Assim é bem melhor de debater, com toda a certeza.
Mesmo desmentido repete, e ainda acha que está certo?consumidor não pode vender e ponto final, tá na norma, vc falou besteira.
Não tem essa de se inscrever são empresas que se inscrevem,pessoa fisica não pode,não tem como.
Eu disse que é trabalhoso, caro e não vale a pena. Um dos passos é criar uma PJ. Depois vem toda uma série de cobranças e garantias, pois quem vai comprar vai exigir um monte de coisa.
Depois ainda vem o montante de energia contratada, então pra atingir esse valor é necessário ter uma cooperativa. Enfim...é uma porcaria mesmo. Mas meu comentário inicial foi pra dizer que é possível vender energia sim, não existe apenas o mercado regulado.
Inclusive em seguida falei que mesmo num cenário hipotético onde fosse possível uma venda direta e sem cobranças de garantias (o que acredito ser complicado) não valeria a pena, porque o preço da energia hoje é de 29-30 centavos. Com uma planta FV é impossível, em pequena escala, atingir esse valor. Só com grandes impreendimentos.
Não vale a pena em que sentido? vc pensa que sua forma de pensar é única, nem todo mundo vai entrar nessa visando somente dinheiro.
Não vale a pena no sentido de que hoje, repito hoje, as vantagens de um sistema híbrido são pequenas. Como eu disse aqui temos no máximo 2-3 faltas de energia no ano e duram minutos. Então um sistema híbrido seria um premium de 20% no valor do investimento, mais um premium de 40-50% no custo de manutenção, para usar um no-break por 40-50 minutos no ano.
Agora vamos pensar no caso de um sistema usando tarifa branca (onde as vantagens são maiores). Você realmente faz um uso inteligente da bateria, tentando zerar o consumo no horário de ponta. Apesar de ainda, financeiramente, não ser tão vantajoso quanto um On Grid, tem um sentido fisiológico em usar. Se as tarifas em cima do solar forem absurdas, talvez compense. Mas tem limitações também:
- A carga máxima instalável no inversor é definida pela potência nominal. Ou seja, seu "no-break" não vai funcionar pra tudo. Traduzindo: ar condicionado pára, chuveiro idem. Só vejo vantagens, sinceramente, se o cara morar no Amapá, mas aí estamos falando de estados problemáticos e vale o mesmo conceito do cara isolado e sem serviço.
- Se quer realmente economizar, esquece tomar banho no horário de ponta. E outras cositas mas. O horário de ponta se chama assim por um motivo, é o horário onde a grande maioria da população gasta mais. Quando você fala isso pra um cliente, que trabalha suas 8-10h por dia, ele simplesmente torce a cara pois tem que mudar hábitos de consumo por causa do sistema. Muita gente quer conforto, e não virar um escravo da própria escolha. E normalmente uma pessoa que gasta 20-30k reais num sistema tem um padrão de vida bom, quer conforto.
- O sistema como um todo tem sua depreciação. Os painéis tem uma vida útil de 20-25 anos dependendo da marca, equivalente à própria garantia. Os inversores normalmente 10-12 anos e precisam ser trocados, apesar da garantia ser de 5-8 anos. Então uma troca de inversor precisa ser colocada no papel (mesmo sendo um fator de "sorte"). Os 3-4000 reais de diferença vão virar 3-4000 reais de diferença na hora da troca também. Isso se a bateria não morrer antes do inversor, aí tem a possibilidade de ter duas trocas (sendo uma apenas as baterias). Por isso que a manutenção é mais cara.
O cliente em sua grande maioria leigo, que não sabe onde está entrando, claro que tb convencido inloco, e que obviamente assim que começarem a taxar vão chamar a empresa novamente para transformar em hibrido, mais um projetinho no bolso né?
Agora imagina a situação contrária: fiz o cara pagar 4000 reais a mais no sistema, 4000 reais a mais na troca do inversor, se o cara der azar mais baterias. A taxação foi pífia. O cara vai querer comer meu rabo e vai largar a empresa, se sentiu enganado. Nisso a empresa lucrou mais por conta do equipamento, e eu também, pois o projeto é mais caro devido à modulação de cargas.
A empresa onde trabalho está decidindo o rumo a ser tomado caso a taxação venha a ser pesada. Eu estou pensando em colocar na mesa uma atualização de sistema a preço de custo com instalação gratis. Afinal a empresa já oferece seguro contra mau tempo (2 anos prorrogáveis), transferência gratuita do sistema caso o cliente se mude (5 anos prorrogáveis), pacotes de manutenção periódica, monitoramento remoto de performance (pacotes anuais ou mais). Enfim...dá pra fazer, eu reduziria bastante o custo de projeto (afinal é uma atualização), a propriedade por trás da empresa é boa e pode lidar com isso. E o cliente tá fidelizado.
Pra empresas menos estruturadas, qualquer das duas opções é um risco, e esse é o mal do Brasil. As mudanças das condições do "ambiente de trabalho" são drásticas e retroativas. Ser empresa realmente não é fácil, e muito menos ser cliente.
E vc não está levando em conta o custo para transformar em hibrido quando a taxação vier forte,qualquer taxação ao longo de 20 anos vai ser impactante, e foi cogitada pela aneel uma taxação acima de 60%.
Sobre o custo acho que já foi tudo esclarecido, quanto à uma taxação de 60% eu acho altamente improvável.
https://oglobo.globo.com/sociedade/...a-do-congresso-abre-disputa-no-setor-25019932
mais materia sobre txa/imposto que vai cair no colo dos usuários do On Grid.
Os politicos já falaram estão fazendo um favor de não taxar, claro com suas argumentações cômicas.
Mas podem colocar on grid ai , garantia sou jóh, se taxar ,não é problema de quem instala.
Uma coisa é certa: do jeito que está, a conta não fecha. Talvez uma pequena taxação realmente possa ser uma solução "justa" pois hoje quem paga pelo aumento do custo no sistema é o consumidor cativo. Mas estamos falando de valores baixos, se chegar um valor absurdo não vai fazer o menor sentido. Não que o Brasil não possa me surpreender, principalmente com decisões "políticas".
Mas sim, a garantia soy yo (ou melhor, não yo, mas a empresa), até agora nenhum dos clientes teve algo a reclamar. E espero continue assim, porque a empresa, mesmo com os mimos ao cliente, lucra mais, e eu com eles.