Isso se chama a deputação do pensamento marxiano: o próprio Marx se negou ser um marxista! Justamente, pelos seus seguidores não entenderem suas propostas (claro, os caras lêem somente o Manifesto e acham que está bom!), efetuando, em certa parte, isso mesmo que alegou: formação da crença substituindo uma doutrina por outra para manter mais uma crença.
Porém, sua proposta não foi essa; mas, sim, a libertação dos trabalhadores. Pois, veja bem, o que você queria que pudesse ser efetuado? Os liberais causaram mortes pela fome, os liberais proibiam protesto contra salários baixos, os liberais criaram polícia privada para matar quem não produzisse, os liberam foram tão radicais quanto qualquer outro radicalismo acreditando na magia do ''livre mercado''. O que queria, então, que a oposição fizesse?
Além do mais, o pensamento marxiano foi somente uma síntese do que antecedeu, pois quem centraliza o ser humano como emancipador dos seus problemas foi o Iluminismo, não o marxismo. Cujo expoente foi Kant, assim como outros, que demonstram que a Igreja não seria o pensamento prepotente a ser vislumbrado devido seu autoritarismo, em certa medida, na Idade Média.
Entretanto, o que marxismo fez, mais precisamente o que a teoria marxiana fez, foi analisar que a sobrevivência do ser humano girava sobre os efeitos econômicos que antecedem todas ás outras divisões políticas. E que tal prepotência era constituída pela forma de trabalho. Ou seja, você era de um modo devido o tipo de trabalho te levar a isso, pois o impacto e riqueza geravam do trabalho, como excedente, propiciava os burgueses aplicarem da maneira que lhes convém, de como ordenar, organizar e manter tudo isso, isto é, adestrando ás pessoas. Por isso o mercado é autoritário, ‘’não aceita intervenções’’. Isso, na época, se remeteu somente em meios de produção, mas atualmente a financeirização, especulação, entre outros, demonstram que a estrutura ficou mais complexa: somente mudou os nomes para manter a exploração e denominação. Quer um exemplo? Os americanos proíbem comércio internacional de alguns países com outro países (por exemplo, o Brasil não pode vender aviões para Colômbia ou Venezuela, não recordo exatamente, pois tem os seus aviões por lá. Para que concorrência? Os americanos, também, não se importam diretamente com direitos humanos, pois a intervenção sempre foi por feitio da riqueza e não das mortes: pois estão se lixando para África. Da mesma forma, se cada país não seguir um mínimo da prepotência americana capitalista, no que se elucida o ordenamento econômico, esse país sofre embargos. Ora, então, onde está essa ‘’Democracia’’ que os americanos sempre tiveram? Os stalinistas foram autoritários, reconheço. Mas não pense que os americanos não são. A diferença que são hipócritas e não assumem o que fazem).
Portanto, mais uma vez, sua fala não passa de falácia para querer legitimar o que não compreende. Basta, por exemplo, analisar seus post's: por diversas vezes são desconstruídos e ao invés de você mudar de opinião ou aprimorar sua fala, você, ao contrário, vai e continua com a mesma ladainha. E aí, e agora, onde está a crença apontada no marxismo? Sua incompreensão te desqualifica por si mesmo, sem precisar que outros observem isso por você.
Ademais, no que tange o assunto do tópico, falar da Venezuela e sua inflação se tornaram fáceis, difícil é lembrar que várias economias, inclusive a gloriosa ''coereana'', no séc. XX, viviam sobre uma inflação estratosférica e, mesmo assim, conseguiu se recompor. É o mesmo caso da Venezuela, pois o país possui auto-suficiência para retocar sua economia, somente precisam ser um pouco mais maleáveis. Nesse ponto, a unificação do mercosul privilegiaria quase todos os países latino-americanos, mas, muitas vezes, a burocracia excessiva acaba inibindo isso. Nesse ponto, o Mijuca, presidente do Uruguai, tem razão: o dogmatismo tomou conta das cabeças usurpadas!