Apagão no Amapá

-Johannes-

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Cerca de 765 mil pessoas estão sem luz desde terça-feira (3). Ministro da Minas e Energia diz que problema será solucionado em até 10 dias. Há falta de água encanada, caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam e postos de combustíveis sem gerador também não operam.





O Amapá entra nesta sexta-feira (6) no 4º dia de apagão em 13 dos 16 municípios do estado. Quase 90% da população (cerca de 765 mil pessoas) está há 60 horas sem energia elétrica. Mesmo com o início do trabalho de reparo na subestação atingida por um incêndio, na noite de terça-feira (3), ainda não houve restabelecimento do serviço.
O gabinete de crise do governo federal lançou três planos para a recuperar o fornecimento de energia; parcialmente o serviço deve ser retomado ainda nesta sexta-feira (6). A previsão é que o problema seja solucionado em até 10 dias.

Principais impactos do apagão para a população:


  • Falta de energia em 13 dos 16 municípios, incluindo todos da região metropolitana. Em Macapá, só há energia em serviços essenciais, como hospitais
  • Falta água encanada, água mineral e gelo
  • Internet e serviços de telefonia quase não funcionam
  • Maioria dos postos de gasolina não tem gerador e não consegue operar
  • Caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam, então as pessoas não conseguem fazer compras

Planos do governo federal

Na quinta-feira (5) o Ministério de Minas e Energia (MME) - que criou um gabinete de crise para acompanhar as ações que visam resolver o problema no Amapá - divulgou o plano para retomada do fornecimento no estado, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que consiste em três etapas:

  1. recuperação de um dos transformadores queimados, com purificação de óleo e que pode restabelecer cerca de 70% da energia do Amapá ainda nesta sexta-feira;
  2. mobilizar a logística para Macapá de dois transformadores, de quase 100 toneladas cada, um do município de Laranjal do Jari, e outro de Boa Vista, capital de Roraima;
  3. e o transporte de 4 geradores de energia, originais do Amazonas, para suprir eventuais necessidades de atividades essenciais durante a recuperação da eletricidade no estado.

O MME informou que os três transformadores da subestação que pegou fogo ficaram comprometidos e que não houve a possibilidade de remanejamento, substituição ou reaproveitamento de peças, o que impossibilitou o reparo das máquinas e inviabilizou religamento da estação.
Em uma rede social, o presidente do Congresso Nacional e também senador pelo Amapá, Davi Alcolumbre (DEM) declarou que a energia deve ser retomada em 70% do estado ainda nesta sexta-feira.
"A minha total prioridade é resolver o grave problema que atinge o povo do meu Amapá. É grande a probabilidade de que, ainda hoje, 70%da energia seja restabelecida", declarou.

Problemas pela cidade

Postos de combustíveis que usam geradores para obter energia estão com filas enormes desde as primeiras horas da manhã. Na quinta-feira (5), eles foram autorizados a ficarem abertos por 24 horas. Até o momento, não há informações sobre desabastecimento do produto.
As filas também são registradas em supermercados e locais de revenda de água, principalmente na capital Macapá, que concentra 60% da população do estado.
Moradores de conjunto habitacional em Macapá em busca de água — Foto: Márcia Serrano/CBN Amazônia
Na quinta-feira (5), a prefeitura decretou estado de calamidade pública em Macapá. Nesta sexta, foi a vez do Estado decretar estado de emergência.
Donos de padarias e supermercados já preveem o prejuízo com alimentos estragados devido à falta de refrigeração. Além disso, macapaenses vêm ocupando shoppings e aeroporto em busca de energia.
Alguns bairros da capital - no Centro e Zona Sul - e no município de Santana, na Região Metropolitana, têm energia. Essas regiões são abastecidas pelos mesmos circuitos de serviços essenciais como hospitais e o sistema de tratamento de água e esgoto. Mesmo assim, os locais têm oscilação no serviço.
Apagão no Amapá provoca filas em postos de combustível — Foto: John Pacheco/G1

Apagão começou na terça

O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital, na noite de terça-feira (3).
A falha afeta o funcionamento das redes de telefonia fixo, móvel e de internet, que funcionam de maneira limitada. Hospitais passaram a depender de geradores.

 
Tenho um casal de amigos lá, estão incomunicáveis por causa da falta de luz. Pra piorar, na terça feira conversamos, e eles me disseram que o sistema de saúde já estava enfrentando problemas por causa da Covid, agora imagina sem luz, gasolina e alimentos nos supermercados. O pandemonium chegou à Macapá, local onde reside.

Só quotei pq pedistes.


Cerca de 765 mil pessoas estão sem luz desde terça-feira (3). Ministro da Minas e Energia diz que problema será solucionado em até 10 dias. Há falta de água encanada, caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam e postos de combustíveis sem gerador também não operam.





O Amapá entra nesta sexta-feira (6) no 4º dia de apagão em 13 dos 16 municípios do estado. Quase 90% da população (cerca de 765 mil pessoas) está há 60 horas sem energia elétrica. Mesmo com o início do trabalho de reparo na subestação atingida por um incêndio, na noite de terça-feira (3), ainda não houve restabelecimento do serviço.
O gabinete de crise do governo federal lançou três planos para a recuperar o fornecimento de energia; parcialmente o serviço deve ser retomado ainda nesta sexta-feira (6). A previsão é que o problema seja solucionado em até 10 dias.

Principais impactos do apagão para a população:


  • Falta de energia em 13 dos 16 municípios, incluindo todos da região metropolitana. Em Macapá, só há energia em serviços essenciais, como hospitais
  • Falta água encanada, água mineral e gelo
  • Internet e serviços de telefonia quase não funcionam
  • Maioria dos postos de gasolina não tem gerador e não consegue operar
  • Caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam, então as pessoas não conseguem fazer compras

Planos do governo federal

Na quinta-feira (5) o Ministério de Minas e Energia (MME) - que criou um gabinete de crise para acompanhar as ações que visam resolver o problema no Amapá - divulgou o plano para retomada do fornecimento no estado, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que consiste em três etapas:

  1. recuperação de um dos transformadores queimados, com purificação de óleo e que pode restabelecer cerca de 70% da energia do Amapá ainda nesta sexta-feira;
  2. mobilizar a logística para Macapá de dois transformadores, de quase 100 toneladas cada, um do município de Laranjal do Jari, e outro de Boa Vista, capital de Roraima;
  3. e o transporte de 4 geradores de energia, originais do Amazonas, para suprir eventuais necessidades de atividades essenciais durante a recuperação da eletricidade no estado.

O MME informou que os três transformadores da subestação que pegou fogo ficaram comprometidos e que não houve a possibilidade de remanejamento, substituição ou reaproveitamento de peças, o que impossibilitou o reparo das máquinas e inviabilizou religamento da estação.
Em uma rede social, o presidente do Congresso Nacional e também senador pelo Amapá, Davi Alcolumbre (DEM) declarou que a energia deve ser retomada em 70% do estado ainda nesta sexta-feira.
"A minha total prioridade é resolver o grave problema que atinge o povo do meu Amapá. É grande a probabilidade de que, ainda hoje, 70%da energia seja restabelecida", declarou.

Problemas pela cidade

Postos de combustíveis que usam geradores para obter energia estão com filas enormes desde as primeiras horas da manhã. Na quinta-feira (5), eles foram autorizados a ficarem abertos por 24 horas. Até o momento, não há informações sobre desabastecimento do produto.
As filas também são registradas em supermercados e locais de revenda de água, principalmente na capital Macapá, que concentra 60% da população do estado.
Moradores de conjunto habitacional em Macapá em busca de água — Foto: Márcia Serrano/CBN Amazônia
Na quinta-feira (5), a prefeitura decretou estado de calamidade pública em Macapá. Nesta sexta, foi a vez do Estado decretar estado de emergência.
Donos de padarias e supermercados já preveem o prejuízo com alimentos estragados devido à falta de refrigeração. Além disso, macapaenses vêm ocupando shoppings e aeroporto em busca de energia.
Alguns bairros da capital - no Centro e Zona Sul - e no município de Santana, na Região Metropolitana, têm energia. Essas regiões são abastecidas pelos mesmos circuitos de serviços essenciais como hospitais e o sistema de tratamento de água e esgoto. Mesmo assim, os locais têm oscilação no serviço.
Apagão no Amapá provoca filas em postos de combustível — Foto: John Pacheco/G1

Apagão começou na terça

O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital, na noite de terça-feira (3).
A falha afeta o funcionamento das redes de telefonia fixo, móvel e de internet, que funcionam de maneira limitada. Hospitais passaram a depender de geradores.

 
Última edição:
Qualquer sociedade em que as pessoas percam a comunicação e comecem a criar boatos falsos entra em estado de pânico absoluto.

Não será possível esperar 10 dias nestas condições, Macapá está prestes a se tornar um cenário de apocalipse.

Imagine milhares de pessoas confinadas sem saber o que está acontecendo, sem água e sem comida...

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Qualquer sociedade em que as pessoas percam a comunicação e comecem a criar boatos falsos entra em estado de pânico absoluto.

Não será possível esperar 10 dias nestas condições, Macapá está prestes a se tornar um cenário de apocalipse.

Imagine milhares de pessoas confinadas sem saber o que está acontecendo, sem água e sem comida...

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Caos total mesmo. Já tem gente fugindo de lá por barco ou avião. Pra piorar ainda tem isso, é impossível deixar o local por estrada.

Uma das cidades pra onde estão "fugindo" é Afuá no PA que é um nada onde nem carro existe porque a cidade fica isolada por rios.
 
Engenheiros e tecnicos tentam restabelecer o fornecimento de energia elétrica



FOTOS: Apagão no Amapá


https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2020/11/06/fotos-apagao-no-amapa.ghtml



Amapá entra no 4º dia de apagão que atinge 89% da população; postos e supermercados têm filas

https://g1.globo.com/ap/amapa/notic...ulacao-postos-e-supermercados-tem-filas.ghtml



Ministro diz que pretende restabelecer toda energia no Amapá em até 10 dias

https://g1.globo.com/politica/notic...er-toda-energia-no-amapa-em-ate-10-dias.ghtml



Principais impactos do apagão para a população:

  • Falta de energia em 13 dos 16 municípios, incluindo todos da região metropolitana. Em Macapá, só há energia em serviços essenciais, como hospitais
  • Falta água encanada, água mineral e gelo
  • Internet e serviços de telefonia quase não funcionam
  • A maioria dos postos de gasolina não tem gerador e não consegue operar
  • Caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam, então as pessoas não conseguem fazer compras


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Na noite de terça-feira, enquanto ocorria uma tempestade em Macapá, uma explosão seguida de incêndio comprometeu os três transformadores de uma subestação da Zona Norte, segundo o Ministério de Minas e Energia.

O fogo danificou um transformador e atingiu os outros dois — um deles já estava inoperante por causa de uma manutenção realizada desde dezembro de 2019.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o transformador que estava em manutenção ainda pode ser recuperado, enquanto os outros dois precisarão ser trocados.

A FAB transportou equipamentos para filtrar os 45 mil litros de oleo isolante (que tambem tem a função de resfriamento) do terceiro transformador (transformador reserva que estava inoperante por defeito), que sofreu danos em uma bucha durante o incêndio.

Os transformadores 1 e 2 sofreram danos irrecuperaveis e terão que ser trocados.




Grandes transformadores de força (podem passar de 500 MVA e trabalhar com mais de 500 mil volts), pesam centenas de toneladas, custam dezenas de milhões de reais e levam meses/anos para serem construidos


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--- Post duplo é unido automaticamente: ---

A Prefeitura de Macapá decretou estado de calamidade pública por 30 dias e estendeu os horários de funcionamentos de postos de combustíveis para 24 horas. A medida visa dar mais agilidade para a tomada de ações de emergência e de apoio à população.

O apagão atinge uma região onde vive cerca de 90% da população estadual. Apenas Oiapoque, no extremo norte, e Laranjal do Jari, no extremo sul, têm eletricidade.

O MME (Ministério de Minas e Energia) afirmou na quinta-feira (5) que a retomada completa do fornecimento de energia elétrica no Amapá deve demorar ao menos 15 dias. Já nesta sexta, o ministro Bento Albuquerque disse que pretende restabelecer completamente o serviço de distribuição de energia elétrica no estado em um prazo de dez dias.

De acordo com moradores, muitas pessoas perderam alimentos, e a busca por água potável é grande nos mercados, mas muitos comércios locais estão fechados devido à falta de geradores de energia.

A técnica em saúde bucal Adriana Xavier, 34, relata que próximo de sua casa, no bairro Renascer, na zona norte da capital, não há onde comprar comida e água e por isso é preciso recorrer a outros locais.

“Os comércios com geradores estão lotados. Perto de casa não tem onde comprar comida e água. Muitas pessoas perderam alimentos e donos de mercados vendem a preços de custo para não perder. A situação está ficando pior a cada dia”, afirma.

As aglomerações também ocorrem em postos de gasolina e em uma agência do Banco do Brasil, que tem um gerador de energia elétrica que permite o funcionamento de caixas eletrônicos.

Muitos moradores recorreram ao Aeroporto de Macapá para conseguir carregar seus telefones celulares. Shoppings na capital também estão sendo usados para mesma finalidade. Alguns supermercados com geradores cobram R$ 10 para carregar os aparelhos.

A Infraero no Amapá informou que os voos no estado não foram afetados por causa da existência de geradores de energia.

Nos postos de combustíveis, há grandes filas para abastecer os carros, que têm sido usados pelos moradores para comprar alimentos e águas em bairros distantes e também para o carregamento de telefones celulares. Muitos descem dos carros e vão até as lojas de conveniência para usar tomadas e comprar produtos, como água potável. “Tive que sair de casa para conseguir carregar meu telefone. Depois de uma hora na fila, carreguei em uma tomada do aeroporto. A todo momento várias pessoas vêm aqui para usar as tomadas e conseguir ao menos um pouco de comunicação”, diz a auxiliar administrativo Jordana Cruz, 32.

“A maioria dos comércios está com filas para comprar água potável, as pessoas têm comprado galões. A busca por água está grande e a falta é constante”, afirma Israell Augusto, 27, morador do bairro Universidade, na zona sul de
Macapá.

“Está um caos total em todos os setores da cidade. Estamos sem luz nem água desde terça à noite. Também não temos mais como guardar alimentos perecíveis em casa e está faltando gelo na cidade. A única fábrica que vende tem filas enormes”, relatou a professora Naira Queiroz, 33.

Segundo ela, o apagão, que entrou no quarto dia nesta sexta (6) também provoca a falta de velas, bebidas em geral e pão, já que a maioria das padarias está fechada desde quarta (4).

Tentando escapar da falta de energia, de água e do calor da região, milhares de pessoas formam fila também nas portas de motéis e hotéis que possuem gerador.

Professora de jornalismo na Ufap (Universidade Federal do Amapá), Roberta Scheibe, 38, relata que a espera para abastecer o carro chega a cinco horas. “Meu marido saiu de madrugada e foi até um posto mais distante pra abastecer e ficou 30 minutos na fila.” Como ela tem poço artesiano em casa e mora apenas com o marido, diz que conseguiu racionar o consumo de água. Por isso, tem cedido o banheiro a amigos e familiares para que eles possam tomar banho. O prejuízo, de toda forma, foi inevitável. “Substituímos a água por álcool na limpeza geral, mas tudo que tinha na geladeira se perdeu. Fico preocupada com as famílias mais carentes, o que devem estar passando."

Outros moradores que têm poço nas residências também compartilham a água com os vizinhos que não têm. De acordo com a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), sem eletricidade não há como ligar a bomba para abastecimento e o restabelecimento do serviço segue sem previsão.


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Amapá chega ao 3º dia sem energia elétrica com cenários apocalípticos

População está sem internet, sem gasolina e impossibilitada de sacar dinheiro e fazer compras com cartão de crédito



Em um texto no Facebook, Heluana Quintas fala da situação de calamidade no Estado onde 14 dos 16 municípios estão sem energia elétrica. "Não tem água encanada. Não tem internet e raras vezes funciona Claro e Vivo. Os postos de gasolina não podem operar sem energia, então não temos gasolina também. Não dá para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos, nem comprar comida com cartão. Estamos num pico de contaminação e lotação nos hospitais devido à pandemia. Eles estão funcionando por gerador. Não sabemos por quanto tempo. As cirurgias foram interrompidas. Torçam, rezem, orem, mandem 'positive vibration' aos enfermos", postou.

Outros dois políticos que estão divulgando as dificuldades locais são o senador Randolfe Rodrigues (Rede) e o deputado federal Camilo Capiberibe (PSB), eleitos no Estado. "O que estamos vivendo no Amapá é inaceitável. Precisamos de respostas rápidas. Comerciantes e famílias estão perdendo o pouco que tem, famílias sem água para cozinhar/tomar banho e grandes aglomerações se formando em supermercados, farmácias, postos de gasolina em plena pandemia", reclamou Capiberibe.

Auriney Brito, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Amapá também desabafou em sua conta de Twitter. "Estamos chegando a 48 horas sem energia no Amapá. Macapá entrando em convulsão por falta de água potável, combustível e outros itens básicos. Não é hora de politizar ou buscar culpados, precisamos da solidariedade e orações de todos. No meio desse caos, ainda há pandemia por aqui", disse.

Outra internauta usou o Twitter para lamentar a situação. "Só atualizando: estamos há 50 horas sem energia, pouco sinal de internet, a água potável está escassa, gasolina num preço absurdo, o Estado está na segunda onda de covid e não temos previsão de retorno", disse Mari Guedes.


https://www.otempo.com.br/brasil/am...eletrica-com-cenarios-apocalipticos-1.2408983


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“Está todo mundo desesperado”: Moradores do Amapá estão há quatro dias sem energia


“As ruas estão sem sinalização, as pessoas estão ao Deus dará. Está todo mundo querendo comprar água, alguns estão pegando até água do Rio Amazonas que não é potável. Está todo mundo desesperado. Em vários lugares já não tem (água para vender)”, afirmou o tatuador.

“O pessoal estava indo no shopping e no aeroporto para poder carregar o celular, quem ainda tem energia em casa está se oferecendo para carregar. Na rua está tendo fila para tudo, a farmácia estava com uma fila enorme por conta do caixa eletrônico, já que nenhum banco está funcionando. As pessoas estão tentando comprar coisas e não estão conseguindo porque nenhum lugar está aceitando cartão, a gente não tem nem sinal de celular.”

Segundo o tatuador, por conta da falta de energia e de sinal de telefone, ele não pode nem sequer desmarcar com a cliente agendada para quarta-feira. “Eu tinha um cliente que ia me dar uma boa grana, ia levar o dia todo, e não tive nem como me comunicar com ela”, contou.

Quem também teve a rotina afetada pela falta de energia foi o analista administrativo Lucas Pinheiro. Morador de Pedra Branca do Amaparí, a cerca de 19km da capital, ele teve que deixar o home office de lado e trabalhar presencialmente na empresa, que possui gerador.

Conforme Pinheiro, a situação em Pedra Branca está um pouco mais calma do que na capital. “A cidade enfrenta problemas com energia elétrica há anos, então a população já tem um certo preparo. Mas nunca tinha enfrentado algo dessa natureza. Geralmente, a falta de energia dura 24h aqui (as mais longas). Ainda não tá tendo disputa por água como em Macapá, mas gelo não tem mais e em breve o combustível vai acabar também”, relatou.

“Por enquanto temos água no poço, mas em breve vai acabar e vamos ter de procurar outros meios. Talvez nos rios próximos da cidade”, afirmou Pinheiro que mora com a esposa.


https://istoe.com.br/esta-todo-mund...es-do-amapa-estao-ha-quatro-dias-sem-energia/


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Conversei com a esposa do meu amigo, ela está em Macapá, cidade praticamente sem luz, água, telefone e internet. Pior de tudo, estão com visita em casa.
Tiveram que ir a UFAP para tomar banho de mangueira pq não tem água no chuveiro do condomínio, supermercados lotados e dificuldade de conseguir combustível.
Basta um final de semana assim para virar um vãos social.
Ela disse que não há previsão de retorno de energia, tbm não mencionou que tem ninguém fugindo de lá, por enquanto tudo normal.
Só um detalhe, a maioria das cidades em Amapá são bem isoladas, fugir de barco, ou por estradas, é a maior loucura que qualquer um pode fazer, o único meio viável de sair de lá é através de avião.
 
Sou engenheiro eletricista e acho surreal como pode um estado por inteiro ser abastecido por uma única subestação. Isso já era previsível de ocorrer mais cedo ou mais tarde. Falha gravíssima dos órgãos federais principalmente o MME, CMSE, EPE e ANEEL.

Um transformador do porte que foi queimado não existe disponível para venda. A compra de um equipamento novo pode levar vários meses para ser encomendado, fabricado, levado até o local, comissionado e finalmente colocado em operação comercial. No mínimo era para existir termelétricas que pudessem suprir num plano B.

Nas condições que o equipamento ficou e na dificuldade de logística, considero os 10 dias um prazo muito otimista. Infelizmente.
 
Última edição:
Só um detalhe, a maioria das cidades em Amapá são bem isoladas, fugir de barco, ou por estradas, é a maior loucura que qualquer um pode fazer, o único meio viável de sair de lá é através de avião.

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Sou engenheiro eletricista e acho surreal como pode um estado por inteiro ser abastecido por uma única subestação. Isso já era previsível de ocorrer mais cedo ou mais tarde. Falha gravíssima dos órgãos federais principalmente o MME, CMSE, EPE e ANEEL.

Um transformador do porte que foi queimado não existe disponível para venda. A compra de um equipamento novo pode levar vários meses para ser encomendado, fabricado, levado até o local, comissionado e finalmente colocado em operação comercial. No mínimo era para existir termelétricas que pudessem suprir num plano B.

Nas condições que o equipamento ficou e na dificuldade de logística, considero os 10 dias um prazo muito otimista. Infelizmente.

Pelo que vi vão tentar consertar, mas será que é possível?
 
Pelo que vi vão tentar consertar, mas será que é possível?

É possível mas é demorado por conta do óleo.

Quando um transformador sobrecarrega ou entra em curto há produção de gases combustíveis e não se pode operar um equipamento desses com teores elevados de gases combustíveis (como hidrogênio, metano, etc) por conta de possíveis novas explosões. Com certeza deverão fazer o tratamento do óleo no local e isso demora um bom tempo. É como uma hemodiálise.

Imagino que eles deverão liberar o equipamento com alguma restrição de carga.
 
Equipamentos para manutenção de transformador chegam em Macapá
Desembarcou no aeroporto de Macapá, no início da noite desta sexta-feira (6), uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) com equipamentos para a manutenção de um transformador que está na subestação na Zona Norte da cidade. A previsão é que com a ajuda dessas máquinas, o fornecimento de energia seja retomado para cerca de 70% do estado ainda nesta sexta.

Confira a seguir o que a FAB trouxe ao Amapá, totalizando 16,5 toneladas em carga:

  • uma máquina para tratamento de óleo do transformador;
  • uma máquina termovácuo para retirada de umidade do transformador;
  • duas máquinas de purificação;
  • e um instrumento de resposta em frequência para verificar possíveis deformações internas no transformador.

Equipamentos chegaram em Macapá no início da noite desta sexta (6) (Foto: Ronaldo Brito/Rede Amazônica)
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Máquinas serão usadas para purificação de óleo em manutenção de transformador (Foto: Ronaldo Brito/Rede Amazônica)
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São cerca de 16,5 toneladas de equipamentos (Foto: Ronaldo Brito/Rede Amazônica)
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Equipamentos chegaram em avião da FAB em Macapá (Foto: Ronaldo Brito/Rede Amazônica
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Última edição:
Imaginem ter um datacenter nesse lugar :haha:
É possível mas é demorado por conta do óleo.

Quando um transformador sobrecarrega ou entra em curto há produção de gases combustíveis e não se pode operar um equipamento desses com teores elevados de gases combustíveis (como hidrogênio, metano, etc) por conta de possíveis novas explosões. Com certeza deverão fazer o tratamento do óleo no local e isso demora um bom tempo. É como uma hemodiálise.

Imagino que eles deverão liberar o equipamento com alguma restrição de carga.

E essa explosão não deve ter afetado outros equipamentos pra frente da subestação?

Vi aqui que a distribuidora de energia do Amapá (CEA) tem como principal acionista o próprio governo estadual. A meu ver, explica essa situação bizarra...
 
E essa explosão não deve ter afetado outros equipamentos pra frente da subestação?

Nas fotos não vi nenhuma explosão. Eles aparentemente entraram em curto (ou foram atingidos por raio) e o óleo ficou queimando. O transformador é todo preenchido de óleo isolante.

E o fato do combate ao incêndio usar água só prejudica porque no óleo isolante a presença de moléculas de água deve ser a mínima possível já que o hidrogênio e o oxigênio da água pode ser convertido nos gases combustíveis e torna o óleo ácido (que ataca o isolamento e pode provocar curto interno).
 
Última edição:
Os bombeiros jogaram água no óleo em ebulição?



Nas fotos não vi nenhuma explosão. Eles aparentemente entraram em curto (ou foram atingidos por raio) e o óleo ficou queimando. O transformador é todo preenchido de óleo isolante.

E o fato do combate ao incêndio usar água só prejudica porque no óleo isolante a presença de moléculas de água deve ser a mínima possível já que o hidrogênio e o oxigênio da água pode ser convertido nos gases combustíveis.
 
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Pelo que vi vão tentar consertar, mas será que é possível?
Pelo que li, enviarão as peças de reposição de outros estados. Duvido muito que resolverão em um fds, praticante impossível. Pior de tudo, lá é mais quente que o rio e tão úmido quanto, simplesmente impossível dormir sem ar condicionado, vai ser uma loucura.
Já fui lá uma vez, o local é muito isolado, o único local que vc realmente consegue ir de carro é pra Guiana Francesa, se partir de Macapá , ou cidades próximas, mas a maioria está sem luz. Não dá pra sair de Macapá para outro estado de carro, não que eu me recorde.
O resto é avião ou correr o risco de descer o rio Amazonas.
 
Última edição:
Sou engenheiro eletricista e acho surreal como pode um estado por inteiro ser abastecido por uma única subestação. Isso já era previsível de ocorrer mais cedo ou mais tarde. Falha gravíssima dos órgãos federais principalmente o MME, CMSE, EPE e ANEEL.

Um transformador do porte que foi queimado não existe disponível para venda. A compra de um equipamento novo pode levar vários meses para ser encomendado, fabricado, levado até o local, comissionado e finalmente colocado em operação comercial. No mínimo era para existir termelétricas que pudessem suprir num plano B.

Nas condições que o equipamento ficou e na dificuldade de logística, considero os 10 dias um prazo muito otimista. Infelizmente.
Pela apresentação montada pelo MME abaixo, eram 3 trafosz sendo que o primeiro já estava fora de operação há quase um ano, o segundo torrou e acabou afetando o terceiro transformador, que como voce mesmo disse, vai ter que no mínimo passar pelo tratamento de óleo vácuo, estanque e tudo mais. Isso leva tempo e apressar esse processo é certeza de futuras dores de cabeça.

Pelo jeito ficaram sem entrada de linha ali, uma subestação móvel poderia salvar mas parecem que não têm por lá (ótima proposta de negócio agora viu!). E no final do documento diz que já estão mobilizando transformadores reserva de outras SE. Com o apoio das FA deve agilizar esse processo que é demorado de QQ forma.

No mais, vale a pena ver o link:
 
Fico pensando aqui. Se isso aconteceu no Amapá, imagina isso acontecendo em outros estados, tipo RJ e SP.
Muito despreparo isso, não ter um backup para o sistema principal. :facepalm::facepalm:.....
 
Fico pensando aqui. Se isso aconteceu no Amapá, imagina isso acontecendo em outros estados, tipo RJ e SP.
Muito despreparo isso, não ter um backup para o sistema principal. :facepalm::facepalm:.....

Acho que não acontece esse tipo de coisas em locais maiores. Lá pelo que li os comentários aqui... é um fim de mundo mesmo
 
Pela apresentação montada pelo MME abaixo, eram 3 trafosz sendo que o primeiro já estava fora de operação há quase um ano, o segundo torrou e acabou afetando o terceiro transformador, que como voce mesmo disse, vai ter que no mínimo passar pelo tratamento de óleo vácuo, estanque e tudo mais. Isso leva tempo e apressar esse processo é certeza de futuras dores de cabeça.

Pelo jeito ficaram sem entrada de linha ali, uma subestação móvel poderia salvar mas parecem que não têm por lá (ótima proposta de negócio agora viu!). E no final do documento diz que já estão mobilizando transformadores reserva de outras SE. Com o apoio das FA deve agilizar esse processo que é demorado de QQ forma.

No mais, vale a pena ver o link:

Minha família mora lá, morei por 30 anos, e pra mim o mais absurdo é não ter nenhum backup. Sou leigo, óbvio que os técnicos da companhia, aneel e aquela sopinha de letras tem técnicos que podem explicar com todos os detalhes da inviabilidade ou do porque não existir um sistema reserva, mas ainda assim fico boquiaberto que permitam que um problema em apenas um lugar possa causar um caos desse tamanho. Será que existem outros gargalos? Será que era apenas uma questão de tempo de uma coisa dessas acontecer, com um sistema projetado dessa forma ou foi realmente um azar que acontece a cada 1000 anos?

Como diz na apresentação, um dos transformadores fora de ação por quase um ano. Dificuldade natural de um aparelho robusto desses ou incompetência e brincar com o azar? O estado já tem suas dificuldades naturais, some-se a isso a velha política com seus políticos do loteamento dos órgãos públicos, e temos esse absurdo, infelizmente.
 
Porque que ele não tem nenhuma ligação terrestre com outros estados? É inviável a construção de pontes por causa da natureza ou é o governo que tá pouco se fodendo?
 
O sistema elétrico brasileiro é um dos maiores, bem pensados e, de certa forma, modernos do mundo inteiro.

O problema é que ali é um extremo do país, é um uma localidade muito erma e o backup já estava sendo utilizado.
Pelo mapa da ONS, só tem uma linha de transmissão do SIN (Sistema Interligado Nacional) chegando lá e apenas lá. Existem duas hidroelétricas que, imagino eu, em condições normais dariam conta de alimentar o estado de forma isolada (não perderam a conexão com o SIN nesse incidente !!!), mas se perderam os transformadores, já era.


A experiência serve para abrir os olhos para o investimento em infra e manutenção para lugares assim. As vezes o pessoal de lá já vinha avisando mas não chegava nos ouvidos certos a reclamação. Agora com certeza vai.
 
Eu li uma vez que o governo estava com problemas para construir linhas de transmissão por causa das "terras indígenas".

Eram para o Amapá?
 
Porque que ele não tem nenhuma ligação terrestre com outros estados? É inviável a construção de pontes por causa da natureza ou é o governo que tá pouco se fodendo?
Uma ponte sobre o rio Amazonas, dependendo em qual leito está, seriam mais de 100km. Em Macapá, a única capital cortada pelo rio Amazonas e tem vários afluentes dele. É muito rio e pouca infraestrutura. A única estrada realmente boa é para Guiana francesa, o resto é bem mal conservada e com baldeação através do rio.
Mas o que ocorre na verdade, é que não há motivos econômicos para grandes investimentos em infraestrutura na região, população pobre e com poucos atrativos econômicos.
A região vive de extrativismo e mineração, tem um minério raro sendo extraído, porém houve um acidente que o aparelho que levava o tal minério para os navios afundou no rio Amazonas, como custava milhões ninguém da iniciativa privada quis arcar com o prejuízo, o Estado não tem dinheiro para arcar. Resultado, desemprego em massa. Não lembro o nome desse minério...

@Zxf95
 
Última edição:
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Basta olhar o mapa pra ter uma ideia do quanto é isolado. E pensar que separaram o Amapá do Pará pra desenvolver a região, mas continua como um dos estados mais remotos e desconectados do resto do país, acho que só perde pra Roraima, mas esse pelo menos ainda tinha uma ligação com a Venezeula quando isso ainda servia pra algo.

Construir estradas pra lá seria um gasto inviável e sem sentido. O correto seria mesmo estimular a ligação com a Guiana Francesa e hidrovias. A ponte com a Guiana começou a funcionar há pouco tempo e ficou parada por muitos anos sem inaugurar:

 

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