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Certos fatos são como os círculos concêntricos que se formam quando a proverbial pedra cai no proverbial lago. Têm um significado imediato e têm as conotações que se alastram, com significados cada vez maiores. Essa questão dos padres pedófilos, por exemplo. No seu centro há o drama individual de um homem e sua compulsão doentia, e das suas vítimas. O significado seguinte é o da condição antinatural do homem, obrigado ao celibato ou condenado à hipocrisia, que se vale da presunção de inocência que o voto de castidade lhe dá para praticar seu vício.

Outro significado maior é o do poder que a religião tem sobre seus fiéis, para o bem ou para o mal, expressa na imagem do pastor guiando seu rebanho, mas sem nenhuma garantia do caráter do pastor. E se você quiser continuar seguindo estes círculos sucessivos de implicações fatalmente chegará à neurose sobre o sexo que está na base de toda ideia de clausura e renúncia às tentações da carne, e o círculo seguinte na base da nossa civilização.

A demonização do sexo e a misoginia são constantes da cultura judaico-cristã e o islamismo não fica atrás, com suas regras de abstinência e sua sonegação à vista pública de qualquer parte do corpo feminino. O celibato protege o padre do contágio do mal pelo contato com a mulher, descendente de Eva, a primeira desencaminhadora.
Os padres pedófilos, com sua preferência por meninos, poderiam muito bem alegar que sucumbiram a demônios menores.

O último dos círculos irradiados tem a ver com a Igreja e seus costumes, como a demora em reconhecer seus erros. Entre o acobertamento e a omissão, a hierarquia da Igreja tem muito a ver com os crimes praticados por seus sacerdotes, que destruíram a vida de tanta gente.
Mas nada disto afetará sua majestade.

Ela sobreviveu à Inquisição, à perseguição aos judeus, à resistência obscurantista a todas as revelações da Ciência e à cumplicidade com tiranos, e pediu desculpas. Ainda hoje dita o comportamento sexual de milhões de pessoas, apesar da sua posição retrógrada na questão dos anticoncepcionais, mas um dia pedirá desculpas por isto também. E pela sua responsabilidade nas vidas destruídas.
O que é eterno não precisa ter pressa.

Luis Fernando Veríssimo, O Estado de S. Paulo, 01 de abril de 2010

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Certos fatos são como os círculos concêntricos que se formam quando a proverbial pedra cai no proverbial lago. Têm um significado imediato e têm as conotações que se alastram, com significados cada vez maiores. Essa questão dos padres pedófilos, por exemplo. No seu centro há o drama individual de um homem e sua compulsão doentia, e das suas vítimas. O significado seguinte é o da condição antinatural do homem, obrigado ao celibato ou condenado à hipocrisia, que se vale da presunção de inocência que o voto de castidade lhe dá para praticar seu vício.

Outro significado maior é o do poder que a religião tem sobre seus fiéis, para o bem ou para o mal, expressa na imagem do pastor guiando seu rebanho, mas sem nenhuma garantia do caráter do pastor. E se você quiser continuar seguindo estes círculos sucessivos de implicações fatalmente chegará à neurose sobre o sexo que está na base de toda ideia de clausura e renúncia às tentações da carne, e o círculo seguinte na base da nossa civilização.

A demonização do sexo e a misoginia são constantes da cultura judaico-cristã e o islamismo não fica atrás, com suas regras de abstinência e sua sonegação à vista pública de qualquer parte do corpo feminino. O celibato protege o padre do contágio do mal pelo contato com a mulher, descendente de Eva, a primeira desencaminhadora.
Os padres pedófilos, com sua preferência por meninos, poderiam muito bem alegar que sucumbiram a demônios menores.

O último dos círculos irradiados tem a ver com a Igreja e seus costumes, como a demora em reconhecer seus erros. Entre o acobertamento e a omissão, a hierarquia da Igreja tem muito a ver com os crimes praticados por seus sacerdotes, que destruíram a vida de tanta gente.
Mas nada disto afetará sua majestade.

Ela sobreviveu à Inquisição, à perseguição aos judeus, à resistência obscurantista a todas as revelações da Ciência e à cumplicidade com tiranos, e pediu desculpas. Ainda hoje dita o comportamento sexual de milhões de pessoas, apesar da sua posição retrógrada na questão dos anticoncepcionais, mas um dia pedirá desculpas por isto também. E pela sua responsabilidade nas vidas destruídas.
O que é eterno não precisa ter pressa.

Luis Fernando Veríssimo, O Estado de S. Paulo, 01 de abril de 2010

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Na verdade o voto do celibato é conjunto com o voto de pobresa, remontando aos verdadeiros monges de milhares de anos antes da igreja ortodoxa, e isso tem mais conexão com o controle do fluxo de energia do que algum tipo de demonização, porque o sexo visto da maneira mística é o ato mais egoista: é minha vitória (ela me escolheu), meu amor por mim despejado no ventre da minha fêmea que fecundada formará minha geração, enquanto um verdadeiro místico abdica todo tipo de egoismo e direciona este fluxo de energia para ser um verdadeiro 'tutor' que é o que seria o sentido do 'padre' em italiano (pai), e em atos de abnegação, total entrega e atos de devoção pelas atitudes de filantropia ou algo no sentido de se dedicar ao próximo esquecendo-se de sí proprios.
O erro da igreja, na minha opinião, é o tornar-se corporação, hierarquizar-se de tal forma que os egos se mantém ou são até mais insuflados do que as pessoas normais, a abominação de atos sexuais transviados ou transgressores, como uma danação, certamente são a maior condenação ao que sabe disto, e o acobertamento exatamente se deve pelo ego dos membros de tal corporação não se despojarem de seu sentido superior e acabarem por abafar e tentar assim ocultar, mas se o homem não é capaz de perceber e punir seus crimes, tão certo quano as leis naturais e suas formulas, da lei divina ninguém escapa, pois tarda...mas não falha, tão certo quanto a morte, ninguém escapa. :evil:
Se não fosse assim, os únicos a praticar tais atos abomináveis seriam os padres, porém nem é preciso pesquisar muito na internet, e vemos que tem empresários, juizes, professores, tecnicos de escolinha de futebol, médico pediatra, etc. etc. etc. e tal.
 
Última edição:
O que há por trás dos escândalos?

Volta-se a falar de padres pedófilos, com vozes e acusações que se referem insistentemente à Alemanha e a tentativas de envolvimento de pessoas próximas ao Papa, e acredito que a sociologia também tem muito a dizer e não deve calar pelo medo de descontentar alguém. A discussão atual sobre os padres pedófilos – considerada do ponto de vista do sociólogo – representa um exemplo típico de "pânico moral". O conceito nasceu nos anos 70 para explicar como alguns problemas são objeto de uma "hiperconstrução social".

Mais precisamente, os "pânicos morais" foram definidos como problemas socialmente construídos e caracterizados por uma amplificação sistemática dos dados reais, tanto na representação midiática quanto na discussão política. Outras duas características foram citadas como típicas dos "pânicos morais". Em primeiro lugar, problemas sociais que existem há décadas são reconstruídos nas narrativas midiáticas e políticas como "novos", ou como objeto de um suposto e dramático crescimento recente. Em segundo lugar, a sua incidência é exagerada por estatísticas folclóricas que, mesmo que não confirmadas por estudos acadêmicos, são repetidas por um meio de comunicação ao outro e podem inspirar campanhas midiáticas persistentes.

Philip Jenkins destacou o papel de "empresários morais", cujas agendas nem sempre são declaradas, na criação e gestão dos pânicos. Os "pânicos morais" não fazem bem a ninguém. Distorcem a percepção dos problemas e comprometem a eficácia das medidas que deveriam resolvê-los. A uma má análise só pode seguir uma má intervenção. Entendamo-nos: os "pânicos morais" têm, na sua origem, condições objetivas e perigos reais. Não inventam a existência de um problema, mas exageram suas dimensões estatísticas. Em uma série de valiosos estudos, o próprio Jenkins mostrou como a questão dos padres pedófilos é talvez o exemplo mais típico de um "pânico moral". Estão presentes, de fato, os dois elementos característicos: um dado real de partida e um exagero desse dado por obra de ambíguos "empresários morais".

Acima de tudo, o dado real de partida. Existem padres pedófilos. Alguns casos são ao mesmo tempo chocantes e repugnantes, levaram a condenações definitivas e os próprios acusados nunca se proclamaram inocentes. Esses casos – nos EUA, na Irlanda, na Austrália – explicam as severas palavras do Papa e o seu pedido de perdão às vítimas. Mesmo se os casos fossem só dois – e infelizmente são mais – seriam sempre dois casos relevantes. Porém, a partir do momento em que pedir perdão – mesmo que seja nobre e oportuno – não basta, mas é preciso evitar que os casos se repitam, não é indiferente saber se os casos são dois, 200 ou 20 mil. E não é nem um pouco irrelevante saber se o número de casos é mais ou menos numeroso entre os sacerdotes e os religiosos católicos do que em outras categorias de pessoas. Os sociólogos muitas vezes são acusados de trabalhar sobre números frios, esquecendo-se que, por trás de cada número, há um caso humano.

Mas os números, embora não sejam suficientes, são necessários. São o pressuposto de toda análise adequada. Para entender como de um dado tragicamente real se passou a um "pânico moral" é então necessário se perguntar quantos são os padres pedófilos. Os dados mais completos foram recolhidos nos EUA, onde, em 2004, a Conferência Episcopal solicitou um estudo independente ao John Jay College of Criminal Justice da City University of New York, que não é uma universidade católica e é unanimemente reconhecida como a mais notável instituição acadêmica dos EUA em matéria de criminologia.

Esse estudo nos diz que, de 1950 a 2002, 4.392 sacerdotes norte-americanos (de mais de 109.000) foram acusados de terem tido relações sexuais com menores de idade. Desses, pouco mais de uma centena foram condenados por tribunais civis. O baixo número de condenações por parte do Estado deriva de diversos fatores. Em alguns casos, as vítimas verdadeiras ou supostas denunciaram sacerdotes já falecidos, ou havia sido atingido o término da prescrição. Em outros, a acusação e também a condenção canônica não corresponde à violação de alguma lei civil: é o caso, por exemplo, de diversos Estados norte-americanos, em que o sacerdote teve uma relação com uma – ou também um – menor de idade maior de 16 anos e consciente.

Mas houve também muitos casos chocantes de sacerdotes inocentes acusados. Esses casos se multiplicaram nos anos 90, quando alguns estudos legais entenderam que poderiam arrancar transações milionárias até com base em simples suspeitos. Os apelos à "tolerância zero" são justificados, mas também não deveria haver nenhuma tolerância nem para quem calunia sacerdotes inocentes. Acrescento que, para os EUA, os números não mudariam de modo significativo se se somasse o período 2002-2010, porque o estudo do John Jay College já notava o "declínio notabilíssimo" dos casos nos anos 2000.

As novas investigações foram poucas, e as condenações, pouquíssimas, por causa de medidas rigorosas introduzidas tanto pelos bispos norte-americanos quanto pela Santa Sé. O estudo do John Jay College diz, talvez, como se lê muitas vezes, que 4% dos sacerdotes norte-americanos são "pedófilos"? Absolutamente não. Segundo essa pesquisa, 78,2% das acusações se refere a menores de idade que ultrapassaram a puberdade. Ter relações sexuais com uma jovem de 17 anos certamente não é algo correto, muito menos para um padre: mas não se trata de pedofilia. Portanto, os sacerdotes acusados de pedofilia efetiva nos EUA são 958 em 42 anos, 18 por ano.

As condenações foram 54, pouco mais de uma por ano. O número de condenações penais de sacerdotes e religiosos em outros países é semelhante ao dos EUA, embora não se disponha de um estudo completo como o do John Jay College para nenhum outro país. Cita-se frequentemente uma série de relatórios de governo na Irlanda que definem como "endêmica" a presença de abusos nos colégios e nos orfanatos (masculinos) administrados por algumas dioceses e ordens religiosas, e não há dúvida de que casos de abusos sexuais de menores até muito graves ocorreram nesse país. A apuração sistemática desses relatórios mostra, além disso, como muitas acusações se referem ao uso de meios de correção excessivos ou violentos. O chamado Relatório Ryan de 2009 – que usa uma linguagem muito dura com relação à Igreja Católica –, de 25.000 alunos de colégios, reformatórios e orfanatos no período que examina, reporta 253 acusações de abusos sexuais de meninos e 128 de meninas, nem todas atribuídas a sacerdotes, religiosos ou religiosas, de natureza e gravidade diversas, que raramente fazem referência a crianças pré-púberes e que ainda mais raramente levaram a condenações.

As polêmicas destas últimas semanas com relação a situações semelhantes na Alemanha e na Áustria mostram uma característica típica dos "pânicos morais": apresentam-se como "novos" os fatos que remontam a muitos anos ou, em alguns casos a até 30 anos, e em parte já conhecidos.
O fato de acontecimentos dos anos 80 terem sido apresentados – com uma particular insistência no que se refere à área geográfica bávara, da qual o Papa provém – nas primeiras páginas dos jornais como se tivessem ocorrido ontem, e daí nasçam capciosas polêmicas, na forma de um ataque concêntrico que a cada dia anuncia em estilo gritante novas "descobertas", mostra bem como o "pânico moral" é promovido por "empresários morais" de modo organizado e sistemático.

O caso que – como alguns jornais intitularam – "envolve o Papa" é, a seu modo, de manual. Refere-se a um episódio em que um sacerdote de Essen, já culpado de abusos, foi acolhido na arquidiocese de Munique e Freising, da qual o atual Pontífice era arcebispo e que remonta de fato a 1980. O caso surgiu em 1985 e foi julgado por um tribunal alemão em 1986, que reconheceu, dentre outras coisas, que a decisão de acolher o sacerdote em questão na arquidiocese não havia sido tomada pelo cardeal Ratzinger e nem lhe era conhecida, o que não é estranho em uma grande diocese com uma complexa burocracia.

O porquê de um jornal alemão ter decidido desencavar o caso e o ter jogado na primeira página 24 anos depois da sentença deveria ser colocado em questão. Uma pergunta desagradável – porque o simples fato de pô-la parece defensivo e não consola as vítimas – mas importante é se ser um padre católico é uma condição que comporta um risco de se tornar pedófilo ou de abusar sexualmente de menores – as duas coisas, como se viu, não coincidem, porque quem abusa de uma jovem de 16 anos não é pedófilo – mais elevado do que no resto da população.

Responder a essa pergunta é fundamental para descobrir as causas do fenômeno e, portanto, para preveni-lo. Segundo os estudos de Jenkins, se compararmos a Igreja Católica dos EUA às principais denominações protestantes, descobre-se que a presença de pedófilos é – de acordo com as denominações – de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre os padres católicos. A questão é relevante, porque mostra que o problema não é o celibato: a maior parte dos pastores protestantes é casada. No mesmo período em que uma centena de sacerdotes norte-americanos havia sido condenada por abusos sexuais de menores, o número de professores de ginástica e treinadores de equipes esportivas juvenis – também estes em grande maioria casados – julgado culpados do mesmo crime pelos tribunais norte-americanos chegava aos seis mil.

Os exemplos poderiam continuar, e não só nos EUA. Principalmente, permanecendo nos relatórios periódicos do governo norte-americano, cerca de dois terços dos abusos sexuais de menores não veem de estranhos ou de educadores – incluindo padres e pastores protestantes – mas de familiares: padrinhos, tios, primos, irmãos e infelizmente até pais. Dados semelhantes existem em numerosos outros países. Mesmo que seja pouco politicamente correto dizer, há um dado que é muito mais significativo: em mais de 80%, os pedófilos são homossexuais, homens que abusam de outros homens. E – para citar Jenkins mais uma vez – mais de 90% dos sacerdotes católicos condenados por abusos sexuais de menores e pedofilia é homossexual. Se efetivamente há um problema na Igreja Católica, ele não se refere ao celibato, mas sim a uma certa tolerância da homossexualidade, particularmente nos seminários dos ano 70, quando a grande maioria dos sacerdotes que depois foram condenados por abusos foi ordenada. É um problema que Bento XVI está corrigindo vigorosamente.

Em geral, o retorno à moral, à disciplina asceta, à meditação sobre a verdadeira e grande natureza do sacerdócio são o antídoto último para as verdadeiras tragédias da pedofilia. O Ano Sacerdotal também deve servir para isso. Com relação a 2006 – quando a BBC exibiu o documentário-lixo sobre o parlamentar irlandês e ativista homossexual Colm O’Gorman [vítima de abuso sexual na Irlanda] – e a 2007 – quando Santoro apresentou a sua versão italiana no canal Annozero – não há, na realidade, muito de novo, com exceção da crescente severidade e vigilância da Igreja.

Os casos dolorosos dos quais se fala nestas semanas não foram sempre inventados, mas remontam justamente a 20 ou até a 30 anos atrás. Ou, talvez, haja alguma coisa de novo. Por que desencavar em 2010 casos velhos ou muitas vezes já conhecidos, no ritmo de um por dia, atacando sempre mais diretamente o Papa – um ataque, além disso, paradoxal se considerarmos a grandíssima severidade do cardeal Ratzinger antes e de Bento XVI depois com relação esse tema? Os "empresários morais" que organizam o pânico têm uma agenda que surge sempre mais claramente e que verdadeiramente não tem a proteção das crianças no seu centro. A leitura de certos artigos nos mostra como lobbies muito poderosos buscam desqualificar preventivamente a voz da Igreja com a acusação mais infamante e hoje infelizmente também mais fácil, que é a de favorecer ou tolerar a pedofilia.

Máximo Introvigne, diretor do The Center for Studies on New Religions (CESNUR), que reúne um grupo de estudiosos de grandes universidades da Europa e das Américas. O artigo foi publicado no jornal dos bispos italianos Avvenire, 18-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=30782
 
ta serto entao
resume.
 
Onde estão os Veríssimos, os humanistas, "progressistas", construtores da terra do nunc..., digo, do "novo mundo possível" escrevendo colunas que apontam o grande número de homossexuais dentro da Igreja como principal causa da pedofilia, e não o celibato??????????? Estão todos mentindo, batendo pateticamente num espantalho, calados frente a ditadura do politicamente correto (que não serve para a Igreja) e à gaystapo.

Aliás, achar que acabar com o celibato vai resolver o problema beira a infantilidade. Do mesmo jornal:

"Cuidado, não sou um defensor do celibato dos padres. Ao contrário, parece-me que a experiência de amar e conviver melhoraria a qualidade dos ministros da igreja, porque a tarefa de ser consorte ensina uma humildade que é difícil alcançar na solidão, seja ela orgulhosa e casta ou, então, envergonhada e masturbatória. No entanto, acho bizarro que o fim do celibato dos padres seja apresentado como remédio contra a pedofilia.

Essa ideia surge de uma visão hidráulica do desejo sexual, como se esse fosse um rio que, se for impedido de correr no seu leito natural, encontrará todo tipo de caminho torto e desviado. Por essa visão, na ausência de esposa, a libertinagem, não tendo para onde ir, transborda e acaba banhando (quem sabe, afogando) as crianças; portanto, os padres pedófilos não precisariam recorrer a meninos e meninas se dispusessem de uma mulher com quem saciar seus apetites.

É raro que eu me expresse de maneira tão direta, mas é preciso dizer: essa ideia é uma estupidez. Fantasias e orientações sexuais nunca são o efeito de acumulação de energia sexual insatisfeita. Um pedófilo poderá, eventualmente, desejar uma mulher e casar com ela, mas o fato de cumprir, mesmo com afinco, o dever conjugal não o livrará das fantasias pedofílicas. Teremos, simplesmente, pedófilos casados, em vez de solteiros.
Não vejo o que ganharíamos com isso, mas vejo, isso sim, na própria proposta, um desprezo inacreditável pelas mulheres que se casariam para servir de válvulas de escape para a "depravação" dos seus maridos. Ninguém merece.

A quem propõe o casamento como solução para a pedofilia dos padres, uma sugestão: proponha um programa compulsório de transa diária com a boneca inflável do Geraldão. Será tão ineficiente quanto o casamento, mas, ao menos, as mulheres serão poupadas."

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=31149
 
O que há por trás dos escândalos?
Volta-se a falar de padres pedófilos, com vozes e acusações que se referem insistentemente à Alemanha e a tentativas de envolvimento de pessoas próximas ao Papa, e acredito que a sociologia também tem muito a dizer e não deve calar pelo medo de descontentar alguém. A discussão atual sobre os padres pedófilos – considerada do ponto de vista do sociólogo – representa um exemplo típico de "pânico moral". O conceito nasceu nos anos 70 para explicar como alguns problemas são objeto de uma "hiperconstrução social".

Mais precisamente, os "pânicos morais" foram definidos como problemas socialmente construídos e caracterizados por uma amplificação sistemática dos dados reais, tanto na representação midiática quanto na discussão política. Outras duas características foram citadas como típicas dos "pânicos morais". Em primeiro lugar, problemas sociais que existem há décadas são reconstruídos nas narrativas midiáticas e políticas como "novos", ou como objeto de um suposto e dramático crescimento recente. Em segundo lugar, a sua incidência é exagerada por estatísticas folclóricas que, mesmo que não confirmadas por estudos acadêmicos, são repetidas por um meio de comunicação ao outro e podem inspirar campanhas midiáticas persistentes.

Philip Jenkins destacou o papel de "empresários morais", cujas agendas nem sempre são declaradas, na criação e gestão dos pânicos. Os "pânicos morais" não fazem bem a ninguém. Distorcem a percepção dos problemas e comprometem a eficácia das medidas que deveriam resolvê-los. A uma má análise só pode seguir uma má intervenção. Entendamo-nos: os "pânicos morais" têm, na sua origem, condições objetivas e perigos reais. Não inventam a existência de um problema, mas exageram suas dimensões estatísticas. Em uma série de valiosos estudos, o próprio Jenkins mostrou como a questão dos padres pedófilos é talvez o exemplo mais típico de um "pânico moral". Estão presentes, de fato, os dois elementos característicos: um dado real de partida e um exagero desse dado por obra de ambíguos "empresários morais".

Acima de tudo, o dado real de partida. Existem padres pedófilos. Alguns casos são ao mesmo tempo chocantes e repugnantes, levaram a condenações definitivas e os próprios acusados nunca se proclamaram inocentes. Esses casos – nos EUA, na Irlanda, na Austrália – explicam as severas palavras do Papa e o seu pedido de perdão às vítimas. Mesmo se os casos fossem só dois – e infelizmente são mais – seriam sempre dois casos relevantes. Porém, a partir do momento em que pedir perdão – mesmo que seja nobre e oportuno – não basta, mas é preciso evitar que os casos se repitam, não é indiferente saber se os casos são dois, 200 ou 20 mil. E não é nem um pouco irrelevante saber se o número de casos é mais ou menos numeroso entre os sacerdotes e os religiosos católicos do que em outras categorias de pessoas. Os sociólogos muitas vezes são acusados de trabalhar sobre números frios, esquecendo-se que, por trás de cada número, há um caso humano.

Mas os números, embora não sejam suficientes, são necessários. São o pressuposto de toda análise adequada. Para entender como de um dado tragicamente real se passou a um "pânico moral" é então necessário se perguntar quantos são os padres pedófilos. Os dados mais completos foram recolhidos nos EUA, onde, em 2004, a Conferência Episcopal solicitou um estudo independente ao John Jay College of Criminal Justice da City University of New York, que não é uma universidade católica e é unanimemente reconhecida como a mais notável instituição acadêmica dos EUA em matéria de criminologia.

Esse estudo nos diz que, de 1950 a 2002, 4.392 sacerdotes norte-americanos (de mais de 109.000) foram acusados de terem tido relações sexuais com menores de idade. Desses, pouco mais de uma centena foram condenados por tribunais civis. O baixo número de condenações por parte do Estado deriva de diversos fatores. Em alguns casos, as vítimas verdadeiras ou supostas denunciaram sacerdotes já falecidos, ou havia sido atingido o término da prescrição. Em outros, a acusação e também a condenção canônica não corresponde à violação de alguma lei civil: é o caso, por exemplo, de diversos Estados norte-americanos, em que o sacerdote teve uma relação com uma – ou também um – menor de idade maior de 16 anos e consciente.

Mas houve também muitos casos chocantes de sacerdotes inocentes acusados. Esses casos se multiplicaram nos anos 90, quando alguns estudos legais entenderam que poderiam arrancar transações milionárias até com base em simples suspeitos. Os apelos à "tolerância zero" são justificados, mas também não deveria haver nenhuma tolerância nem para quem calunia sacerdotes inocentes. Acrescento que, para os EUA, os números não mudariam de modo significativo se se somasse o período 2002-2010, porque o estudo do John Jay College já notava o "declínio notabilíssimo" dos casos nos anos 2000.

As novas investigações foram poucas, e as condenações, pouquíssimas, por causa de medidas rigorosas introduzidas tanto pelos bispos norte-americanos quanto pela Santa Sé. O estudo do John Jay College diz, talvez, como se lê muitas vezes, que 4% dos sacerdotes norte-americanos são "pedófilos"? Absolutamente não. Segundo essa pesquisa, 78,2% das acusações se refere a menores de idade que ultrapassaram a puberdade. Ter relações sexuais com uma jovem de 17 anos certamente não é algo correto, muito menos para um padre: mas não se trata de pedofilia. Portanto, os sacerdotes acusados de pedofilia efetiva nos EUA são 958 em 42 anos, 18 por ano.

As condenações foram 54, pouco mais de uma por ano. O número de condenações penais de sacerdotes e religiosos em outros países é semelhante ao dos EUA, embora não se disponha de um estudo completo como o do John Jay College para nenhum outro país. Cita-se frequentemente uma série de relatórios de governo na Irlanda que definem como "endêmica" a presença de abusos nos colégios e nos orfanatos (masculinos) administrados por algumas dioceses e ordens religiosas, e não há dúvida de que casos de abusos sexuais de menores até muito graves ocorreram nesse país. A apuração sistemática desses relatórios mostra, além disso, como muitas acusações se referem ao uso de meios de correção excessivos ou violentos. O chamado Relatório Ryan de 2009 – que usa uma linguagem muito dura com relação à Igreja Católica –, de 25.000 alunos de colégios, reformatórios e orfanatos no período que examina, reporta 253 acusações de abusos sexuais de meninos e 128 de meninas, nem todas atribuídas a sacerdotes, religiosos ou religiosas, de natureza e gravidade diversas, que raramente fazem referência a crianças pré-púberes e que ainda mais raramente levaram a condenações.

As polêmicas destas últimas semanas com relação a situações semelhantes na Alemanha e na Áustria mostram uma característica típica dos "pânicos morais": apresentam-se como "novos" os fatos que remontam a muitos anos ou, em alguns casos a até 30 anos, e em parte já conhecidos.
O fato de acontecimentos dos anos 80 terem sido apresentados – com uma particular insistência no que se refere à área geográfica bávara, da qual o Papa provém – nas primeiras páginas dos jornais como se tivessem ocorrido ontem, e daí nasçam capciosas polêmicas, na forma de um ataque concêntrico que a cada dia anuncia em estilo gritante novas "descobertas", mostra bem como o "pânico moral" é promovido por "empresários morais" de modo organizado e sistemático.

O caso que – como alguns jornais intitularam – "envolve o Papa" é, a seu modo, de manual. Refere-se a um episódio em que um sacerdote de Essen, já culpado de abusos, foi acolhido na arquidiocese de Munique e Freising, da qual o atual Pontífice era arcebispo e que remonta de fato a 1980. O caso surgiu em 1985 e foi julgado por um tribunal alemão em 1986, que reconheceu, dentre outras coisas, que a decisão de acolher o sacerdote em questão na arquidiocese não havia sido tomada pelo cardeal Ratzinger e nem lhe era conhecida, o que não é estranho em uma grande diocese com uma complexa burocracia.

O porquê de um jornal alemão ter decidido desencavar o caso e o ter jogado na primeira página 24 anos depois da sentença deveria ser colocado em questão. Uma pergunta desagradável – porque o simples fato de pô-la parece defensivo e não consola as vítimas – mas importante é se ser um padre católico é uma condição que comporta um risco de se tornar pedófilo ou de abusar sexualmente de menores – as duas coisas, como se viu, não coincidem, porque quem abusa de uma jovem de 16 anos não é pedófilo – mais elevado do que no resto da população.

Responder a essa pergunta é fundamental para descobrir as causas do fenômeno e, portanto, para preveni-lo. Segundo os estudos de Jenkins, se compararmos a Igreja Católica dos EUA às principais denominações protestantes, descobre-se que a presença de pedófilos é – de acordo com as denominações – de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre os padres católicos. A questão é relevante, porque mostra que o problema não é o celibato: a maior parte dos pastores protestantes é casada. No mesmo período em que uma centena de sacerdotes norte-americanos havia sido condenada por abusos sexuais de menores, o número de professores de ginástica e treinadores de equipes esportivas juvenis – também estes em grande maioria casados – julgado culpados do mesmo crime pelos tribunais norte-americanos chegava aos seis mil.

Os exemplos poderiam continuar, e não só nos EUA. Principalmente, permanecendo nos relatórios periódicos do governo norte-americano, cerca de dois terços dos abusos sexuais de menores não veem de estranhos ou de educadores – incluindo padres e pastores protestantes – mas de familiares: padrinhos, tios, primos, irmãos e infelizmente até pais. Dados semelhantes existem em numerosos outros países. Mesmo que seja pouco politicamente correto dizer, há um dado que é muito mais significativo: em mais de 80%, os pedófilos são homossexuais, homens que abusam de outros homens. E – para citar Jenkins mais uma vez – mais de 90% dos sacerdotes católicos condenados por abusos sexuais de menores e pedofilia é homossexual. Se efetivamente há um problema na Igreja Católica, ele não se refere ao celibato, mas sim a uma certa tolerância da homossexualidade, particularmente nos seminários dos ano 70, quando a grande maioria dos sacerdotes que depois foram condenados por abusos foi ordenada. É um problema que Bento XVI está corrigindo vigorosamente.

Em geral, o retorno à moral, à disciplina asceta, à meditação sobre a verdadeira e grande natureza do sacerdócio são o antídoto último para as verdadeiras tragédias da pedofilia. O Ano Sacerdotal também deve servir para isso. Com relação a 2006 – quando a BBC exibiu o documentário-lixo sobre o parlamentar irlandês e ativista homossexual Colm O’Gorman [vítima de abuso sexual na Irlanda] – e a 2007 – quando Santoro apresentou a sua versão italiana no canal Annozero – não há, na realidade, muito de novo, com exceção da crescente severidade e vigilância da Igreja.

Os casos dolorosos dos quais se fala nestas semanas não foram sempre inventados, mas remontam justamente a 20 ou até a 30 anos atrás. Ou, talvez, haja alguma coisa de novo. Por que desencavar em 2010 casos velhos ou muitas vezes já conhecidos, no ritmo de um por dia, atacando sempre mais diretamente o Papa – um ataque, além disso, paradoxal se considerarmos a grandíssima severidade do cardeal Ratzinger antes e de Bento XVI depois com relação esse tema? Os "empresários morais" que organizam o pânico têm uma agenda que surge sempre mais claramente e que verdadeiramente não tem a proteção das crianças no seu centro. A leitura de certos artigos nos mostra como lobbies muito poderosos buscam desqualificar preventivamente a voz da Igreja com a acusação mais infamante e hoje infelizmente também mais fácil, que é a de favorecer ou tolerar a pedofilia.

Máximo Introvigne, diretor do The Center for Studies on New Religions (CESNUR), que reúne um grupo de estudiosos de grandes universidades da Europa e das Américas. O artigo foi publicado no jornal dos bispos italianos Avvenire, 18-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=30782
Um monte de lixo desses só podia ser de autoria destes trastes crsitãos comedores de criancinhas.
 
:slap: Xi, o savino é gay! ele é da gaystapo!!!! :lol:
brincadeirinha :yes:

Alem de comuna, abortista, autoritarista, anti-semita e outras bobagens que você por aí (Cof olavo, cof de carvalho cof, cof)
 
Um monte de lixo desses só podia ser de autoria desse traste comuna.

O que tem o cu a ver com a cobra?

Maybe you've been brainwashed toooooo... :rolleyes:
 
Um monte de lixo desses só podia ser de autoria desse traste comuna.

1. Curiosamente as religiões que permitem o matrimônio entre os sarcedotes e mulheres são justamente as que tem menos casos disso, como a judaíca e a islâmica.

2. O que raios o "comuna" tem a ver com as calças? E como o fascista de sua assinatura é tão melhor que ele?

3. Você é católico, não?

4. Religião não presta para nada

[ ]'s
 
O Veríssimo não disse mentiras. São realidades encobertas pela sociedade. Só isso.
Tirando os pequenos pecados do L.F. Veríssimo, como a mania de torcer pro Inter, ser comunista e ser gaucho, eu adoro este cara.
Escreve muito.
 
Alem de comuna, abortista, autoritarista, anti-semita e outras bobagens que você por aí (Cof olavo, cof de carvalho cof, cof)

[/spoiler]
Um monte de lixo desses só podia ser de autoria destes trastes crsitãos comedores de criancinhas.
Impressionante como um nome pode fazer as baratas ficarem histéricas, chegando ao ponto de delirarem como se vê acima.

Comedores de criancinhas é essa sociedade porca que teus amiguinhos seculares e vermelhinhos estão construindo a mais de um século. Toma ai, com carinho:

100 anos de pedofilia

Na Grécia e no Império Romano, o uso de menores para a satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e até prezado. Na China, castrar meninos para vendê-los a ricos pederastas foi um comércio legítimo durante milênios. No mundo islâmico, a rígida moral que ordena as relações entre homens e mulheres foi não raro compensada pela tolerância para com a pedofilia homossexual. Em alguns países isso durou até pelo menos o começo do século XX, fazendo da Argélia, por exemplo, um jardim das delícias para os viajantes depravados (leiam as memórias de André Gide, “Si le grain ne meurt”). Por toda parte onde a prática da pedofilia recuou, foi a influência do cristianismo — e praticamente ela só — que libertou as crianças desse jugo temível.

Mas isso teve um preço. É como se uma corrente subterrânea de ódio e ressentimento atravessasse dois milênios de história, aguardando o momento da vingança. Esse momento chegou.

O movimento de indução à pedofilia começa quando Sigmund Freud cria uma versão caricaturalmente erotizada dos primeiros anos da vida humana, versão que com a maior facilidade é absorvida pela cultura do século. Desde então a vida familiar surge cada vez mais, no imaginário ocidental, como uma panela-de-pressão de desejos recalcados. No cinema e na literatura, as crianças parecem que nada mais têm a fazer do que espionar a vida sexual de seus pais pelo buraco da fechadura ou entregar-se elas próprias aos mais assombrosos jogos eróticos.

O potencial politicamente explosivo da idéia é logo aproveitado por Wilhelm Reich, psiquiatra comunista que organiza na Alemanha um movimento pela “libertação sexual da juventude”, depois transferido para os EUA, onde virá a constituir talvez a principal idéia-força das rebeliões de estudantes na década de 60.

Enquanto isso, o Relatório Kinsey, que hoje sabemos ter sido uma fraude em toda a linha, demole a imagem de respeitabilidade dos pais, mostrando-os às novas gerações como hipócritas sexualmente doentes ou libertinos enrustidos.

O advento da pílula e da camisinha, que os governos passam a distribuir alegremente nas escolas, soa como o toque de liberação geral do erotismo infanto-juvenil. Desde então a erotização da infância e da adolescência se expande dos círculos acadêmicos e literários para a cultura das classes média e baixa, por meio de uma infinidade de filmes, programas de TV, “grupos de encontro”, cursos de aconselhamento familiar, anúncios, o diabo. A educação sexual nas escolas torna-se uma indução direta de crianças e jovens à prática de tudo o que viram no cinema e na TV.

Mas até aí a legitimação da pedofilia aparece apenas insinuada, de contrabando no meio de reivindicações gerais que a envolvem como conseqüência implícita.

Em 1981, no entanto, a “Time” noticia que argumentos pró-pedofilia estão ganhando popularidade entre conselheiros sexuais. Larry Constantine, um terapeuta de família, proclama que as crianças “têm o direito de expressar-se sexualmente, o que significa que podem ter ou não ter contatos sexuais com pessoas mais velhas”. Um dos autores do Relatório Kinsey, Wardell Pomeroy, pontifica que o incesto “pode às vezes ser benéfico”.

A pretexto de combater a discriminação, representantes do movimento gay são autorizados a ensinar nas escolas infantis os benefícios da prática homossexual. Quem quer que se oponha a eles é estigmatizado, perseguido, demitido.

Num livro elogiado por J. Elders, ex-ministro da Saúde dos EUA (surgeon general — aquele mesmo que faz advertências apocalípticas contra os cigarros), a jornalista Judith Levine afirma que os pedófilos são inofensivos e que a relação sexual de um menino com um sacerdote pode ser até uma coisa benéfica. Perigosos mesmo, diz Levine, são os pais, que projetam “seus medos e seu próprio desejo de carne infantil no mítico molestador de crianças”.

Organizações feministas ajudam a desarmar as crianças contra os pedófilos e armá-las contra a família, divulgando a teoria monstruosa de um psiquiatra argentino segundo a qual pelo menos uma entre cada quatro meninas é estuprada pelo próprio pai.

A consagração mais alta da pedofilia vem num número de 1998 do “Psychological Bulletin”, órgão da American Psychological Association. A revista afirma que abusos sexuais na infância “não causam dano intenso de maneira pervasiva”, e ainda recomenda que o termo pedofilia, “carregado de conotações negativas”, seja trocado para “intimidade intergeracional”.

Seria impensável que tão vasta revolução mental, alastrando-se por toda a sociedade, poupasse miraculosamente uma parte especial do público: os padres e seminaristas. No caso destes somou-se à pressão de fora um estímulo especial, bem calculado para agir desde dentro. Num livro recente, “Goodbye, good men”, o repórter americano Michael S. Rose mostra que há três décadas organizações gays dos EUA vêm colocando gente sua nos departamentos de psicologia dos seminários para dificultar a entrada de postulantes vocacionalmente dotados e forçar o ingresso maciço de homossexuais no clero. Nos principais seminários a propaganda do homossexualismo tornou-se ostensiva e estudantes heterossexuais foram forçados por seus superiores a submeter-se a condutas homossexuais.

Acuados e sabotados, confundidos e induzidos, é fatal mais dia menos dia muitos padres e seminaristas acabem cedendo à geral gandaia infanto-juvenil. E, quando isso acontece, todos os porta-vozes da moderna cultura “liberada”, todo o establishment “progressista”, toda a mídia “avançada”, todas as forças, enfim, que ao longo de cem anos foram despojando as crianças da aura protetora do cristianismo para entregá-las à cobiça de adultos perversos, repentinamente se rejubilam, porque encontraram um inocente sobre o qual lançar suas culpas. Cem anos de cultura pedófila, de repente, estão absolvidos, limpos, resgatados ante o Altíssimo: o único culpado de tudo é... o celibato clerical! A cristandade vai agora pagar por todo o mal que ela os impediu de fazer.

Não tenham dúvida: a Igreja é acusada e humilhada porque está inocente. Seus detratores a acusam porque são eles próprios os culpados. Nunca a teoria de René Girard, da perseguição ao bode expiatório como expediente para a restauração da unidade ilusória de uma coletividade em crise, encontrou confirmação tão patente, tão óbvia, tão universal e simultânea.

Quem quer que não perceba isso, neste momento, está divorciado da sua própria consciência. Tem olhos mas não vê, tem ouvidos mas não ouve. Mas a própria Igreja, se em vez de denunciar seus atacantes preferir curvar-se ante eles num grotesco ato de contrição, sacrificando pro forma uns quantos padres pedófilos para não ter de enfrentar as forças que os injetaram nela como um vírus, terá feito sua escolha mais desastrosa dos últimos dois milênios.

http://www.olavodecarvalho.org/semana/04272002globo.htm

1. Curiosamente as religiões que permitem o matrimônio entre os sarcedotes e mulheres são justamente as que tem menos casos disso, como a judaíca e a islâmica.
Só se for nessa tua cabeça.

Repostando o estudo de Jenkins, que foi colocado acima, que o sujeito não leu, ou leu e não entendeu, ou leu e ignorou:

Segundo os estudos de Jenkins, se compararmos a Igreja Católica dos EUA às principais denominações protestantes, descobre-se que a presença de pedófilos é – de acordo com as denominações – de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre os padres católicos. A questão é relevante, porque mostra que o problema não é o celibato: a maior parte dos pastores protestantes é casada. No mesmo período em que uma centena de sacerdotes norte-americanos havia sido condenada por abusos sexuais de menores, o número de professores de ginástica e treinadores de equipes esportivas juvenis – também estes em grande maioria casados – julgado culpados do mesmo crime pelos tribunais norte-americanos chegava aos seis mil.

Agora eu desafio o nosso sabichão ai a comprovar o que diz. Mostre estudos do nível desses de Jenkins em países islâmicos, entre judeus, etc.

2. O que raios o "comuna" tem a ver com as calças? E como o fascista de sua assinatura é tão melhor que ele?
Petralha detected! Todos que não compactuam com suas utopias recebem o voto de "fascista". E o sujeito ainda tem a cara de pau de me perguntar o que ser "comuna" tem a ver com, por exemplo, as 2 afirmações dele abaixo.

Francamente...

3. Você é católico, não?
Por que, não posso??? É proibido um católico participar dessa palhaçada???

4. Religião não presta para nada
Chegamos ao verdadeiro motivo do tópico.
Faz assim: Pega essa tua opiniãozinha e enfia bem fundo no teu orifício ano-retal.
 
Religião ...

O ser humano nunca aprende mesmo.

P.S : Não sou contra que as pessoas acreditem no que elas querem, muito pelo contrário.
Off-Topic : A igreja católica é uma piada, com tudo que ela já fez não deveria nem mais existir.
 
Última edição:
Com o advento da popularização da informática néscios como o Carraro podem debater em fóruns usando textos alheios (daqui a pouco vão acabar com a Santíssima Trindade e será Pai, Filho, Espírito Santo e Olavo de Carvalho).

Se o seu guru intelectual consegue provar por a + b que o catolicismo não tem nada a ver com pedofilia nada mais lhe é vetado. :rolleyes:

O que lhe parece mais crível: comunistas comedores de criancinhas ou padres comedores de criancinhas, caro carraro?
 
Savino, como sempre, deprimente.

Carraro, como sempre, perfeito.

Com relação ao que o Verissimo disse, diz ou vai dizer, pouca importa. É apenas mais um entre tantos a dizer o que pensa, e há os que concordam, e há os que discordam.

A igreja católica é falha em inúmeros aspectos, hoje e ao longo de toda sua história, e falha ao acobertar os casos de pedofilia entre seus membros.

Mas uma coisa é exigir da igreja uma postura transparente e coesa com seu discurso moralista. Outra é querer ligar celibato à pedofilia, como se pedofilia tivesse causas na abstinência, e não exatamente o oposto.

O gosto por crianças, assim como por dar a bunda ou qualquer outro desvio do sexo natural (usado para reprodução) não tem causa na falta e nem mesmo é um efeito: trata-se da personalidade do sujeito, só isso.

Não é efeito de uma causa social ou moral, mas apenas um desvio psicológico.

O papel da sociedade é criar regras para que tais devios, que são naturais, sejam controlados, e para isso criam-se regrais morais, muitas delas ligadas à religião, para exercer controle sobre o indivíduo.

É necessário esse controle, sem ele nos tornariamos cães, atracados em qualquer lugar, o tempo todo.

O celibatom se é certo ou errado, não nos compete inferir, pois é assunto interno de uma instituição. O que nos é de direito reclamar são as ações exemplares que devem ser tomadas para corrigir os erros mais graves, como a pedofilia.
 
Última edição:
"Você é ccatólico, não?"
Por que, não posso??? É proibido um católico participar dessa palhaçada???

Pode sim, desde que não me venha azucrinar a orelha com besteiras.

Seu gerador de lero-lero anda muito bem, a saber.
Francamente... :boring:

[ ]'s
 
Savino, como sempre, deprimente.

Carraro, como sempre, perfeito.

francamente, essa picuinha de vocês já encheu o saco. podiam resolver por mp ao invés de virem upar tópicos só pra promoverem suas guerras pessoais.
 
É a guerra santa do Adrena: ateus x cristãos, hipócritas x honestos. Se não fosse o Carraro que dissesse o que disse, o Savino não se postaria contra.
E tem outra, defender padre pedófilo é algo que aqui ninguém defende. Todos nós, crentes, descrentes, ateus, atoas, queremos tratamento justo contra o mal.
Pedofilia não é assunto religioso, nem político, nem ideológico.
Como profissional da área, seria de se esperar que o Savino pudesse ao menos contribuir com informações científicas sobre esse desvio de comportamento.
No meu caso, que tenho filhos, vejo a pedofilia como um assunto muito simples: porrada, se houver reincidência, amputação, e por fim pena de morte.
A igreja católica, como qualquer outra instituição, tem uma forte tendência ao corporativismo. Médicos tendem a proteger médicos, militares tendem a proteger militares, e padres tendem a proteger padres.
Dá até pra entender certas atitudes, mas não dá pra aceitar.
Um padre pedófilo é apenas um homem pedófilo. Não é a igreja que deveria punir. Quem deve punir é o Estado, da mesma forma que se faz com qualquer um. Se a igreja vai afastar ou acobertar, é problema dela, da igreja, e não dos pais, da sociedade, nem de ninguém.
Querer que a igreja excomungue seus transgressores é como pedir que uma mãe entregue seu filho à polícia. Por certo ela deveria fazer isso, mas dificilmente o fará, e não nos cabe cobrar dela tal determinação, mas investigarmos e prendermos seu filho nós mesmo, enquanto Estado representante de uma sociedade.
Falar de pedofilia é sim uma forma simples e gratuita de atacar a INSTITUIÇÃO igreja, sem nada acrescentar para melhora-la. Se há suspeitas, algemem, prendam, e levem a julgamento os homens que, dentro ou fora da igreja, qualquer igreja, comentam tais atos.
Pior ainda é querer encontrar desculpas esfarrapadas, como o celibato, para tentar explicar a pedofilia, que nunca foi e nunca será culpa de uma instituição, mas da natureza humana.
O que podemos, e devemos cobrar da igreja católica, é transparência e colaboração nas investigações, mas não temos o direito de exigir que levem seus membros à forca simplesmenta para nos atender. Como já disse, cabe ao Estado, não à igreja, esse tipo de ação.
 
Última edição:
...
No meu caso, que tenho filhos, vejo a pedofilia como um assunto muito simples: porrada, se houver reincidência, amputação, e por fim pena de morte.
...

Tenho uma filha. pedofilia é simples amputa o pau de deixa morrer de hemorragia em praça pública. Não estou brincando.
 
Como profissional da área, seria de se esperar que o Savino pudesse ao menos contribuir com informações científicas sobre esse desvio de comportamento.

Você quer dizer pseudo-científicas, que é a mesma fórmula utilizada pelo Creacionismo, dar uma roupagem legítima e "comprovada" sobre certos assuntos.

Nós já vímos isso uma vez com a teoria eugenista e é só abrir um livro de História para ver onde ela desembocou.

[ ]'s
 
[pacman];1052134147 disse:
Com o advento da popularização da informática néscios como o Carraro podem debater em fóruns usando textos alheios (daqui a pouco vão acabar com a Santíssima Trindade e será Pai, Filho, Espírito Santo e Olavo de Carvalho).

Se o seu guru intelectual consegue provar por a + b que o catolicismo não tem nada a ver com pedofilia nada mais lhe é vetado. :rolleyes:

O que lhe parece mais crível: comunistas comedores de criancinhas ou padres comedores de criancinhas, caro carraro?

É por causa de delírios de pacmans e savinos que eu coloquei esses links na minha assinatura. É impressionante como um nome pode fazer os vermelhinhos em geral ficarem histéricos, delirantes, chegando a esses exemplos acima.
 
Última edição:
Me surpreende a estima que os "progressistas" tem pelas criancinhas (as não abortadas por eles, claro). Seja na luta contra os "padres pedófilos", ou contra os mísseis de Israel e as suas vítimas, as criancinhas palestinas. Cada bombardeio (como o da semana passada), são sempre X criancinhas mortas (é que no seu futuro radiante, onde reinará a "pluralidade", há 3 organizações não podem existir, ou devem perder sua influência: 1 - EUA, 2 - Igreja Católica, 3 - Israel). Soma-se a isso as aulas de educação sexual para criancinhas de 7 anos na Inglaterra, que provavelmente logo vai ter que distribuir camisinhas em "tamanho especial" como a Suiça pensa em fazer para suas criancinhas de 10 a 14 anos, que pararam de brincar de carrinho e boneca para brincar de médico ou "papai e mamãe'. Enquanto isso, avançam as discussões entre nossos profetas de jaleco branco sobre os benefícios da pedofilia, ou os malefícios da família, ou a independência dos filhos de seus país, além daa pressão de organizações gays (como uma holandesa recentemente) pela diminuição da maioridade penal (lembrando aquele desabafo de Luis Mott tempos atrás, um dos principais líderes gays no Brasil, "pedofilia já! Enquanto estou com tudo em cima"). Resumindo: Primeiro a gente ensina as criancinhas como a coisa funciona, depois que eles aprenderem bem a gente libera a gandaia geral. Tudo isso com a consciência limpa, sob os auspícios de nossa era (eu chamaria de exemplos da burrice universal) de que: Não existe certo e errado; não existe nenhuma vrdade; tudo é relativo; o que é certo para você, é errado para mim; é proibido proibir; não siga nenhuma regra, etc.

Enquanto isso, todos que se oporem a gente chama de reacionário, homofóbico, fascista, ou acusa daquilo que nós próprios fazemos, como Lenin já ensinava a muito tempo. Assim, a gente cria estereótipos e coloca na cabeça das massas anencéfalas do século XXI (lembre-se que esse século também será o século das massas, cheio de idiotas-úteis que acreditam em qualquer pseudo-intelectual do nível de um Veríssimo ou um Dawkins), como o de que "os padres são pedofilos". Então, a gente recupera alguns casos de 30, 40 anos atrás, lança na primera página do Washington Post um artigo escrito por uma lésbica bem na época da Páscoa (enquanto ela ainda existir, estamos tentando mudar a contagem dos anos em 2012 e vai bagunçar legal o calendário litúrgico), sem deixar de tentar incriminar o Papa (aquele que quer nos impedir de matar nasciturnos inocentes! Imaginem quanto de prejuízo nossa Planned Parenthood teria!), oferecendo, como alguns acusaram a Der Spiegel, 1 milhão de euros para quem tiver algum caso de abuso sexual ou acobertamento do próprio Papa para denunciar. Então, nós, que consideramos um padre, e religiosos em geral, uma pessoa tão moralmente igual quanto um irreligioso ou ateu, ou até pior, ficamos chocados, fazemos escândalo, ainal, onde já se viu um padre (um padre!) ser pedófilo?!?!?

Se, enquanto 100 padres são incriminados de pedofilia nos EUA 6000 professores de ginástica também o são no mesmo período, se o número de pedófilos no mesmo país é de 2 a 10 vezes maior entre pastores protestantes casados do que entre padres católicos celibatários, se 90% desses casos são de pedofilia + veadagem, se na Alemanha, de 210000 casos de abusos sexuais desde 1995 só 94 (0,044 %) foram de membros da Igreja, se em apenas um ponto da África assistentes sociais da ONU abusaram de mais de 400 crianças pobres e refugiadas num ano, isso tudo não importa, ninguém das massas anencéfalas lê Philip Jenkins, ou sabe que ele é um dos mais renomados estudiosos de religião dos EUA. Ainda, a ONU é santa, é a nossa nova guia espiritual. E quem associa homossexualismo com pedofilia é homofóbico. Mas é tudo culpa do celibato clerical. E os padres católicos são pedófilos. E as escolas católicas estão cheias de padres pedófilos. E você não deve levar seu filho na missa ou matriculá-lo numa escola católica. Assim a gente dá chumbo para nossos aliados progressistas dentro da própria Igreja (os Hans Kung e Leonardo Boff da vida) e para as seitas mais bizarras estilo a Igreja Universal e seu bispo-bandido (progressista como nós), para todos ajudarem na subjugação da Cruz sob a foice e o martelo, colocando toda nossa sujeir... digo, nosso "novo mundo possível" para dentro dela.
 
Última edição:
Carraro, infelizmente os idiotas (nem que me custe uma advertencia) não leem seus posts, apenas leem seu nick e refutam qualquer coisa que vc escreva.

Pena que mesmo que leiam, não enxergam.

E pena que grande parte da sociedade esteja assim, cega, burra, alienada, dominada pelo diabo da forma mais conveniente possível: pelo convencimento.

Mais uma vez eu me vejo triste porque vc tem razão, pois seria bom que vc estivesse errado.
 

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