Hoje, 30 de janeiro de 2024, toda a comunidade brasileira de Defesa e Segurança viu-se estarrecida diante da notícia de que o Banco do Brasil S.A., um banco público, criado por D. João VI para financiar o desenvolvimento da então colônia, atuando em diversos segmentos, não vai mais dar suporte a...
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Editorial – Na verdade, é extremamente grave…
Hoje, 30 de janeiro de 2024, toda a comunidade brasileira de Defesa e Segurança viu-se estarrecida diante da notícia de que o Banco do Brasil S.A., um banco público, criado por D. João VI para financiar o desenvolvimento da então colônia, atuando em diversos segmentos, não vai mais dar suporte a Base Industrial de Defesa e Segurança, a BIDS. Isso significa, em última análise, a falta de respaldo financeiro e de garantia às exportações, o que vai trazer um desastre colossal para a BIDS e, por extensão, a setores relacionados com pesquisas e desenvolvimento tecnológico chegando, inclusive, na mídia especializada.
Como é possível uma decisão neste sentido? Será que a governança corporativa da instituição financeira desconhece o que a BIDS representa para o País? Não sabe que responde por 4% do PIB nacional, que gera milhares de empregos diretos e de alta qualificação e de muito mais indiretos, numa cadeia virtuosa de geração de renda, de arrecadação, de ganho de conhecimento e seu caráter estratégico para a soberania brasileira junto a abrir mercados no exterior?
Sabe-se que a BIDS vem, com muito esforço e sacrifícios, obtendo uma paulatina consolidação e não se sujeitar ao “voo de galinha” da década de 1980, quando, em consequência, as Forças Armadas do Brasil tiveram que recorrer a materiais de segunda mão de outros países para manter um mínimo de operacionalidade crível.
E, do ponto de vista geopolítico mundial, é prudente abdicar de uma BIDS autóctone?
A sociedade brasileira, na sua parcela séria e responsável, espera que esta inconsequente medida seja revista, deixando de lado as falsas posturas politicamente corretas.
O Brasil já paga muito caro por isso em outros campos de atividade.