1984 está chegando. Com 30 anos de atraso.
Meio caipira que sou, quando estive em Santos, sozinho no elevador, baixei a bermuda e olhei metade da minha bunda no espelho para conferir o quanto tinha me bronzeado. Praia na minha vida é uma raridade. E pegar um bronzeado também.
À noite, após o restaurante, retornando ao local com a moça que me hospedava, ela comentou comigo:
- O porteiro disse que você está entrando pelo elevador de serviço... A entrada é por aqui, olha.
Eu pensei: Puxa, mas se o porteiro fica lá no cubículo dele, perto do portão do prédio, como é que ele até sabia que eu errei o dia todo a entrada?
Só aí reparei melhor o cubículo do porteiro e vi os monitores que mostravam diversas áreas do prédio, inclusive o elevador. Ficando ruborizado: Ops... ainda bem que da minha bunda no espelho ele não deve ter comentado nada com a moça...
Por falar em elevador:
[video]http://209.121.28.211/anony/mjpg.cgi[/video]
Mas não precisamos falar de elevadores nem de prédios. Somos filmados em tudo quanto é canto, inclusive pelas ruas da cidade. Qualquer problema sério que ocorre nas ruas e a polícia requisita os vídeos da câmara de segurança de postos de gasolina, empresas, prédios, padarias, escolas... A própria prefeitura já tem câmaras em quase tudo quanto é esquina da cidade atualmente, sendo diretamente monitoradas pela polícia militar.
Primeiro, eu não sou contra câmaras de segurança. Mas sou contra que me filmem sem que eu saiba, sem que me comuniquem isso. A drogaria do meu bairro pelo menos me mostra um emotion bonito e sorridente e pede: Sorria, você está sendo filmado!
O aviso devia ser obrigatório em qualquer circunstância. E divulgar imagem minha em qualquer meio de comunicação também deveria requerer a minha autorização por escrito.
Voltemos a 1984. É este o título do famoso romance futurista de George Orwell, escrito em 1948. O livro se passa em uma sociedade futurística (em 1984) e discorre sobre assuntos políticos em um cenário despótico, onde todos os nossos passos são vigiados pelo Grande Irmão.
O romance está disponível na internet no formato pdf:
http://www.lisandrosellis.kit.net/obras/ORWELL - 1984.pdf
Pois estamos quase chegando a 1984. Com 30 anos de atraso.
Mas o que realmente nos deixará inteiramente vigiados não são as câmaras. É a internet. O governo americano está a um passo de sancionar a lei que obriga os provedores de internet a registrarem um log de tudo que as pessoas fazem na internet: Sites visitados, arquivos baixados, mensagens de emails enviadas e recebidas, chats, etc. E como sempre os demais governos seguirão os mesmos passos, com exceção da Rússia e da Alemanha, que já se manifestaram contra. Só faltará uma máquina que leia nossos pensamentos. Ler nossos pensamentos é algo que os espíritos já fazem. Por maior que seja a bobagem que acabei de dizer, na sua provável opinião, já tive provas cabais disso, que não posso transferir para você, então desconsidere. Mas caso queira acreditar-me, nisso não há problema. Bons espíritos são confiáveis e só agem para o bem. Mas e o governo? Primeiro leia George Orwell. E depois responda.
Meio caipira que sou, quando estive em Santos, sozinho no elevador, baixei a bermuda e olhei metade da minha bunda no espelho para conferir o quanto tinha me bronzeado. Praia na minha vida é uma raridade. E pegar um bronzeado também.
À noite, após o restaurante, retornando ao local com a moça que me hospedava, ela comentou comigo:
- O porteiro disse que você está entrando pelo elevador de serviço... A entrada é por aqui, olha.
Eu pensei: Puxa, mas se o porteiro fica lá no cubículo dele, perto do portão do prédio, como é que ele até sabia que eu errei o dia todo a entrada?
Só aí reparei melhor o cubículo do porteiro e vi os monitores que mostravam diversas áreas do prédio, inclusive o elevador. Ficando ruborizado: Ops... ainda bem que da minha bunda no espelho ele não deve ter comentado nada com a moça...
Por falar em elevador:
[video]http://209.121.28.211/anony/mjpg.cgi[/video]
Mas não precisamos falar de elevadores nem de prédios. Somos filmados em tudo quanto é canto, inclusive pelas ruas da cidade. Qualquer problema sério que ocorre nas ruas e a polícia requisita os vídeos da câmara de segurança de postos de gasolina, empresas, prédios, padarias, escolas... A própria prefeitura já tem câmaras em quase tudo quanto é esquina da cidade atualmente, sendo diretamente monitoradas pela polícia militar.
Primeiro, eu não sou contra câmaras de segurança. Mas sou contra que me filmem sem que eu saiba, sem que me comuniquem isso. A drogaria do meu bairro pelo menos me mostra um emotion bonito e sorridente e pede: Sorria, você está sendo filmado!
O aviso devia ser obrigatório em qualquer circunstância. E divulgar imagem minha em qualquer meio de comunicação também deveria requerer a minha autorização por escrito.
Voltemos a 1984. É este o título do famoso romance futurista de George Orwell, escrito em 1948. O livro se passa em uma sociedade futurística (em 1984) e discorre sobre assuntos políticos em um cenário despótico, onde todos os nossos passos são vigiados pelo Grande Irmão.
O romance está disponível na internet no formato pdf:
http://www.lisandrosellis.kit.net/obras/ORWELL - 1984.pdf
Pois estamos quase chegando a 1984. Com 30 anos de atraso.
Mas o que realmente nos deixará inteiramente vigiados não são as câmaras. É a internet. O governo americano está a um passo de sancionar a lei que obriga os provedores de internet a registrarem um log de tudo que as pessoas fazem na internet: Sites visitados, arquivos baixados, mensagens de emails enviadas e recebidas, chats, etc. E como sempre os demais governos seguirão os mesmos passos, com exceção da Rússia e da Alemanha, que já se manifestaram contra. Só faltará uma máquina que leia nossos pensamentos. Ler nossos pensamentos é algo que os espíritos já fazem. Por maior que seja a bobagem que acabei de dizer, na sua provável opinião, já tive provas cabais disso, que não posso transferir para você, então desconsidere. Mas caso queira acreditar-me, nisso não há problema. Bons espíritos são confiáveis e só agem para o bem. Mas e o governo? Primeiro leia George Orwell. E depois responda.