[TÓPICO DEDICADO] Como será os hardwares daqui 5 anos, e daqui 10 anos?

[AiscaEoANZOL]

Pessoal, tudo bem?

É notório a evolução dos hardwares a cada lançamento, e agora mais do que nunca a competição entre gigantes da tecnologia que reflete no preço final (não levo em consideração as leis aplicadas aqui no Brasil).

Mediante as tudo isso, como você enxerga um futuro não tão distante em termos de tecnologia, daqui 5 anos, e se for capaz de opinar, daqui 10 anos?
O que teremos de novo, o que será melhorado, o que será deixado de lado?

 

[igormp]

Eu vejo um cenário baseado muito em computação heterogênea (algo que já acontece bastante com celulares).

Enquanto fica cada vez mais difícil fazer uma CPU escalar levando em consideração o consumo de energia, hardwares de função específica que são extremamente rápidos no que fazem. Atualmente em computadores temos exemplos dos decoders de vídeo nas placas de vídeos (integradas ou não), mas não duvido que logo logo tenhamos mais circuitos dedicados somente para funções de segurança, redes neurais (já existente em muitos celulares) ou coisas do tipo.

Tensor cores e os cores de RTX das novas placas da NVIDIA podem ser visto um pouco desse jeito (tão mais pra execution units bem específicas, mas ainda sim fogem de serem unidades de uso geral).

Creio que os novos Macs baseados em ARM serão um belo exemplo disso. É sabido que as CPUs ARM são bem mais lentas que um x86 de alta performance, porém reinam no quesito consumo de energia. Se jogarem as atividades mais exigentes para chips dedicados, irá folgar muito a CPU principal e entregar performance mais que ótima para o usuário final. O próprio SoC dos iPhones já contém MUITOS desses chips, chuto algo em torno de 5 ou 7 (coprocessadores de redes neurais, som, vídeo, câmera, segurança, etc etc).

Também imagino (sonho) algo estilo uma mini FPGA integrado a futuros SoCs, dessa forma dá pra termos um coprocessador "reprogramável" e que poderá ser atualizado com o tempo para as novas tecnologias.

Outra coisa que já está virando realidade agora no mercado consumidor é uma comunicação mais direta entre os diferente componentes sem precisar da CPU, como é o caso da MS liberando APIs para facilitar a comunicação de NVMes com GPUs diretamente pelo PCIe. Creio que será só questão de tempo até isso generalizar. Só para fim de informação, isso já é algo presente no linux faz uns 5 anos devido a demandas de Datacenters. Inclusive o próprio facebook usa isso pra realizar a comunicação entre placas de rede e GPUs.
Além disso, seria interessante ver outros barramentos de comunicação em desktops além do PCIe, como o próprio NVLink, principalmente se esse pudesse ser usado diretamente com a CPU como já ocorre nos processadores POWER. Muitas vezes mais rápido até mesmo que o PCIe 4.0.

Saindo do mercado de computadores domésticos, tenho quase certeza que microcontroladores RISC-V irão comer uma grande fatia do mercado dos micros ARM atuais, e quem sabe se daqui a 10 anos já não tenhamos protótipos bons o suficientes para serem usados como desktop?

 

[AiscaEoANZOL]

Eu vejo um cenário baseado muito em computação heterogênea (algo que já acontece bastante com celulares).

Enquanto fica cada vez mais difícil fazer uma CPU escalar levando em consideração o consumo de energia, hardwares de função específica que são extremamente rápidos no que fazem. Atualmente em computadores temos exemplos dos decoders de vídeo nas placas de vídeos (integradas ou não), mas não duvido que logo logo tenhamos mais circuitos dedicados somente para funções de segurança, redes neurais (já existente em muitos celulares) ou coisas do tipo.

Tensor cores e os cores de RTX das novas placas da NVIDIA podem ser visto um pouco desse jeito (tão mais pra execution units bem específicas, mas ainda sim fogem de serem unidades de uso geral).

Creio que os novos Macs baseados em ARM serão um belo exemplo disso. É sabido que as CPUs ARM são bem mais lentas que um x86 de alta performance, porém reinam no quesito consumo de energia. Se jogarem as atividades mais exigentes para chips dedicados, irá folgar muito a CPU principal e entregar performance mais que ótima para o usuário final. O próprio SoC dos iPhones já contém MUITOS desses chips, chuto algo em torno de 5 ou 7 (coprocessadores de redes neurais, som, vídeo, câmera, segurança, etc etc).

Também imagino (sonho) algo estilo uma mini FPGA integrado a futuros SoCs, dessa forma dá pra termos um coprocessador "reprogramável" e que poderá ser atualizado com o tempo para as novas tecnologias.

Outra coisa que já está virando realidade agora no mercado consumidor é uma comunicação mais direta entre os diferente componentes sem precisar da CPU, como é o caso da MS liberando APIs para facilitar a comunicação de NVMes com GPUs diretamente pelo PCIe. Creio que será só questão de tempo até isso generalizar. Só para fim de informação, isso já é algo presente no linux faz uns 5 anos devido a demandas de Datacenters. Inclusive o próprio facebook usa isso pra realizar a comunicação entre placas de rede e GPUs.
Além disso, seria interessante ver outros barramentos de comunicação em desktops além do PCIe, como o próprio NVLink, principalmente se esse pudesse ser usado diretamente com a CPU como já ocorre nos processadores POWER. Muitas vezes mais rápido até mesmo que o PCIe 4.0.

Saindo do mercado de computadores domésticos, tenho quase certeza que microcontroladores RISC-V irão comer uma grande fatia do mercado dos micros ARM atuais, e quem sabe se daqui a 10 anos já não tenhamos protótipos bons o suficientes para serem usados como desktop?

Cara, que maneiro o seu ponto de vista.

Assim como no mercado financeiro, ganhos passados não são promessas de ganhos futuros, mas são bases para serem usadas como direcionamento, na tecnologia a máxima é a mesma.

A tecnologia tem sido um organismo que se desenvolveu lentamente em seus primórdios no inicio da era da computação, mas que saltou da ligeira e necessária situação arcaica de desenvolvimento, para um patamar que por hora era impensável.

Isso refletiu muito na maneira que a nossa sociedade tem se moldado, buscando cada vez mais os limites do que é proporcionado.

Quando penso em 10 anos a frente, me vem em mente um reflexo do cotidiano induzido, onde, por mais simplista que seja o aparato, tudo estará de alguma forma conectado (a internet das coisas), e se tratando de tecnologia computacional, acredito que pela demanda do realismo embutido nos softwares, da cada vez mais exigida conectividade entre as pessoas, e das politicas da sustentabilidade mais severas no mundo, os componentes não sofrerão tamanha alteração em suas conexões, mas sim nas suas performances moduladas.

Como disse acima, há grandes expectativas de que as politicas de sustentabilidade sejam mais severas, e isso ira impactar diretamente nos meios de produções e serviços, reduzindo em proporções drásticas os locais físicos de trabalho, e sendo cada vez mais crescente o numero de homeoffices (como hoje já temos essa realidade inserida no cotidiano devido ao covid).

Assim, os hardwares deixarão de servirem apenas a um simples proposito de setup, mas serão parte de um complexo sistema de automação cada vez mais presente nos lares.

 

[paulomello2006]

Pessoal, tudo bem?

É notório a evolução dos hardwares a cada lançamento, e agora mais do que nunca a competição entre gigantes da tecnologia que reflete no preço final (não levo em consideração as leis aplicadas aqui no Brasil).

Mediante as tudo isso, como você enxerga um futuro não tão distante em termos de tecnologia, daqui 5 anos, e se for capaz de opinar, daqui 10 anos?
O que teremos de novo, o que será melhorado, o que será deixado de lado?

daqui 5 anos já teremos as plataformas usando as memorias DDR5 há algum tempo e então ensaiando pra entrar na DDR6, os processadores de entrada terão 8 núcleos pelo menos.
Daqui 10 anos, dificil dizer!

 

[igormp]

tudo estará de alguma forma conectado (a internet das coisas)

Esse ponto eu nem lembrei pois pra mim já é uma realidade! Mas também sou suspeito falar já que trabalho com isso haha
Uma coisa que acho que vai mudar bastante é a questão da privacidade dos nossos dados (LGPD tá aí já, e a GDPR já se mostrou bem eficiente), bem como termos esses dispositivos de forma bem mais ubíqua. Serão vários e utilizaremos sem nem percebermos, como já acontece em alguns carros hoje em dia.

Como disse acima, há grandes expectativas de que as politicas de sustentabilidade sejam mais severas, e isso ira impactar diretamente nos meios de produções e serviços, reduzindo em proporções drásticas os locais físicos de trabalho

Eu sinceramente nunca tinha parado para pensar nisso, mas realmente já estão entrando em vigor algumas poucas leis sobre isso na europa, talvez o impacto daqui a uns anos realmente seja grande, e vai ser interessante ver como as empresas irão trabalhar ao redor disso. Talvez deixando a obsolência programada um pouco de lado?