
Ao pessoal que é novato na área, me desculpem, mas eu não faço minhas reviews mostrando a caixa (algo que sinceramente, não interessa) ou falando o que está lá escrito. Minhas reviews fazem comparação com vários produtos e tem propósito didático, comprando ou não o produto, o que mais interessa é que você aprenda coisas novas com a review.
Não tentarei "ser o menos técnico o possível", mas vou tentar explicar justamente os termos técnicos para que o leitor também possa avaliar um teclado da mesma forma que eu faço. Também, não serei "neutro" e vou fazer referência a outras marcas durante o texto.
Peço também a compreensão dos leitores quanto ao tamanho da review, visto que eu não apenas analiso o produto, mas discuto como ele veio a nascer e as circunstâncias que envolvem ele, por isso a introdução tão extensa.
Introdução
Até o ano de 2013, teclados mecânicos desde a sua popularização no setor gamer, que ocorreu em 2007~2008, sempre tiveram uma limitação que os colocava atrás dos teclados de membrana: Não eram capazes de trocar a cor da sua iluminação. Ao contrário do que muitos pensam, esta limitação nunca esteve relacionado à marca do teclado ou à sua OEM (fábrica chinesa que manufatura o teclado), mas é uma limitação imposta pelo design básico dos switches Cherry MX, estes que datam do ano de 1983 e por incrível que pareça, não foi modificado desde então.

Este design obviamente nunca foi projetado para permitir que iluminação RGB fosse utilizada e permite apenas que LEDs comuns de 3mm fossem utilizados:

LEDs comuns de 3mm por sua vez infelizmente não tem a capacidade de permitir a iluminação RGB. Até a metade de 2013, as únicas formas de haver a troca de cores num teclado mecânico, eram:
1. Colocando pedaços de plástico coloridos (LED Covers) em cima dos LEDs:

É o jeito mais fácil de trocar a cor dos LEDs de um teclado mecânico, embora seja recomendado ter um teclado mecânico com iluminação branca para produzir os melhores resultados:
http://www.banggood.com/DayDream-LE...chanical-Keyboard-White-Backlit-p-925839.html
2. Através do controle da energia entregue ao LED e uso de um LED especial para haver a troca entre verde e vermelho, tecnologia introduzida pela Costar e presente atualmente no Rosewill Hellios RK 9200
Curiosamente, esta tecnologia deveria ter dado as caras logo no início de 2013, mas infelizmente várias empresas pararam de fazer teclados com a Costar e a Rosewill ficou enrolando o ano inteiro o lançamento do seu teclado, que só foi visto nas lojas em 2014, quando sinceramente já era tarde demais.
3. Através de teclados customizados feitos por sul-coreanos, onde até mesmo os switches são modificados, tal como o iPROs LETIS

Custa apenas um rim, com preço de US$ 293,00 + frete.
http://www.ebay.com/itm/LETIS-E2TIS...59?pt=PCA_Mice_Trackballs&hash=item418047b09f
4. Através do uso dos mesmos LEDs 3mm que trocam de cor sem nenhum controle usados em árvores de natal:
É óbvio que esta era e ainda é uma má ideia, pois as luzes ficam piscando sem haver nenhum controle sobre elas, assim como em árvores de natal.
5. Utilizando switches Matias, estes que são transparentes e permitem que qualquer tipo de LED seja posicionado abaixo deles:

Os switches Matias já permitiam a iluminação RGB logo no início de 2012 quando foram lançados, porém, infelizmente apenas os teclados da marca e alguns teclados customizados sul-coreanos (como este da imagem acima) utilizam estes switches, razão porquê mesmo permitindo o RGB, não há nenhum teclado mecânico RGB com switches Matias no mercado.
Curiosamente, quem acabou copiando esta ideia mais tarde foi a própria Cherry, para anunciar juntamente à Corsair o seu primeiro teclado mecânico RGB em Dezembro de 2013, o Corsair Vengeance K70 RGB, o qual infelizmente até agora (Agosto de 2014) não foi lançado devido a decisões internas da Corsair (embora eu sei a razão, não posso publicar qual é, mas posso falar que o teclado ainda está vivo e vai ser lançado).

Mas enfim, embora sejam dadas 1001 desculpas, a verdadeira culpa por não haver teclados mecânicos com iluminação RGB no mercado até início 2014, é apenas da Cherry, a qual infelizmente nunca se interessou neste tipo de tecnologia (quando na verdade já poderia ter ela há tempo), mas muita gente sabia que uma hora ou outra, alguém iria conseguir desenvolver ela. E para surpresa de muitos, quem acabou impulsionando os teclados mecânicos RGB e até pegando a Cherry de surpresa, foi uma empresa chinesa chamada Kailh.

Kailh Electronics Co. Ltd
A Kailh Electronics (inicialmente conhecida como Kaihua Electronics) é uma empresa chinesa especializada na produção de switches, codificadores, sensores e outros componentes para mouses, teclados e equipamentos eletrônicos em geral, que iniciou suas atividades no ano de 1990. Ela entrou no ramo de switches mecânicos oficialmente em 2012, sendo que em 2014 conseguiu ter uma boa participação no mercado, principalmente devido a parcerias com outras empresas e ao seu novo e maior cliente atualmente: a Razer.

Switches de um Razer Blackwidow Ultimate 2014
Porém, a Kailh é bem controversa, pois quase todos os produtos que ela fabrica nada mais são do que cópias de produtos de outras marcas, possuindo tanto um preço inferior, quanto infelizmente também uma qualidade inferior, esta que infelizmente em certos casos chega ao ponto de se tornar inaceitável, tanto que a marca não é bem vista nos ramos de componentes nem de mouses e nem de teclados.
O principal problema atual dos seus switches mecânicos é a falta de controle de qualidade da empresa, sendo que não faltam relatos de defeitos relacionados aos seus switches, sejam devido a problemas de teclas com resposta diferentes umas das outras no mesmo teclado e até problemas relacionados ao uso de plástico de baixa qualidade, causando isto:

Por outro lado, a Kailh além de ser bem mais barata, é capaz de entregar switches num prazo muito menor que a Cherry, sem contar que a sua fábrica fica localizada na China, sendo muito mais próxima às OEMs (fabricantes). Outro ponto positivo, é que a Kailh tem uma liberdade muito maior para modificar os seus designs e isso permitiu que ela desenvolvesse um modelo de switch mecânico RGB no ano de 2013, em parceria com a fabricante chinesa iOne. E curiosamente, ela não copiou ninguém para produzir esta tecnologia, tudo o que ela fez foi modificar o switch para permitir que LEDs RGBs de 5mm fossem utilizados no teclado:

Estes LEDs, ao contrário dos LEDs comuns de 3mm utilizados até então, permitiam através do controle da energia entregue a cada uma das conexões do LED, que uma cor específica seja escolhida.

Também no ano 2013, embora a iOne tivesse perdido diversos dos seus clientes e potenciais clientes (ex: Logitech, Corsair, Cooler Master) para a Solid Year (incluindo a Razer, que voltou atrás mais tarde), por esta oferecer um nível de qualidade superior e um preço melhor, ela não ficou quieta. Pelo contrário, além de trabalhar para melhorar o seu nível de qualidade, ela se aliou à Kailh Electronics para produzir protótipos de teclados mecânicos com iluminação RGB logo no início do ano, tal como este teclado (vídeo publicado em Março 2013 por Maciej Burno, vice-presidente da Tesoro), que é uma variação do Tesoro Tizona, e ainda não foi lançado:
Inclusive eu já havia discutido sobre esta tecnologia ano passado junto com o Carter Salley, da equipe de desenvolvimento da CM Storm (Cooler Master):
[11/06/2013 20:37:49] Wellington Diesel: and by Cherry MX copy, you don't mean Kailh switches?
[11/06/2013 20:38:15] Carter Salley: yes
[11/06/2013 20:38:18] Carter Salley: that's one of them
[11/06/2013 20:38:19] Wellington Diesel: what?
[11/06/2013 20:38:23] Wellington Diesel: ughh
[11/06/2013 20:38:29] Carter Salley: don't worry
[11/06/2013 20:38:32] Carter Salley: I don't plan to use
[11/06/2013 20:38:46] Wellington Diesel: there's already a few chinese brands that use those
[11/06/2013 20:38:49] Wellington Diesel: and they're terrible
[11/06/2013 20:38:52] Carter Salley: I know
[11/06/2013 20:39:04] Carter Salley: iOne worked with them to create an RGB board
[11/06/2013 20:39:10] Carter Salley: they may be terrible
[11/06/2013 20:39:16] Carter Salley: but gamers love that stuff
[11/06/2013 20:39:18] Wellington Diesel: jesus, iOne with Kailh switches
[11/06/2013 20:39:23] Carter Salley: I have a totally different direction
[11/06/2013 20:39:27] Wellington Diesel: I'll be having nightmares for months
Mas enfim, qual então a relação de tudo isso com a Tesoro?
A Tesoro é uma empresa relativamente pequena e nova no ramo de periféricos, ela iniciou suas atividades no ano de 2011 (assim como outras como a Corsair), mas na verdade ela nada mais é do que uma subdivisão focada em periféricos gamer da empresa Max Keyboard (que teve origem em 2007 e até então se focava apenas em teclados). A Max Keyboard por sua vez é uma empresa fundada por um dos donos da iOne (que é uma fábrica chinesa de teclados mecânicos) e inicialmente era focada na venda de modelos de teclados mecânicos pré-prontos produzidos pela iOne (mais especificamente o iOne XArmor U9BL: http://www.ione-usa.com/ione-scorpius-u9bl-backlit-mechanical-keyboard.html), mas ela queria lançar produtos com um visual mais "agressivo" e "gamer", por isso trabalhou junto com a iOne para produzir o Durandal G1NL, que foi o primeiro produto lançado pela Tesoro em 2011.
Resumindo, embora a iOne, Max Keyboard e Tesoro sejam tratadas como empresas diferentes e a iOne fabrique teclados até para concorrentes das outras duas (como por exemplo a Razer, Sentey, Rosewill, Q-Pad e outras), elas fazem parte do mesmo grupo.
Por isso, mesmo sendo um pouco estranho, faz todo sentido que a iOne, que ajudou a desenvolver a tecnologia Kailh RGB, seja a primeira a lançar um teclado com esta. E como a iOne já estava tentando fazer a Tesoro ser mais conhecida, há sentido para fazer o lançamento desta tecnologia num teclado de uma marca tão "desconhecida" como a Tesoro.
O primeiro teclado mecânico RGB anunciado oficialmente e disponibilizado ao mercado foi realmente o Tesoro Lobera Supreme, este que foi anunciado oficialmente em Novembro de 2013, embora o mesmo Maciej Burno já tivesse vazado o vídeo de uma demonstração em Outubro de 2013:
Porém, se compararmos as primeiras imagens publicadas sobre o teclado, é possível ver que o protótipo inicial do teclado teria iluminação RGB separada por setores ou talvez até individualmente por teclas, assim como o Corsair Vengeance K70 RGB (que foi anunciado alguns meses depois) e o Razer Blackwidow Ultimate Chroma, embora a versão final não possui este recurso:

Também, uma imagem similar pode ser vista na parte traseira da caixa do teclado:

É importante mencionar que estas imagens contendo a iluminação separada por setores podem levar compradores a pensar que o teclado possui tal recurso, quando na verdade ele não tem. Isto pode ser caracterizado como propaganda enganosa e é passivo de processo judicial, então eu sinceramente sugiro urgentemente para a Tesoro atualizar as informações da caixa do seu teclado e remover estas imagens da sua página oficial:
http://www.tesorotec.com/index.php?...contents;/index.php?dispatch=news.list&page=2
Atualmente, a mesma tecnologia RGB vista no Tesoro Lobera Supreme está presente em teclados como o Rosewill rgb80 e o Razer Blackwidow Ultimate Chroma.

E também se pode dizer que a razão para a Cherry ter finalmente feito um switch com suporte à iluminação RGB no final de 2013 foi para não ficar pra trás da Kailh (e teve que copiar a Matias para não ficar pra trás), embora o contrato de exclusividade durante o ano de 2014 com a Corsair foi uma péssima ideia.
Enfim, se me pedissem "De qual lado você está, wetto, da Cherry ou da Kailh?", eu simplesmente vou dizer que "Prefiro meter o pau nas duas

Vamos então começar a analisar o Tesoro Lobera Supreme G5NFL?
Na review, serão tratados os seguintes pontos:
- Construção Externa
- Construção Interna
- Keycaps
- Software
- Extras
Construção Externa
Um dos detalhes mais gritantes da aparência do Tesoro Lobera Supreme é a sua "suposta" capa frontal em "alumínio escovado". Digo, "suposta" pois na verdade o material da sua capa frontal é plástico.
E isto por sua vez não é algo ruim. Embora realmente exista mercado para teclados com construção em alumínio, sejam eles teclados onde realmente é feito uma capa frontal de alumínio grossa e bem feita para acrescentar ainda mais peso ao teclado (como visto no Ducky Shine III Year of the Dragon), ou então onde são usados truques como a troca da placa de aço que faz o suporte das teclas por uma mais grossa em alumínio (feito na linha Corsair Vengeance) ou então uma camada bem fina de alumínio apenas para permitir a customização do teclado (CM Storm Mech), é necessário saber que a utilização de alumínio acarreta em um custo de produção maior, o que é repassado ao cliente na forma do preço final do produto.

Usando-se plástico texturizado, tem-se a aparência do alumínio escovado sem necessariamente ter o mesmo preço. E para quem ainda assim realmente quer um modelo em alumínio escovado, eu não duvido que a marca seja capaz de lançar um novo modelo do Lobera Supreme no futuro, assim como ela também fez para o Tesoro Colada, embora obviamente o preço será mais caro, tanto que o Tesoro Colada Saint, que não possui iluminação RGB, é 40 dólares mais caro que o Tesoro Lobera Supreme, custando US$ 170,00:

Terminando o detalhe do "falso alumínio", a construção externa do Tesoro Lobera Supreme é boa. Nada impressionante também, chega até a ser um teclado mais leve do que aparenta e com um peso abaixo de outros concorrentes, mas também não ao ponto de aparentar ser frágil.
Toda a construção externa dele é feita em plástico ABS, assim como grande maioria dos outros teclados, porém é um plástico ABS com qualidade considerável, não aparentando sinais de fragilidade em nenhuma de suas peças, incluindo a capa frontal (ao contrário do Das Keyboard 3 ou do Logitech G710+).

E também a sua capa traseira, a qual tem uma quantia razoável de borracha para manter o mesmo no lugar:

Um dos detalhes que eu realmente gostei no exterior do Tesoro Lobera Supreme foram os seus dois ajustes de altura, estes que permitem que o teclado seja ajustado em diferentes alturas e tendo um deles acabamento emborrachado nas pontas para prevenir que o teclado venha a patinar pela mesa. É apenas um pequeno detalhe, mas é dando cuidando até para pequenos detalhes como este que se faz um bom teclado.

Construção Interna
Antes de começar a desmontar o Tesoro Lobera Supreme, preciso dizer apenas um nome para gerar polêmica entre aqueles que conhecem o ramo de teclados mecânicos: iOne.A iOne é uma empresa chinesa focada na produção de equipamentos eletrônicos, entre eles teclados mecânicos vendidos por ela mesma e por diversas marcas, além da manufatura de produtos projetados por outras empresas, razão porquê é chamada de Original Equipment Manufacturer, ou simplesmente OEM, o que no Português ficaria "Fabricante Original do Equipamento". Embora ela esteja no ramo de teclados mecânicos há muitos anos (desde a década de 90), ela nunca teve uma boa fama.
Além de ser responsável diretamente por diversos problemas enfrentados em vários lotes das unidades dos teclados da linha Razer Blackwidow produzidos entre 2009 e 2012, ela esteve relacionada ao cancelamento da produção do teclado CM Quick Fire Pro. Aliás, a qualidade da iOne era tão feia que ela não conseguia manter um nível de qualidade apropriado nem na própria linha de teclados, principalmente no iOne XArmor U9W (tanto que ela descontinuou ele), um dos poucos teclados mecânicos sem fio que existem:

Porém, muita coisa muda com o tempo. Em 2012, a iOne veio a perder uma boa parte de seus clientes e potenciais clientes para uma concorrente chamada Solid Year que além de ter um controle de qualidade superior, tinha um preço melhor, forçando esta a rever as suas políticas. Ou a iOne tomava alguma atitude ou ela sairia do mercado. E para surpresa de muitos, em 2013, a iOne sofreu diversas mudanças e realmente tomou atitudes.
A primeira foi melhorar o seu controle de qualidade. A segunda, foi realizar acordos com a Kailh Electronics para ser uma das primeiras empresas capazes de produzir em grandes quantidades modelos de teclados utilizando os switches Kailh. E a última, se chama Tesoro Lobera Supreme. Ou melhor, dito, o switch mecânico RGB lançado no Tesoro Lobera Supreme.

Estas três mudanças foram fundamentais para não apenas trazer a iOne de volta ao jogo, mas para conquistar de volta o seu principal cliente (a Razer), aproximar empresas que não negociavam mais com ela (Cooler Master) e despertar o interesse do público e de diversas outras empresas com o switch Kailh RGB, incluindo a Steelseries e até a própria Cherry, que teve que lançar um concorrente.
Conforme já foi dito na introdução, embora este teclado carregue o logo da Tesoro, ele é o fruto do desenvolvimento da iOne e da Kailh. Ele foi, e ainda é, utilizado pela iOne e pela Kailh para mostrar as capacidades de suas tecnologias, sendo de fato o primeiro teclado mecânico RGB disponível no mercado, por isto não podemos menosprezar ele apenas por ser vendido por uma empresa pouco famosa como a Tesoro.
Enfim, agora chega de história, vamos abrir o teclado:

Embora o teclado possua quatro parafusos Torx na sua capa superior, a função destes é apenas estética. Os parafusos reais estão na traseira do teclado, alguns estando embaixo dos seus pés e de um selo de garantia.

Abrindo a parte frontal do teclado, é possível verificar a placa de aço que faz suporte às teclas, os switches Kailh LA684701D01 que estão nas teclas de macro, os mesmos switches Kailh LA684701D01 que estão no botão para ativar a gravação de macros e no botão para ativar o "Perfil PC" (ambos localizados ao lado dos LEDs que indicam Num Lock, Scroll Lock e Caps Lock), e também o sistema de iluminação utilizado pelas laterais do teclado.

Mas enfim, vamos então ver as soldas:

Curiosamente ao analisar a sua PCB, realmente não vi a solda malfeita pela qual a iOne é conhecida. Embora ele não tenha uma PCB tão limpa quanto alguns outros modelos de teclados mecânicos (lembrando que manchas ou pontos brancos são inofensivos para o teclado e são resíduos de produtos utilizados na produção dele), a solda dos switches e dos seus componentes é bem feita, possuindo também o brilho característico de uma solda bem feita. Embora não seja tão bom quanto o que é visto no Matias Secure Pro (que tem a melhor construção interna que eu já vi na vida), ele não perde para os teclados da Solid Year, que é a sua principal concorrente.
Também, uma diferença visível entre Tesoro Lobera Supreme e outros teclados, é que este utiliza switches RGB comuns de 5mm, estes que utilizam 4 conexões que devem ser soldadas à sua PCB:

Todavia, este tipo de solda não é normal em um teclado mecânicos e foi necessário utilizar uma máquina específica para realizar estas soldas, o que também acabou infelizmente gerando o único problema da sua construção interna, nas teclas localizadas mais à esquerda do teclado (CTRL, Shift Esquerdo, Caps Lock):

O que vocês conseguem ver na foto acima, são pontos de solda que foram retrabalhados, este material que parece um tipo de "cola" é um resíduo de limpeza inofensivo ao teclado, embora realmente um pouco de solda foi derramado entre as duas juntas, quase formando um circuito.
Provavelmente, o que deve ter acontecido é que ao ligar o teclado durante uma das etapas dos testes realizados pelo controle de qualidade, a tecla CTRL apresentou falhas ou nem sequer ligou. Ao ver isto, um funcionário da iOne decidiu resolver o problema, embora infelizmente quase acabou criando outro.
Embora alguns de vocês já vejam isto como algo negativo, por um lado é bom saber que existe um controle de qualidade que impediu que eu recebesse uma unidade defeituosa. Por outro lado, eu sugiro que a iOne reveja o equipamento utilizado para soldar os LEDs dos switches antes que problemas ocorram no futuro. Eu realmente vou dar uma chance, visto que este é um processo novo e que o controle de qualidade foi capaz de corrigir o erro, mas se por acaso vermos casos de LEDs falhando ou simplesmente mortos de fábrica no Tesoro Lobera Supreme ou em outros teclados Kailh RGB produzidos pela iOne, o que inclui o Razer Blackwidow Chroma, saibam que esta é a razão.

Keycaps
Primeiro de tudo, para quem não sabe, keycaps são aquele pedaço de plástico com algo escrito em cima que popularmente chamamos de "teclas", embora "teclas" é um termo um pouco vago, pois se pode referir também ao mecanismo embaixo das keycaps.
A qualidade das keycaps consiste em avaliar duas coisas: O Material e a Inscrição (ou pintura).
Primeiro, o material dela, a superfície dela, saber se ela é confortável ao toque, a durabilidade dela e se ela vai quebrar só por você tentar tirar ela, assim como aconteceu na primeira tecla dessa imagem:

Nesta imagem acima, temos em ordem keycaps dos seguintes teclados
- Logitech G710+ (Solid Year)
- Thermaltake eSports Meka G-Unit (i-Rocks)
- Metadot Das Keybord Model S Professional (Costar)
- Corsair Vengeance K70 (Solid Year)
- CM Storm Trigger (Costar)
Segundo, a inscrição dela, a forma como a letra é impressa, qual o tipo de tinta utilizada, qual a grossura dessa tinta e se a tecla desgasta com o tempo ou não. Creio que ninguém quer comprar um teclado caro para depois ter teclas gastas como estas:






Vários dos teclados das imagens acima são ridiculamente caros, aliás. Porém, isso não deve ser algo para desmotivar as pessoas em investir em um bom teclado e sim pesquisar se a pintura dele é realmente boa ou não.
Esta, é a keycap do Tesoro Lobera Supreme:

Embora o plástico da iOne seja um pouco superior ao da Solid Year, ele ainda assim é inferior ao material utilizado pelo fornecedor de Taiwan (que atende à Costar e Matias), ao material utilizado pela TG3 Electronics e por outras fabricantes focadas em qualidade.
Já agora sobre a pintura, apenas o tempo poderá afirmar se estas são de qualidade, embora a iOne também seja conhecida por vender kits de keycaps através de sua parceira Max Keyboard, então eles realmente tem uma reputação a manter.
Também, alguns de vocês também devem ter notado manchas nas fotos que eu retirei do Tesoro Lobera Supreme, mas aviso que isto não é um problema do teclado, a umidade quando as fotos foram tiradas era muita, o que está fazendo as teclas de todos os meus teclados iluminados ficarem com esta aparência.

Software
O Tesoro Lobera Supreme não teve o seu software produzido pela Tesoro. Este, assim como diversos outros teclados e mouses disponível no mercado, utiliza um software OEM (feito pela fábrica responsável pela manufatura do teclado/mouse), sendo que o único papel das empresas neste caso é criar uma interface gráfica para o software do teclado/mouse.
Antes de discutirmos sobre o seu software, seria interessante também esclarecer as diferenças, vantagens e desvantagens de softwares OEM, assim como também citar exemplos.
Vantagens do uso de softwares OEM:
- Qualquer marca pode ter um teclado/mouse com software capaz de realizar macros, independente o seu conhecimento sobre isto.
- O custo da licença de um software pré-pronto é muito, mas muito menor do que o custo de desenvolvimento de um software proprietário.
- O uso de software OEM pode diminuir drasticamente o tempo necessário para terminar o projeto de um teclado/mouse.
- Menor chance de bugs, visto que estes softwares já foram testados em vários outros produtos previamente.
- Se o seu software antigo era ruim, basta apenas trocar a fabricante para ter um software melhor (ou não). Um caso onde houve melhora que houve devido a troca de fabricante aconteceu entre o mouse CM Storm Spawn (que tem um software ruim) e o CM Storm Recon.
Desvantagens do uso de softwares OEM:
- A empresa que vende o teclado/mouse normalmente não entende quase nada do funcionamento do software do seu produto.
- Caso houver algum tipo de bug, a empresa depende da resolução por parte da fabricante.
- A empresa não é capaz de lançar atualizações e modificações para seus teclados/mouses por conta própria e acaba dependendo da fabricante (e isso só piora quando ela decide trocar de fabricante).
- Softwares OEM não permitem a inter-comunicação entre diversos periféricos da mesma marca. Você não pode configurar tudo usando a mesma janela, visto que muitas vezes o software do teclado e o software do mouse foram feitos por empresas diferentes.
- Softwares OEM tendem a ter menos funcionalidades e recursos que softwares proprietários.
- Se a empresa trocar de fabricante, ela não pode continuar usando o mesmo software de antes, o que pode resultar em downgrades.
Ficaria muito difícil para eu citar todas as empresas que usam softwares OEM (como exemplos posso dizer, Cooler Master, Thermaltake, Genius, Ozone, Zalman...), mas posso contar o número de empresas que possuem de fato um software proprietário:
- A4Tech
- Corsair
- Logitech
- Mad Catz
- Razer
- Roccat
- Steelseries
Enfim, voltando agora ao Tesoro Lobera Supreme, embora a "base" do seu software seja até decente, o único trabalho que restou à Tesoro, mais especificamente ao filho do dono da empresa, que é o responsável por esta área, foi criar uma interface gráfica em cima do software pré-pronto disponibilizado pela fabricante, assim como várias outras empresas também fazem. E sinceramente, façam um favor ao mundo e demitam esse cara, pois o trabalho que ele fez no Tesoro Gandiva e também no teclado Tesoro Lobera Supreme foi simplesmente tenebroso, são erros que simplesmente não consigo entender como conseguiram deixar passar.
Esta é a interface do menu principal do Tesoro Lobera Supreme:

Antes de começarmos analisar ela, gostaria que os leitores desta análise tentassem achar onde está o botão que abre o menu para configurar a iluminação RGB do teclado, que é um dos recursos principais dele. Depois de achar, cliquem no botão Spoiler abaixo


Você errou onde é, né? O botão para realizar a troca da cor da iluminação está mal localizado e não há indicação nenhuma dele, ao ponto de parecer apenas um item de enfeite da Interface Gráfica do software do teclado.
Neste menu, é possível configurar a cor da iluminação para cada um dos cinco perfis do teclado, além do modo de iluminação, sendo que estas escolhas ficam salvas na memória interna dele. Para quem quer ver como funciona o modo "color loop", segue o vídeo:
Além da aberração do menu principal, há problemas quando é aberto o menu de criação de macros:

Ninguém testou esse teclado e o seu software antes de lançar ele e não viram que as letras ficaram miúdas? Ninguém olhou e viu os erros de inglês neste menu? Aliás, ninguém testou e viu que os mesmos erros ocorrem no mouse Tesoro Gandiva? Aliás, alguém na Tesoro testa o software antes ou depois de lançar um produto?

Todos erros que o software do Tesoro Lobera Supreme possuí são erros bestas e poderiam ter sido detectados e consertados, sendo que infelizmente todos foram causados pela interface mal feita projetada pela Tesoro e não pela empresa que produziu a base dele. Digo e repito, demitam o cara que fez essa Interface Gráfica, pouco me interessa se ele é o filho do dono da marca ou não, façam pelo bem da empresa.
Extras
Quero deixar claro leitores, que não sou a favor de uma grande quantia de extras em um teclado. Embora estes extras possam parecer bons para quem compra o teclado, eles tendem a aumentar o custo de produção do teclado, o que é repassado ao preço final obviamente. E quando vejo um extra mal implementado, apenas penso nas pessoas que compram esperando que este extra seja bom (ex: alguém compra um Logitech G710+ e só depois nota que o descanso para pulso é um pedaço de plástico frágil e vagabundo que não acrescenta conforto ao teclado) ou então no preço que poderia ser abatido do teclado caso este não existisse.
Como exemplos de extras mal implementados, posso citar:
- A placa de som de baixa qualidade presente no CM Storm Mech, a qual não é superior a uma onboard e não tem força nem para dar volume suficiente ao CM Storm Pulse-R que faz parte do conjunto (teclado/mouse/fone).
- O excesso de teclas de macro no Tt eSports Meka G-Unit e no Corsair Vengeance K90/K95 (e o fato do software deles ser ruim só piora a situação).
- O HUB USB que não é capaz de alimentar nem um mouse direito no CM Storm Trigger, tamanha a falta de energia.
- O HUB USB localizado na direita do Das Keyboard e do Razer Blackwidow Ultimate, gerando isso para quem é destro: http://imageshack.us/a/img254/8826/dsc04189l.jpg
- Os descansos para pulso de baixa qualidade presentes no Logitech G710+, Ozone Strike, Tt Meka G1 e Tt Meka G-Unit. É triste quando vejo alguém escolhendo algum destes teclados apenas por causa do descanso para pulso embutido.
Então, é comum eu acabar diminuindo a nota de um teclado ao analisar os seus extras, visto que vários são inclusos "de qualquer jeito". Mas felizmente, não foi o caso do Tesoro Lobera Supreme, com exceção dos botões de macro.
O Tesoro Lobera Supreme conta com um HUB USB e uma extensão para headsets. O único extra que realmente ficou faltando, e que considero fundamental em um teclado mecânico para facilitar a limpeza, foi um removedor de keycaps, embora seja até aceitável que não exista, visto que as keycaps dele podem ser removidas manualmente com a mão.

O teclado possui um adesivo que é colocado em cima do seu HUB USB avisando que não pode-se passar de 100 mAh de energia, o que sinceramente não é o suficiente nem para alimentar um mouse com fio gamer, muito menos um HD externo, celular, receptores sem fio ou outros dispositivos fora pendrives. Porém, esta especificação é válida quando apenas um cabo USB é conectado (o responsável pelo teclado). Quando o segundo cabo USB é conectado, há uma quantia maior de energia disponível, permitindo que outros dispositivos sejam conectados.

E se mesmo assim não houver energia o suficiente por que o usuário conectou dois dispositivos USB famintos por energia (ex: Fone de ouvido USB 5.1 Real e um Receptor Wireless de Xbox 360), a empresa inclui também um cabo USB extra, que pode ser conectado no seu slot dedicado para fontes de energia externa, assim permitindo que haja ainda mais energia disponível no seu HUB USB:

Créditos da imagem para a "www.proclockers.com": http://proclockers.com/reviews/input-devices/tesoro-lobera-supreme-mechanical-keyboard-review
Ou seja, ninguém com um Tesoro Lobera Supreme vai passar um sufoco para utilizar o seu HUB USB, diferente de quem tem um CM Storm Trigger.
Além disto, o teclado conta com três botões de macro, estes localizados logo abaixo da barra de espaço.

Créditos da imagem para a "www.vortez.net": http://www.vortez.net/articles_pages/tesoro_lobera_supreme_review,5.html
Embora estes "pareçam" estar bem localizados e "pareçam" ser mais fáceis para utilizar do que botões localizados na esquerda do teclado, infelizmente não há forma de identificar os botões, além destes estarem localizados em uma saliência, tornando eles difíceis de apertar. Sinceramente, este é um problema que poderia ser facilmente resolvido através de algum tipo de feedback tátil e teclas mais destacadas, sendo o único recurso extra que foi mal implementado no Tesoro Lobera Supreme.
Um recurso que eu considero como sendo um "extra" por não estar presente na maioria dos outros teclados mecânicos iluminados do mercado, é a sua iluminação lateral, e realmente o detalhe que mais me chamou atenção no Tesoro Lobera Supreme não foi a sua iluminação RGB, mas o efeito causado pela iluminação lateral do teclado.

A iluminação lateral consegue dar uma "atmosfera" diferente ao teclado, acrescentando certo "charme" à mesa de forma similar que televisões com ambilight fazem. Embora alguns de vocês realmente considerem este como um recurso "bobo", eu fiquei surpreso com a diferença que ele faz na aparência do teclado.

PS: Na imagem o teclado estava com o "modo de iluminação gamer 1", que aumenta o brilho dos LEDs laterais ao desligar vários outros e deixar apenas algumas teclas ligadas, não é nenhuma falha no tecaldo.
Todavia, algumas combinações de cores não são alcançadas pelos LEDs das laterais, gerando diferença de cores em alguns casos, como é o caso deste "laranja":
PS: Na imagem o teclado estava com o "modo de iluminação gamer 1", que aumenta o brilho dos LEDs laterais ao desligar vários outros e deixar apenas algumas teclas ligadas, não é nenhuma falha no tecaldo.
Tudo o que eu posso dizer sobre esta "falha" é:
Seria realmente interessante se o teclado tivesse um recurso para escolher as cores das laterais, mas infelizmente estas são automáticas e trocam de acordo com a cor utilizada nas teclas. Mas enfim, é um recurso bem implementado que eu sinceramente gostaria de ver ele em mais modelos de teclados mecânicos.
Conclusão
O Tesoro Lobera Supreme foi o primeiro teclado mecânico RGB disponível no mercado e embora ele não seja famoso, ele representou o início de uma série de mudanças drásticas no ramo de teclados mecânicos. Ele representa o fim de uma das últimas desvantagens que teclados mecânicos tinham contra teclados de membrana, representa o início dos teclados mecânicos RGB, representa a reviravolta da iOne que havia perdido a sua posição no mercado, representa a tentativa de trazer uma marca (Tesoro) aos holofotes e representa uma das batalhas entre Kailh e Cherry, sendo que a Kailh saiu vitoriosa desta. Tudo isto em apenas um "simples" teclado que consegue trocar a cor de suas luzinhas, vendido por uma marca pouco conhecida.
Além de o teclado possuir de fato iluminação RGB que pode ser configurada para cinco perfis diferentes, ele possui iluminação nas suas laterais, a qual troca de cor conforme a cor utilizada pelas teclas e faz uma tremenda diferença no visual do teclado. Porém, embora o Tesoro Lobera Supreme tenha de fato iluminação RGB, isto não o faz ter um nível de qualidade superior aos melhores teclados desta categoria, não estando acima de forma alguma aos teclados da Ducky ou da Déck, que estão acima em termos de construção externa, interna e keycaps.
Também, mesmo o seu software tendo uma "base" decente, infelizmente o Tesoro Lobera Supreme tem a pior interface gráfica que eu já vi em um periférico. Esta é confusa, esconde recursos importantes do teclado, possui erros gritantes no tamanho das fontes utilizadas, erros de digitação (sim, erros de digitação no software de um teclado... a ironia é fenomenal...) e ícones quebrados. Sério, não entendo como um software neste estado consegue chegar às mãos dos consumidores, eu morreria de vergonha se fosse funcionário da Tesoro.
EDIT: Como se não bastasse, o teclado da análise morreu após o dono que recebeu o mesmo no sorteio realizado no Guia do Teclado Mecânico tentou resetar os perfis. A Tesoro Brasil recusou oferecer suporte para o mesmo.
Mas ignorando a questão do software (e também o fato de você ter que pagar mais pelo teclado por ele ter este recurso), o Tesoro Lobera Supreme superou minhas expectativas, tendo um nível de qualidade bom, extras bem implementados, iluminação RGB, iluminação nas laterais e curiosamente nem é um dos teclados mecânicos mais caros do mercado. O Tesoro Lobera Supreme pode ser encontrado nos EUA entre US$ 120~150,00 e no Brasil tem previsão de preço para R$ 600,00. É um valor elevado, mas pelos recursos que ele possui, pelo seu nível de qualidade e pelo fato de ser o primeiro teclado mecânico RGB do mercado, não posso dizer que é um preço ruim.
EDIT: Infelizmente, o Tesoro Lobera Supreme foi lançado com um preço de R$ 700 e vem mantendo este valor até agora.
Pena que não posso dizer o mesmo sobre um de seus "sucessores" que foi lançado recentemente e que vai custar acima de R$ 1.000,00...
Pontos Positivos:
- A iluminação nas laterais tem um efeito extremamente positivo na aparência do teclado.
- Conjunto de extras bem implementados.
- Foi o primeiro teclado mecânico RGB disponível no mercado.
- Ótima construção externa.
- Ótima construção interna.
Pontos Negativos:
- A qualidade das keycaps não é das melhores.
- Tem a pior Interface Gráfica já vista no software de um periférico (pelo bem da humanidade, demitam o cara que projetou ela). Fora isto, o software também possui bugs bem sérios, a unidade da análise está atualmente morta.
- Os botões de macro não são fáceis de utilizar, embora pareçam.

Nota final: 7/10
Embora não houve menções durante a review, exatamente por este tratar-se de um modelo de teclados vendido em diferentes modelos de switches, a unidade para análise que eu recebi utiliza o switch Kailh Black. Este, assim como a Cherry MX Black na qual ele foi baseado, possui uma excelente resposta para digitação, jogos de MMORPG, MOBA e outros estilos de jogos, embora eu realmente não goste tanto dela para jogos de FPS, devido à pressão que ela faz para você soltar o seu dedo da tecla, o que se torna cansativo após algumas horas segurando o W, embora há de fato quem use e goste dela para FPS, é algo bem pessoal.
Mas sinceramente, quem realmente quer um teclado especificamente para FPS deve procurar um modelo compacto com Cherry MX Red ou Cherry MX Brown.
Já sobre a qualidade do switch, não notei nenhuma falha nos quatro meses de uso deste teclado (sim, demorei para fazer a review também porquê queria testar ele extensivamente) e sei que os switches lineares (Black e Red) além de serem mais bem mais fáceis para produzir, apresentam o menor índice de falhas, tanto no caso da Cherry como da Kailh, tendo este uma qualidade aceitável.
Deve-se entender também que os switches Kailh são mais baratos que os switches Cherry, então uma redução do custo do teclado deve ser repassada ao cliente, sob pena de críticas e boicote caso contrário.
Apenas continuo com a mesma recomendação do Guia do Teclado Mecânico: Não comprem teclados com switches Kailh Blue, estes são os modelos que apresentam maior índice de falhas e não são recomendados para qualquer tipo de aplicação. Espero sinceramente que a Kailh consiga melhorar o seu nível de controle de qualidade com o tempo (visto que é uma empresa com apenas dois anos de experiência no ramo de switches mecânicos) e também espero que a Cherry venha a ajustar os seus preços e trocar as suas políticas e prazos, pois na situação atual, não tenho boas previsões para ela.
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