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Esse aumento de preços nos supermercados que ninguém fala

vivemos em sociedade e precisamos dividir a despesa, imagine você com seus amigos, mas o mais rico toda hora tem uma desculpa para não pagar as contas de absolutamente nada, na vida real as pessoas não aceitam isso, no entanto, é assim que acontece no ramo financeiro e as pessoas estão engolindo a tese de que taxar fortunas é errado e aumentar a contribuição sobre o patrimônio é ruim.
Quem são "as pessoas" que engolem isso? Acho que depende totalmente da bolha social de cada um, não?

Se tu vive num meio social com pessoas de alta renda, famílias abastadas e tal, provavelmente terá a visão de que "todos dizem que rico não tem que ser taxado", isso é natural e esperado pelo viés de quem tem alto patrimônio. e de quem almeja chegar nesse "alto nível".

Agora se tu vive em um meio social de renda baixa/média. É mais difícil encontrar pessoas que prefiram pagar impostos no lugar de quem tem bilhões em patrimônio, só porque acham que eles que geram empregos etc etc.

Vejo que é só questão de percepção. A não ser que tu tenha pesquisas que entrevistem pessoas e compilem esse tipo de opinião de forma estruturada, pra fugirmos do viés da percepção individual de cada um.

No mais, concordo contigo que o Governo não tem interesse em melhorar a educação além do "obrigatório". E que em questão de legislação, nada vai mudar profundamente, a não ser que algo muito extremo aconteça. No máximo uns ajustes aqui e ali pra sossegar a galera, mas grandes mudanças em prol do povo ... não tenho o mínimo de esperança que ocorram.

Em 2002 enchia o carrinho do supermercado com R$ 100 :crycat:
Fenômeno chamado inflação. Como o @nando3d falou.

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Sobre a questão principal do tópico. Todo mundo fala disso, quem não fala? kk Um tempo atrás o jornal mesmo era só notícia falando do preço do arroz, era tanta gente falando de arroz que virou meme.

E como o @nando3d e outros colegas falaram, não é tudo que tá aumentando. Tem coisa que aumentou começo do ano mas já tá caindo de preço de novo. Tem coisa que tem aumentado faz tempo, tipo carne.

E no final, como também já falaram, é questão de oferta e demanda. E falando em "economês", existe um conceito chamado Elasticidade preço da demanda. Que tenta descrever como se comporta a demanda de um produto quando os preços mudam.

Se, por exemplo, a maçã subiu 20% em preço e o mamão caiu 10%, o consumidor tende a substituir a maçã pelo mamão. A demanda por esses bens é mais elástica, fruta é um bem com diversas opções, então a demanda pode variar muito conforme o preço dos substitutos varia. E isso consequentemente afeta a perspectiva do preço daquele bem. Se a demanda cai muito, é esperado que o preço venha a cair em algum momento.

É diferente com um bem de demanda mais inelástica. Como o Diesel ou o sal. Os caminhoneiros não podem substituir o Diesel por outros combustíveis quando este ficar caro. Você ainda vai comprar sal se de uma semana pra outra o preço do pacote de 1kg subir de R$ 2,10 pra R$ 4,00.

Bens sem substitutos "fáceis" não vão perder tanta demanda com aumento de preços como ocorre com bens de demanda elástica. Então a regulação desses preços tem menos influência da demanda em si, o consumidor não tem tanto "poder" sobre os preços.

As coisas ficam muito mais complicadas de se analisar sob a ótica que inclui o comércio internacional. As carnes tem alta demanda de exportação. Frango por exemplo, vai praticamente 1/3 da produção pro exterior (Fonte: ABPA). Durante 2021, em sete meses o volume exportado de frango cresceu em volume 8% e em receita quase 16%, ou seja, mesmo internacionalmente o negócio tá ficando mais caro. E mesmo que a demanda nacional caia porque a renda do povo não acompanha o preço, a demanda externa ainda é grande.

Quando falamos de bovinos, só de ver o preço do boi gordo (commodity) subindo direto, não dá pra esperar outra coisa além do consumidor final tomando uma trolha com o aumento dos preços nos mercados. Não é questão de supermercado querendo aumentar lucro no período de pandemia, o preço do BOI INTEIRO não para de subir. É aquela história do buraco que é mais embaixo.



Por isso o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) subiu em 12 meses aprox. 25% enquanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu só 10%.

O IGPM considera desde os custos de matéria prima pra produção, por isso é "Geral". O IPCA só considera o "preço final" ao consumidor. Quando a gente quer analisar todo um contexto de situação nacional, pensar que "Se tá mais caro no mercado, o dono que tá lucrando mais" é muito simplista.

Há braços.
 
pra quem quiser saber, já começou a ter uma queda no preço do leite aqui, coisa de 20 centavos, arroz também já está começando a dar uma baixada no preço, porém o açúcar deu uma subida.

algo que deu uma estabilizada foi o óleo de soja, aqui custa 8,50, na época que começou a subir falaram que poderia chegar até 10 reais.

café também deu uma parada por agora mas deu uma boa subida antes, tem uma marca aqui que subiu em torno de 5 reais o pacote de 500g.
 
Se o país pegar mais 4 anos de governo desse naipe eu não sei mais se vou conseguir sequer comer direito. Enfim, tá foda, o negócio é ir manobrando até enricar por milagre ou até pintar a chance de sair daqui.
Se já está ficando ruim agora, daqui a 4 anos vai estar um caos completo.
Vendi meu carro inicio desse ano, iria trocar por um mais novo, como não estou saindo pra lugar nenhum mesmo, estou postergando.
E pelo visto vai um bom tempo até eu comprar outro me recuso a pagar R$7 num litro de gasolina e aumento em 28% no preço do IPVA dos carros usados.
Se não pretender comprar o carro tão cedo, não deixa ela apenas em real não, diversifique em outras moedas, nem que seja apenas 10%.
 
Moeda era lastreada em ouro ou prata, não podiam simplesmente imprimir dinheiro sem consequência emitindo títulos e mandando a inflação disparar.
Então retornar ao padrão metalista seria a solução?

O Bimetalismo já se provou ineficiente, vide Lei de Gresham e crises do sistema prata-ouro que levaram à recunhagens na Inglaterra depois do século XVII por exemplo.

Então teríamos que usar um único metal. De volta ao padrão-ouro então?

Mas e a Crise de 29?

Claro que é bem discutível e não tem como precisar a "culpa" de cada fator na recessão que estourou em 29 nos EUA. Mas um dos mecanismo de regulação econômica do governo é a política monetária de expandir a oferta de moeda e por consequência, reduzir a taxa de juros.

O que aconteceu foi que a taxa de juros subiu, rolou um pânico generalizado e a galera se livrou dos dólares pra guardar tudo em forma de ouro, já que era conversível. A crise piora ainda mais. O juros alto influenciava as pessoas a guardarem o capital ao invés de gastar, a economia desacelera e por aí vai.

Pós 2ª Guerra e o acordo internacional de Bretton Woods definem um sistema dólar-ouro. Definindo o dólar como moeda de negociação internacional e mantendo o lastro em ouro. Países aliados tiveram seus motivos pra trocar suas reservas de dólar em ouro, e o sistema não se sustentou para os EUA. Esses fluxos internacionais dos metais foram um fator crítico para a crise do bimetalismo também.

Com o fim de Bretton Woods e os EUA "arregando", essa história de lastro ruiu.

O que complica tudo aqui é a dinâmica internacional, as oscilações cambiais e relações comerciais entre as grandes potências dificultam o controle da economia num padrão metalista.

Talvez poderia ser melhor sim, mas sob qual regulamentação? Por séculos os padrões metalistas foram se alterando e os países foram tentando se ajustar, as guerras chegaram pra ferrar com tudo mais ainda e desestabilizar totalmente as reservas das grandes potências. No final quase 50 países chegaram num acordo em um sistema que no final de 2 décadas também não deu certo e todo mundo desistiu.

É muito mais difícil do que parece. O padrão ouro nunca foi uma maravilha.
 
Então retornar ao padrão metalista seria a solução?

O Bimetalismo já se provou ineficiente, vide Lei de Gresham e crises do sistema prata-ouro que levaram à recunhagens na Inglaterra depois do século XVII por exemplo.

Então teríamos que usar um único metal. De volta ao padrão-ouro então?

Mas e a Crise de 29?

Claro que é bem discutível e não tem como precisar a "culpa" de cada fator na recessão que estourou em 29 nos EUA. Mas um dos mecanismo de regulação econômica do governo é a política monetária de expandir a oferta de moeda e por consequência, reduzir a taxa de juros.

O que aconteceu foi que a taxa de juros subiu, rolou um pânico generalizado e a galera se livrou dos dólares pra guardar tudo em forma de ouro, já que era conversível. A crise piora ainda mais. O juros alto influenciava as pessoas a guardarem o capital ao invés de gastar, a economia desacelera e por aí vai.

Pós 2ª Guerra e o acordo internacional de Bretton Woods definem um sistema dólar-ouro. Definindo o dólar como moeda de negociação internacional e mantendo o lastro em ouro. Países aliados tiveram seus motivos pra trocar suas reservas de dólar em ouro, e o sistema não se sustentou para os EUA. Esses fluxos internacionais dos metais foram um fator crítico para a crise do bimetalismo também.

Com o fim de Bretton Woods e os EUA "arregando", essa história de lastro ruiu.

O que complica tudo aqui é a dinâmica internacional, as oscilações cambiais e relações comerciais entre as grandes potências dificultam o controle da economia num padrão metalista.

Talvez poderia ser melhor sim, mas sob qual regulamentação? Por séculos os padrões metalistas foram se alterando e os países foram tentando se ajustar, as guerras chegaram pra ferrar com tudo mais ainda e desestabilizar totalmente as reservas das grandes potências. No final quase 50 países chegaram num acordo em um sistema que no final de 2 décadas também não deu certo e todo mundo desistiu.

É muito mais difícil do que parece. O padrão ouro nunca foi uma maravilha.
O estado ainda manipulava as moedas preciosas com a diminuição de peso destas, inclusive a presença de ranhuras em moedas vem disso.
Bimetalismo funcionou durante muito tempo com ouro, prata e cobre, nas vezes em que ficou falho foi justamente nas vezes em que o estado quis impor valor fixo de câmbio fora da realidade, que o beneficiasse e as pessoas ao perceberem tendiam sempre a ir para a moeda mais forte, no caso o ouro. Daí começa a vir o confisco, curso forçado e monopólio de produção de moedas como formas de aumentar esse controle estatal. Disso para a utilização do papel foi um processo mais suave, justamente por toda a limitação legal imposta pelo estado.

É justamente o contrário.
O problema não foi a moeda ser conversível e isso ter gerado a crise, foi justamente a expansão de crédito irreal feita pelo estado. A conversibilidade seria a única salvaguarda da população de manter seu patrimônio, e a sociedade sabia tanto disso que correu para resgatar o lastro quando pôde, o que fez o castelo de cartas desmoronar e o estado proibir a conversibilidade ao público geral logo em seguida.
O padrão ouro tradicional seria uma forma muito melhor de controle de oscilações cambiais e relações comerciais, como chegou a ser em um passado mais remoto. Foi justamente os "atalhos" criados pelos governos para manipular a moeda do seu estado e do seu povo que fizeram com que esse padrão passasse a ser rejeitado. Sempre houve resistência das pessoas em abrir mão do padrão ouro, coisa que foi feita de forma gradativa, justamente porque era algo que funcionava bem. A partir do momento que começam a se modernizar os sistemas de crédito, com a necessidade de haver o depósito de confiança no governo como garantidor de um papel-moeda, é que as coisas rapidamente degringolaram.
Mesmo após a crise de 29, já concomitante ao cenário da primeira guerra e de gastos descontrolados na Europa, período em que os EUA assumiu o protagonismo mundial, os acordos entre os países nunca deram certo, continuaram desvalorizando as moedas baseado na desvalorização da libra, que por sua vez tinha ficado lastreada ao dólar, até que os EUA vem a romper o lastro ouro dólar na década de 70, revelando todas as falhas do sistema monetário para com a sua definição "original".
Retornar ao padrão ouro não sei se funcionaria hoje em dia, é praticamente utopia, mas se tivessemos mantido isso desde sempre com certeza não seria tão ruim como ficou.
 
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Então retornar ao padrão metalista seria a solução?

O Bimetalismo já se provou ineficiente, vide Lei de Gresham e crises do sistema prata-ouro que levaram à recunhagens na Inglaterra depois do século XVII por exemplo.

Então teríamos que usar um único metal. De volta ao padrão-ouro então?

Mas e a Crise de 29?

Claro que é bem discutível e não tem como precisar a "culpa" de cada fator na recessão que estourou em 29 nos EUA. Mas um dos mecanismo de regulação econômica do governo é a política monetária de expandir a oferta de moeda e por consequência, reduzir a taxa de juros.

O que aconteceu foi que a taxa de juros subiu, rolou um pânico generalizado e a galera se livrou dos dólares pra guardar tudo em forma de ouro, já que era conversível. A crise piora ainda mais. O juros alto influenciava as pessoas a guardarem o capital ao invés de gastar, a economia desacelera e por aí vai.

Pós 2ª Guerra e o acordo internacional de Bretton Woods definem um sistema dólar-ouro. Definindo o dólar como moeda de negociação internacional e mantendo o lastro em ouro. Países aliados tiveram seus motivos pra trocar suas reservas de dólar em ouro, e o sistema não se sustentou para os EUA. Esses fluxos internacionais dos metais foram um fator crítico para a crise do bimetalismo também.

Com o fim de Bretton Woods e os EUA "arregando", essa história de lastro ruiu.

O que complica tudo aqui é a dinâmica internacional, as oscilações cambiais e relações comerciais entre as grandes potências dificultam o controle da economia num padrão metalista.

Talvez poderia ser melhor sim, mas sob qual regulamentação? Por séculos os padrões metalistas foram se alterando e os países foram tentando se ajustar, as guerras chegaram pra ferrar com tudo mais ainda e desestabilizar totalmente as reservas das grandes potências. No final quase 50 países chegaram num acordo em um sistema que no final de 2 décadas também não deu certo e todo mundo desistiu.

É muito mais difícil do que parece. O padrão ouro nunca foi uma maravilha.
Sim tem problemas, mas o padrão de ficar emitindo dinheiro sem lastro vai dar muita merda, não é a toa que criptomoedas estão explodindo, todo mundo sabe que logo logo que essas supostas restrições de segunda onda caírem por terra, vai explodir a inflação na nossa cara, junto com desabastecimento em massa já que a china cagou no pau do seu sistema energético.
Bretton Woods caiu devido aos gastos exorbitantes do vietnã, não tinha mais reservas de ouro para garantir o dólar, coisa que poderia ter sido facilmente evitada com uma política fiscal sana ou evitar uma guerra colonial desnecessária.
Também concordo com os problemas do bimetalismo, mas meu ponto não é o ouro ou prata (que ambos estão sendo shorteados a décadas pelos billionários), é simplesmente o controle do suprimento de dinheiro, ficar imprimindo a toa vai levar a um cenário de hiperinflação alemã e todo mundo sabe o que isso resultou...
 

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