É apenas um relato, não um guia de instalação.
Tenho esse esse notebook desde 2015, quando precisei de um Mac por motivos de trampo, comprei por uma barganha na OLX (R$4k na época) em estado de novo, pois o cara era meio Applemaníaco e quase não usava por já ter um iMac. Apesar de não ser exatamente fã nem hater da Apple, tenho que elogiar a durabilidade do hardware, depois de quase 8 anos de fabricado os únicos problemas foram um dos speakers que estourou, a película da tela que soltou um pouco nas bordas e criou umas bolhas (dizem que a Apple troca de graça até hoje mas nunca fui atrás), alguns dead pixels na tela, e o touchpad que tá menos sensível aos cliques mecânicos. O OSX atualizou normalmente até o Catalina esse ano (mas não vai receber o Big Sur), e apesar de não estar tão fluido como quando comprei (nem lembro a versão do OSX na época), ainda roda muito bem (graças principalmente aos 8GB de RAM, o maior diferencial dessa máquina IMHO).
As configurações são típicas de um Macbook Pro early 2013 de 13 polegadas:
-teclado padrão US
-tela Retina de 13' (2560x1600)
-vídeo Intel HD 4000 (só Macbooks Pro de 15' tem vídeo NVIDIA)
-Intel Core i5 3230M (2c/4t de 2,6GHz~3,2GHz, processador mediano mesmo pra época)
-8GB de ram DDR3L 1600Mhz (lenta mas farta)
-SSD 256GB (sabe-se deus qual fabricante)
-USB 3.0, Thunderbolt e HDMI (Intel), Bluetooth 4.0 e Wireless a/b/g/n 2,5/5,0GHz (Broadcom), e leitor de cartão SD.
Como o notebook tava encostado com pouco uso e eu entediado com tempo livre, resolvi instalar Linux pra relembrar os velhos tempos. Tenho experiência mediana com Linux (não sou novato), já fui entusiasta e fucei bastante nos arredores de 2010 (Slackware, Kurumin, Gentoo, início do Ubuntu, etc) no meu antigo Pentium 4 1,8GHz com 256MB de RAM e no meu amaldiçoado HP Pavillion TX1000 (uma bomba que "esqueci" de propósito na assistência), mas nos últimos 5 a 7 anos não tive muito contato nem tempo pra brincar com Linux.
Procurei alguns guias, e todos diziam a mesma coisa, que hoje em dia instalar Linux nos Macbooks é muito fácil. Como já tinha feito muitas instalações de Linux no passado (oi Gentoo!!!) e apanhei bastante, acreditei desconfiando, e esperava pelo menos alguns tropeços, mas realmente foi MUITO FÁCIL!
Estes foram os passos, sem intenção nenhuma de ser um guia de instalação:
-Escolhi o Ubuntu 20.04 LTS (pela simplicidade, compatibilidade e longo tempo de suporte), baixei a ISO completa e fiz um pen drive bootável com o Rufus no Windows (sei fazer no OSX também mas o notebook Windows tava do meu lado na hora).
-No OSX Catalina (atualizado até a data) criei uma partição de 35Gb no final do SSD usando a ferramenta do OSX. Simples e indolor, demorou uns 20 minutos.
-Ainda no Catalina instalei o gerenciador de boot rEFInd (só baixar e executar no terminal, não precisa configurar nada), reiniciei 2 vezes (conforme recomendação do rEFInd) e apareceu o menu do rEFInd no boot (só com o OSX e as opções do próprio rEFInd). Também simples e indolor.
-Desliguei o notebook, pluguei a pen drive do Ubuntu e religuei. A pen drive apareceu de primeira no menu de boot do rEFInd sem precisar apertar nada.
-Iniciei o instalador do Ubuntu e mandei instalar tudo numa única partição EXT4 (sem partições de SWAP nem HOME nem mais nada, tudo numa única partição, gosto das coisas simples). O único detalhe é que é preciso deixar 128MB de espaço livre entre a partição do OSX e a nova partição EXT4 criada na instalação do Ubuntu, segundo o guia do Arch Linux o OSX gosta de ver esse espaço livre de 128MB entre partições e não questionei.
-A instalação a partir da pen drive transcorreu sem problemas (não configurei Wifi nem nada, nem lembrei). Terminada a instalação reiniciei o notebook e...
-Iniciou direto no Ubuntu, sem o menu de boot do rEFInd. Sem problemas, no Ubuntu reinstalei o rEFInd e o menu de boot reapareceu, com o OSX e as três opções de boot do Ubuntu.
Depois de instalado, pra minha grande surpresa, TUDO estava funcionando, tudo mesmo, touchpad, Wifi, Bluetooth, resolução de vídeo e etc.
Instalei o Kubuntu pelo apt (sempre preferi KDE), e sem precisar configurar nada, ao reinicializar, já estava funcionando.
Os únicos (pequenos) problemas foram basicamente:
-layout do teclado: meu Macbook tem teclado US e não foi fácil descobrir a combinação correta pra acentuar em português. As configurações não são óbvias e tem uns layouts esquisitos que nunca vi na vida nomeados como PT-BR (as letras são todas trocadas, bizarro). Foi o que mais me deu dor de cabeça, e mesmo assim nem tanto.
-meu scanner: tenho uma multifuncional EPSON L4150, e no site da EPSON tem os drivers Linux. Instalei os drivers (arquivos .deb) e a impressora funcionou de primeira sem configurar nada, mas as ferramentas do scanner (nem a da própria EPSON) não conseguiam detectavam o scanner. A ferramenta da EPSON tem opção de fornecer o endereço de rede do scanner manualmente, aí entrei na configuração do meu roteador, anotei o endereço da impressora/scanner, coloquei na ferramenta e detectou de primeira. Depois disso o scanner aparece normalmente pra todas as outras ferramentas.
-ao fechar a tampa do notebook e reabrir (suspender) meu fone Bluetooth fica com o som cortado. Só desconectar e reconectar o fone na ferramenta do KDE que volta ao normal.
O resto funcionou absolutamente normal sem configurar nada, teclado USB, mouse e fone de ouvido Bluetooth e etc. As únicas coisas que não testei foram o leitor SD (pq a entrada é pro cartão grande e não tenho adaptador), a entrada P2 do fone de ouvido (pois uso fone Bluetooth) e as portas Thunderbolt (tb não tenho nenhum dispositivo).
E este é meu relato, como foi absolutamente indolor instalar Linux (Ubuntu) no Macbook Pro.
Tenho esse esse notebook desde 2015, quando precisei de um Mac por motivos de trampo, comprei por uma barganha na OLX (R$4k na época) em estado de novo, pois o cara era meio Applemaníaco e quase não usava por já ter um iMac. Apesar de não ser exatamente fã nem hater da Apple, tenho que elogiar a durabilidade do hardware, depois de quase 8 anos de fabricado os únicos problemas foram um dos speakers que estourou, a película da tela que soltou um pouco nas bordas e criou umas bolhas (dizem que a Apple troca de graça até hoje mas nunca fui atrás), alguns dead pixels na tela, e o touchpad que tá menos sensível aos cliques mecânicos. O OSX atualizou normalmente até o Catalina esse ano (mas não vai receber o Big Sur), e apesar de não estar tão fluido como quando comprei (nem lembro a versão do OSX na época), ainda roda muito bem (graças principalmente aos 8GB de RAM, o maior diferencial dessa máquina IMHO).
As configurações são típicas de um Macbook Pro early 2013 de 13 polegadas:
-teclado padrão US
-tela Retina de 13' (2560x1600)
-vídeo Intel HD 4000 (só Macbooks Pro de 15' tem vídeo NVIDIA)
-Intel Core i5 3230M (2c/4t de 2,6GHz~3,2GHz, processador mediano mesmo pra época)
-8GB de ram DDR3L 1600Mhz (lenta mas farta)
-SSD 256GB (sabe-se deus qual fabricante)
-USB 3.0, Thunderbolt e HDMI (Intel), Bluetooth 4.0 e Wireless a/b/g/n 2,5/5,0GHz (Broadcom), e leitor de cartão SD.
Como o notebook tava encostado com pouco uso e eu entediado com tempo livre, resolvi instalar Linux pra relembrar os velhos tempos. Tenho experiência mediana com Linux (não sou novato), já fui entusiasta e fucei bastante nos arredores de 2010 (Slackware, Kurumin, Gentoo, início do Ubuntu, etc) no meu antigo Pentium 4 1,8GHz com 256MB de RAM e no meu amaldiçoado HP Pavillion TX1000 (uma bomba que "esqueci" de propósito na assistência), mas nos últimos 5 a 7 anos não tive muito contato nem tempo pra brincar com Linux.
Procurei alguns guias, e todos diziam a mesma coisa, que hoje em dia instalar Linux nos Macbooks é muito fácil. Como já tinha feito muitas instalações de Linux no passado (oi Gentoo!!!) e apanhei bastante, acreditei desconfiando, e esperava pelo menos alguns tropeços, mas realmente foi MUITO FÁCIL!
Estes foram os passos, sem intenção nenhuma de ser um guia de instalação:
-Escolhi o Ubuntu 20.04 LTS (pela simplicidade, compatibilidade e longo tempo de suporte), baixei a ISO completa e fiz um pen drive bootável com o Rufus no Windows (sei fazer no OSX também mas o notebook Windows tava do meu lado na hora).
-No OSX Catalina (atualizado até a data) criei uma partição de 35Gb no final do SSD usando a ferramenta do OSX. Simples e indolor, demorou uns 20 minutos.
-Ainda no Catalina instalei o gerenciador de boot rEFInd (só baixar e executar no terminal, não precisa configurar nada), reiniciei 2 vezes (conforme recomendação do rEFInd) e apareceu o menu do rEFInd no boot (só com o OSX e as opções do próprio rEFInd). Também simples e indolor.
-Desliguei o notebook, pluguei a pen drive do Ubuntu e religuei. A pen drive apareceu de primeira no menu de boot do rEFInd sem precisar apertar nada.
-Iniciei o instalador do Ubuntu e mandei instalar tudo numa única partição EXT4 (sem partições de SWAP nem HOME nem mais nada, tudo numa única partição, gosto das coisas simples). O único detalhe é que é preciso deixar 128MB de espaço livre entre a partição do OSX e a nova partição EXT4 criada na instalação do Ubuntu, segundo o guia do Arch Linux o OSX gosta de ver esse espaço livre de 128MB entre partições e não questionei.
-A instalação a partir da pen drive transcorreu sem problemas (não configurei Wifi nem nada, nem lembrei). Terminada a instalação reiniciei o notebook e...
-Iniciou direto no Ubuntu, sem o menu de boot do rEFInd. Sem problemas, no Ubuntu reinstalei o rEFInd e o menu de boot reapareceu, com o OSX e as três opções de boot do Ubuntu.
Depois de instalado, pra minha grande surpresa, TUDO estava funcionando, tudo mesmo, touchpad, Wifi, Bluetooth, resolução de vídeo e etc.
Instalei o Kubuntu pelo apt (sempre preferi KDE), e sem precisar configurar nada, ao reinicializar, já estava funcionando.
Os únicos (pequenos) problemas foram basicamente:
-layout do teclado: meu Macbook tem teclado US e não foi fácil descobrir a combinação correta pra acentuar em português. As configurações não são óbvias e tem uns layouts esquisitos que nunca vi na vida nomeados como PT-BR (as letras são todas trocadas, bizarro). Foi o que mais me deu dor de cabeça, e mesmo assim nem tanto.
-meu scanner: tenho uma multifuncional EPSON L4150, e no site da EPSON tem os drivers Linux. Instalei os drivers (arquivos .deb) e a impressora funcionou de primeira sem configurar nada, mas as ferramentas do scanner (nem a da própria EPSON) não conseguiam detectavam o scanner. A ferramenta da EPSON tem opção de fornecer o endereço de rede do scanner manualmente, aí entrei na configuração do meu roteador, anotei o endereço da impressora/scanner, coloquei na ferramenta e detectou de primeira. Depois disso o scanner aparece normalmente pra todas as outras ferramentas.
-ao fechar a tampa do notebook e reabrir (suspender) meu fone Bluetooth fica com o som cortado. Só desconectar e reconectar o fone na ferramenta do KDE que volta ao normal.
O resto funcionou absolutamente normal sem configurar nada, teclado USB, mouse e fone de ouvido Bluetooth e etc. As únicas coisas que não testei foram o leitor SD (pq a entrada é pro cartão grande e não tenho adaptador), a entrada P2 do fone de ouvido (pois uso fone Bluetooth) e as portas Thunderbolt (tb não tenho nenhum dispositivo).
E este é meu relato, como foi absolutamente indolor instalar Linux (Ubuntu) no Macbook Pro.