Cá estou eu, meia noite no hotel, indo embora de Luxemburgo daqui 7 horas. Amanhã irei passar o dia em Trier, Alemanha, mas deixarei hoje meu relato sobre esse micropaís.
Primeiramente, devo deixar claro que gostei bastante daqui. Desde a extrema limpeza das ruas, muito mais limpas que qualquer cidade alemã que visitei até hoje, até as belas paisagens que permeiam as cidades e o interior desse país.
Como ponto negativo, talvez o único, devo apontar que, para a minha surpresa, na grande maioria dos lugares que visitei, sejam lojas, sejam restaurantes, os funcionários falavam apenas francês. Acaba que se torna um pouco problemático se comunicar em inglês ou mesmo em alemão, apesar de o último ser uma língua oficial do país.
No entanto isso não é nada perto das já mencionadas belas paisagens, as belas cidades e castelos medievais, seu histórico na não-tão-no-passado grande guerra.
Inclusive, ao menos para mim que sempre me interessei por história medieval e também pela Segunda Guerra Mundial, Luxemburgo se torna um destino excelente para "viver" esses dois períodos da história de perto. Seja pela quantidade de castelos, em ruínas ou não, que pontuam o país de norte a sul, seja pelos vários museus que nos contam a história das grandes batalhas que ocorreram na região dos Ardennes.
Um dos pontos mais interessantes da capital é, com certeza, o fato de ela ser dividida ao meio por um vale. Isso acaba por formar uma paisagem única, com várias pontes e muralhas. Na cidade existem diversos museus, tanto históricos quanto de arte contemporânea, além de vários mirantes para admirar a paisagem de vários ângulos. Destaco os seguintes pontos:
- Adolphe-Brücke
- Nationalmuseum für Geschichte und Kunst
- Luxembourg National Museum of Natural History
- Panoramic Elevator of the Pfaffenthal
- Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean
Ao sul da capital destaco o Nationales Bergbaumuseum, com seu passeio de trem por uma mina desativada e o Luxembourg Science Center, que é extremamente interativo. Aliás, acredito que na cidade do último, Differdange, exista uma comunidade consideravelmente grande de portugueses. Inclusive, é extremamente comum ouvir português em qualquer parte do país.
Indo agora para o norte da capital, a coisa fica ainda mais interessante. Temos o consideravelmente grande mas não tão bem conservado Château de Bourscheid. Esse castelo tem mais de mil anos e umas vistas de tirar o fôlego. Relativamente próximo temos o Museu Nacional de História Militar com andares e mais andares de itens sobre a segunda guerra, inclusive uma garagem com DEZENAS de veículos.
Muito mais ao norte, se aproximando da fronteira com a Bélgica, temos a cidade de Clerveaux com seus três museus em um único castelo. Podemos ver maquetes de diversos castelos e cidades do país no primeiro museu, no segundo, dedicado a Batalha dos Ardennes, temos muito material militar (mas consideravelmente menor que o outro museu militar citado anteriormente) e o que pra mim foi um dos pontos altos da cidade, The Family of Man. Uma exposição, patrimônio da UNESCO, que conta através de fotografias o que é a vida humana. Achei incrível.
Agora voltando para o sul, indo em direção a fronteira alemão, a cidade de Vianden e seu ENORME e muito bem conservado castelo, acessível através de um "elevador" não recomendado pra quem tem medo de altura.
Como pontos a se ficar atento, destaco:
- alguns pontos turísticos abrem tarde, tipo 10h da manhã ou meio dia, e fecham cedo, por volta das 17h ou 18h
- achei extremamente difícil encontrar mercados
- o Luxemburg Card vale MUITO a pena
- o transporte público é válido por todo o pais, inclusive nos trens entre cidades (apenas segunda classe)
- o aplicativo CFL Mobile é de grande ajuda para ver como se locomover pelo país
Como lugar que eu não visitei mas gostaria, pois tenho certeza que seria bom, deixo o museu The Bitter Years, uma mostra fotográfica sobre o EUA rural durante a crise de 29. Me faltou tempo.
No mais, recomendo fortemente que, se possível, você passe uns dias no país. Dependendo de quão rápido você é em museus, dois ou três dias são mais que suficientes.