Lendo foruns e avaliando o comportamento meu e de muitos aqui, fiquei a pensar em como descrever o fáscinío que os games nos trazem e o porquê disto. Creio que de alguma jeito buscamos formas alternativas de sair da realidade que nos cerca e dar sentido a vida, nos afinando principalmente a algo que nos traga fortes emoções. Prova disto são as crenças e mitos. Quase todas as pessoas (quase todos mesmo) estão de alguma forma ligados a mitos e crenças, sendo ativadas do berço ou não. Algumas delas beirando o ridículo dentro de um mundo já bem desdobrado como o nosso. Mas lá estão elas. Algumas até milenares. E o game talvez seja uma das manisfestações deste atrelamento a algo. Quando eu jogo, mágoas, rancores, algumas provas :lol: , pressões e qualquer mal-estar some. Me desligo do mundo e me recupero. Me sinto melhor, mais capaz, mais perspicaz, perfeccionista. Alguns talvez até sintam-se super-poderosos. Não é o que os jogadores de morphs vivem a contar e buscar ao fim as contas?
As experiencias acima só não valeram em uma fase em que encarei a depressão, salvo isto, desde meu Atari 2600 lá estão elas. Para depressão, só sua própria abstração já que ela altera os mesmos hormônais e seus níveis descarregados na veia.
Uma outra forma de entender este sentimento, seria comparando ao da mulher pelos homens maus. Embora digam que não, mulheres levam fama de gostar dos sacanas por que eles despertam fortes emoções nelas e não a lenga-lenga. Buscam e se prendem a este desafio de forma inconciente.
E games, será que as emoções também são fortes?
Alguém aí já pulou da cadeira e gritou jogando Doom 3 com um 5.1 real, sozinho e no escuro? Fez alguém pular só do grito? Ficou travado para dar três passos e abrir uma porta? Chorou com Shemmue ou Final Fantasy? Ou até algum que foge ao comum? Vibrou controlando um force feedback em TDU, GTR2 & Cia ou suou para vencer um campeonato? E a raiva, duvidam que alguém ai ja arremessou o monitor? :slap:
E o poder, ambição e idéia de que é melhor que os outros através dos games, será que rola? Mundo afora quase todos tentam de alguma forma sutil ou não estar ou mostrar-se acima dos outros. É a natureza fétida e destrutiva que temos. Mas também que provoca a evolução. No mundo gamer, por exemplo, tem gente com paranóia de hardware. A prova é que muitos tem em suas casas algum que rode tudo ultra high, mas tá lá querendo a top top, parecendo até que vai fazer uma viagem ao futuro (Michael J. Foxes). Tem gente que diz que não tem hardware aceitável para certos jogos, por que não colocam 8xaa e 16an com ultra resoluções a 60fps e mesmo assim, tem rebanho para seguí-los. Se auto-afirmam gamers verdadeiros, mas algumas destas ovelhas nem mesmo sabem o que seus hards fazem. Os outros fora desta condição são considerados por eles como falsos ou inferiores..... Seria aí análogo a aqueles que julgam os outros com complexo de serem o Deus?
O mesmo tipo de coisa ocorre na política, no mundo dos autos, no metal, na música inter-estilos, nas crenças e dezenas de outras hipóteses. O que será que acontece quando se dar poder a quem não sabe o que fazer com ele? Os games teriam a capacidade de prever profissionais inaquedados?
Diante disto tudo, me pergunto se caso eu não tivesse o mundo dos games ao meu alcance e conhecimento, posso dizer que não me envolveria em alguma outra forma de escape, fascínio pelo sobrenatural, ficcitício, que não os games? Ou até dependências químicas?
Me pergunto se meu vício, escape, diversor ou qualquer outra coisa é mesmo mais saudável que outros aí fora. Me pergunto se somos melhores que aquele maluco que gasta o preço de um carro em um carro, para mostrar aos outros e viver o efeito placebo que é muito almejado, por causa de atribuições grupais (ou seriam tribais? :shoot2: ). Me pergunto se isto ocorre porque gostamos ou porque no fundo, buscamos encarecidamente formas de sermos estimados ou enquadrados e aceitos. Me pergunto, até que ponto os games poderiam ser gradualmente apresentados e substituidos contra vícios crueis.
E aí? Alguém aí tem outras formas de explicar e associar os sentimentos que este mundo gamer nos provoca? Sentem ou vêem o que vejo? Como é que vocês descrevem este mundo em suas cabeças? :fun:
Abraço a todos.
As experiencias acima só não valeram em uma fase em que encarei a depressão, salvo isto, desde meu Atari 2600 lá estão elas. Para depressão, só sua própria abstração já que ela altera os mesmos hormônais e seus níveis descarregados na veia.
Uma outra forma de entender este sentimento, seria comparando ao da mulher pelos homens maus. Embora digam que não, mulheres levam fama de gostar dos sacanas por que eles despertam fortes emoções nelas e não a lenga-lenga. Buscam e se prendem a este desafio de forma inconciente.
E games, será que as emoções também são fortes?
Alguém aí já pulou da cadeira e gritou jogando Doom 3 com um 5.1 real, sozinho e no escuro? Fez alguém pular só do grito? Ficou travado para dar três passos e abrir uma porta? Chorou com Shemmue ou Final Fantasy? Ou até algum que foge ao comum? Vibrou controlando um force feedback em TDU, GTR2 & Cia ou suou para vencer um campeonato? E a raiva, duvidam que alguém ai ja arremessou o monitor? :slap:
E o poder, ambição e idéia de que é melhor que os outros através dos games, será que rola? Mundo afora quase todos tentam de alguma forma sutil ou não estar ou mostrar-se acima dos outros. É a natureza fétida e destrutiva que temos. Mas também que provoca a evolução. No mundo gamer, por exemplo, tem gente com paranóia de hardware. A prova é que muitos tem em suas casas algum que rode tudo ultra high, mas tá lá querendo a top top, parecendo até que vai fazer uma viagem ao futuro (Michael J. Foxes). Tem gente que diz que não tem hardware aceitável para certos jogos, por que não colocam 8xaa e 16an com ultra resoluções a 60fps e mesmo assim, tem rebanho para seguí-los. Se auto-afirmam gamers verdadeiros, mas algumas destas ovelhas nem mesmo sabem o que seus hards fazem. Os outros fora desta condição são considerados por eles como falsos ou inferiores..... Seria aí análogo a aqueles que julgam os outros com complexo de serem o Deus?
O mesmo tipo de coisa ocorre na política, no mundo dos autos, no metal, na música inter-estilos, nas crenças e dezenas de outras hipóteses. O que será que acontece quando se dar poder a quem não sabe o que fazer com ele? Os games teriam a capacidade de prever profissionais inaquedados?
Diante disto tudo, me pergunto se caso eu não tivesse o mundo dos games ao meu alcance e conhecimento, posso dizer que não me envolveria em alguma outra forma de escape, fascínio pelo sobrenatural, ficcitício, que não os games? Ou até dependências químicas?
Me pergunto se meu vício, escape, diversor ou qualquer outra coisa é mesmo mais saudável que outros aí fora. Me pergunto se somos melhores que aquele maluco que gasta o preço de um carro em um carro, para mostrar aos outros e viver o efeito placebo que é muito almejado, por causa de atribuições grupais (ou seriam tribais? :shoot2: ). Me pergunto se isto ocorre porque gostamos ou porque no fundo, buscamos encarecidamente formas de sermos estimados ou enquadrados e aceitos. Me pergunto, até que ponto os games poderiam ser gradualmente apresentados e substituidos contra vícios crueis.
E aí? Alguém aí tem outras formas de explicar e associar os sentimentos que este mundo gamer nos provoca? Sentem ou vêem o que vejo? Como é que vocês descrevem este mundo em suas cabeças? :fun:
Abraço a todos.