Os 4 Grandes Telescópios Espaciais da NASA que Revolucionaram a Astronomia

San Andreas

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A série de Grandes Observatórios Espaciais da NASA, agência espacial norte-americana, consistiam em um grupo de quatro grandes telescópios, baseados no espaço. O projeto designa-se, em língua inglesa, por Great Observatories Program.

Cada um dos observatórios tinha ou tem um tamanho e um custo semelhantes e cada um fez uma contribuição substancial à astronomia. Cada telescópio procurou focar uma determinada faixa do espectro eletromagnético, a fim de obter uma análise mais precisa e mais profunda de cada espectro e desta forma melhor entender como o Universo nasceu e como ele se desenvolve.

Assim por várias ocasiões, um mesmo corpo celeste foi observado por distintos telescópios, obtendo uma visão mais profunda de dado corpo celeste.



• Telescópio Espacial Hubble - Luz Visível e Ultravioleta
• Telescópio Espacial Compton - Raios Gama
• Telescópio Espacial Chandra - Raios X
• Telescópio Espacial Spitzer - Infravermelho



http://pt.wikipedia.org/wiki/Grandes_Observatórios_Espaciais

http://en.wikipedia.org/wiki/Great_Observatories_program



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1 - Telescópio Espacial Hubble - Luz Visível e Ultravioleta

O Telescópio espacial Hubble (Hubble Space Telescope (HST)), foi anteriormente denominado de Space Telescope (ST). Destina-se a observar preferencialmente a luz visível e a luz ultravioleta. Foi o primeiro telescópio a ser lançado, em 24 de abril de 1990.

Recebeu a visita de um Ônibus Espacial em 1993 que o consertou de algumas falhas de projeto, recuperando-o completamente. Recebeu uma nova visita de manutenção em 1997, onde foram instalados novos equipamentos que lhe deram maiores capacidades de observações, como poder observar a luz ultravioleta e ondas próximas ao infravermelho.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Telescópio_espacial_Hubble


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2 - Telescópio Espacial Compton - Raios Gama

O Observatório de raios Gama Compton (Compton Gamma Ray Observatory - CGRO) foi chamado anteriormente de Gamma Ray Observatory (GRO).

Destinava-se a observar preferencialmente a radiação gama e podia registrar os mais violentos processos físicos do Universo. Foi o segundo telescópio a ser lançado, em 5 de abril de 1991.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Observatório_de_raios_Gama_Compton


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3 - Telescópio Espacial Chandra - Raios X

O Observatório de raios-X Chandra (Chandra X-ray Observatory - CXO) foi anteriormente denominado de Advanced X-ray Astronomical Facility (AXAF).

Destina-se a observar principalmente a radiação de raio-X, observando principalmente os buracos-negros, quasares e gases em alta temperatura. Foi o terceiro telescópio a ser lançado, em 23 de julho de 1999.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Observatório_de_raios-X_Chandra


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4 - Telescópio Espacial Spitzer - Infravermelho

O Telescópio espacial Spitzer (Spitzer Space Telescope - SST) foi chamado anteriormente de Space Infra-red Telescope Facility (SIRTF).

Destina-se a observar preferencialmente a radiação infravermelha, destacou-se em poder observar um comprimento de onda que não chega aos telescópios situados na Terra, devido a sua absorção pela atmosfera terrestre. Foi o quarto telescópio a ser lançado, em 25 de agosto de 2003.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Telescópio_espacial_Spitzer


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O telescópio espacial Hubble de 1,5 bilhão de dólares promoveu a maior revolução no estudo astronômico desde que Galileu Galilei inventou a luneta em 1609.


A história do Telescópio Espacial Hubble remonta ao ano de 1946, quando o astrônomo Lyman Spitzer escreveu um documento intitulado Vantagens astronômicas de um observatório extraterrestre. Aí discorriam as duas grandes vantagens oferecidas por um observatório espacial relativamente aos telescópios terrestres: primeiro, a resolução óptica (distância mínima de separação entre objetos na qual eles permaneçam claramente distintos) estaria limitada apenas por difração, em oposição aos efeitos da turbulência da atmosfera que provocam o cintilamento das estrelas, conhecido entre astrônomos como visão. Os telescópios terrestres estão tipicamente limitados a resoluções de 0,5–1,0 segundos de arco (arcsec), comparativamente aos valores teóricos de resolução de difração limitada de cerca de 0,1 arc para um telescópio com um espelho de 2,5 m em diâmetro. A segunda maior vantagem seria a possibilidade de observar luz infravermelha e ultravioleta, cuja grande parte é absorvida pela atmosfera.

Construção

Assim que foi dada luz verde ao projeto, os trabalhos da fase de construção foram divididos por diversas instituições. O Marshall Space Flight Center ficou responsável pelo controle geral dos instrumentos científicos e como centro de controle terrestre durante a missão. O centro Marshall incumbiu a Perkin-Elmer, uma companhia do ramo da óptica, de conceber o mecanismo de montagem do telescópio (Optical Telescope Assembly - OTA) e os sensores de navegação (Fine Guidante Sensors) para o telescópio espacial. A Lockheed ficou responsável pela construção da nave espacial em que o telescópio ficaria alojado.

Montagem

Os sistemas relacionados com a óptica e espelhos do telescópio representavam a parte crucial, e seriam concebidos segundo especificações muito rígidas. Em média, os telescópios usam espelhos polidos para uma precisão de cerca de um décimo do comprimento de onda da luz visível; porém, uma vez que o Telescópio Espacial seria utilizado para observações na gama dos ultravioleta aos infravermelhos com uma resolução dez vezes superior aos telescópios antecessores, o espelho deste teria que ser polido para uma precisão de 1/20 do comprimento de onda da luz visível, ou 30 nanometros.

A Perkin-Elmer planeava utilizar maquinaria assistida por computador extremamente sofisticada para transformar o espelho segundo as especificações impostas, mas para o caso da sua tecnologia de ponta apresentar dificuldades, a Kodak estava também contratada para construir um espelho de salvaguarda utilizando as técnicas de polimento tradicionais. A construção do espelho foi iniciada a 1979, utilizando vidro de expansão ultra-reduzida. Para reduzir ao máximo o peso do espelho, este foi condicionado numa espécie de sandwich com duas placas de cerca de uma polegada de altura e uma estrutura em forma de colméia no meio.

O polimento prolongou-se de 1979 até Maio de 1981. Mais tarde, relatórios da NASA questionavam a estrutura intermédia proposta pela Perkin-Elmer, o que acarretou complicações ao nível da agenda e do orçamento. O espelho estaria concluído nos finais de 1981 com o acréscimo de um revestimento refletivo em alumínio, de espessura de 75 nm, e outro revestimento protetor de fluoreto de magnésio, de 25 nm de espessura, o que permitia aumentar a reflexão da luz ultravioleta.

Subsistiam, porém, dúvidas sobre a competência da Perkin-Elmer num projeto desta importância, já que o orçamento e agenda para concluir o OTA continuavam a aumentar. Em resposta a esta agenda, descrita como "não delineada e diariamente alterada", a NASA adiou o lançamento do telescópio para Abril de 1985. A agenda da Perkin-Elmer continuou a inflar, a uma taxa de cerca de um a cada três meses, tendo-se mesmo verificado, esporadicamente, atrasos de um dia por cada dia de trabalho. Face a isto, a NASA foi forçada a reagendar o lançamento para 1 de Março e, mais tarde, para Setembro de 1986.

Sistemas de navegação

A nave espacial, na qual seriam alojados o telescópio e os instrumentos, representava outro grande desafio para a engenharia. Teria que suportar adequadamente mudanças freqüentes entre a luz direta do Sol e a escuridão da sombra da Terra — que provocavam mudanças bruscas na temperatura - enquanto pudesse permanecer estável o suficiente para permitir o direcionamento extremamente preciso do telescópio.





O espelho principal de 2.4 metros de diâmetro do Hubble foi polido com uma incrível precisão de 30 nanômetros (1/20 do comprimento de onda da luz visível)

A superfície do espelho primário de um telescópio precisa ter a forma definida por uma curva matemática chamada parábola e a sua superfície não pode desviar desta forma mais do que 1/10 do comprimento de onda da radiação


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Polishing of Hubble's primary mirror begins at Perkin-Elmer corporation, Danbury, Connecticut, May 1979.
The engineer pictured is Dr. Martin Yellin, an optical engineer working for Perkin-Elmer on the project.



AS VANTAGENS DO TELESCOPIO ESPACIAL HUBBLE EM RELAÇÃO AOS TELESCOPIOS TERRESTRES

A grande importância do Telescópio Espacial Hubble (nome dado em homenagem ao astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble que viveu de 1889 a 1953) está no fato de ele estar colocado no espaço, fora da atmosfera da Terra. A luz dos astros para chegar a ele não precisa passar por nossa atmosfera. Toda informação que obtemos de um astro está na luz que vem deles. A atmosfera sempre "some" com parte dessa informação e é por isso que os observatórios astronômicos profissionais sempre são construídos em locais bem altos.

Há quatro fatores principais que podem limitar a definição da imagem de um telescópio:


• Precisão do formato e regularidade da superfície do espelho
• Diâmetro do Espelho
• Resolução do Detector (CCD)
• Distorção produzida pela atmosfera terrestre


A resolução angular é o menor ângulo “Φ”, que pode ser discernido em uma imagem. É o menor ângulo no qual dois pontos luminosos (ex: duas lâmpadas ou duas estrelas) podem ser vistos separadamente.


Φ = λ / D
λ = comprimento de onda e D = diâmetro do espelho primário


Para luz visível a resolução angular é dada pela formula do limite de Dawes

Φ = 116 / D
Φ = ângulo em arcosegundos e D = diâmetro do espelho primário em mm


Quanto maior o diâmetro do espelho de um telescópio, menor a sua resolução angular.

Acontece que a atmosfera terrestre limita a resolução angular de qualquer telescópio terrestre a no mínimo 0.5 arcosegundos, por maior que seja o espelho.

O telescópio espacial Hubble, que tem um espelho com diâmetro de 2380 mm, possui uma resolução angular de 0.048 arcosegundos, 10 vezes menor do que qualquer telescópio terrestre.


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O HUBBLE TEVE QUE USAR ÓCULOS

Colocado em órbita em abril/90, logo em seguida foi detectado um grave defeito em sua óptica. O Hubble não era capaz de focar os objetos, principalmente os mais fracos, com a precisão planejada e desejada. Esse defeito foi "diagnosticado" como aberração esférica; uma distorção óptica causada por uma forma incorreta de seu espelho principal. Perto das bordas a curvatura desse espelho estava menor que deveria por uma quantidade cerca de 1/50 da espessura de um fio de cabelo humano. Trocar o espelho seria algo caro e difícil. A solução adotada foi a de projetar uma óptica corretiva para seus instrumentos. Essa óptica foi instalada com grande sucesso em dezembro/93.



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Hubble Deep Field

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Telescópio Espacial Spitzer

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A nave espacial Chandra

A nave espacial é um sistema que fornece suporte a toda a estrutura e condições necessárias para o que telescópio e os instrumentos científicos funcionem apropriadamente.

Os empuxadores fornecem meios de dar movimento ao observatório. Chandra dispõe de dois empuxadores, um para a propulsão e outro para o ajuste de momento (torque).

Os empuxadores de propulsão foram usados logos após o lançamento do telescópio para auxiliar a situá-lo em sua órbita prevista, que foi uma órbita elíptica de alta altitude.

Os empuxadores de momento destinam-se a serem utilizados periodicamente para aplicar torques no Chandra. Embora sejam torques fracos, eles vão se acumulando nas suas rodas de reação, que são utilizadas para o controle de altitude do Chandra.

Para controlar a temperatura dos componentes críticos, o sistema de controle térmico do telescópio consiste em um radiador de resfriamento, isoladores, condensadores e termostatos. Isto é particularmente importante para que a temperatura junto aos espelhos de raio-X seja bem controlada, a fim de manter o foco destes espelhos.

As temperaturas de várias partes da nave especial são continuamente monitoradas e seus valores passados ao controle da missão.

A energia elétrica de Chandra provém de seus painéis solares. Esta energia é armazenada em três conjuntos de baterias e é distribuída de forma cuidadosa, a fim de manter todo o observatório energizado. Os painéis solares geram aproximadamente dois kilo-watt de energia para todo o conjunto.

Localizado na parte dianteira da nave espacial, onde a radiação de raio-X entra no telescópio, a porta do pára-sol é um dos elementos mais básico e um dos mais importantes do sistema que compõe a nave espacial. A porta do pára-sol permaneceu fechada durante toda a etapa de lançamento e de posicionamento do telescópio. Quando aberta, ela sombreia a entrada do telescópio, e desta forma permite apontar o telescópio em direção ao Sol, com uma inclinação perto de 45 graus.

O controle do direcionamento do telescópio apóia-se em vários sistemas: como os giroscópios, câmeras, sensores para ver a posição da Terra e do Sol e as rodas de reação, que auxiliam a monitorar e a controlar com muita exatidão para que direção o telescópio está apontando em dado momento. Seria como observar, a olho nu, a cabeça de um alfinete situado a uma distancia de um quilômetro, tudo isso com uma precisão de três milímetros.

Este sistema pode também pôr o observatório em vários níveis de estado inativo, como em situação de alerta, que é mais conhecido como um modo de segurança, para operações em casos de emergências.

As comunicações, os controles e o sistema de gerenciamento de dados são o centro nervoso do Observatório. Corretamente mantém a nave espacial em sua órbita, monitora todos os sensores da nave espacial, recebe e processa os comandos provenientes do controle da missão da Terra, para as operações do observatório, armazena e processa todos os dados recolhidos para que possam ser transmitidos à Terra.

Chandra tem duas antenas de baixo ganho e qualquer uma pode ser usada para estabelecer uma comunicação nos dois sentidos com o Centro de Controle de Operação do Chandra (Operations Control Center (OCC)). Todos os comandos da Terra e do Chandra, bem como os dados de telemetria, são enviados e recebidos pelas três estações terrestres da NASA, que constituem a Rede de Espaço Profundo - (Deep Space Network). Tipicamente essas comunicações ocorrem uma vez cada oito horas.

Os dados são transmitidos das estações da rede do espaço profundo ao Laboratório de Jato-propulsão da Califórnia - JPL e de lá para o Centro de Controle das Operações do Telescópio (Control Center at the Chandra X-ray Center (CXC)), na cidade de Cambridge, da área de Massachusetts. Os dados são processados e disponibilizados aos cientistas, e eventualmente alguns dados e estudos são publicados.

O telescópio Chandra

O sistema do telescópio de Chandra consiste em quatro pares dos espelhos e da sua estrutura da sustentação.

Um telescópio de raio-X é muito diferente do telescópio óptico comum, por causa da alta energia que os fótons de raio-X carregam. Estes fótons penetram no espelho, e por causa da inclinação do espelho em relação aos fótons, os fótons ricochetear quando impactarem contra o espelho. Os espelhos ficam bastante inclinados, e desta forma os raio-X ricocheteiam para fora dos espelhos.

Os espelhos apresentam uma disposição bastante estranha, pois permanecem quase que paralelos aos raios-X que chegam do espaço.

Olhando para esses espelhos, eles mais se parecem como um grupo de tambores de vidro, uns dentro de outros, do que a forma familiar de prato de um telescópio óptico comum.

Imagine se pudesse fazer com que a superfície da Terra fosse extremamente lisa a ponto de que a montanha mais elevada tivesse menos de dois metros de altura. Em uma escala muito menor, os cientistas e os engenheiros da Raytheon Optical Systems da cidade de Danbury, do estado de Connecticut, realizaram um feito semelhante quando lixaram e poliram os quatro pares de espelhos do telescópio Chandra, deixando o mesmo com uma rugosidade equivalente ao tamanho de alguns átomos.

E ainda, os cientistas e engenheiros da Optical Coating Laboratories, Inc, da cidade de Santa Rosa no estado da Califórnia, também superaram todas as expectativas. Depois que os espelhos foram transportados com todo o cuidado para Califórnia através de um caminhão especial com um sistema especial de suspensão a ar, os espelhos foram cuidadosamente limpos, serviço equivalente a deixar apenas um grão de poeira em uma área o tamanho de uma tela de computador. No final eles foram revestidos com um metal raro altamente reflexivo, o irídio.

O processo bem sucedido de lixar e polir estes espelhos constituiu-se em um fato histórico. São os espelhos mais lisos e mais limpos até hoje construídos.

Os espelhos foram movidos outra vez através dos Estados Unidos, com o mesmo caminhão, agora em direção a Eastman Kodak Company da cidade de Rochester estado de New York, onde foi montada a sua estrutura da sustentação, chamada de conjunto de alta resolução do espelho e tudo isso foi alinhado com uma estranha precisão. O alinhamento dos espelhos de uma extremidade do conjunto do espelho a outra, que media 2,7 metros, eram exatos 1,3 micrômetros ou o tamanho aproximadamente um qüinquagésimo da largura de um cabelo humano.

A conclusão dos serviços foi bem sucedida na montagem do conjunto de alta resolução do espelho na Eastman Kodak terminado em setembro de 1996. Esta foi uma das principais realizações na construção do telescópio Chandra.

Em novembro de 1996, o sistema do telescópio foi posto a bordo de um avião do transporte das forças armadas norte-americanas, uma aeronave C5, voado de Huntsville, no estado do Alabama e entregue ao Marshall Space Flight Center.

Lá o conjunto do telescópio e de seus os instrumentos científicos foram submetidos a milhares de testes individuais de raio-X, em uma edificação especialmente construída para a sua calibração, pela equipe do Marshall Space Flight Center.

Os testes, que foram terminados em maio de 1997, mostraram que Chandra poderia produzir imagens de raio-X 25 vezes mais acuradas que os telescópios anteriores de raio-X. A definição do telescópio é equivalente a poder ler um texto de um jornal situado à metade de uma milha de distância ou seja, a 805 metros de distância.

Depois que o telescópio foi calibrado, ele foi transportado para Redondo Beach, na Califórnia. Lá, os sistemas, os instrumentos e a nave espacial do telescópio foram unidos e testados para sua permanência em ambiente espacial. Finalmente, em 1999, todo o observatório foi levado via aérea à Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral e colocado no Ônibus Espacial, para a sua viagem final rumo ao espaço.





Um telescópio de raio-X é muito diferente do telescópio óptico comum, por causa da alta energia que os fótons de raio-X carregam. Estes fótons penetram no espelho, e por causa da inclinação do espelho em relação aos fótons, os fótons ricochetear quando impactarem contra o espelho. Os espelhos ficam bastante inclinados, e desta forma os raio-X ricocheteiam para fora dos espelhos.

Os espelhos apresentam uma disposição bastante estranha, pois permanecem quase que paralelos aos raios-X que chegam do espaço.

Os 4 pares de espelhos do Chandra são os mais lisos e mais limpos até hoje construídos.

Sua rugosidade é de apenas alguns átomos e se a Terra fosse tão lisa quanto os espelhos do Chandra, o monte Everest teria menos de 2 metros de altura.

O alinhamento dos espelhos de uma extremidade do conjunto do espelho a outra, que media 2,7 metros, eram exatos 1,3 micrômetros ou o tamanho aproximadamente um qüinquagésimo da largura de um cabelo humano.




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Workers at Eastman Kodak in Rochester, N.Y., check the alignment of the Chandra observatory's High-Resolution Mirror Assembly.
 
Última edição:
A depender da faixa de freqüência do espectro eletromagnético, o James Webb Space Telescope terá uma sensibilidade de 10 a 100 vezes maior que o Hubble.


O James Webb Space Telescope terá um espelho de 6.5 metros de diâmetro, analisará a faixa do espectro da luz infravermelha (que é absorvida pela atmosfera terrestre) e será lançado antes de 2013.

Para assegurar que suas imagens sejam as mais nítidas possíveis, o James Webb Space Telescope ficará a 1,5 milhão de quilômetros da terra, uma localização conhecida como Ponto de Lagrange, onde a Terra e o Sol ocupam a mesma posição relativa no céu, obscurecendo ao mínimo o campo de observação.

Ao contrario da luz visível, a radiação infravermelha não é bloqueada por nuvens de gases e poeira, o que dá ao James Webb Space Telescope uma capacidade que os telescópios terrestres não possuem.



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A model of the James Webb Space Telescope on the lawn at Goddard Space Center. You can gauge the size of the telescope by comparing it with the design team standing in front of it.


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Engineers from Ball Aerospace inspect the first James Webb Space Telescope mirror segment upon its arrival at Marshall Space Flight Center, Huntsville, Al. for cryogenic testing.

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Telescópio Espacial Kepler - NASA

Em março de 2009, a NASA lançou o Telescópio Espacial Kepler que terá o objetivo de rastrear 100 mil estrelas e encontrar novos planetas.

O Kepler tem um espelho de 1.4 metros de diâmetro. Sua câmera digital de 95 MegaPixels é composta de 42 CCDs de 2200x1024 pixels.

Se o Kepler for apontado para uma pequena cidade na Terra à noite, ele é capaz de detectar a variação da luz na varanda de uma casa quando alguém passar em frente.


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Telescópio Espacial Herschel - ESA - Infra-Vermelho


A ESA (European Space Agency) lançou em maio de 2009 o Telescópio Espacial Herschel, que opera em infra-vermelho e tem um espelho de 3.5 metros de diâmetro. O nome é uma homenagem ao astrônomo britânico William Herschel, que descobriu a radiação infravermelha em 1800. Ele também foi o descobridor do planeta Urano e de suas luas.

O Herschel será capaz de detectar a radiação emitida por objetos com uma temperatura de -263º C (10 K).

Para observar tais corpos frios, os sensores do próprio telescópio devem ser extremamente frios. O Herschel leva 2.300 litros de hélio superfluido, capaz de manter seus instrumentos apenas 1,65° C acima do zero absoluto (1,65 K). Mas dois dos seus instrumentos serão ainda mais frios: graças a uma combinação de equipamentos de resfriamento, em que um dispositivo de criogenia é inserido dentro do outro, sua temperatura chegará a 0,3 K.


A localização do Herschel será a mesma do James Webb


O telescópio Herschel levará cerca de dois meses até atingir sua órbita estável, no chamado Ponto de Lagrange L2, um ponto de estabilidade gravitacional localizado atrás da Terra em relação ao Sol, o que significa que ele estará sempre no lado noturno da Terra. Isso permitirá que ele tenha uma visão do céu sempre escuro, sem dos distúrbios da radiação e da gravidade do Sol, da Terra e da Lua.


Instrumentos científicos do Herschel


O telescópio de infravermelho Herschel, que será lançado no mesmo foguete que levará o telescópio espacial Planck, é formado por três instrumentos científicos:


PACS

O PACS (Photodetector Array Camera and Spectrometer) é uma câmera e espectrômetro de média e baixa resolução capaz de detectar comprimentos de onda até 205 micrômetros. Ele utiliza detectores bolométricos - sensores de calor - em sua câmera e dois conjuntos de sensores fotocondutores em seu espectrômetro.


SPIRE

O SPIRE (Spectral and Photometric Imaging Receiver) é uma câmera e espectrômetro para captar comprimentos de onda acima dos 200 micrômetros. Ele utiliza cinco sensores para capturar imagens infravermelhas: três para capturar imagens em três diferentes "cores" do espectro infravermelho e dois para analisar integralmente os grandes comprimentos de ondas infravermelhas sendo emitidas pelos objetos observados.


HIFI

O HIFI (Heterodyne Instrument for the Far Infrared) é um espectrômetro de altíssima resolução que pode obter informações sobre a composição química, a cinemática e o ambiente física das fontes de emissão da radiação infravermelha.



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Engenheiros inspecionando o espelho do Telescópio Espacial Herschel

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showww de bola o tópico :D:D:D
 
Isso ae nosso bot sempre caprichando!
 
fodasticos os espelhos usados...não pode ter 0,00001mm de imperfeição..absurdo de precisão.
 
belo topico !

quem ssabe agora a gente descobre onde e a casa do ET ! :)
 
excelente topico, é incrivel a precisao que esses telescopios tem que ter na fabricaçao
 
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In the new Hubble image of the galaxy M74 we can also see a smattering of bright pink regions decorating the spiral arms. These are huge, relatively short-lived, clouds of hydrogen gas which glow due to the strong radiation from hot, young stars embedded within them; glowing pink regions of ionized hydrogen (hydrogen that has lost its electrons). These regions of star formation show an excess of light at ultraviolet wavelengths and astronomers call them HII regions.



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The barred spiral galaxy NGC 1672, showing up clusters of hot young blue stars along its spiral arms, and clouds of hydrogen gas glowing in red. Delicate curtains of dust partially obscure and redden the light of the stars behind them. NGC 1672?s symmetric look is emphasised by the four principal arms, edged by eye-catching dust lanes that extend out from the centre.



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This new Hubble image reveals the gigantic Pinwheel galaxy, one of the best known examples of "grand design spirals", and its supergiant star-forming regions in unprecedented detail. The image is the largest and most detailed photo of a spiral galaxy ever taken with Hubble.



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The graceful, winding arms of the majestic spiral galaxy M51 (NGC 5194) appear like a grand spiral staircase sweeping through space. They are actually long lanes of stars and gas laced with dust.



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One of the largest Hubble Space Telescope images ever made of a complete galaxy is being unveiled today at the American Astronomical Society meeting in San Diego, Calif.



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The Whirlpool galaxy, M51, has been one of the most photogenic galaxies in amateur and professional astronomy. Easily photographed and viewed by smaller telescopes, this celestial beauty is studied extensively in a range of wavelengths by large ground- and space-based observatories. This Hubble composite image shows visible starlight as well as light from the emission of glowing hydrogen, which is associated with the most luminous young stars in the spiral arms.



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In 1995, the majestic spiral galaxy NGC 4414 was imaged by the Hubble Space Telescope as part of the HST Key Project on the Extragalactic Distance Scale. An international team of astronomers, led by Dr. Wendy Freedman of the Observatories of the Carnegie Institution of Washington, observed this galaxy on 13 different occasions over the course of two months.



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This very deep image taken with the NASA/ESA Hubble Space Telescope shows the spiral galaxy NGC 4921 along with a spectacular backdrop of more distant galaxies. It was created from a total of 80 separate pictures through yellow and near-infrared filters.



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NGC 2397, pictured in this image from Hubble, is a classic spiral galaxy with long prominent dust lanes along the edges of its arms, seen as dark patches and streaks silhouetted against the starlight. Hubble?s exquisite resolution allows the study of individual stars in nearby galaxies.




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The sharpest image ever taken of the large "grand design" spiral galaxy M81 is being released today at the American Astronomical Society Meeting in Honolulu, Hawaii.



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This dramatic spiral galaxy is one of the latest viewed by NASA/ESA Hubble Space Telescope. Stunning details of the face-on spiral galaxy, cataloged as NGC 1309, are captured in this colour image. NGC 1309 was home to supernova SN 2002fk, whose light reached Earth in September 2002. NGC 1309 resides 100 million light-years (30 Megaparsecs) from Earth. It is one of about 200 galaxies that make up the Eridanus group of galaxies.



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Amid a backdrop of far-off galaxies, the majestic dusty spiral, NGC 3370, looms in the foreground in this NASA/ESA Hubble Space Telescope image. Recent observations taken with the Advanced Camera for Surveys show intricate spiral arm structure spotted with hot areas of new star formation. But this galaxy is more than just a pretty face. Nearly 10 years earlier NGC 3370, in the constellation Leo, hosted a bright exploding star.
 
Tópico adicionado aos favoritos com louvor cara, e que fotos de alta qualidade, tá de parabéns, muito interessante.
 
Meu deus!!!! Que fotos sensacionais!!!
Pagabens!!! San siego
 
Excelente!
Foda cara parabens mesmo ficou muito completo, ownage ! \o
 
Em maio de 2009, os astronautas da Atlantis substituíram a câmera digital e o computador central do Hubble por um novo computador e pela poderosa Wide Field Camera 3.


Wide Field Camera 3 – Moderna Camera Digital do Hubble

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Imagens impressionantes da Wide Field Camera 3

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Nebulosa Carina, localizada a 7.500 anos luz da Terra. A imagem foi feita em luz visível, mostrando pilares superquentes onde nascem novas estrelas.

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A mesma Nebulosa Carina, mostrada acima, mas aqui vista em infravermelho, que permite ver no interior das nuvens de gás e poeira, detectando as estrelas mais jovens que se formam em seu interior.

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Nebulosa da Borboleta (NGC 6302), que lembra ligeiramente o duplo cone usado para explicar a Teoria da Relatividade Restrita de Einstein.

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Quinteto de Stephan, ou Grupo Compacto de Hickson 92. A galáxia no canto superior esquerdo está deslocada do grupo, a uma distância sete vezes mais próxima da Terra do que o restante do grupo.
 
eu queria poder navegar pelo espaço e poder conhecer e entender tudo que existe nessa imensidão sem fim...
 
Meras 100.000 estrelas localizadas em uma pequena porção da gigantesca galáxia Ômega Centauro, com destaque para as estrela azuis, já no final de suas vidas.

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Ótimo tópico
 
Nasa testa espelhos de novo telescópio espacial James Webb, um ‘super-Hubble’, será lançado em 2014.

Lâminas passam por teste de resistência a -248°C.



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6 dos 18 segmentos de espelho do telescópio espacial James Webb (Foto: Nasa/MSFC/Emmett Givens)


Quem se impressiona com as imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble pode se preparar para ver, em poucos anos, imagens ainda mais fantásticas. O telescópio espacial James Webb, com lançamento previsto para 2014, será muito mais potente. Na foto acima, divulgada pela Nasa, aparecem 6 dos 18 segmentos de espelho do James Webb. Os segmentos foram preparados para teste em uma câmara criogênica, onde suportam temperaturas de até 248°C negativos. A análise é fundamental para assegurar que o material pode suportar as condições ambientais extremas vigentes no espaço. A instalação fica no Centro Espacial Marshall, em Huntsville.
 

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