É bom demais ver um cara do tamanho do Schreier, que goza de um enorme prestígio na indústria, vocalizar exatamente aquilo que todos perceberam nas últimas semanas: uma verdadeira anátema dos gigantes sobre a Larian. E ainda citou uma das entrevistas do Vincke à PC Gamer que desnuda -- com muita elegância e de forma até "despretensiosa", vale dizer -- a mentalidade atual das produtoras. Schreier consegue explorar bem isso e a conclusão é bastante óbvia: a necessidade de mitigar riscos replicando jogos que fizeram sucesso, abrindo capital em busca de investidores e colocando nojeiras como passe de temporada e microtransação nos jogos.
Pois aí está a diferença quando tratamos de liberdade criativa: um trabalho artístico que tem em sua fila de prioridades a própria obra antes da concepção de mecanismos bizarros, assim como um foco no "marketing" (que está mais para enganação) maior do que no próprio produto, desenvolvidos única e exclusivamente para drenar o maior número possível de dinheiro de seus clientes e admiradores. "Então você quer dizer que as empresas não devem visar lucro?". É evidente que devem. "Mas elas não podem enriquecer com o suor do próprio labor?". Pena de você que entendeu isso. Agora, quando falamos dela [liberdade criativa], é a trabalhos semelhantes ao reproduzido pelo Vincke e sua equipe que nos referimos.
Gostem as produtoras ou não (e muitas certamente não gostarão), Larian é a referência de que precisávamos, mas que apenas se dispôs com Baldur's Gate 3: um estúdio outrora pequeno que entregava trabalhos "nichados", mas que conseguiu furar a bolha e caiu nas graças de quem joga videogame pelo simples fato de zelar pelo primor de sua obra (e o jogador nem precisa gostar do gênero para constatar o fato). Das sombras à luz; do anonimato ao estrelato; de mero acessório à prata da casa: torço apenas para que eles consigam passar incólumes por todas as tentações que se apresentarão daqui para frente e não se transformem no Harvey Dent do mundo dos jogos.
Pois aí está a diferença quando tratamos de liberdade criativa: um trabalho artístico que tem em sua fila de prioridades a própria obra antes da concepção de mecanismos bizarros, assim como um foco no "marketing" (que está mais para enganação) maior do que no próprio produto, desenvolvidos única e exclusivamente para drenar o maior número possível de dinheiro de seus clientes e admiradores. "Então você quer dizer que as empresas não devem visar lucro?". É evidente que devem. "Mas elas não podem enriquecer com o suor do próprio labor?". Pena de você que entendeu isso. Agora, quando falamos dela [liberdade criativa], é a trabalhos semelhantes ao reproduzido pelo Vincke e sua equipe que nos referimos.
Gostem as produtoras ou não (e muitas certamente não gostarão), Larian é a referência de que precisávamos, mas que apenas se dispôs com Baldur's Gate 3: um estúdio outrora pequeno que entregava trabalhos "nichados", mas que conseguiu furar a bolha e caiu nas graças de quem joga videogame pelo simples fato de zelar pelo primor de sua obra (e o jogador nem precisa gostar do gênero para constatar o fato). Das sombras à luz; do anonimato ao estrelato; de mero acessório à prata da casa: torço apenas para que eles consigam passar incólumes por todas as tentações que se apresentarão daqui para frente e não se transformem no Harvey Dent do mundo dos jogos.