Quem jogou Assassins Creed no ano passado certamente ficou impressionado com a qualidade apresentada pela Ubisoft nos seus jogos para a nova geração. Certamente alguns chegaram a pensar "Cara, isso ficaria muito bom em um Prince of Persia".
E como toda produtora que lança jogo bom acaba ganhando tradição (além da obrigação de mantê-la), os gamers de plantão ficaram mordendo os dedos de tanto aguardar novidades da mais poderosa franquia da empresa francesa. Pois é justamente para essas pessoas que o MSN Jogos mostra em primeira mão os detalhes do novo Prince of Persia.
Para começar, é interessante dizer que as comparações entre Pop e Assassins Creed não param só na produtora: a Ubisoft, por intermédio de sua equipe de Montreal, está usando no desenvolvimento do novo jogo uma versão aprimorada da engine que levou Altair ao estrelato. Além disso, o príncipe da Pérsia agora está livre das amarras de um jogo com características lineares. Agora, tudo é aberto para exploração. Mas não pense nisso como um jogo clonado do outro: isso é Prince of Persia, tem cara de Prince of Persia. Basta uma olhada nas telas e você nota a diferença.
Ao enredo: Prince (é...apesar de tudo, ele ainda não tem nome) não é mais parte de uma realeza. Nada melhor que um mendigo, ele nada mais faz além de caçar aventuras. Em uma dessas andanças, seu jumentinho (a montaria do guerreiro é um jegue???) acaba fugindo. Disposto a recuperar seu meio de transporte, nosso intrépido herói segue atrás do eqüino, apenas para se perder em uma tempestade de areia.
Com a poeira baixando, o guerreiro se vê em um oásis, o Jardim da Vida. Esse paraíso encravado no deserto, devidamente protegido por rígidas paredes, tem no seu centro a chamada Árvore da Vida. Diz a lenda que houve uma guerra a 200 gerações atrás, envolvendo dois deuses irmãos. Ahriman, a escuridão, queria espalhar a corrupção pelo mundo, mas foi detido por Omazd, que aprisionou seu irmão dentro da árvore da vida.
Tanto a árvore como o local que ela habita eram guardados por uma linhagem distinta de protetores, mas tais guardiões diminuíram em quantidade, até que restasse algo muito próximo do nada. Instantes após sua chegada o príncipe testemunha a destruição da Árvore da Vida, e a liberação de Ahriman. A boa notícia para o rapaz é que as paredes do Jardim podem conter a malévola divindade. A má é que a escuridão que Ahriman emana encontrou pequenas fissuras, e atingindo alguns locais próximos. Pouco a pouco, a corrupção do monstro pode tomar o planeta inteiro.
Ahriman é basicamente tudo o que existe de ruim. Dentro do jogo ele é representado por uma nuvem negra, que pode se moldar em coisas como uma poça escura que consumirá nosso herói quando ele cair ou passar por ela, ou pode explodir uma parede, atacando de surpresa, ou ainda tomar a forma de diversas armadilhas, tudo para impedir o príncipe de mandar o mal de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
O jogo dá várias lembranças às guerras de gangues vistas em Grand Theft Auto: San Andreas. A escuridão tomou de assalto parte do imenso jardim, que será o "mundo" do novo Prince of Persia. É seu dever como herói do jogo "curar" essas partes ( em GTA: San andreas, o personagem CJ tinha que livrar sua área da gangue rival, e tomar seus terrenos para dominar a região e garantir poder absoluto para a sua gangue). Tudo começa bem devagar, sem nada que exija muito do jogador, mas enquanto você trata de limpar uma área aqui, o inimigo avança e aprofunda seu domínio em outra área. E a forma como você decide qual área vai detonar primeiro tem influência no decorrer do jogo. Em suma, limpar uma área joga as partes da escuridão mais próximas umas das outras. Imagine como vai ser o desafio final...
Um dos principais problemas de um jogo tão aberto é que com certeza você terá de refazer seus passos em estágios antes finalizados. Para compensar isso, a equipe de desenvolvimento tratou de diferenciar um pouco os desafios de cada área. Falando em termos mais simples, você pode enfrentar um determinado tipo de inimigo quando tiver uma hora de jogo, mas ao voltar para o memso local quatro ou cinco horas depois, os desafios serão completamente diferentes. Isso servirá também para traçar estratégias rápidas e de eficácia imediata, caso você queira sobreviver o máximo que puder.
Muda muita coisa nesse Prince of Persia se você for compará-lo à franquia que fez sucesso no PlayStation 2. Primeiramente, acabou aquela história das Sands of Time. A Ubisoft decidiu terminar essa variante em Two Thrones, que segue a cronologia oficial do jogo. Ainda não se sabe quais serão exatamente os novos poderes do ex-manipulador do tempo, mas para a produtora tirar um elemento chave de toda a história que fez milhões na geração passada, espera-se que a novidade seja equivalente ou superior.
Também acabaram aquelas armadilhas do tipo "pressão no chão-espinhos para cima", lâminas giratórias e pilares cravados com espadinhas que vão e voltam para fatiá-lo. Tudo no novo título norteia a escuridão causada por Ahriman.
Mas a principal mudança foi no gameplay: enquanto a franquia no PS2 testava o jogador com muitos oponentes ao mesmo tempo, na nova geração você nunca, repetindo, NUNCA vai passar de um contra um. O problema é que os inimigos são muito inteligentes, tendo capacidade de combate igualável à do príncipe (muitas vezes até mesmo superior).
Você contará com a ajuda de Elika, uma guerreira local que apesar de ainda não estar devidamente detalhada pela Ubisoft, terá participação essencial no decorrer do jogo, praticamente em toda a partida, diferente de Farah (do episódio The Sands of Time) e Kayleena (de the Warrior Within e Two Thrones), que tinham aparições ocasionais e participação limitada apenas como referência e orientação ao jogador (Farah chegava até mesmo a lutar junto do príncipe, mas ainda assim, sua participação na história era ofuscada pela dele).
Como você pode ver pelas imagens, o visual do novo Prince of Persia está completamente reformulado, chamado pela Ubisoft de "ilustrado". Ele lembra um pouco (bem pouco) o cel-shading, mas enquanto esse último parece chapado na tela, o "ilustrado" de PoP terá toda a desenvoltura de um material 3D. A grosso modo, pense nisso como uma pintura que se mexe.
Apesar de tantas alterações, algumas até mesmo preocupantes, a Ubisoft conseguiu manter inalterada a fórmula de Prince of Persia. Ainda teremos puzzles dificílimos para serem resolvidos com a ajuda de acrobacias como corrida pelas paredes e saltos sobre abismos.
O novo Prince of Persia está previsto para lançamento no último bimestre desse ano (Yes! Compras natalinas!) para PlayStation 3, Xbox 360 e PC
Ainda sem nome oficial, uns dizem Prince of Persia: Heir Apparent e outros dizem Prince of Persia: Prodigy
http://jogos.br.msn.com/noticias/preview-prince-of-persia/
http://www.omelete.com.br/game/100012818/Prince_of_Persia.aspx
http://jogos.uol.com.br/ultnot/finalboss/2008/05/19/ult3277u16332.jhtm
http://jogos.uol.com.br/ultnot/finalboss/2008/05/16/ult3277u16274.jhtm
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