E não inverta o ônus da prova, meu caro.
O Universo Pós-Secular, pelo ex ateu Patrick Glynn
Poucos parecem perceber isso, mas agora deveria estar claro: durante todo um século de grande debate entre a ciência e a fé, o feitiço virou contra o feiticeiro. Seguindo os passos de Darwin, os ateístas e os agnósticos como Huxley e Russell podiam apontar para aquilo que parecia ser um sólido conjunto de teorias testáveis, que implicavam mostrar a vida como acidental, e o universo, uma con¬tingência radical. Diversos cientistas e Intelectuais continuam man¬tendo-se fiéis a essa visão de mundo. Porém, eles encontram-se cada vez mais pressionados às mais absurdas dimensões na defesa dessa visão.
Hoje em dia, os dados concretos apontam, de maneira sólida, em direção à hipótese de um Deus. Trata-se da solução mais simples e mais óbvia para a charada antrópica. (Será que algum cientista crê, de fato, que a hipótese de Gaia é a mais sensata?) Os que desejam opor-se a isso não apresentam nenhuma teoria que possa ser testada à disposição, somente especulações sobre universos não observa¬dos, tecidos da fértil imaginação científica. Smolin escreve que o princípio antrópico "não possui força explicatória, uma vez que ex¬cluímos a explicação pela causa final". Trata-se de um modo edu¬cado de se afirmar que a hipótese de Deus é, por definição, não cien¬tífica. Talvez seja. Mas, se for o caso, então a ciência moderna deve render-se a sua pretensão de longa data de que pode fornecer respos¬tas às questões definitivas. Porque uma das respostas possíveis mais importantes - e talvez a mais provavelmente baseada em provas disponíveis- tem sido excluída desde o princípio.
Nem todos os cientistas, de forma alguma, ficam a favor dos argumentos de Hawking, Gribbin ou Smolin. Certamente o astrônomo Fred Hoyle reconheceu a validade do princípio antrópico. Paul Davies é o exemplo de um físico que, após uma revisão desapaixonada da evidência, em termos gerais, acabou favorável à hipótese do projeto. Além do mais, existe uma nova escola de cientistas, totalmente credenciados em ambos os campos - figuras como John Polkinghorne, Arthur Peacocke e Robert John Russell - que vem dando o máximo de si para informar o público das realidades sobre o mundo pós-secular: que o velho desafio ancião contra a fé simplesmente desabou.
As descobertas da ciência moderna relacionadas ao universo aleatório foram análogas à "descoberta" feita por CoJombo, nas Índias - somente mais tarde ficou claro que o mundo era um pouco mais extenso do que o grande explorador supunha e que ele havia tropeçado não na Ásia, mas em um novo continente. A ciência levou um tempo um pouco maior - na verdade, séculos - para expandir a uma imagem mais ampla do todo seus primeiros vislumbres da ordem natural.
Tão recente como há vinte e cinco anos, uma pessoa sensata que ponderasse a pura evidência científica sobre o tema teria, provavelmente, abraçado o lado do ceticismo. Não se trata mais disso. Foi modificado o ônus da prova. A barreira que a ciência moderna parecia ter erguido contra a fé caiu. Claro que o princípio antrópico não nos diz nada a respeito da Pessoa de Deus ou da existência de um pós-vida; não tem nada a dizer contra esses temas ou a favor deles, ou sobre o "problema do mal", mas isso fornece uma indi¬cação tão forte quanto a razão e a ciência sozinhas possam esperar fornecer sobre a existência de Deus
Se você faz afirmações baseado no Princípio Antrópico, cabe a você prová-lo.
Aliás, já estou acostumado com o uso indevido da Ciência para tentar dar embasamento a crenças infantis
E eu já me acostumei a ver alguns ateus escravizando a ciência em prol de suas improbabilidades felizes, suas crenças nilistas, reducionistas, materialistas.
Princípio Antrópico, bem como Design Inteligente, são nomes pomposos usados para dourar a mesma balela de que um ser superior teria criado o Universo.
Que tal começando por apresentar evidências de que o Universo tenha sido criado?
Sim, é claro, refutando a porcaria do PA
El argumento del diseño y el principio antrópico
http://astronomia.net/cosmologia/antropico.htm
Fui olhar o link, e olha o que eu encontrei...
“Una pluralidad de universos”
Multiuniversos de novo???????
De acordo com a teoria do universo múltiplo, existe, na verdade, um numero infinito de universos, e nós simplesmente tivemos sorte demais para estar num universo com as condições corretas. Dado um número infinito de universos, dizem esses ateus, qualquer conjunto de condições vai acontecer, incluindo as condições que dão suporte a vida em nosso universo..
Existem múltiplos problemas para com essa explicação do universo múltiplo. Primeiramente e de maneira mais significativa, não existe evidencia para isso! A evidencia mostra que tudo o que faz parte da realidade finita passou a existir com o big bang. A realidade finita é exatamente aquilo que chamamos de "universo". Se existe outra realidade finita, então esta alem de nossa capacidade de detecta-la. Ninguém jamais observou uma evidencia sequer de nossa capacidade de detecta-la. Ninguém jamais observou uma sequer evidencia de que tais universos possam existir. É por isso que essa idéia de múltiplos universos nada mais é do que uma elaboração metafísica - um conto de fadas construído com base em uma fé cega - tão distante da realidade quanto o "tempo imaginário" de Stephan Hawking.
Em segundo lugar, não pode existir um numero infinito de coisas finitas.
Em terceiro lugar, mesmo que fosse possível haver outros universos, precisariam de um ajuste refinado para ter inicio, assim como o nosso universo teve. Assim, postular a idéia de múltiplos universos não elimina a necessidade de ter um Projetista - na verdade, isso multiplica a necessidade de ter um!
Em quarto lugar, a teoria do universo múltiplo é tão ampla que qualquer acontecimento pode ser explicado por ela. Por exemplo, se perguntarmos "Porque os aviões atingiram as torres do World Trade Center e o Pentágono?", não poderemos culpar os terroristas islâmicos: a teoria nos permites dizer que simplesmente aconteceu de nós estamos no universo onde aqueles aviões - embora parecesse que estivessem voando deliberadamente na direção daquele prédio - verdadeiramente atingiram os prédios por acidente. Com a teoria do universo múltiplo podemos até mesmo tirar a responsabilidade dos atos de Hitler. Talvez tenha calhado de estarmos no universo onde o Holocausto parece assassinato, mas, na verdade, os judeus secretamente conspiraram com os alemães e entraram sozinhos nos fornos.
O fato é que a teoria do universo múltiplo é tão aberta que pode ser mesmo usada como desculpa para os ateus que a criaram. Talvez estejamos por acaso no universo onde as pessoas são suficientemente irracionais para sugerir que tal falta de sentido é verdade!
Por fim, a teoria do universo múltiplo é simplesmente uma tentativa desesperada de evitar as implicações do Projeto. Ela não multiplica as probabilidades, mas, sim, os absurdos. Ela é aparentada da idéia de que os astronautas da Apollo 13 negaram o fato de que a NASA projetou e construiu sua espaçonave e é a favor da não fundamentada que existe um numero infinito de espaçonaves criadas naturalmente lá fora e que os astronautas simplesmente tiveram a sorte de estar em uma que, por acaso, permite a existência de vida. Naturalmente, uma teoria assim não tem sentido, e seu obvio absurdo revela quão forte é a evidencia de um projeto. Evidencias externas pedem teorias externas para contradize-las.
Como escreve John Polkinghorne, a respeito da Teoria dos Multiplos Universos: "pseudo-ciência", "adivinhação metafísica"
Como escreve Patrick Glynn,
"O universo atual é ordenado de uma maneira tão maravilhosa e misteriosa que muitos físicos de repente parecem sentir uma necessidade de encontrar outros, menos organizados, a fim de não explicar o universo presente."
”Principal estratégia dos físicos hoje: multiplicar universos imaginários, fruto de uma grande imaginação científica, ao imaginarem universos alternativos, que não podem ser detectados nem observados, para tornarem as probabilidades do início do universo e das constantes meros números num infinito de universos.”
Como disse John Wheller, que era o mais prestigiado entusiasta da teoria do multiuniversos: "há muita bagagem metafísica sendo transportada com esta idéia" {...} "que transforma a ciência em uma tipo de misticismo", antes de abandonar essa interpretação.
É verdade... a ateiazada se abraça a universos paralelos, universos imaginários, universos bebês, tempo imaginário, universos vivos (!), cujo não temos nenhum contato, nenhum vestígio, e provavelmente nunca teremos, para transformar todos esses números em mero acaso.
Por fim , o Universo é como é. Se não fosse assim, seria de outra forma.
Pois é, o universo é como é, o próprio princípio antrópico nos mostra isso. A questão é: POR QUE NÃO FOI DE OUTRA FORMA?????
TINHA POSSIBILIDADES QUASE INFINITAS DE DAR ERRADO, PQ DEU CERTO????
Cientificamente falando, é muito mais provavel a existência de um universo PROIBIDOR da vida do que um universo SUSTENTADOR da vida. A vida se equilibrou num fio de navalha.
A atividade biológica não tem privilégios em relação a nenhum outro tipo de fenômeno físico ou químico. Mesmo que não houvesse vida, o Universo existiria do mesmo jeito.
Não foi o "universo" que foi esquematizou para a vida; é o fenômeno vida que se amoldou às características do "universo"
Concordo, nessa área a biologia, e diga-se de passagem, a eEvolução, não tem NADA a declarar.
Se não existisse vida, o universo NÃO existiria desse jeito, como conhecemos. A vida foi conseqüência dos ajustes finos de nosso universo, basta olhar o texto que passei para o Farbus. Pelo menos, a forma de vida que sabemos existir, cujo somos nós e todos os seres vivos. Para existir essa vida, o universo, as leis da física, precisaram ser do jeito que conhecemos.
A vida não tem nenhuma relevancia sobre as constantes da física e diversos outros fatores, quanto a seus valores, origem, já essas constantes influenciaram profundamente a vida como a conhecemos. Ou melhor, permitiram que ela surgisse.
Aas inúmeras leis da Física foram orquestradas ordenadamente desde o início do universo até o aparecimento do homem; o universo em que habitamos aparenta ser explicitamente planejado para o surgimento dos seres humanos.
Brandon Carter e outros cientistas descobriram uma série de misteriosas coincidências ou acidentes de sorte no universo, cujo único denominador comum era preparar o aparecimento do homem. A mais leve alteração das forças fundamentais da Física - gravidade, eletromagnetismo, a sólida energia nuclear ou a fraca energia nuclear - teria como resultado um universo irreconhecível: universo formado de hélio, sem prótons ou átomos, sem estrelas, universo que desmoronaria sobre si mesmo antes dos primeiros momentos de sua existência.
Modificar as proporções exatas da massa das partículas subatômicas em relação umas às outras traria efeitos semelhantes. Mesmo a base da vida, como carbono e água, depende de uma fina sintonia extraordinária em nível subatômico, coincidências estranhas nos valores, para as quais os físicos não possuem explicação.
A profundidade do mistério envolvido aqui foi apresentada da melhor maneira pelo astrônomo Fred Hoyle, um antigo propositor da teoria do estado estático:
'Tudo o que vemos no universo de observações e fatos, em oposição ao estado mental dos esquemas e suposições, permanece inexplicado. E mesmo em seu supostamente primeiro segundo, o universo em si não é casual. Isso quer dizer que o universo precisa saber com antecedência o que irá acontecer antes de saber como iniciar a si próprio. Porque, de acordo com a Teoria do Big-Bang, por exemplo, em um período de 10E-43 segundos o universo precisa saber quantos tipos de neutrino irão existir no período de 1 segundo. Isso funciona de modo a iniciar a expansão na taxa exata para adequar-se ao número final de tipos de neutrino'.
O conceito de Hoyle sobre a necessidade do universo em 'saber com antecedência' resultados que viriam posteriormente, captou a profundidade do mistério. A sintonia fina de valores e proporções aparentemente heterogêneos, necessários para ir do Big-Bang à vida conforme a conhecemos, envolve uma coordenação intrincada sobre amplas diferenças na escala - desde o nível intergalático ao subatômico -, e através de sistemas de tempo de vários bilhões de anos"
Além do mais, o Modelo Inflacionário que tem sido constantemente corroborado elimina essa história de “ajuste fino” das variáveis fundamentais.
A inflação, a “mais nova” de hoje para tentar derrubar o Princípio Antrópico. Além de cheia de problemas, deixa um dos elefantes brancos que incomodam tanto os cientistas de fora: A gravidade. Não foi dessa vez....