Pessoal,
Antes de explicar o assunto do tópico que foi relacionado a uma pesquisa junto a um amigo que está querendo fazer uma faculdade após os 40 anos de idade, gostaria de opniões de vocês a respeito desse artigo que foi publicado na revista Super Interessante.
A historia foi o seguinte, eu estou estudando para concurso e do nada falei que gostaria de fazer uma segunda faculdade, mas dessa vez de Redes de Computadores que é mais infra do que desenvolvimento que é minha atual profissão, estava pensando nisso devido a escassez do trabalho, muita gente nova entrando e sei lá gostaria de mudar.
Então meu amigo que estava no meio dessa conversa disse que gostaria de fazer faculdade para melhorar seu salario, hoje ele trabalha como suporte e desenvolvedor e ganha até bem, mas só tem o ensino médio e as certificações como Microsoft e Cisco e outras que a empresa solicitou para fazer o projeto na época e está até hoje.
As dúvidas surgiram depois da gente ler esse artigo, que essa inglesa informando que faculdade hoje em dia não te dá os melhores salários ou sem ele não vai te deixar sem emprego caso tenha uma boa especialização no assunto mesmo estudando em casa.
Tem muita gente na empresa que tem apenas certificações e ganham bem e nem tem faculdade, pessoal fala que no passado a primeira coisa que a gente tinha que fazer era ter o diploma para seguir na profissão, e hoje na área de TI a pessoa com boa certificação relacionado ao assunto especifico do tipo a pessoa com certificado em CISCO ou Power BI pode trabalhar normalmente como uma pessoa que tivesse o diploma universitário para trabalhar na função.
Alguém aqui hoje tem esse tipo de pensamento que faculdade depois dos 40 é perder dinheiro e é melhor fazer uma especialização com certificação da instituição que deseja? ou ainda a faculdade é o melhor caminho para se ter uma boa mudança no mercado de trabalho?
Segue algumas partes do artigo:
Século 21, Era do Conhecimento. Nunca a educação foi tão importante para as pessoas. Quem não tiver qualificação dificilmente terá oportunidades no mercado de trabalho. Corra para a universidade. O discurso faz sentido: está por trás das políticas públicas que influenciaram a explosiva expansão do ensino superior no Brasil e no mundo nos últimos 15 anos. Só faltou combinar com o mercado… Na vida real, as profissões de nível universitário não cresceram o suficiente para sustentar a multidão que tomou de assalto o banco das faculdades. O telemarketing, por outro lado, cresceu. Como cresceram outros empregos que exigem pouca especialização. Não dão tanto dinheiro, mas são uma opção melhor que o desemprego. Fuja da universidade. A idéia de que o canudo atrai grana é uma furada.
A defensora da polêmica tese é a inglesa Alison Wolf, professora de educação do King’s College, de Londres. A autora do livro Does Education Matter? (“A Educação É Importante?”, sem tradução para o Brasil) explica por que desconfia da necessidade de tanta gente com diploma universitário. Depois de estudar diversos países, ela aponta que melhores níveis educacionais são provavelmente resultado – e não causa – do crescimento econômico.
O principal motivo para essa expansão é o aumento da demanda dos estudantes, e não do mercado. As pessoas acham muito arriscado não ter um diploma universitário. A idéia básica é que, se você não tiver curso superior, não estará competindo pelos melhores empregos.
A maioria dos cursos de prestígio no Brasil dura 4 anos ou mais. Vale a pena gastar todo esse tempo e dinheiro no ensino superior?
As pessoas devem achar que vale a pena. É um risco, mas talvez o investimento se pague. Os humanos são, por natureza, muito otimistas, especialmente os jovens. Agora, se fosse difícil e caro entrar na universidade, as pessoas poderiam pensar: “Bom, eu quero um diploma, mas de repente posso utilizar outras habilidades e fazer dinheiro muito mais fácil”. Na Inglaterra, por exemplo, um encanador pode ganhar bastante dinheiro. É bobagem essa história de que todos precisam ser altamente educados porque os trabalhos da sociedade do conhecimento exigem isso.
Cursos profissionalizantes ou de menor duração seriam uma solução?
Pode ser, mas criar algo assim é muito difícil. Nos países onde isso funciona, como na Suíça ou na Alemanha, o sistema dá certo porque a admissão na universidade é extremamente seletiva. Na França, surgiram os Institutos Tecnológicos, que normalmente dão cursos mais específicos, de dois anos. Só que a classe média começou a freqüentar os institutos, aproveitar seus benefícios e depois completar a educação nas universidades. As pessoas são boas em ajustar o sistema às suas necessidades.
No Brasil, a maior parte das vagas está em universidades particulares. Mas as mais concorridas ainda são as de universidades públicas. Isso é comum?
Ao que me parece, no seu país os ricos conseguem a melhor educação superior de graça e os mais pobres pagam. Isso acontece em vários lugares, é o pior dos mundos. Esse sistema ficou assim porque os governos, de maneira inocente, acreditaram que a educação deveria ser totalmente gratuita.
Não deve?
Não. Se as pessoas vão ter uma vantagem tão grande por causa de um diploma de uma universidade de prestígio, e se elas vão ganhar mais dinheiro por causa disso, faz sentido que elas paguem, certo? Aqui na Inglaterra, finalmente mudaram esse sistema. Não se paga mensalidade desde o início, mas depois que se forma a pessoa paga de volta aos poucos. Não há dinheiro para dar boa educação a todo mundo.
Fonte: Super Interessante
Antes de explicar o assunto do tópico que foi relacionado a uma pesquisa junto a um amigo que está querendo fazer uma faculdade após os 40 anos de idade, gostaria de opniões de vocês a respeito desse artigo que foi publicado na revista Super Interessante.
A historia foi o seguinte, eu estou estudando para concurso e do nada falei que gostaria de fazer uma segunda faculdade, mas dessa vez de Redes de Computadores que é mais infra do que desenvolvimento que é minha atual profissão, estava pensando nisso devido a escassez do trabalho, muita gente nova entrando e sei lá gostaria de mudar.
Então meu amigo que estava no meio dessa conversa disse que gostaria de fazer faculdade para melhorar seu salario, hoje ele trabalha como suporte e desenvolvedor e ganha até bem, mas só tem o ensino médio e as certificações como Microsoft e Cisco e outras que a empresa solicitou para fazer o projeto na época e está até hoje.
As dúvidas surgiram depois da gente ler esse artigo, que essa inglesa informando que faculdade hoje em dia não te dá os melhores salários ou sem ele não vai te deixar sem emprego caso tenha uma boa especialização no assunto mesmo estudando em casa.
Tem muita gente na empresa que tem apenas certificações e ganham bem e nem tem faculdade, pessoal fala que no passado a primeira coisa que a gente tinha que fazer era ter o diploma para seguir na profissão, e hoje na área de TI a pessoa com boa certificação relacionado ao assunto especifico do tipo a pessoa com certificado em CISCO ou Power BI pode trabalhar normalmente como uma pessoa que tivesse o diploma universitário para trabalhar na função.
Alguém aqui hoje tem esse tipo de pensamento que faculdade depois dos 40 é perder dinheiro e é melhor fazer uma especialização com certificação da instituição que deseja? ou ainda a faculdade é o melhor caminho para se ter uma boa mudança no mercado de trabalho?
Segue algumas partes do artigo:
Século 21, Era do Conhecimento. Nunca a educação foi tão importante para as pessoas. Quem não tiver qualificação dificilmente terá oportunidades no mercado de trabalho. Corra para a universidade. O discurso faz sentido: está por trás das políticas públicas que influenciaram a explosiva expansão do ensino superior no Brasil e no mundo nos últimos 15 anos. Só faltou combinar com o mercado… Na vida real, as profissões de nível universitário não cresceram o suficiente para sustentar a multidão que tomou de assalto o banco das faculdades. O telemarketing, por outro lado, cresceu. Como cresceram outros empregos que exigem pouca especialização. Não dão tanto dinheiro, mas são uma opção melhor que o desemprego. Fuja da universidade. A idéia de que o canudo atrai grana é uma furada.
A defensora da polêmica tese é a inglesa Alison Wolf, professora de educação do King’s College, de Londres. A autora do livro Does Education Matter? (“A Educação É Importante?”, sem tradução para o Brasil) explica por que desconfia da necessidade de tanta gente com diploma universitário. Depois de estudar diversos países, ela aponta que melhores níveis educacionais são provavelmente resultado – e não causa – do crescimento econômico.
O principal motivo para essa expansão é o aumento da demanda dos estudantes, e não do mercado. As pessoas acham muito arriscado não ter um diploma universitário. A idéia básica é que, se você não tiver curso superior, não estará competindo pelos melhores empregos.
A maioria dos cursos de prestígio no Brasil dura 4 anos ou mais. Vale a pena gastar todo esse tempo e dinheiro no ensino superior?
As pessoas devem achar que vale a pena. É um risco, mas talvez o investimento se pague. Os humanos são, por natureza, muito otimistas, especialmente os jovens. Agora, se fosse difícil e caro entrar na universidade, as pessoas poderiam pensar: “Bom, eu quero um diploma, mas de repente posso utilizar outras habilidades e fazer dinheiro muito mais fácil”. Na Inglaterra, por exemplo, um encanador pode ganhar bastante dinheiro. É bobagem essa história de que todos precisam ser altamente educados porque os trabalhos da sociedade do conhecimento exigem isso.
Cursos profissionalizantes ou de menor duração seriam uma solução?
Pode ser, mas criar algo assim é muito difícil. Nos países onde isso funciona, como na Suíça ou na Alemanha, o sistema dá certo porque a admissão na universidade é extremamente seletiva. Na França, surgiram os Institutos Tecnológicos, que normalmente dão cursos mais específicos, de dois anos. Só que a classe média começou a freqüentar os institutos, aproveitar seus benefícios e depois completar a educação nas universidades. As pessoas são boas em ajustar o sistema às suas necessidades.
No Brasil, a maior parte das vagas está em universidades particulares. Mas as mais concorridas ainda são as de universidades públicas. Isso é comum?
Ao que me parece, no seu país os ricos conseguem a melhor educação superior de graça e os mais pobres pagam. Isso acontece em vários lugares, é o pior dos mundos. Esse sistema ficou assim porque os governos, de maneira inocente, acreditaram que a educação deveria ser totalmente gratuita.
Não deve?
Não. Se as pessoas vão ter uma vantagem tão grande por causa de um diploma de uma universidade de prestígio, e se elas vão ganhar mais dinheiro por causa disso, faz sentido que elas paguem, certo? Aqui na Inglaterra, finalmente mudaram esse sistema. Não se paga mensalidade desde o início, mas depois que se forma a pessoa paga de volta aos poucos. Não há dinheiro para dar boa educação a todo mundo.
Fonte: Super Interessante