Analistas prevêem leilão pela GVT
:: Ana Paula Lobo
:: Convergência Digital :: 07/10/2009
Além de Telefônica e Vivendi, claramente interessadas em comprar a GVT, há a expectativa que um terceiro player venha a participar do processo: A Telmex, disposta a não perder a sua liderança na banda larga, uma vez que duas de suas empresas - Net e Embratel - poderiam ser bastante atingidas. Mas mesmo que o embate fique entre espanhóis e franceses, o valor a ser pago pela GVT deve ser superior aos R$ 6,5 bilhões ofertados, afirmam especialistas do mercado de telecomunicações.
No mercado interno, a Oi sofreria o impacto, principalmente, no mercado corporativo e governamental na região Centro-Sul. Isso porque a empresa não tem o perfil corporativo - é focada no consumidor e nas PMEs, enquanto a Telefônica, por exemplo, tem forte presença no segmento empresarial.
"É uma oportunidade sem igual para a Telefônica, mas não acredito que ela leve a GVT pelo preço ofertado. Vejo que a Vivendi está, sim, interessada em entrar no mercado latino-americano. Prevejo uma disputa", avaliou Júlio Puschel, analista do Yankee Group.
Posição também defendida pelo ex-ministro das Comunicações, Juarez Quadros do Nascimento, hoje, consultor de mercado. "Será que o grupo francês Vivendi não consegue contornar a cláusula do acordo de acionistas, o famoso "poison pills" (pílula veneno), o que também afeta o interesse da Telefônica e assim vir a igualar ou até cobrir a oferta? A GVT vale o quanto pesa no modelo brasileiro de telecomunicações", detalha.
Do ponto de vista legal, Puschel, do Yankee Group, e Quadros, da Orion Consult, não vêem problemas para a Anatel vir a aprovar o negócio. Haverá, de acordo com o ex-ministro das comunicações, a exigência da renúncia de licenças de STFC em algumas cidades sobrepostas, fato que também aconteceu com a TIM/Intelig.
"Do ponto de vista de mercado, a compra da Telefônica não mexe no atual quadro de termos dois competidores na região da Brasil Telecom. Sai a GVT e entra a Telefônica. Em São Paulo, a GVT não atua", completou o analista do Yankee Group.
Nesta quarta-feira, 07/10, a Telefônica fez uma proposta de R$ 6,5 bilhões para ficar com 100% do controle da GVT. Na semana passada, a Vivendi tinha feito uma proposta de R$ 5,4 bilhões. A decisão deverá acontecer no dia 19 de novembro quando haverá a Oferta Pública de Ações, conforme o comunicado da Telefônica enviado à CVM.
:: Ana Paula Lobo
:: Convergência Digital :: 07/10/2009
Além de Telefônica e Vivendi, claramente interessadas em comprar a GVT, há a expectativa que um terceiro player venha a participar do processo: A Telmex, disposta a não perder a sua liderança na banda larga, uma vez que duas de suas empresas - Net e Embratel - poderiam ser bastante atingidas. Mas mesmo que o embate fique entre espanhóis e franceses, o valor a ser pago pela GVT deve ser superior aos R$ 6,5 bilhões ofertados, afirmam especialistas do mercado de telecomunicações.
No mercado interno, a Oi sofreria o impacto, principalmente, no mercado corporativo e governamental na região Centro-Sul. Isso porque a empresa não tem o perfil corporativo - é focada no consumidor e nas PMEs, enquanto a Telefônica, por exemplo, tem forte presença no segmento empresarial.
"É uma oportunidade sem igual para a Telefônica, mas não acredito que ela leve a GVT pelo preço ofertado. Vejo que a Vivendi está, sim, interessada em entrar no mercado latino-americano. Prevejo uma disputa", avaliou Júlio Puschel, analista do Yankee Group.
Posição também defendida pelo ex-ministro das Comunicações, Juarez Quadros do Nascimento, hoje, consultor de mercado. "Será que o grupo francês Vivendi não consegue contornar a cláusula do acordo de acionistas, o famoso "poison pills" (pílula veneno), o que também afeta o interesse da Telefônica e assim vir a igualar ou até cobrir a oferta? A GVT vale o quanto pesa no modelo brasileiro de telecomunicações", detalha.
Do ponto de vista legal, Puschel, do Yankee Group, e Quadros, da Orion Consult, não vêem problemas para a Anatel vir a aprovar o negócio. Haverá, de acordo com o ex-ministro das comunicações, a exigência da renúncia de licenças de STFC em algumas cidades sobrepostas, fato que também aconteceu com a TIM/Intelig.
"Do ponto de vista de mercado, a compra da Telefônica não mexe no atual quadro de termos dois competidores na região da Brasil Telecom. Sai a GVT e entra a Telefônica. Em São Paulo, a GVT não atua", completou o analista do Yankee Group.
Nesta quarta-feira, 07/10, a Telefônica fez uma proposta de R$ 6,5 bilhões para ficar com 100% do controle da GVT. Na semana passada, a Vivendi tinha feito uma proposta de R$ 5,4 bilhões. A decisão deverá acontecer no dia 19 de novembro quando haverá a Oferta Pública de Ações, conforme o comunicado da Telefônica enviado à CVM.