levar por esse tipo de coisa.