Parabéns aos mãos-de-vaca que organizaram o Pan(demônio)

guicn

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O relatório parcial divulgado pelo Tribunal de Contas da União sobre os gastos do Pan(demônio), os Jogos Abertos das Américas, colocou um zíper na boca daqueles que sempre suspeitaram da eficiência da aplicação do dinheiro público em benefício do esporte. Certamente eles devem estar com cara de tacho. Os primeiros números são alvissareiros, dignos de um país que sonha em organizar a Olimpíada de 2016.

A hospedagem de cada atleta na Vila, por exemplo, custou menos do que uma noite em uma pensão da Penha. A diária saiu por irrisórios R$ 1.137,00. Por isso, a grande festa do COB (caixinha, obrigado Brasil) e Ministério do Esporte pôde receber de braços abertos mais de 10 mil participantes. Pegando-se lápis, borracha e papel em uma de nossas abastadas escolas, mais a sabedoria de um aluno privilegiado deste Brasil varonil, chega-se à conclusão de que foram gastos parcos R$ 11,3 milhões apenas para receber os convidados. Uma ninharia!

Outro dado significativo de que houve uma administração linha-dura, mão-de-vaca por excelência: o sistema de credenciamento, orçado em R$ 55 mil, atingiu a bagatela de R$ 26,7 milhões. Números mais que suficientes para enxotar a mídia ranzinza para um beco sem saída, ou melhor, à procura de outro Judas para descer o porrete e deixar o esporte nacional caminhar em paz.

Tudo dentro de um planejamento extremamente profissional, capaz de importar dardos, varas de salto e outros materiais que só chegaram depois que a chama da tocha do Pan(demônio) apagou. E, pelo que se sabe, repousam galhardamente nos porões do magnânimo COB (caixinha, obrigado Brasil), do eterno Carlos ‘Rolando Lero’ Nuzman.

O TCU ainda não passou a régua porque o Ministério do Esporte, capitaneado pelo medalha de ouro Orlando Silva Júnior, e diversas estatais ficaram de apresentar mais alguns dados. Nada, porém, que deva provocar uma comoção generalizada ou entupir as torneiras da 'ilha da fantasia' do mestre Tatoo.

A conta deve fechar por volta de R$ 4 bilhões, 800% a mais do que estava previsto quando o Rio ganhou o direito de promover o rega-bofe. Enquanto isso não acontece, ficam os elogios do ministro-relator Marcos Vinicios Vilaça: “O Ministério do Esporte foi o maior responsável pelo planejamento precário que permeou o evento. Estado, município e Co-Rio também foram responsáveis (...) Nenhuma obra de relevância foi planejada ou realizada (...) e algumas instalações esportivas já foram abandonadas.”

por José Roberto Malia, para o ESPN.com.br

Fonte: ESPN BRASIL
 
De politico brasileiro vc pode esperar tudo de ruim e do pior.
 
Quando pensam em "Olimpíadas", "Copa do Mundo", estão na verdade enxergando a especulação imobiliária, o dinheiro desviado, a obra supervalorizada, isso é fato.
 
Por isso que o Brasil não merece ter esses jogos aqui...
 
Assistindo a ESPN BRASIL hoje descobri mais um dado interessante.
Adivinhem quanto foi a bagatela para fazer o site do PAN 2007?
1,6 milhões de reias. É mole?
 

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