A presidente Dilma Rousseff não vai revogar o aumento de IPI sobre carros importados, mas já mandou sua equipe negociar um regime diferenciado para as montadoras estrangeiras que instalarem fábricas no país, informa reportagem de Valdo Cruz e Ana Flor para a Folha.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Dilma deu sinal verde para aliviar montadoras do imposto mais alto desde que instalem unidades no Brasil e se comprometam com um cronograma escalonado para atingir no médio prazo 65% de conteúdo local.
Assessores presidenciais disseram à Folha que já há negociações com a coreana Hyundai e a alemã BMW. Elas vão apresentar proposta fixando o prazo em que atingiriam o percentual de conteúdo local para escaparem do aumento de 30 pontos percentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Representantes da chinesa JAC Motors também estão interessados em participar das negociações e discutem uma proposta com a matriz.
Segundo um assessor, a ideia é que existam dois regimes: um para montadora sem fábrica no país, com IPI mais alto; outro para empresas já presentes no Brasil ou em processo de instalação.
A presidente encarregou o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) de comandar as negociações com as montadoras estrangeiras.
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) disse nesta sexta-feira que cabe às montadoras que tenham projetos de fábricas no país apresentarem propostas para que o governo possa flexibilizar a cobrança de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre carros importados.
Conforme a Folha informou hoje, o governo deu sinal verde para aliviar montadoras do imposto mais alto desde que instalem unidades no Brasil e se comprometam com um cronograma escalonado para atingir no médio prazo 65% de conteúdo local.
"Empresas sérias que querem vir desenvolver produtos no Brasil terão suas propostas examinadas. Até o momento, não recebemos nenhuma", disse, após participar do Exame Fórum, em São Paulo.
Pimentel acrescentou que o governo recebeu sinalizações de empresas interessadas em fabricar no país e que está aberto a examinar as propostas que forem apresentadas.
Sobre o caso da Hyundai, que desenvolve uma fábrica em São Paulo, ele disse que a empresa poderá ser enquadrada no regime, desde que atenda às condições exigidas.
"PIRATARIA"
Ontem (29), a presidente Dilma Rousseff afirmou que o aumento nas alíquotas de IPI para carros importados é uma proteção ao emprego no Brasil. Em uma fala forte, ela demonstrou que não pretende recuar na medida, que recebeu críticas até mesmo dentro do governo.
"É uma medida a favor do emprego e contra o fato de que nosso mercado interno não será objeto de pirataria de país nenhum", disse.
"Todas as empresas que estão queixando não produziam aqui. Estavam simplesmente montando e usando mecanismos para importar e usar o nosso mercado interno. A indústria automobilística brasileira está intacta", acrescentou.
Folha.com - Mercado - Governo espera propostas para flexibilizar IPI, diz Pimentel - 30/09/2011
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Dilma deu sinal verde para aliviar montadoras do imposto mais alto desde que instalem unidades no Brasil e se comprometam com um cronograma escalonado para atingir no médio prazo 65% de conteúdo local.
Assessores presidenciais disseram à Folha que já há negociações com a coreana Hyundai e a alemã BMW. Elas vão apresentar proposta fixando o prazo em que atingiriam o percentual de conteúdo local para escaparem do aumento de 30 pontos percentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Representantes da chinesa JAC Motors também estão interessados em participar das negociações e discutem uma proposta com a matriz.
Segundo um assessor, a ideia é que existam dois regimes: um para montadora sem fábrica no país, com IPI mais alto; outro para empresas já presentes no Brasil ou em processo de instalação.
A presidente encarregou o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) de comandar as negociações com as montadoras estrangeiras.
Governo espera propostas para flexibilizar IPI, diz Pimentel
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) disse nesta sexta-feira que cabe às montadoras que tenham projetos de fábricas no país apresentarem propostas para que o governo possa flexibilizar a cobrança de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre carros importados.
Conforme a Folha informou hoje, o governo deu sinal verde para aliviar montadoras do imposto mais alto desde que instalem unidades no Brasil e se comprometam com um cronograma escalonado para atingir no médio prazo 65% de conteúdo local.
"Empresas sérias que querem vir desenvolver produtos no Brasil terão suas propostas examinadas. Até o momento, não recebemos nenhuma", disse, após participar do Exame Fórum, em São Paulo.
Pimentel acrescentou que o governo recebeu sinalizações de empresas interessadas em fabricar no país e que está aberto a examinar as propostas que forem apresentadas.
Sobre o caso da Hyundai, que desenvolve uma fábrica em São Paulo, ele disse que a empresa poderá ser enquadrada no regime, desde que atenda às condições exigidas.
"PIRATARIA"
Ontem (29), a presidente Dilma Rousseff afirmou que o aumento nas alíquotas de IPI para carros importados é uma proteção ao emprego no Brasil. Em uma fala forte, ela demonstrou que não pretende recuar na medida, que recebeu críticas até mesmo dentro do governo.
"É uma medida a favor do emprego e contra o fato de que nosso mercado interno não será objeto de pirataria de país nenhum", disse.
"Todas as empresas que estão queixando não produziam aqui. Estavam simplesmente montando e usando mecanismos para importar e usar o nosso mercado interno. A indústria automobilística brasileira está intacta", acrescentou.
Folha.com - Mercado - Governo espera propostas para flexibilizar IPI, diz Pimentel - 30/09/2011
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