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O mundo é assim a milhares de anos atrás, desde o princípio da civilização, mas a culpa sempre cai na Igreja e nos EUA, eita bando de doente, se não gostam dos governos então vamos voltar ao tempo do feudalismo.
 
Não é porque é assim há milhares de anos que tenha que permanecer assim. É importante sairmos dessa 'mesmice' milenar.

Tem que existir uma forma de agrupamento social menos desumana e mais 'para todos' que a que vivemos e, não, a resposta não é o comunismo. Espero que consigamos descobri-la.
 
Última edição:
Não é porque é assim há milhares de anos que tenha que permanecer assim. É importante sairmos dessa 'mesmice' milenar.

Tem que existir uma forma de agrupamento social menos desumana e mais 'para todos' que a que vivemos e, não, a resposta não é o comunismo. Espero que consigamos descobri-la.

Rapaz eu sou totalmente anti-comunista, não ache que sou vermelho não senão eu fico até doido.

O vídeo se resume a exploração do governo sobre a população ou rebanho, no caso, mas por exemplo o Brasil, se todos os nossos impostos fossem utilizados de maneira correta teríamos uma educação, saúde, segurança melhores, e não seria algo tão trágico. O trabalho faz parte da vida do ser humano, quem não trabalha não come, isso com todos os animais(o predador que não corre atrás da presa não come) e isso não pode ser considerado uma exploração.

Ser explorado ou explorador depende de cada um, assim como Lula e Ernesto Geisel, ambos eram pobres na infância, chegaram a Presidência da República e por caminhos distintos.

Há outros problemas no mundo que estão além da dominação, mas da diferença entre povos, o que gera muita guerra e escravidão, vide a África que não mudou muita coisa em relação a uns 3000 mil anos atrás, e isso não é tudo culpa do homem branco.
 
Interessante o vídeo, mas achei falho pelo fato de apresentar o problema e não apresentar solução alguma, bateu muito no óbvio também, de os ricos dominarem os pobres, fala sério, quem não sabia disso ainda?

E aliás, qual seria a solução? O que seria a liberdade? Fazer uma pequena propriedade agrícola e manter você e sua família sem precisar pagar IR e dar satisfação pra governo algum? Mesmo que isso fosse plausível, garanto que a vasta maioria jamais escolheria viver assim.

Sem governo não existe esforço social organizado, todo mundo seria simplesmente obrigado a trabalhar na agricultura pelo próprio sustento, vivendo de forma miserável, sem conforto e sem zilhões de tecnologias que melhoram nossa qualidade de vida.

O sistema é falho, mas ainda que por maneiras tortas, é possível comprar o caminho da liberdade, basta ter dinheiro suficiente, veja se algum rico aí que tem milhões na conta e viaja mundo afora sem se preocupar com nada, ele tem parece ser "gado"? Definitivamente não é. A saída existe, mas é cara.
 
Por que não podíamos abolir a escravidão ontem e não podemos abolir o governo hoje
por Robert Higgs, terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Na tabela, minha constante repetição da enfadonha expressão "governo (como o conhecemos)" pode parecer esquisita, ou até mesmo irritante, mas optei por tributar a paciência do leitor dessa forma por um motivo. Quando o cidadão comum encontra um defensor do anarquismo, sua imediata reação é identificar uma lista de funções críticas do governo — preservação da ordem social, manutenção de um sistema legal para se resolver contendas e lidar com criminosos, proteção contra agressores estrangeiros, fiscalização e aplicação dos direitos de propriedade, defesa dos fracos e indefesos, produção e manutenção da infraestrutura econômica, e por aí vai. Essa reação, entretanto, atira no alvo errado.

Anarquistas libertários não negam que tais funções sociais devam ser mantidas para o funcionamento exitoso de uma sociedade. Entretanto, o que eles realmente negam é que necessitemos de um governo (como o conhecemos) para executá-las. Anarquistas libertários preferem que essas funções sejam executadas por provedores privados com os quais os beneficiários tenham concordado em lidar. Quando escrevo sobre o governo "como o conhecemos", estou me referindo à forma de governo monopolista e não consentida pelo indivíduo, forma essa que existe hoje em praticamente todos os lugares da terra.

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A escravidão existiu por milhares de anos, em todos os tipos de sociedade e em todas as partes do mundo. Imaginar como seria a vida social dos homens sem a escravidão era algo que exigia um esforço extraordinário. Entretanto, de tempos em tempos, sempre surgiam alguns excêntricos que se opunham a ela, a maioria argumentando que a escravidão era uma monstruosidade moral e que, portanto, as pessoas deveriam aboli-la. Tais pessoas geralmente provocavam diversas reações, que iam desde a galhofa educada até o escárnio ríspido, chegando até mesmo a agressões violentas.
Quando alguém se dava ao trabalho de fornecer alguns argumentos contra a abolição, várias ideias eram defendidas. Na primeira coluna da tabela abaixo, listo dez dessas ideias que descobri ao longo de minhas pesquisas sobre o assunto. Em um dado momento da história, incontáveis pessoas recorreram com naturalidade a uma ou mais das razões abaixo expostas para fundamentar sua oposição à abolição da escravidão.

Entretanto, quando se analisa em retrospecto, esses argumentos nos parecem extremamente prosaicos — parecem mais racionalizações (ato de se inventar possíveis razões para uma ação, razões essas que não se baseiam nas razões verdadeiras) do que argumentações lógicas.

Hoje, para praticamente qualquer pessoa, esses argumentos parecem ser, senão completamente enganosos, na melhor das hipóteses questionáveis ou não convincentes. Atualmente, ninguém desenterra essas ideias — ou o corolário delas — para defender alguma proposta de se restabelecer a escravidão. Embora vestígios de escravidão ainda existam no norte da África e em alguns outros poucos lugares, a ideia de que a escravidão é uma instituição social defensável está extinta. Razões que há até pouco tempo pareciam fornecer fundamentos irrefutáveis para se opor à abolição da escravidão, hoje não provocam absolutamente nenhum impacto intelectual.

É estranho, entretanto, que essas mesmas e retrógradas ideias uma vez utilizadas para justificar a oposição à abolição da escravidão sejam hoje rotineiramente utilizadas para justificar a oposição à abolição do governo (como o conhecemos). Anarquistas libertários ousados o bastante para já terem defendido sua proposta de abolir o estado certamente já terão lidado com muitos dos, senão todos, argumentos utilizados por séculos para dar sustento à escravidão. Assim, fazemos uma lista paralela, como mostrada na segunda coluna da tabela.

Na tabela, minha constante repetição da enfadonha expressão "governo (como o conhecemos)" pode parecer esquisita, ou até mesmo irritante, mas optei por tributar a paciência do leitor dessa forma por um motivo. Quando o cidadão comum encontra um defensor do anarquismo, sua imediata reação é identificar uma lista de funções críticas do governo — preservação da ordem social, manutenção de um sistema legal para se resolver contendas e lidar com criminosos, proteção contra agressores estrangeiros, fiscalização e aplicação dos direitos de propriedade, defesa dos fracos e indefesos, produção e manutenção da infraestrutura econômica, e por aí vai. Essa reação, entretanto, atira no alvo errado.

Anarquistas libertários não negam que tais funções sociais devam ser mantidas para o funcionamento exitoso de uma sociedade. Entretanto, o que eles realmente negam é que necessitemos de um governo (como o conhecemos) para executá-las. Anarquistas libertários preferem que essas funções sejam executadas por provedores privados com os quais os beneficiários tenham concordado em lidar. Quando escrevo sobre o governo "como o conhecemos", estou me referindo à forma de governo monopolista e não consentida pelo indivíduo, forma essa que existe hoje em praticamente todos os lugares da terra.

Os leitores podem contestar dizendo que pelo menos algumas das formas existentes de governo de fato têm o consentimento das pessoas. Mas eu pergunto: onde está a evidência? Mostrem os contratos adequadamente assinados, com testemunhas e tudo. A menos que todos os adultos que hoje estão submetidos a essa autoridade reivindicada pelo governo tenham voluntariamente e explicitamente aceitado serem governados em termos específicos, a única suposição lógica que resta é a de que os governantes simplesmente impuseram seu domínio.

Declarações, propagandas, textos cívicos, pesquisas de opinião, conversas de boteco, eleições políticas e afins são irrelevantes e nada têm a ver com essa questão. Ninguém pensaria em oferecer tais formas de evidência para mostrar que eu possuo um contrato válido com minha operadora de celular, que me provê serviços telefônicos. Quando o governo do meu país, o governo do meu estado e a prefeitura da minha cidade irão me mandar os contratos para que eu possa assinar dizendo se concordo (ou não) em comprar seus "serviços" em termos mutuamente satisfatórios?

A similaridade entre os argumentos contra a abolição da escravidão e os argumentos contra a abolição do governo (como o conhecemos) deveria abalar a fé daqueles que ainda possuem a falsa ideia de que vivemos em um "governo do povo, pelo povo e para o povo". Do meu ponto de vista, os argumentos pró-governo parecem lastimosamente iguais aos mesmos questionáveis e trôpegos fundamentos intelectuais que deram base à escravidão.
É estranho, entretanto, que essas mesmas e retrógradas ideias uma vez utilizadas para justificar a oposição à abolição da escravidão sejam hoje rotineiramente utilizadas para justificar a oposição à abolição do governo (como o conhecemos). Anarquistas libertários ousados o bastante para já terem defendido sua proposta de abolir o estado certamente já terão lidado com muitos dos, senão todos, argumentos utilizados por séculos para dar sustento à escravidão. Assim, fazemos uma lista paralela, como mostrada na segunda coluna da tabela.

Argumentos Contra a Abolição da Escravidão e Argumentos Contra a Abolição do Governo (como o conhecemos)

A escravidão é natural.
O governo (como o conhecemos) é natural.

A escravidão sempre existiu.
O governo (como o conhecemos) sempre existiu.

Todas as sociedades do mundo têm escravidão.
Todas as sociedades do mundo têm um governo (como o conhecemos).

Os escravos não são capazes de cuidar de si próprios.
As pessoas não são capazes de cuidar de si próprias.

Sem seus mestres, os escravos morrerão em massa.
Sem o governo (como o conhecemos), as pessoas morrerão em massa.

Onde as pessoas comuns são livres, elas estão ainda piores que os escravos.
Onde as pessoas comuns não têm um governo (como o conhecemos), elas estão muito piores (por exemplo, na Somália).

Acabar com a escravidão iria ocasionar um grande derramamento de sangue e outras perversidades.
Acabar com o governo (como o conhecemos), iria ocasionar um grande derramamento de sangue e outras perversidades.

Sem a escravidão, os ex-escravos ficariam fora de controle, roubando, estuprando, matando e provocando o caos generalizado.
Sem o governo (como o conhecemos), as pessoas ficariam fora de controle, roubando, estuprando, matando e provocando o caos generalizado.

Tentar acabar com a escravidão é algo ridiculamente utópico e impraticável; somente um sonhador confuso e sem noção defenderia proposta tão absurda.
Tentar acabar com o governo (como o conhecemos), é algo ridiculamente utópico e impraticável; somente um sonhador confuso e sem noção defenderia proposta tão absurda.


Esqueça a abolição. Um plano muito melhor é manter os escravos suficientemente bem alimentados, bem vestidos, bem instalados e ocasionalmente entretidos, distraindo-os da exploração que sofrem e estimulando-os a se concentrar na boa perspectiva de vida que os aguarda daqui pra frente.
Esqueça a anarquia. Um plano muito melhor é manter as pessoas comuns suficientemente bem alimentadas, bem vestidas, bem instaladas e ocasionalmente entretidas, distraindo-as da exploração que sofrem e estimulando-as a se concentrar na boa perspectiva de vida que as aguarda daqui pra frente.
 
Quis me referir a mim mesmo quando disse sobre a resposta não ser o comunismo.

O trabalho é louvável e imprescindível e talvez nunca deixe de existir. É necessário e saudável estar sempre em ação. Talvez daqui há uns tempos não exista mais este modo hodierno escravocrata de trabalhar e de tratar as pessoas como gados, objetos de posse, e os espaços, onde essas multidões se reunem, como fazendas. Sinto que conforme evoluamos como seres e chegarmos em determinado nível de maturação, deixaremos de ter essa necessidade de controle externo e, muitas das vezes, excessivo por parte da sociedade pois simplesmente não haverá espaço para que se haja fora da lei moral que é intrínseca e que todos carregamos.

Falta essa maturidade de caráter em grande parte da humanidade e por isso não vemos avanços significativos sobre esta questão. Somos uma população muito infantil e nos desrespeitamos com extrema facilidade, somos muito voláteis. Imagine que o planeta fosse recheado de países onde reinasse a serenidade e o bom senso. Certamente não haveria desvios de verba pois em primeiro lugar colocaríamos o outro que está em dificuldades e que fatalmente seria vítima do mau uso do poder administrativo. Não teríamos assassinatos, nem guerras e nem fome e nem falta de nada pois tudo seria administrado de forma harmônica e salutar. Cada um recebendo de acordo com o que produzisse, sempre.

É uma visão distante da atual? Infelizmente é sim. Contudo tantas outras boas ideias começam com pequenos vislumbres e sempre há um longo caminho a se percorrer para se chegar ao objetivo. O que não podemos fazer é nos acomodarmos nesta aceitação da realidade atual.
Rapaz eu sou totalmente anti-comunista, não ache que sou vermelho não senão eu fico até doido.

O vídeo se resume a exploração do governo sobre a população ou rebanho, no caso, mas por exemplo o Brasil, se todos os nossos impostos fossem utilizados de maneira correta teríamos uma educação, saúde, segurança melhores, e não seria algo tão trágico. O trabalho faz parte da vida do ser humano, quem não trabalha não come, isso com todos os animais(o predador que não corre atrás da presa não come) e isso não pode ser considerado uma exploração.

Ser explorado ou explorador depende de cada um, assim como Lula e Ernesto Geisel, ambos eram pobres na infância, chegaram a Presidência da República e por caminhos distintos.

Há outros problemas no mundo que estão além da dominação, mas da diferença entre povos, o que gera muita guerra e escravidão, vide a África que não mudou muita coisa em relação a uns 3000 mil anos atrás, e isso não é tudo culpa do homem branco.

Kam, acredito que o intuito do vídeo é fazer com que as pessoas imaginem possíveis modificações e soluções para o cenário atual. Não sei quais seriam as respostas, acho que ninguém as tem ainda.
 
O Brasil é um grande exemplo de que excesso de liberdade não da certo. As pessoas acham que podem fazer o que quer, esse final de semana fui para casa e sábado a noite foi quase impossível de dormir, som alto a madrugada toda em vários lugares(sempre tocando funk para variar), a pessoa gasta todo centavo que ganha e lota o carro de som para poder atormentar a vida dos outros, esse foi apenas um exemplo banal. A própria falta de disciplina do ser humano o torna um animal, então precisamos viver cheio de regras e punições.
 
Se as pessoas fossem capazes de respeitar umas as outras verdadeiramente , não teriamos tantos problemas nem tantas leis para o controle , e como alcançar isto ?O unico modo que vejo é por meio da educação de qualidade , porem é utopico demais achar que oferecendo uma educação de qualidade todos iriam absorve-la e utiliza-la "perfeitamente".
 
Se eu morasse em meio a pessoas como os japoneses por exemplo não acharia ruim algo como uma anarquia. No Brasil mesmo sendo um Estado a maioria das pessoas se comporta como orangotangos. Acho que um novo tipo de "modo de vida" humano só virá a partir do momento em que praticamente toda a população do mundo tiver alcançado um alto nível de respeito mútuo, coisa que está muito longe, talvez nunca cheguemos a esse ponto.
 
Você falou tudo wmh!

O sistema hoje da forma como se encontra não está bom pelo diversos casos de exploração ai citados... não podemos nos conformar mas sim buscar transformar o mundo e evoluir. O problema do comunismo são as pessoas que quando ganham poder acabam estragando tudo, como já vimos acontecer, mas o sistema em si é maravilhoso pois objetiva a igualdade de condições de vida (saúde, alimentação, lazer, educação etc.) para todos. O capitalismo por sua vez já em sua origem não tem como realizar um mundo ideal uma vez que o seu princípio básico: o aumento dia após dia do consumo por parte das pessoas para que o sistema continue "rodando" no mínimo um dia irá acabar com todos os recursos naturais, criando coisas que não precisamos como por exemplo novos ipods e ipads a cada seis meses...

O socialismo não é a solução e muito menos o capitalismo mas temos que buscar outras formas de solucionar os problemas da humanidade... como o ser humano sempre fez ao decorrer dos séculos.
 
Eu vejo uma luz no fim do túnel, beeeeeem distante, mas que pode indicar um futuro pra humanidade. A tecnologia em prol do Sistema.
O problema do Sistema é que ele é muito grande, Gigante, Faraônico, Astronômico...:hmm: o que estava dizendo mesmo? ah, com a tecnologia que está sendo desenvolvida é possível criar Sistemas Interligados de Gestão, os SIGs (sei que já existem :seferrou:) e de forma gradual ir implementando esses ERPs em todas empresas (sei que já estão implementando gradualmente :lol2:) até um ponto onde Governos e demais 'representantes' dos poderes não conseguirem 'obscurecer' ou 'esconder' os processos do sistema e nem manipular em benefício próprio.

Vejo com bons olhos a 'Primavera' do Oriente Médio e se a Tecnologia e Sites de Relacionamento (Redes Sociais) conseguem agregar o povo e dar força aos movimentos legítimos, então essa é uma via de construção para um futuro melhor, o que é preciso é manter o 'manche' neste sentido e impedir que pessoas inescrupulosas anulem essa possibilidade de comunicação e informação.

Ou seja, o futuro passa pela 'educação' mas pode ter um 'veículo' melhor do que a Tv foi antigamente, hoje chamamos de Rede Social, mas amanhã podem ser desenvolvidos mecanismos 'autênticos' de comunicação de massa com esse intuito, fortalecendo a democracia, os benefícios sociais e mantendo o patrimônio e demais possibilidades de crescimentos individuais e organizacionais.
 
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A sociedade não precisa de dirigentes
por Lew Rockwell, quarta-feira, 8 de junho de 2011

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Desde que existem, os governos sempre se ocuparam basicamente de uma atividade: encontrar novas maneiras de intervir nas relações humanas, inventando novas formas de gerenciar a sociedade e suas interações sociais e econômicas. Quando não estão fazendo isso, as legislaturas se ocupam de tentar reformar os sistemas que eles próprios criaram no passado.

Apenas pense na saúde pública, na educação pública, em toda a fraude criada pela Previdência Social, na injustiça da tributação, na infindável incapacidade de gerenciar a moeda e as finanças públicas, além de todas as outras áreas da sociedade e da economia em que o governo se arvora a responsabilidade de gerir, e responda: por que tais áreas são uma bagunça?


Políticas públicas devem ser abolidas

Todas as reformas em todas as áreas da política, da economia e da sociedade deveriam se dar em apenas uma direção: mais liberdade para os indivíduos e menos poder para o governo. Indivíduos devem exercer seu direito de usufruir a maior liberdade possível, e o governo, o dever de exercer o menor poder possível.

Alguns liberais creem que a liberdade que desejam pode ser imposta da mesma forma que os sistemas socialistas antigos eram impostos sobre as sociedades. A ideia é a de que caso sejam eleitos um Congresso e um presidente iniciados na teoria libertária, eles poderiam corrigir tudo o que está errado em um piscar de olhos. Assim, seria necessário apenas eleger políticos versados na Escola de Chicago e um presidente treinado nos méritos dos incentivos de mercado, e tudo começaria a se resolver.

Porém, infelizmente, não é simples assim; mais ainda: se de fato fossemos capazes de fazer isso, estaríamos apenas substituindo uma forma de planejamento central por outra. A genuína liberdade não advém de uma dada forma de gerenciamento governamental. A genuína liberdade significa ausência de gerenciamento governamental.

Todas as reformas em todas as áreas da política, da economia e da sociedade deveriam se dar em apenas uma direção: mais liberdade para os indivíduos e menos poder para o governo. Indivíduos devem exercer seu direito de usufruir a maior liberdade possível, e o governo, o dever de exercer o menor poder possível.

Sim, essa é a posição que qualifica um indivíduo como libertário. Porém, essa palavra não possui o poder explanatório que já teve em outros tempos. Há uma tendência de ver o libertarianismo como uma espécie de política pública, ou apenas mais um emaranhado de propostas políticas, que enfatiza a importância da livre iniciativa e das liberdades pessoais em oposição à arregimentação burocrática.

Essa perspectiva, porém, é totalmente errada, e possui perigosas consequências. Imagine se Moisés tivesse procurado conselhos de burocratas governamentais e especialistas em políticas públicas quando estava em busca de meios para libertar o povo judeu da escravidão egípcia. Eles teriam lhe dito que marchar até o Faraó para pedir a ele que "liberte o meu povo" seria uma atitude altamente imprudente e inútil. A mídia não iria gostar e ele estaria exigindo muita coisa muito rapidamente. O que os israelitas deveriam fazer seria utilizar o sistema judicial. Fora isso, o governo deveria conceder-lhes incentivos de mercado, mais escolhas por meio de vouchers e subsídios, e uma maior participação na estrutura de regulamentações impostas pelo Faraó. Ademais, senhor Moisés, criticar o sistema é antipatriótico e extremista.

Em vez disso, Moisés adotou uma posição de princípios, e exigiu que seu povo fosse imediatamente libertado da opressão de todos os controles políticos — uma completa separação entre governo e a vida dos israelitas. Esse é o meu tipo de libertarianismo. O libertarianismo não é uma agenda política detalhando um melhor método de governança. Antes, trata-se da moderna incorporação de uma visão radical e singular que está acima de todas as ideologias políticas existentes.

O libertarianismo não propõe nenhum plano para reorganizar o governo; ele requer que planos desse tipo sejam abandonados. Ele não propõe que incentivos de mercado sejam empregados na formulação de políticas públicas; ele deseja uma sociedade na qual não haja políticas públicas no sentido em que tal termo é normalmente conhecido.

O verdadeiro liberalismo

A nação não precisa de um ditador, nem de um presidente, e nem de atos de boa vontade para impor as bênçãos da liberdade. Essas bênçãos advêm da própria liberdade em si, a qual, como escreveu Benjamin Tucker, é a mãe da ordem, e não sua filha.

Um bom exemplo do princípio da auto-organização — isto é, a capacidade das pessoas de se organizarem voluntariamente por meio do comércio e do respeito mútuo — pode ser visto nas modernas organizações tecnológicas. A internet é amplamente uma rede que se organiza sozinha, sem nenhum gerenciamento. As comunidades comerciais que se formaram na rede [Amazon, eBay, Mercado Livre etc.] já são maiores e mais vastas do que muitas nações já o foram. São comunidades formadas por indivíduos que se organizam voluntariamente e autonomamente, interagindo sob regras, fiscalizações e imposições amplamente privados. As inovações disponíveis em nossa era são tão espantosas que vivemos em uma época considerada revolucionária. E é verdade.


Se essa ideia soa radical e até mesmo maluca hoje, ela era comum entre os pensadores dos séculos XVII e XVIII, dentre eles John Locke e Thomas Jefferson. A marca distintiva dessa teoria política é a de que a liberdade é um direito natural. Ela antecede a política e antecede o estado. O direito natural à liberdade não precisa ser concedido ou ganhado ou outorgado. Ele deve apenas ser reconhecido como um fato. É algo que existe naturalmente na ausência de um esforço sistemático para aboli-lo. O papel do governo não é nem o de conceder direitos, nem o de oferecer a eles algum tipo de permissão para existir, mas simplesmente se restringir de violá-los.

A tradição liberal do século XVIII em diante percebeu que era o governo a entidade que praticava os mais sistemáticos esforços para roubar as pessoas de seus direitos naturais — o direito à vida, à liberdade e à propriedade —, e é por isso que um estado deve existir apenas se tiver a expressa permissão de todos os membros de uma sociedade, estando limitado a realizar apenas aquelas tarefas que toda a população julgar essenciais. Era com relação a essa agenda que todo o movimento liberal estava comprometido.

Os liberais não estavam lutando para que certos direitos fossem dados ou impostos sobre as pessoas. Não se tratava de uma forma positiva de liberdade, a ser imposta sobre a sociedade. Tratava-se de algo não positivo, mas sim negativo, no sentido de que delineava aquilo que não deveria ser feito. Os liberais queriam acabar com a opressão, arrebentar os grilhões, livrar-se do jugo do estado, libertar as pessoas. O objetivo era acabar com o domínio do estado e iniciar uma governança feita pelas pessoas, as quais eram as únicas que deveriam controlar suas associações privadas e voluntárias. A sociedade não precisa de qualquer tipo de gerenciamento social. A sociedade se mantém coesa não pelo estado, mas sim pelas ações diárias e cooperativas de seus membros.

A nação não precisa de um ditador, nem de um presidente, e nem de atos de boa vontade para impor as bênçãos da liberdade. Essas bênçãos advêm da própria liberdade em si, a qual, como escreveu Benjamin Tucker, é a mãe da ordem, e não sua filha.

Um bom exemplo do princípio da auto-organização — isto é, a capacidade das pessoas de se organizarem voluntariamente por meio do comércio e do respeito mútuo — pode ser visto nas modernas organizações tecnológicas. A internet é amplamente uma rede que se organiza sozinha, sem nenhum gerenciamento. As comunidades comerciais que se formaram na rede [Amazon, eBay, Mercado Livre etc.] já são maiores e mais vastas do que muitas nações já o foram. São comunidades formadas por indivíduos que se organizam voluntariamente e autonomamente, interagindo sob regras, fiscalizações e imposições amplamente privados. As inovações disponíveis em nossa era são tão espantosas que vivemos em uma época considerada revolucionária. E é verdade.

A vida moderna se tornou tão imbuída dessas pequenas esferas de administração — esferas de administração nascidas da liberdade —, que ela se assemelha em muitos aspectos a comunidades sociais anárquicas. Todas as grandes instituições de nossa época — desde grandes e inovadoras empresas tecnológicas, passando por redes varejistas até enormes organizações benevolentes internacionais — são organizadas na base do voluntarismo e do comércio. Elas não foram criadas pelo estado e não são gerenciadas em suas operações diárias pelo estado.

Um louvor à anarquia ordenada

Isso nos transmite uma lição e um modelo a ser seguido. Por que não permitir que esse bem sucedido modelo de liberdade e ordem seja a base de toda a sociedade? Por que não expandir tudo aquilo que funciona e eliminar tudo aquilo que não funciona? Tudo o que precisaria ser feito seria remover o governo do cenário.

Isso nos transmite uma lição e um modelo a ser seguido. Por que não permitir que esse bem sucedido modelo de liberdade e ordem seja a base de toda a sociedade? Por que não expandir tudo aquilo que funciona e eliminar tudo aquilo que não funciona? Tudo o que precisaria ser feito seria remover o governo do cenário.

Nem é preciso ressaltar que tal ideia não é amplamente aceita. Qualquer indivíduo que habita os quadros da burocracia estatal, de qualquer país, acredita que é o governo quem, de alguma forma, mantém a sociedade coesa, quem a faz funcionar, quem inspira grandeza, quem torna a sociedade justa e pacífica, e quem permite a liberdade e a prosperidade decretando e implantando toda uma cornucópia de leis e políticas.

Tal pensamento advém diretamente do antigo mundo dos faraós e imperadores romanos, em que os direitos de uma pessoa eram definidos e ditados pelo estado, o qual era visto como a expressão orgânica das vontades da comunidade, incorporadas na sua classe de líderes. Não havia fronteiras claras entre indivíduos e a sociedade, o estado e a religião. Todos eram vistos como parte da mesma unidade orgânica; daquela mesma coisa amorfa chamada ordem civil.

E foi justamente essa visão que passou a ser rejeitada pelo ideário cristão que afirmava que o estado não era o senhor da alma do indivíduo — a qual possui valor infinito —, e não podia se pretender o dono da consciência de todos. Mil anos depois, começamos a ver esse princípio sendo expandido. O estado já não era mais visto como o senhor nem da propriedade e nem da vida dos indivíduos. Quinhentos anos mais tarde, vimos o nascimento da ciência econômica e a descoberta dos princípios do comércio — através da obra dos escolásticos espanhóis e portugueses —, além da miraculosa constatação de que as leis econômicas funcionam independentemente do governo.

Tão logo a cultura ideológica começou a absorver a lição do quão desnecessário era o estado para o funcionamento da sociedade — uma lição que claramente, e atualmente mais do que nunca, deve ser reaprendida a cada geração —, a revolução liberal não mais podia ser contida. Déspotas caíram, o livre comércio reinou e as sociedades cresceram e se tornaram mais ricas, pacíficas e livres.

É natural que as pessoas que trabalham no governo e para o governo imaginem que, sem seus esforços, haveria a total calamidade. Porém, essa atitude é onipresente na política atual. Praticamente todos os lados do debate político querem utilizar o governo para impor sua visão de como a sociedade deve funcionar.

Governos não podem ser refreados

Não necessitamos que o governo faça mais coisas, mas sim menos, cada vez menos, até o ponto em que a genuína liberdade possa triunfar. A única coisa positiva que um governo pode fazer é definhar permanentemente até finalmente deixar que a sociedade prospere, cresça e se desenvolva por conta própria.

A pergunta é constante: qual emenda constitucional eu defenderia para pôr em prática a agenda misesiana? Você defenderia uma lei que proibisse impostos de serem aumentados acima de um certo nível? Uma lei impondo o livre comércio? Uma lei garantindo a liberdade de contratos?

No entanto, a resposta seria uma outra pergunta: por que deveríamos crer que novas leis e emendas funcionariam? O problema com leis e emendas é que elas pressupõem, paradoxalmente, um governo grande e poderoso o suficiente para implantá-las e fiscalizá-las. Mais ainda: um governo que está mais interessado no bem dos indivíduos do que em seu próprio bem. Afinal, leis e emendas nada mais são do que um mandato para o governo intervir, e não uma restrição sobre sua capacidade de intervir. Por que acreditar que "desta vez vai funcionar para o bem"?

Não necessitamos que o governo faça mais coisas, mas sim menos, cada vez menos, até o ponto em que a genuína liberdade possa triunfar. A única coisa positiva que um governo pode fazer é definhar permanentemente até finalmente deixar que a sociedade prospere, cresça e se desenvolva por conta própria.

Ou seja, um governo não deve e nem pode impor a liberdade; ao contrário, ele deve apenas permitir que a liberdade continue existindo, cresça e se torne cada vez mais robusta perante todas as tentativas de transgressão e usurpação despóticas. Tal ideia, prevalecente no passado, encontra-se hoje totalmente perdida, e, como resultado, todos estão completamente confusos quanto ao papel do estado, o qual passou a ser visto por muitos como possuidor do toque de Midas, a única entidade capaz de impor e garantir a liberdade e o bem-estar de todos.

Esquecida, portanto, ficou a ideia de que a liberdade não deve ser imposta, mas sim apenas ter sua ocorrência permitida, sendo desenvolvida naturalmente desde o âmago da sociedade.

O fato é que, hoje, as pessoas nutrem um profundo temor quanto às consequências de apenas deixar as coisas correrem por si sós — laissez faire, na antiga frase francesa. A esquerda diz que, sob a genuína liberdade, as crianças, os idosos e os pobres sofreriam abusos, negligências, discriminação e privações. Já a direita diz que as pessoas cairiam no abismo da imoralidade, permitindo que movimentos revolucionários dominassem a sociedade. Economistas dizem que o colapso financeiro seria inevitável (mas não explicam por que ele de fato foi inevitável sob a tutela do estado, como está ocorrendo atualmente); ambientalistas afirmam que haveria uma nova era de insuportáveis mudanças climáticas, ao passo que especialistas em políticas públicas de todos os tipos evocam falhas de mercado de todos os tipos, tamanhos e formas.

Sim, várias pessoas continuam utilizando a retórica da liberdade. Políticos e legisladores aplaudem o termo e juram fidelidade à ideia. Porém, quantos hoje de fato acreditam nesse essencial postulado da antiga revolução liberal, de que a sociedade pode se gerenciar a si própria, sem um planejamento central, com seus éditos e regulações? Muito poucos. Em vez da liberdade, as pessoas acreditam em burocracia, bancos centrais, sanções, guerras, regulamentações, ditames, limitações, ordens, contenção de crise, "medidas macroprudenciais" e, principalmente, no financiamento de tudo isso por meio de impostos, endividamento e criação de dinheiro.

O governo sempre cresce

Há uma tendência inerente a todo poder governamental em não reconhecer empecilhos às suas operações e em ampliar a esfera de seu domínio o máximo possível. Controlar tudo, não deixar espaço para que nada aconteça espontaneamente fora do âmbito de interferência das autoridades — essa é a meta perseguida incansavelmente por todos os governantes.

Ludwig von Mises já havia observado:

Há uma tendência inerente a todo poder governamental em não reconhecer empecilhos às suas operações e em ampliar a esfera de seu domínio o máximo possível. Controlar tudo, não deixar espaço para que nada aconteça espontaneamente fora do âmbito de interferência das autoridades — essa é a meta perseguida incansavelmente por todos os governantes.

O problema que ele identificou era como limitar o estado uma vez que ele começasse a se envolver com algo. Assim que você permite que o estado comece a gerenciar um aspecto da economia e da sociedade, você cria as condições que irão, no fim, fazer com que ele controle todo aquele setor. Dado que a tendência do governo é se expandir, é melhor nunca permitir que ele adquira uma participação majoritária na vida econômica e cultural da sociedade.

Uma objeção a essa tese é a de que medidas que impõem uma forma de liberdade pelo menos nos levam à direção correta. É verdade que mesmo um sistema parcialmente livre é melhor do que um completamente socialista. Entretanto, o problema é que vitórias parciais sempre são instáveis. Elas facilmente, e quase sempre, retrocedem ao completo estatismo, como comprovam todos os setores da economia que foram 'privatizados' e passaram a ser controlados por agências reguladoras.

A liberdade não pode ser imposta

Não é necessário o governo fazer muito para distorcer completamente o mercado: basta um controle de preços em alguma área, um subsídio para um derrotado à custa de um vencedor, uma limitação ou restrição ou um favor especial. Todas essas medidas podem criar enormes problemas que acabam desacreditando o capitalismo por completo.

A esquerda acredita que, ao restringir a liberdade de associação nos mercados de trabalho, ela está protegendo a liberdade dos marginalizados, ajudando-os a obter empregos. Porém, essa suposta liberdade é adquirida à custa de terceiros. O empregador não mais possui o direito de contratar e demitir. Como resultado, a liberdade de contrato passa a valer para apenas uma das partes envolvidas. O empregado é livre para aceitar as propostas do empregador e de sair do emprego quando quiser, mas o empregador não é livre para contratar de acordo com seus próprios termos e para demitir quando achar necessário.

O mesmo se aplica para uma ampla gama de atividades essenciais às nossas vidas. Na educação, dizem que o estado deve impor o ensino compulsório a todas as crianças, caso contrário seus pais serão negligentes. Apenas o estado pode garantir que nenhuma criança seja deixada para trás. A única divergência passa a ser os meios empregados: vamos utilizar sindicatos e burocracias defendidas pela esquerda, ou os incentivos de mercado e o sistema de vouchers defendidos pela direita. Não quero aqui entrar em um debate sobre qual meio é o melhor, mas apenas chamar a atenção para a realidade de que ambas as medidas são formas de planejamento que solapam a liberdade das famílias de gerenciar suas próprias vidas.

O catastrófico erro da esquerda foi o de subestimar o poder do livre mercado em gerar prosperidade para as massas. Porém, tão perigoso quanto é o erro que a direita comete ao imaginar que o mercado pode ser utilizado a seu bel-prazer para fazer gerenciamentos sociais e morais, como se o governo pudesse manusear uma série de alavancas para tal fim. Se um lado quer criar burocracias maiores e melhores, o outro prefere terceirizar serviços governamentais ou colocar empresas privadas na folha de pagamento do governo, tentando domar o mercado e canalizar seu poder para o 'bem comum'.

A primeira visão nega o poder da liberdade, mas a segunda é tão perigosa quanto, pois vê a liberdade puramente em termos instrumentais, como se ela fosse algo a ser orientada em prol da visão que um seleto grupo de pessoas considera ser do interesse nacional ou da moralidade geral.

Tal formulação implica a concessão de que cabe ao estado — seus governantes e intelectuais apoiadores — decidir como, quando e onde a liberdade deve ser permitida. Mais ainda: implica que o propósito da liberdade, da propriedade privada e do próprio mercado é permitir um melhor gerenciamento da sociedade, ou seja, permitir que o regime opere com mais eficiência.

Murray Rothbard já havia observado, ainda na década de 1950, que os economistas, mesmo aqueles pró-mercado, haviam se tornado "peritos em organizar eficientemente o estado". Eles haviam se especializado em ensinar os planejadores centrais a empregar incentivos de mercado para fazer com que o governo funcionasse melhor. Essa visão hoje já se disseminou e passou a ser dominante entre todos os economistas, principalmente aqueles que seguem a Escola de Chicago.

É essa mesma visão que aparece em algumas propostas liberais, como a "privatização da Previdência Social" (que se resume à aquisição compulsória de ações por meio de corretoras favoritas do governo), vouchers escolares, mercados de crédito de carbono, e outras medidas "mercadológicas". Eles não cortam os grilhões e nem acabam com o jugo; eles simplesmente forjam o aço com materiais diferentes e afrouxam um pouco o jugo para torná-lo mais confortável.

(Em particular, medidas como "privatização" da Previdência, vouchers escolares e vouchers para a saúde poderiam acabar tornando o atual sistema ainda menos livre, pois gerariam novos gastos apenas para cobrir novas despesas necessárias para fornecer voucher e contas previdenciárias privadas.)

Há vários outros exemplos atuais dessas ideias maléficas. Nos atuais círculos políticos, utiliza-se a palavra 'privatização' não para denotar uma completa retirada do governo de um determinado aspecto da vida social e econômica, mas meramente para denotar uma terceirização de atividades estatistas para algumas empresas privadas com boas conexões políticas.

O pior erro que os defensores da livre iniciativa podem cometer é vender nossas ideias como meios mais eficientes para se obter os fins desejados pelo estado. Em vários países ao redor do mundo, a ideia de capitalismo está desacreditada não porque já foi tentada e fracassou, mas simplesmente porque um falso modelo de capitalismo foi imposto pelas autoridades. Isso não quer dizer que tais países vejam o socialismo como uma alternativa, mas há neles uma procura em vão por uma mítica terceira via.

Não é necessário o governo fazer muito para distorcer completamente o mercado: basta um controle de preços em alguma área, um subsídio para um derrotado à custa de um vencedor, uma limitação ou restrição ou um favor especial. Todas essas medidas podem criar enormes problemas que acabam desacreditando o capitalismo por completo.

A única solução é abdicar

Qual seria a atitude correta a ser tomada por especialistas em políticas públicas e analistas do governo? A única coisa que o governo pode fazer bem feito (além de destruir a economia): não fazer nada. O papel apropriado para o governo seria simplesmente o de se retirar da sociedade, da cultura, da economia e de toda a política internacional. Deixe que tudo se governe por si só. O resultado não será um mundo perfeito, mas ao menos será um mundo que não poderá ser piorado pela intervenção do estado.

Qual seria a atitude correta a ser tomada por especialistas em políticas públicas e analistas do governo? A única coisa que o governo pode fazer bem feito (além de destruir a economia): não fazer nada. O papel apropriado para o governo seria simplesmente o de se retirar da sociedade, da cultura, da economia e de toda a política internacional. Deixe que tudo se governe por si só. O resultado não será um mundo perfeito, mas ao menos será um mundo que não poderá ser piorado pela intervenção do estado.

O livre mercado não é um arranjo que se resume a gerar lucros, produtividade e eficiência. O livre mercado não é apenas para gerar inovações e concorrência. O livre mercado diz respeito ao direito de indivíduos de tomarem decisões autônomas e de fazerem contratos voluntários, de buscarem uma vida que preencha seus sonhos, mesmo que tais sonhos não sejam aqueles aprovados pelos seus senhores governamentais.

Portanto, que ninguém se iluda com a crença de que é possível ter ambos; que liberdade e despotismo possam conviver pacificamente lado a lado, com o primeiro sendo imposto pelo último. Fazer uma transição do estatismo para a liberdade significa uma completa revolução na economia e na vida política, saindo de um sistema em que o estado e seus grupos de interesse dominam, para um sistema em que o poder estatal não tenha função alguma.

A liberdade não é uma política pública; ela não é um plano. Ela é o fim da própria política. Quem quiser tê-la, terá de agir menos como gerenciadores de burocracias e mais como Moisés.
 
Acho engraçado quem defende o fim dos governos e anarquia disso e auto gestão daquilo...

O ser humano é o "bicho" mais ***, egoísta, corrupto e megalomaniaco que já pisou nesse planeta...

Existem boas pessoas mas a maioria, se não houverem leis e um governo que as reprima, sairiam matando, roubando e fazendo coisas muito piores.

Seu patrão só te paga direito porque existe um governo e leis que reprimem desvios de conduta.

Os bancos ainda não fazem seus devedores de escravos (literalmente com ferro e chicote) porque ainda existem limites impostos pelo governo...

O governo é um lixo, a maioria é sim, mas sem eles não podemos conviver em sociedade...querendo ou não os governos, leis e forças policiais são tudo o que nos impedem de um presente à lá Mad Max...

Dá raiva de ver esses videozinhos mediocres que só fazem criticas óbvias mas que nada acrescentam na tentativa de encontrar alternativas viaveis que, se não resolverem, ao menos melhorariam e muito a vida de bilhões de pessoas.

A humanidade está profundamente enrascada, em um ciclo vicioso que parece não ter fim, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Não existe solução simples, mas por favor, esses caras poderiam parar com esses ataques de "emo pré adolescente" que tem "raivinha e probleminha com a sociedade" e tentar usar a massa cinzenta para ajudar...
 
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A natureza da Matrix
por Fernando Chiocca, quinta-feira, 10 de abril de 2008

No filme Matrix, uma pequena porcentagem da humanidade possui uma percepção diferente das demais, aquilo que as máquinas chamam de anomalia, e são essas pessoas que acabam chegando a Morfeu e se deparando com a escolha entre a pílula vermelha e a pílula azul. O que leva essas pessoas a percorrer este caminho é a necessidade que elas sentem de conhecer a verdade, é a pergunta que as impulsiona e é a pergunta que as leva até Morfeu. Na cena em que Morfeu oferece a pílula para Neo, o diálogo segue assim:

Neo: Não gosto de pensar que não controlo minha vida.

Morfeu: Sei exatamente o que quer dizer. Vou te dizer por que está aqui. Você sabe de algo. Não consegue explicar o quê. Mas você sente. Você sentiu a vida inteira: há algo errado com o mundo. Você não sabe o que, mas há. Como um zunido na sua cabeça te enlouquecendo. Foi esse sentimento que te trouxe até mim. Você sabe do que estou falando?


matrix1.jpg


Em nossa realidade, esta "anomalia" também só acomete um número reduzido de pessoas. São poucos os indivíduos que buscam a verdade, os questionadores que percebem que algo no mundo não está certo e vão atrás de respostas, não parando até encontrá-las. A maioria aceita passivamente qualquer coisa que lhes digam, por mais ilógica que possa ser. E existem muitas outras pessoas que ganham com a perpetuação da mentira e que fazem qualquer coisa para sustentá-la no inconsciente de todos.

Sempre fui um desses questionadores e acredito que a maioria dos que, de uma forma ou de outra, chegaram até este blog, possuem a mesma sensação que Neo — de que há algo errado no mundo — e que de alguma maneira associam a fonte dessa sensação ao aparato social de compulsão e coerção, o Estado. Infelizmente não existe nada como a pílula vermelha do filme, um comprimido capaz de libertar a mente das pessoas e fazê-las enxergar a realidade em questão de poucos minutos, fazendo-as acordar e ver onde realmente estão, olhar para o lado e ver seus irmãos humanos todos presos dentro da Matrix, acreditando que aquilo é o real. O nosso caminho é mais demorado, envolve muitos questionamentos, muita pesquisa e muita leitura, e cada pessoa acaba seguindo um caminho diferente.

Comecei a me aprofundar mais neste caminho do conhecimento alguns anos atrás, com o positivista igualitário Milton Friedman, que apesar de não seguir princípio ético algum e de utilizar uma teoria econômica completamente falaciosa, conseguiu chegar a algumas conclusões corretas, que podem ser confirmadas através da teoria econômica apropriada. Em Liberdade de escolher, Friedman utilizou de forma brilhante alguns exemplos empíricos históricos para desmoronar muitas mentiras propagadas pelos ideólogos do Estado, embora viesse a defender e inclusive trabalhar pessoalmente para implementar muitas outras. Ainda insatisfeito, segui meu rumo até trombar com Hayek e Mises, conhecendo a Escola Austríaca de economia. Ação Humana, o tratado econômico de Mises, foi decisivo neste meu caminho ao demonstrar cientificamente a invalidade de todas as medidas econômicas impostas pelos Estados (daí a importância do estudo da ciência econômica para se conseguir enxergar a verdade). Outros livros foram muito importantes, bem como diversos textos e artigos on-line, com destaque para o Mises Institute, Lew Rockwell e o blog de traduções Libertyzine, mas acredito que um livro em particular tenha sido a minha pílula vermelha, aquilo que me despertou para a realidade, o The Ethics of Liberty, de Murray Rothbard, e é um dos mais reveladores capítulos desse livro que eu apresento a quem não conhece, com o intuito de, se não for o suficiente para libertar definitivamente a mente, que sirva como mais um passo no caminho para a verdade. E, como Morfeu, é somente a verdade que Rothbard oferece. O diálogo anterior segue deste modo:

Neo: Da Matrix?

Morfeu: Você deseja saber o que ela é?

Neo: Sim.

Morfeu: A Matrix está em todo lugar. À nossa volta. Mesmo agora, nesta sala. Você pode vê-la quando olha pela janela ou quando liga a sua televisão. Você a sente quando vai para o trabalho, quando vai à igreja, quando paga seus impostos. É o mundo que foi colocado diante dos seus olhos para que você não visse a verdade.

Neo: Que verdade?

Morfeu: Que você é um escravo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro, nasceu numa prisão que não consegue sentir ou tocar. Uma prisão para a sua mente.


Neste capítulo, Rothbard igualmente revela a verdade a seus leitores. E mostra porque uma verdade tão simples, a de que defender o Estado — qualquer Estado — é defender o crime, é tão difícil de ser enxergada. Explica porque uma maioria, que apesar de ser pacífica e obter sua riqueza através de trocas voluntárias, acaba defendendo ou sendo leniente ao parasitismo estatal em detrimento da sociedade livre. De certo que o livro completo seria mais consistente para desempenhar esta função (e pretendo concluir a tradução deste tratado ético), mas este capítulo pode vir a ser a pílula vermelha de mais alguém. Contudo, deixo a seguir a sequência do diálogo, com o alerta que Morfeu faz ao Neo:

matrix_pill.jpg


Morfeu: Se tomar a pílula azul, a história acaba, e você acordará na sua cama acreditando no que quiser acreditar. Se tomar a pílula vermelha ficará no País das Maravilhas e eu te mostrarei até onde vai a toca do coelho. Lembre-se: tudo o que ofereço é a verdade. Nada mais.


Clique (ou não) abaixo para acessar o capítulo :

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A natureza do Estado
 
Vocês podem não gostar mas toda essa história é extremamente marxista, e foi exatamente dai que decidiram criar o comunismo.
Mas enfim, vamos utilizar de quem tentou ir contra, o comunismo, ele falhou porque? corrupção? talvez isso o tenha prejudicado, mas existiram vários governos totalitários no capitalismo que foram aceitos e prósperos. Mesmo abrindo oportunidade para corrupção. A diferença pra mim no comunismo foi que ele não soube incentivar a produção. Afinal, pra que eu vou produzir se minha renda vai ser a mesma? Claro se todo mundo pensar assim a renda no final de contas vai realmente cair, mas dificilmente alguém considera isso e trabalha mais.
O erro então do comunismo não foi suas conclusões, mas suas premissas. Se acreditou em um ser humano que não existia, que por essêcia não consegue pensar em grupo naturalmente.
Um biliscão dói mais em uma pessoa do que ela receber a notícia de um desastre natural em outro país.
O comunismo não incentivou tão bem a produção e tem o problema da administração dos recursos ser controlada não satisvazendo a necessidade. Mas estava competindo com o capitalismo que tinha vasta gama de recursos e um poderio material maior, ou seja exércitos.
No final das contas a Rússia só se viu na lama depois de competir militarmente e perder. Caso contrário iriamos hoje estar achando uma beleza a União Soviética e odiando a libertinagem que existia no passado.

O estado nessa história toda entra como condutor, as pessoas podem trabalhar ao seu prazer com quem quiser na anarquia, mas sabemos que o humano não é tão moldável assim, se não existisse um poder centralizado as pessoas cairiam em descoesão social, é mais fácil progredir seguindo regras do que ficar discutindo com todo mundo fundamentos. Além de garantir segurança.
Claro que o estado não tem esse único papel, eu concordo com a parte da exploração, o estado tem como iniciativa geral a opressão, mas há males que vem para o bem. É como trabalhar, é cansativo mas sem eles não sobrevivemos.
 
Fico feliz que o liberalismo esteja em alta, infelizmente acredito que eu não esteja vivo quando for algo consolidado, quando tivermos de fato "governos" liberais.

Muitos aqui sempre caem na falácia que anarquistas são contra a existência de um governo por isso hoje existe a noção equivocada que um governo liberal seja sentenciada ao completo caos. Do outro lado da ficha o anarco capitalismo também não implica a não existência de um governo, mas implica que esse governo NUNCA deverá intervir na economia o que é totalmente contrário ao keynesianismo.

E para os que possuem medo olhem para Hong Kong, é um dos países que mais se aproximou do anarco capitalismo historicamente porém ao mesmo tempo distante do neoliberalismo, e qual é o ponto negativo de Hong Kong? O único problema atual é que após ser entregue às mãos da China tem um futuro totalmente obscuro e nebuloso.

Os EUA também viveu um período quase neoliberal também que se encerrou em 1913, interessante que logo em seguida em 1929 ocorreu a primeira crise, totalmente influenciada por um setor estatal, o Banco Central, novamente a crise de 2008 teve o mesmo rumo e o mesmo culpado.

 
Propaganda anarquista, o que eles querem, um mundo perfeito?

Depois reclamam quando o chamam de utopistas...

"Sistemas que deram mais certo: estatismo capitalista
Sistemas que deram errado: Comunismo
"

pff... é pra levar a sério isso? :mesa::mesa:

Só por isso já da pra ver que é um tipo de "liberalismo anarquista", depois os outros é que vivem de supertições... :haha:
 
A maior prova de como o Estado é ineficiente e ladrão são os impostos(roubo da população).
 
[video=youtube;FWffTvBsbWQ]http://www.youtube.com/watch?NR=1&list=ULL0CLOjVg_KQ&feature=endscreen&v=FWffTvBsbWQ[/video]
 
Este trecho é interessante:

A ideologia sempre foi vital para a existência contínua do estado, conforme atestado pelo uso sistemático de ideologia desde os antigos impérios orientais. O teor específico das ideologias tem obviamente mudado com o passar do tempo, de acordo com as mudanças das condições e culturas. Nos despotismos orientais, o imperador era frequentemente sustentado pela Igreja sob o argumento de ele próprio ser divino; em nossa época mais profana, o argumento inclina-se mais para "o bem público" e o "bem estar geral". Mas o propósito é sempre o mesmo: convencer o público de que o que o estado faz não é, como alguém poderia pensar, crime em uma escala descomunal, mas uma coisa necessária e vital que deve ser apoiada e obedecida. A razão pela qual esta ideologia é tão vital para o estado é que ele sempre depende, em essência, do apoio da maioria do povo. Este apoio é obtido com o estado sendo uma "democracia", uma ditadura ou uma monarquia absolutista. Pois o apoio depende da disposição da maioria (e não, novamente, de todos os indivíduos) de acompanhar o sistema: de pagar os impostos, de ir sem muita reclamação lutar as guerras do estado e de obedecer as regras e decretos do Estado. Este apoio não precisa ser um entusiasmo ativo para ser efetivo; ele pode muito bem também ser uma submissão passiva. Mas deve haver apoio. Pois se a maior parte do povo estivesse verdadeiramente convencida da ilegitimidade do Estado, se ela estivesse convencida de que o estado não é nada mais nada menos do que uma gangue ampliada de bandidos, então logo o estado desmoronaria e sua existência não receberia mais tolerância ou status do que qualquer outra gangue mafiosa. É por essa razão que o estado necessita empregar ideólogos; e é por essa razão que se faz necessária a antiga aliança do estado com a Intelligentsia, que trama a apologia ao poder do estado.
 
[Introdução de O Discurso da Servidão Voluntária de Étienne de La Boétie]
Discours de la servitude volontaire
servidao_voluntaria.jpg


La Boétie conclui sua exortação garantindo que para as massas derrubarem seu tirano elas não precisam agir e nem derramar seu sangue. Elas podem fazer isso apenas desejando ser livres. Em suma,

"Decidi não mais servir e sereis livres; não pretendo que o empurreis ou sacudais, somente não mais o sustentai, e o vereis como um grande colosso, de quem se subtraiu a base, desmanchar-se com seu próprio peso e rebentar-se."
 
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Vocês podem não gostar mas toda essa história é extremamente marxista, e foi exatamente dai que decidiram criar o comunismo.
Mas enfim, vamos utilizar de quem tentou ir contra, o comunismo, ele falhou porque? corrupção? talvez isso o tenha prejudicado, mas existiram vários governos totalitários no capitalismo que foram aceitos e prósperos. Mesmo abrindo oportunidade para corrupção. A diferença pra mim no comunismo foi que ele não soube incentivar a produção. Afinal, pra que eu vou produzir se minha renda vai ser a mesma? Claro se todo mundo pensar assim a renda no final de contas vai realmente cair, mas dificilmente alguém considera isso e trabalha mais.
O erro então do comunismo não foi suas conclusões, mas suas premissas. Se acreditou em um ser humano que não existia, que por essêcia não consegue pensar em grupo naturalmente.
Um biliscão dói mais em uma pessoa do que ela receber a notícia de um desastre natural em outro país.
O comunismo não incentivou tão bem a produção e tem o problema da administração dos recursos ser controlada não satisvazendo a necessidade. Mas estava competindo com o capitalismo que tinha vasta gama de recursos e um poderio material maior, ou seja exércitos.
No final das contas a Rússia só se viu na lama depois de competir militarmente e perder. Caso contrário iriamos hoje estar achando uma beleza a União Soviética e odiando a libertinagem que existia no passado.

O estado nessa história toda entra como condutor, as pessoas podem trabalhar ao seu prazer com quem quiser na anarquia, mas sabemos que o humano não é tão moldável assim, se não existisse um poder centralizado as pessoas cairiam em descoesão social, é mais fácil progredir seguindo regras do que ficar discutindo com todo mundo fundamentos. Além de garantir segurança.
Claro que o estado não tem esse único papel, eu concordo com a parte da exploração, o estado tem como iniciativa geral a opressão, mas há males que vem para o bem. É como trabalhar, é cansativo mas sem eles não sobrevivemos.

Marxismo, Marx, vc já leu? Pq foi lendo Marx e Engels, que é melhor não ser esquecido, que eu vi o que discordava e o que concordava. Comunismo seria uma sociedade humana sem classes, basta um exame básico para perceber que o regime soviético e qualquer regime dito socialista, nem socialista era(dizer que era comunista sabendo o significado da palavra é simplismente insustentavel). Marx defendia que uma democracia verdadeira somente poderia existir em uma sociedade sem classes, sociedade com classes sempre teria uma que é dominante, era a nobreza no feudalismo, a burguesia no capitalismo, e deveria ser os a classe trabalhadora no socialismo. Ou seja, no socialismo quem deve ditar as regras são os trabalhadores, não o partido, não a burocracia estatal, o Estado alias para Marx era algo que favorecia os capitalistas, e era uma força opressiva, que deveria ser suprimida pela classe trabalhadora que deveria socializar os modos de produção. Sendo que Marx tratou da transição pacifica para o socialismo, em países mais desenvolvidos.

O problema central não foi nem corrupção, nem falta de incentivo à produção, o principal problema foi que as relações de trabalho e de dominação foram mantidas, agora apenas com novos mestres, os membros do alto escalação do partido socialista. Alias Istvan Mezáros analisa isso muito bem, se quiser ler um autor atual. Quando os sovietes foram destruídos o caminho do autoritarismo foi tomado, e contraria toda a noção de emancipação do ser humano defendida por Marx. Para Marx, mesmo a ditadura do proletariado, era o regime que o proletariado/ classe trabalhadora, dita as regras, não uma pequena elite do partido, ou uma elite burocrática. Isso qualquer pessoa que leu Marx com o mínimo de atenção sabe.

Detalhe é que tenho minhas divergência com Marx, mas elas vem do conhecimento de sua obra. Se quiser saber quais são te digo.
 
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