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    Atencionamente,

    Administração do Fórum Adrenaline

Precisamos da ética

Soro

Banido
Banido
O caminhão tomba na pista. Mesmo que a carga tenha seguro, que o caminhão tenha seguro, a dor de cabeça será grande. Atraso na entrega ao destinatário, congestionamento no transito, atendimento hospitalar ao caminhoneiro e seu ajudante, boletim de ocorrencia, e por ai vai. Muita dor de cabeça, não é nada para se comemorar, mas o que acontece? De cada 10 que param, talvez 1 seja pra ajudar, o resto é pra roubar a carga.

É sempre assim, uma realidade mais dos países de baixo nível cultural, uma realidade do Brasil. Alguns desse forum com certeza são do tipo que não perdem a chance de levar vantagem em cima do erro alheio.

Alguns diriam que comércio é isso, mas não é. Pode ser. Pode até ser nos casos onde a ética não vale nada. Você ganha fazendo o outro perder. Existe esse tipo de comércio, esse tipo de "negócio", mas isso é errado.

A menina do caixa se engana e lhe dá mais troco, as vezes até mais dinheiro do que o que vc lhe deu, e vc embolsa! Meu caro, isso é errado, é muito errado.

A loja anuncia um preço errado no site (sim, estou pegando o gancho de outro tópico fechado) e vc corre comprar rapidinho, até avisa pros seus amigos pra que eles comprem também. Meu Deus... isso é errado, é rídiculo.

Todo os dias temos a chance de lograr os outros, de enganar alguém, de compactuar com o crime, com o erro, com a falta de ética.

O cara se acha no direito de comprar produto pirateado. Não digo o cara que precisa, mas não tem dinheiro suficiente, como é o caso de softwares muito caros que alguém precisa pra exercer sua profissão ou seus estudos. O cara acha que está na vantagem sendo desonesto. É bonito, afinal, porque não, se a coisa está ali à mão?

A coisa vai por ai afora. Desde furto simples ou qualificado, passando por estelionato, e mais um monte de outros crimes e contravenções, muita gente vai praticando pequenos delitos, pequenas ofensas, pequenos errinhos que vão se somando e moldando nossa cultura errada.

Todo mundo rouba. Nem todo mundo, mas muita gente rouba.

É o pastor vendendo terreno no céu. É o médico receitando remédio em fase de teste porque ganha comissão do laboratório.

É fábrica de cerveja vendendo mulher pelada, é mulher pelada vendendo cerveja.

Se tenta enganar no marketing, se tenta enganar nos postos de combustíveis, se tenta enganar nos serviços de telefonia... fixa e celular.

Inventam coisas que não precisamos e juram que isso é importante. Escravizamos uns aos outros. Eu roubo você, vc me rouba e assim fica tudo certo.

É o governo roubando as empresas, as empresas roubando os empregados, os empregados roubando as empresas, as empresas roubando o governo.

Quem rouba mais chora menos. É a lei, é a Lei com L maísculo.

Lei de Gerson, lei do Lula, lei do brasileiro, lei do miserável, lei do rico.

O sócio faz esquema com o fornecedor pra roubar o próprio sócio. Os melhores empregados usam da estrutura da empresa pra criar sua base antes de sair pra abrir concorrência.

A filha usa o dinheiro que era pra pagar a facu pra gastar na balada, e os pais nem sabem que ela já abandonou a escola há quase um ano.

O moleque mente pra poder comer a menina. A menina mente pra poder segurar o menino.

As crianças mentem pros pais, os pais mentem pras crianças.

Afinal... que mundo é esse que criamos?

Macacos não mentem para serpentes que não mentem para cavalos. A natureza não mente.

Ou mente?

Será que nossas mentiras nasceram dos nossos medos, das nossas necessidades ou é simplesmente sem-vergonhice pura e simples?

Podemos facilmente passar a culpa para os nossos genes, ou devemos assumir a responsabilidade?

Até quando seremos hipócritas, mentirosos, anti-éticos?

Porque a questão não é seguir os impulsos mais primários. Para não roubar a carga do caminhão, para não ficar com o troco, precisamos antes de tudo ter ÉTICA, e isso se aprende, se assimila, se adquire.

Não se nasce ético. Nascemos egoistas, somos egoistas, e vamos todos morrer assim.

Mas precisamos aprender que nossa sociedade depende da ética para funcionar, e a ética começa em nós mesmos, a todo instante, em cada ação.

Seja ético. Não roube, não queira tirar vantagem sobre a fragilidade alheia. Ajuda o próximo, ajude sua permanência nesse planeta, sua e das gerações vindouras, praticando a ética.

Seja ético, não seja burro.
 
Sempre antes de proceder ou tomar alguma decisao, verifico neste documento se entra em conflito com algum dos itens listados, veja

Os+Dez+Mandamentos.jpg


Se estiver tudo dentro dos conformes, eu sigo em frente, caso contrario, nao.

De resto, nao sou hipocrita, no dia dia vale do bom senso, nao me importo e nao eh do meu respeito o que o cidadao faz da vida dele ou com as coisas dele, eu "policio" somente a minha vida (to sem acento e tudo, teclado EUA win BR) nao a dos outros, sigo o "nao faca pros outros o que nao faria pra si mesmo" e soh.

Ass.
Toskoforce
 
Última edição:
Tombar um caminhao de xbox na minha frente, eu coloco um no carro e vou ajudar o motorista.
Eu devolvo quando me dao dinheiro a mais.
Compraria da loja com preço errado.
Nao compro coisa pirata, mas baixo.
Nao vejo problema com a mulher pelada vendendo cerveja.
 
ontem por pouco não fui pro aeroporto pegar o primeiro avião pra passar um tempo longe dessa porra desse país de safados... to a ponto de mandar "um dia de fúria style".. o próximo calhorda q eu encontrar tem grandes chances de ir parar num hospital.. de boa ñ guento mais esse povo safado...
 
Boa tarde!
Leia o mundo como "Vontade e Representação de Schopenhauer" superou Kant , se tu fores cair na psicologia e na filosofia moderna sua definição de ética cairia por água abaixo porque se relativizaria e qualquer tentativa de criar um padrão universal seria inevitável de não se falar de poder e violência.O homem não segue valores éticos e morais universais criado por ele mesmo e sim pela regra da natureza (irracional) e qualquer tentativa massificante de instituir leis universais mutila a natureza humana e gera contra reação do inconsciente e o irracional mutilado começa se dissimular violentamente no racional.Se eu for tentar instituir (veja, usando lei e o direito=poder=violência )e criar uma regra massificante (que se diga ética) e que possa mutilar tua natureza condizendo com meus interesses, tu entraria em contradição com o que tu comes e com teu corpo , porque um exemplo eu sou vegetariano , claro que isso não poderia virá uma lei universal com penalidades para aqueles que não a seguisse, principalmente em relação aqueles que visam interessses econômicos principalmente esta tendência servindo como parâmetros éticos e morais ditando dogmas e penalidades para aqueles que não se condicionam , como outras característica que denominamos ética e que não é, porque acima de tudo a moral não instituída mas dos bons costumes fica do lado da vida e da natureza dos impulsos da vontade do amor dos ser e não de objetos que visam a estagnação da sociedade para uma pequena súcia , , se devemos ensinar algo a alguém que seja em primeiro sem necessidade de instituir uma lei que exerce um estado de "direito de um pequeno grupo com força política e econômica" sobre o direito de outros grupos ou indivíduos acima de tudo , inclusive o direito natural, porque no fundo ,no fundo direito caro companheiro se fores investigar na psicologia deduziria em ser uma violência, então vejamos um esclarecimento de Freud para Einstein sobre o direito:


Einstein

Prezado Professor Freud
A proposta da Liga das Nações e de seu Instituto Internacional para a Cooperação Intelectual,em Paris, de que eu convidasse uma pessoa, de minha própria escolha, para um franco intercâmbio de pontos de vista sobre algum problema que eu poderia escolher, oferece-me excelente oportunidade de conferenciar com o senhor a respeito de uma questão que, da maneira como as coisas estão, parece ser o mais urgente de todos os
problemas que a civilização tem de enfrentar. Este é o problema: existe alguma forma
de livrar a humanidade da ameaça de guerra? É do conhecimento geral que, com o progresso da ciência de nossos dias, esse tema adquiriu significado de assunto de vida ou morte para a civilização, tal como a conhecemos; não obstante, apesar de todo o
empenho demonstrado, todas as tentativas de solucioná-lo terminaram em lamentável fracasso. Ademais, acredito que aqueles cuja atribuição é atacar o problema de forma profissional e prática, estão apenas adquirindo crescente consciência de sua impotência para abordá-lo, e agora possuem um vivo desejo de conhecer os pontos de vistas de homens que, absorvidos pela busca da ciência, podem mirar os problemas do mundo sob a perspectiva que a distância permite.Quanto a mim, o objetivo habitual de meu pensamento não me permite uma compreensão interna das obscuras regiões da vontade e do
sentimento humano. Assim, na indagação ora proposta, posso fazer pouco mais do que procurar esclarecer a questão em referência e, preparando o terreno das soluções mais óbvias, possibilitar que o senhor proporcione a elucidação do problema mediante o auxílio do seu profundo conhecimento da vida instintiva do homem. Existem determinados obstáculos psicológicos cuja existência um leigo em ciências mentais pode obscuramente entrever, cujas interrela ções e filigranas ele, contudo, é incompetente para compreender; estou convencido de que o senhor será capaz de sugerir métodos educacionais situados mais ou menos fora dos objetivos da política, os quais eliminarão esses obstáculos. Como pessoa isenta de preconceitos nacionalistas, pessoalmente vejo uma forma simples de abordar o aspecto superficial (isto é,administrativo) do problema: a instituição, por meio de acordo internacional, de um organismo legislativo e judiciário para arbitrar todo conflito que surja entre nações. Cada nação submeter-se-ia à obediência às ordens emanadas desse organismo legislativo, a recorrer às suas decisões em todos os litígios, a aceitar irrestritamente suas decisões e a pôr em prática todas as medidas que o tribunalconsiderasse necessárias para a execução de seus decretos.Já de início, todavia, defronto-me com uma dificuldade: um tribunal é uma instituição humana que, em relação ao poder de que dispõe, é inadequada para fazer cumprir seus veredictos, está muito sujeito a ver suas decisões anuladas por pressões extrajudiciais. Este é um fato com que temos de contar; a lei e o poder inevitavelmente andam de mãos dadas, e as decisões jurídicas se
aproximam mais da justiça ideal exigida pela comunidade (em cujo nome e em cujos interesses esses veredictos são pronunciados), na medida em que a comunidade tem efetivamente o poder de impor o respeito ao seu ideal jurídico.Atualmente, porém, estamos distantes de possuir qualquer organização supranacional competente para emitir julgamentos de autoridade incontestável e garantir absoluto acatamento à
execução de seus veredictos. Assim, sou levado ao meu primeiro princípio; a busca da segurança internacional envolve a renúncia incondicional, por todas as nações, em determinada medida, à sua liberdade de ação, ou seja, à sua soberania, e é absolutamente evidente que nenhum outro caminho pode conduzir a essa segurança.O insucesso, malgrado sua evidente sinceridade, de todos os esforços, durante a última década, no sentido de alcançar essa meta, não deixa lugar à dúvida de que estão em jogo fatores
psicológicos de peso que paralisam tais esforços.Alguns desses fatores são mais fáceis de detectar. O intenso desejo de poder, que caracteriza a classe governante em cada nação, é hostil a qualquer limitação de sua soberania nacional. Essa fome de poder político está acostumada a medrar nas atividades, de um outro grupo, cujas aspirações são de caráter econômico, puramente mercenário. Refiro-me especialmente a esse grupo reduzido,porém decidido, existente em cada nação, composto de indivíduos que, indiferentes às condições e aos controles sociais, consideram a guerra, a fabricação e venda de armas simplesmente como uma oportunidade de expandir seus interesses pessoais e ampliar a sua autoridade pessoal.O reconhecimento desse fato, no entanto, é simplesmente o primeiro passo para uma avaliação da situação atual. Logo surge uma outra questão: como é possível a essa pequena súcia dobrar a vontade da maioria, que se resigna a perder e a sofrer com uma
situação de guerra, a serviço da ambição de poucos? (Ao falar em maioria, não excluo os soldados, de todas as graduações, que escolheram a guerra como profissão, na crença de que estejam servindo à defesa dos mais altos interesses de sua raça e de que o ataque seja, muitas vezes, o melhor meio de defesa). Parece que uma resposta óbvia a essa
pergunta seria que a minoria, a classe dominante atual, possui as escolas, a imprensa e, geralmente, também a Igreja, sob seu poderio. Isto possibilita organizar e dominar as emoções das massas e torná-las instrumento desta minoria.Ainda assim, nem sequer essa resposta proporciona uma solução completa. Daí surge uma nova questão: como esses mecanismos conseguem tão bem despertar nos homens um entusiasmo extremado, a ponto de estes sacrificarem suas vidas?Pode haver apenas uma resposta. É porque o homem encerra dentro de si um desejo de ódio e destruição.Em tempos normais, essa paixão existe
em estado latente, emerge apenas em circunstâncias anormais: é, contudo, relativamente fácil despertá-la e elevá-la à potência de psicose coletiva. Talvez aí esteja o ponto crucial de todo o complexo de fatores que estamos considerando, um enigma que só um especialista na ciência dos instintos humanos pode resolver. Com isso, chegamos à nossa última
questão. É possível controlar a evolução da mente do homem, de modo a torná-lo à prova das psicoses do ódio e da destrutividade? Aqui não me estou referindo tão-somente às chamadas massas incultas.A experiência prova que é, antes de todas, a chamada Intelligentzia a mais inclinada a ceder a essas desastrosas sugestões coletivas, de vez que o
intelectual não tem contato direto com o lado rude da vida, mas a encontra em sua forma sintética mais fácil na página impressa. Para concluir: até aqui somente falei das
guerras entre nações, aquelas que se conhecem como conflitos internacionais. Estou, porém, bem consciente de que o instinto agressivo opera sob outras formas e em outras circunstâncias. (Penso nas guerras civis, por exemplo, devidas à intolerância
religiosa, em tempos precedentes, hoje em dia, contudo, devidas a fatores sociais; ademais, também nas perseguições a minorias raciais.) Foi deliberada a minha insistência
naquilo que é a mais típica, mais cruel e extravagante forma de conflito entre os homens, pois aqui temosa melhor ocasião de descobrir maneiras e meios de tornar impossíveis qualquer conflito armado.Sei que nos escritos do senhor podemos encontrar respostas, explícitas ou implícitas, a todos os aspectos desse problema urgente e obsessivo.
Mas seria da maior utilidade para nós todos que o senhor apresentasse o problema da paz mundial sob o enfoque das suas mais recentes descobertas, pois uma tal apresentação bem poderia demarcar o caminho para novos e frutíferos métodos de ação.
Muito cordialmente,
Albert EINSTEIN
Freud

Carta de Freud
Viena, setembro de 1932.
Prezado Professor Einstein,

Quando soube que o senhor intencionava convidar-me para um intercâmbio de pontos de vista sobre um assunto que lhe interessava e que parecia merecer o interesse de outros além do senhor, aceitei prontamente. Esperava que o senhor escolhesse um problema situado nas fronteiras daquilo que é atualmente cognoscível, um problema em relação ao qual cada um de nós, físico e psicólogo, pudesse ter o seu ângulo de abordagem especial, e no qual pudéssemos nos encontrar, sobre o mesmo terreno, embora partindo de direções diferentes.

O senhor apanhou-me de surpresa, no entanto, ao perguntar o que pode ser feito para proteger a humanidade da maldição da guerra. Inicialmente me assustei com o pensamento de minha — quase escrevi ‘nossa’ — incapacidade de lidar com o que parecia ser um problema prático, um assunto para estadistas. Depois, no entanto, percebi que o senhor havia proposto a questão, não na condição de cientista da natureza e físico, mas como filantropo: o senhor estava seguindo a sugestão da Liga das Nações, assim como Fridtjof Nansen, o explorador polar, assumiu a tarefa de auxiliar as vítimas famintas e sem teto da guerra mundial. Além do mais, considerei que não me pediam para propor medidas práticas, mas sim apenas que eu delimitasse o problema da evitação da guerra tal como ele se configura aos olhos de um cientista da psicologia. Também nesse ponto, o senhor disse quase tudo o que há a dizer sobre o assunto. Embora o senhor se tenha antecipado a mim, ficarei satisfeito em seguir no seu rasto e me contentarei com confirmar tudo o que o senhor disse, ampliando-o com o melhor do meu conhecimento — ou das minhas conjecturas.

O senhor começou com a relação entre o direito e o poder. Não se pode duvidar de que seja este o ponto de partida correto de nossa investigação. Mas, permita-me substituir a palavra ‘poder’ pela palavra mais nua e crua violência’? Atualmente, direito e violência se nos afiguram como antíteses. No entanto, é fácil mostrar que uma se desenvolveu da outra e, se nos reportarmos às origens primeiras e examinarmos como essas coisas se passaram, resolve-se o problema facilmente. Perdoe-me se, nessas considerações que se seguem, eu trilhar chão familiar e comumente aceito, como se isto fosse novidade; o fio de minhas argumentações o exige.

É, pois, um princípio geral que os conflitos de interesses entre os homens são resolvidos pelo uso da violência. É isto o que se passa em todo o reino animal, do qual o homem não tem motivo por que se excluir. No caso do homem, sem dúvida ocorrem também conflitos de opinião que podem chegar a atingir a mais raras nuanças da abstração e que parecem exigir alguma outra técnica para sua solução. Esta é, contudo, uma complicação a mais. No início, numa pequena horda humana, era a superioridade da força muscular que decidia quem tinha a posse das coisas ou quem fazia prevalecer sua vontade. A força muscular logo foi suplementada e substituída pelo uso de instrumentos: o vencedor era aquele que tinha as melhores armas ou aquele que tinha a maior habilidade no seu manejo. A partir do momento em que as armas foram introduzidas, a superioridade intelectual já começou a substituir a força muscular bruta; mas o objetivo final da luta permanecia o mesmo — uma ou outra facção tinha de ser compelida a abandonar suas pretensões ou suas objeções, por causa do dano que lhe havia sido infligido e pelo desmantelamento de sua força.

Conseguia-se esse objetivo de modo mais completo se a violência do vencedor eliminasse para sempre o adversário, ou seja, se o matasse. Isto tinha duas vantagens: o vencido não podia restabelecer sua oposição, e o seu destino dissuadiria outros de seguirem seu exemplo. Ademais disso, matar um inimigo satisfazia uma inclinação instintual, que mencionarei posteriormente. À intenção de matar opor-se-ia a reflexão de que o inimigo podia ser utilizado na realização de serviços úteis, se fosse deixado vivo e num estado de intimidação. Nesse caso, a violência do vencedor contentava-se com subjugar, em vez de matar, o vencido. Foi este o início da idéia de poupar a vida de um inimigo, mas a partir daí o vencedor teve de contar com a oculta sede de vingança do adversário vencido e sacrificou uma parte de sua própria segurança.

Esta foi, por conseguinte, a situação inicial dos fatos: a dominação por parte de qualquer um que tivesse poder maior — a dominação pela violência bruta ou pela violência apoiada no intelecto. Como sabemos, esse regime foi modificado no transcurso da evolução. Havia um caminho que se estendia da violência ao direito ou à lei. Que caminho era este? Penso ter sido apenas um: o caminho que levava ao reconhecimento do fato de que à força superior de um único indivíduo, podia-se contrapor a união de diversos indivíduos fracos.

‘L’union fait la force.’ A violência podia ser derrotada pela união, e o poder daqueles que se uniam representava, agora, a lei, em contraposição à violência do indivíduo só. Vemos, assim, que a lei é a força de uma comunidade. Ainda é violência, pronta a se voltar contra qualquer indivíduo que se lhe oponha; funciona pelos mesmos métodos e persegue os mesmos objetivos. A única diferença real reside no fato de que aquilo que prevalece não é mais a violência de um indivíduo, mas a violência da comunidade. A fim de que a transição da violência a esse novo direito ou justiça pudesse ser efetuada, contudo, uma condição psicológica teve de ser preenchida. A união da maioria devia ser estável e duradoura. Se apenas fosse posta em prática com o propósito de combater um indivíduo isolado e dominante, e fosse dissolvida depois da derrota deste, nada se teria realizado. A pessoa, a seguir, que se julgasse superior em força, haveria de mais uma vez tentar estabelecer o domínio através da violência, e o jogo se repetiria ad infinitum. A comunidade deve manter-se permanentemente, deve organizar-se, deve estabelecer regulamentos para antecipar-se ao risco de rebelião e deve instituir autoridades para fazer com que esses regulamentos — as leis — sejam respeitadas, e para superintender a execução dos atos legais de violência. O reconhecimento de uma entidade de interesses como estes levou ao surgimento de vínculos emocionais entre os membros de um grupo de pessoas unidas — sentimentos comuns, que são a verdadeira fonte de sua força.

Acredito que, com isso, já tenhamos todos os elementos essenciais: a violência suplantada pela transferência do poder a uma unidade maior, que se mantém unida por laços emocionais entre os seus membros. O que resta dizer não é senão uma ampliação e uma repetição desse fato.

A situação é simples enquanto a comunidade consiste em apenas poucos indivíduos igualmente fortes. As leis de uma tal associação irão determinar o grau em que, se a segurança da vida comunal deve ser garantida, cada indivíduo deve abrir mão de sua liberdade pessoal de utilizar a sua força para fins violentos. Um estado de equilíbrio dessa espécie, porém, só é concebível teoricamente. Na realidade, a situação complica-se pelo fato de que, desde os seus primórdios, a comunidade abrange elementos de força desigual — homens e mulheres, pais e filhos — e logo, como conseqüência da guerra e da conquista, também passa a incluir vencedores e vencidos, que se transformam em senhores e escravos. A justiça da comunidade então passa a exprimir graus desiguais de poder nela vigentes. As leis são feitas por e para os membros governantes e deixa pouco espaço para os direitos daqueles que se encontram em estado de sujeição. Dessa época em diante, existem na comunidade dois fatores em atividade que são fonte de inquietação relativamente a assuntos da lei, mas que tendem, ao mesmo tempo, a um maior crescimento da lei.

Primeiramente, são feitas, por certos detentores do poder, tentativas, no sentido de se colocarem acima das proibições que se aplicam a todos — isto é, procuram escapar do domínio pela lei para o domínio pela violência. Em segundo lugar, os membros oprimidos do grupo fazem constantes esforços para obter mais poder e ver reconhecidas na lei algumas modificações efetuadas nesse sentido — isto é, fazem pressão para passar da justiça desigual para a justiça igual para todos. Essa segunda tendência torna-se especialmente importante se uma mudança real de poder ocorre dentro da comunidade, como pode ocorrer em conseqüência de diversos fatores históricos. Nesse caso, o direito pode gradualmente adaptar-se à nova distribuição do poder; ou, como sucede com maior freqüência, a classe dominante se recusa a admitir a mudança e a rebelião e a guerra civil se seguem, com uma suspensão temporária da lei e com novas tentativas de solução mediante a violência, terminando pelo estabelecimento de um novo sistema de leis. Ainda há uma terceira fonte da qual podem surgir modificações da lei, e que invariavelmente se exprime por meios pacíficos: consiste na transformação cultural dos membros da comunidade. Isto, porém, propriamente faz parte de uma outra correlação e deve ser considerado posteriormente. Ver em [[1]].

Vemos, pois, que a solução violenta de conflitos de interesses não é evitada sequer dentro de uma comunidade. As necessidades cotidianas e os interesses comuns, inevitáveis ali onde pessoas vivem juntas num lugar, tendem, contudo, a proporcionar a essas lutas uma conclusão rápida, e, sob tais condições, existe uma crescente probabilidade de se encontrar uma solução pacífica. Outrossim, um rápido olhar pela história da raça humana revela uma série infindável de conflitos entre uma comunidade e outra, ou diversas outras, entre unidades maiores e menores — entre cidades, províncias, raças, nações, impérios —, que quase sempre se formaram pela força das armas. Guerras dessa espécie terminam ou pelo saque ou pelo completo aniquilamento e conquista de uma das partes. É impossível estabelecer qualquer julgamento geral das guerras de conquista. Algumas, como as empreendidas pelos mongóis e pelos turcos, não trouxeram senão malefícios. Outras, pelo contrário, contribuíram para a transformação da violência em lei, ao estabelecerem unidades maiores, dentro das quais o uso da violência se tornou impossível e nas quais um novo sistema de leis solucionou os conflitos. Desse modo, as conquistas dos romanos deram aos países próximos ao Mediterrâneo a inestimável pax romana, e a ambição dos reis franceses de ampliar os seus domínios criou uma França pacificamente unida e florescente.

Por paradoxal que possa parecer, deve-se admitir que a guerra poderia ser um meio nada inadequado de estabelecer o reino ansiosamente desejado de paz ‘perene’, pois está em condições de criar as grandes unidades dentro das quais um poderoso governo central torna impossíveis outras guerras. Contudo, ela falha quanto a esse propósito, pois os resultados da conquista são geralmente de curta duração: as unidades recentemente criadas esfacelam-se novamente, no mais das vezes devido a uma falta de coesão entre as partes que foram unidas pela violência. Ademais, até hoje as unificações criadas pela conquista, embora de extensão considerável, foram apenas parciais, e os conflitos entre elas ensejaram, mais do que nunca, soluções violentas. O resultado de todos esses esforços bélicos consistiu, assim, apenas em a raça humana haver trocado as numerosas e realmente infindáveis guerras menores por guerras em grande escala, que são raras, contudo muito mais destrutivas.

Se nos voltamos para os nossos próprios tempos, chegamos a mesma conclusão a que o senhor chegou por um caminho mais curto. As guerras somente serão evitadas com certeza, se a humanidade se unir para estabelecer uma autoridade central a que será conferido o direito de arbitrar todos os conflitos de interesses. Nisto estão envolvidos claramente dois requisitos distintos: criar uma instância suprema e dotá-la do necessário poder. Uma sem a outra seria inútil. A Liga das Nações é destinada a ser uma instância dessa espécie, mas a segunda condição não foi preenchida: a Liga das Nações não possui poder próprio, e só pode adquiri-lo se os membros da nova união, os diferentes estados, se dispuserem a cedê-lo. E, no momento, parecem escassas as perspectivas nesse sentido. A instituição da Liga das Nações seria totalmente ininteligível se se ignorasse o fato de que houve uma tentativa corajosa, como raramente (talvez jamais em tal escala) se fez antes. Ela é uma tentativa de fundamentar a autoridade sobre um apelo a determinadas atitudes idealistas da mente (isto é, a influência coercitiva), que de outro modo se baseia na posse da força. Já vimos [[1]] que uma comunidade se mantém unida por duas coisas: a força coercitiva da violência e os vínculos emocionais (identificações é o nome técnico) entre seus membros. Se estiver ausente um dos fatores, é possível que a comunidade se mantenha ainda pelo outro fator.

As idéias a que se faz o apelo só podem, naturalmente, ter importância se exprimirem afinidades importantes entre os membros, e pode-se perguntar quanta força essas idéias podem exercer. A história nosensina que, em certa medida, elas foram eficazes. Por exemplo, a idéia do pan-helenismo, o sentido de ser superior aos bárbaros de além-fronteiras — idéia que foi expressa com tanto vigor no conselho anfictiônico, nos oráculos e nos jogos —, foi forte a ponto de mitigar os costumes guerreiros entre os gregos, embora, é claro, não suficientemente forte para evitar dissensões bélicas entre as diferentes partes da nação grega, ou mesmo para impedir uma cidade ou confederação de cidades de se aliar com o inimigo persa, a fim de obter vantagem contra algum rival. A identidade de sentimentos entre os cristãos, embora fosse poderosa, não conseguiu, à época do Renascimento, impedir os Estados Cristãos, tanto os grandes como os pequenos, de buscar o auxílio do sultão em suas guerras de uns contra os outros. E atualmente não existe idéia alguma que, espera-se, venha a exercer uma autoridade unificadora dessa espécie. Na realidade, é por demais evidente que os ideais nacionais, pelos quais as nações se regem nos dias de hoje, atuam em sentido oposto. Algumas pessoas tendem a profetizar que não será possível pôr um fim à guerra, enquanto a forma comunista de pensar não tenha encontrado aceitação universal. Mas esse objetivo, em todo caso, está muito remoto, atualmente, e talvez só pudesse ser alcançado após as mais terríveis guerras civis. Assim sendo, presentemente, parece estar condenada ao fracasso a tentativa de substituir a força real pela força das idéias. Estaremos fazendo um cálculo errado se desprezarmos o fato de que a lei, originalmente, era força bruta e que, mesmo hoje, não pode prescindir do apoio da violência.

Passo agora, a acrescentar algumas observações aos seus comentários. O senhor expressa surpresa ante o fato de ser tão fácil inflamar nos homens o entusiasmo pela guerra, e insere a suspeita, ver em[[1]], de que neles exige em atividade alguma coisa — um instinto de ódio e de destruição — que coopera com os esforços dos mercadores da guerra. Também nisto apenas posso exprimir meu inteiro acordo. Acreditamos na existência de um instinto dessa natureza, e durante os últimos anos temo-nos ocupado realmente em estudar suas manifestações. Permita-me que me sirva dessa oportunidade para apresentar-lhe uma parte da teoria dos instintos que, depois de muitas tentativas hesitantes e muitas vacilações de opinião, foi formulada pelos que trabalham na área da psicanálise?

De acordo com nossa hipótese, os instintos humanos são de apenas dois tipos: aqueles que tendem a preservar e a unir — que denominamos ‘eróticos’, exatamente no mesmo sentido em que Platão usa a palavra ‘Eros’ em seu Symposium, ou ‘sexuais’, com uma deliberada ampliação da concepção popular de ‘sexualidade’ —; e aqueles que tendem a destruir e matar, os quais agrupamos como instinto agressivo ou destrutivo. Como o senhor vê, isto não é senão uma formulação teórica da universalmente conhecida oposição entre amor e ódio, que talvez possa ter alguma relação básica com a polaridade entre atração e repulsão, que desempenha um papel na sua área de conhecimentos. Entretanto, não devemos ser demasiado apressados em introduzir juízos éticos de bem e de mal. Nenhum desses dois instintos é menos essencial do que o outro; os fenômenos da vida surgem da ação confluente ou mutuamente contrária de ambos. Ora, é como se um instinto de um tipo dificilmente pudesse operar isolado; está sempre acompanhado — ou, como dizemos, amalgamado — por determinada quantidade do outro lado, que modifica o seu objetivo, ou, em determinados casos, possibilita a consecução desse objetivo. Assim, por exemplo, o instinto de autopreservação certamente é de natureza erótica; não obstante, deve ter à sua disposição a agressividade, para atingir seu propósito. Dessa forma, também o instinto de amor, quando dirigido a um objeto, necessita de alguma contribuição do instinto de domínio, para que obtenha a posse desse objeto. A dificuldade de isolar as duas espécies de instinto em suas manifestações reais, é, na verdade, o que até agora nos impedia de reconhecê-los.

Se o senhor quiser acompanhar-me um pouco mais, verá que as ações humanas estão sujeitas a uma outra complicação de natureza diferente. Muito raramente uma ação é obra de um impulso instintual único (que deve estar composto de Eros e destrutividade). A fim de tornar possível uma ação, há que haver, via de regra, uma combinação desses motivos compostos. Isto, há muito tempo, havia sido percebido por um especialista na sua matéria, o professor G. C. Lichtenberg, que ensinava física em Göttingen, durante o nosso classicismo, embora, talvez, ele fosse ainda mais notável como psicólogo do que como físico.

Ele inventou uma ‘bússola de motivos’, pois escreveu: ‘Os motivos que nos levam a fazer algo poderiam ser dispostos à maneira da rosa-dos-ventos e receber nomes de uma forma parecida: por exemplo, "pão — pão — fama" ou "fama — fama — pão".’ De forma que, quando os seres humanos são incitados à guerra, podem ter toda uma gama de motivos para se deixarem levar — uns nobres, outros vis, alguns francamente declarados, outros jamais mencionados. Não há por que enumerá-los todos. Entre eles está certamente o desejo da agressão e destruição: as incontáveis crueldades que encontramos na história e em nossa vida de todos os dias atestam a sua existência e a sua força. A satisfação desses impulsos destrutivos naturalmente é facilitada por sua mistura com outros motivos de natureza erótica e idealista. Quando lemos sobre as atrocidades do passado, amiúde é como se os motivos idealistas servissem apenas de excusa para os desejos destrutivos; e, às vezes — por exemplo, no caso das crueldades da Inquisição — é como se os motivos idealistas tivessem assomado a um primeiro plano na consciência, enquanto os destrutivos lhes emprestassem um reforço inconsciente. Ambos podem ser verdadeiros.

Receio que eu possa estar abusando do seu interesse, que, afinal, se volta para a prevenção da guerra e não para nossas teorias. Gostaria, não obstante, de deter-me um pouco mais em nosso instinto destrutivo, cuja popularidade não é de modo algum igual à sua importância. Como conseqüência de um pouco de especulação, pudemos supor que esse instinto está em atividade em toda criatura viva e procura levá-la ao aniquilamento, reduzir a vida à condição original de matéria inanimada. Portanto, merece, com toda seriedade, ser denominado instinto de morte, ao passo que os instintos eróticos representam o esforço de viver. O instinto de morte torna-se instinto destrutivo quando, com o auxílio de órgãos especiais, é dirigido para fora, para objetos. O organismo preserva sua própria vida, por assim dizer, destruindo uma vida alheia. Uma parte do instinto de morte, contudo, continua atuante dentro do organismo, e temos procurado atribuir numerosos fenômenos normais e patológicos a essa internalização do instinto de destruição. Foi-nos até mesmo imputada a culpa pela heresia de atribuir a origem da consciência a esse desvio da agressividade para dentro. O senhor perceberá que não é absolutamente irrelevante se esse processo vai longe demais: é positivamente insano. Por outro lado, se essas forças se voltam para a destruição no mundo externo, o organismo se aliviará e o efeito deve ser benéfico.

Isto serviria de justificação biológica para todos os impulsos condenáveis e perigosos contra os quais lutamos. Deve-se admitir que eles se situam mais perto da Natureza do que a nossa resistência, para a qual também é necessário encontrar uma explicação. Talvez ao senhor possa parecer serem nossas teorias uma espécie de mitologia e, no presente caso, mitologia nada agradável. Todas as ciências, porém, não chegam, afinal, a uma espécie de mitologia como esta? Não se pode dizer o mesmo, atualmente, a respeito da sua física?

Para nosso propósito imediato, portanto, isto é tudo o que resulta daquilo que ficou dito: de nada vale tentar eliminar as inclinações agressivas dos homens. Segundo se nos conta, em determinadas regiões privilegiadas da Terra, onde a natureza provê em abundância tudo o que é necessário ao homem, existem povos cuja vida transcorre em meio à tranqüilidade, povosque não conhecem nem a coerção nem a agressão. Dificilmente posso acreditar nisso, e me agradaria saber mais a respeito de coisas tão afortunadas. Também os bolchevistas esperam ser capazes de fazer a agressividade humana desaparecer mediante a garantia de satisfação de todas as necessidades materiais e o estabelecimento da igualdade, em outros aspectos, entre todos os membros da comunidade. Isto, na minha opinião, é uma ilusão.
Eles próprios, hoje em dia, estão armados da maneira mais cautelosa, e o método não menos importante que empregam para manter juntos os seus adeptos é o ódio contra qualquer pessoa além das suas fronteiras. Em todo caso, como o senhor mesmo observou, não há maneira de eliminar totalmente os impulsos agressivos do homem; pode-se tentar desviá-los num grau tal que não necessitem encontrar expressão na guerra.
Nossa teoria mitológica dos instintos facilita-nos encontrar a fórmula para métodos indiretos de combater a guerra. Se o desejo de aderir à guerra é um efeito do instinto destrutivo, a recomendação mais evidente será contrapor-lhe o seu antagonista, Eros. Tudo o que favorece o estreitamento dos vínculos emocionais entre os homens deve atuar contra a guerra. Esses vínculos podem ser de dois tipos. Em primeiro lugar, podem ser relações semelhantes àquelas relativas a um objeto amado, embora não tenham uma finalidade sexual. A psicanálise não tem motivo porque se envergonhar se nesse ponto fala de amor, pois a própria religião emprega as mesmas palavras: ‘Ama a teu próximo como a ti mesmo.’ Isto, todavia, é mais facilmente dito do que praticado. O segundo vínculo emocional é o que utiliza a identificação. Tudo o que leva os homens a compartilhar de interesses importantes produz essa comunhão de sentimento, essas identificações. E a estrutura da sociedade humana se baseia nelas, em grande escala.

Uma queixa que o senhor formulou acerca do abuso de autoridade, ver em [[1]] leva-me a uma outra sugestão para o combate indireto à propensão à guerra. Um exemplo da desigualdade inata e irremovível dos homens é sua tendência a se classificarem em dois tipos, o dos líderes e o dos seguidores. Esses últimos constituem a vasta maioria; têm necessidade de uma autoridade que tome decisões por eles e à qual, na sua maioria devotam uma submissão ilimitada. Isto sugere que se deva dar mais atenção, do que até hoje se tem dado, à educação da camada superior dos homens dotados de mentalidade independente, não passível de intimidação e desejosa de manter-se fiel à verdade, cuja preocupação seja a de dirigir as massas dependentes. É desnecessário dizer que as usurpações cometidas pelo poder executivo do Estado e a proibição estabelecida pela Igreja contra a liberdade de pensamento não são nada favoráveis à formação de uma classe desse tipo. A situação ideal, naturalmente, seria a comunidade humana que tivesse subordinado sua vida instintual ao domínio da razão. Nada mais poderia unir os homens de forma tão completa e firme, ainda que entre eles não houvesse vínculos emocionais. No entanto, com toda a probabilidade isto é uma expectativa utópica. Não há dúvida de que os outros métodos indiretos de evitar a guerra são mais exeqüíveis, embora não prometam êxito imediato. Vale lembrar aquela imagem inquietante do moinho que mói tão devagar, que as pessoas podem morrer de fome antes de ele poder fornecer sua farinha.

O resultado, como o senhor vê, não é muito frutífero quando um teórico desinteressado é chamado a opinar sobre um problema prático urgente. É melhor a pessoa, em qualquer caso especial, dedicar-se a enfrentar o perigo com todos os meios à mão. Eu gostaria, porém, de discutir mais uma questão que o senhor não menciona em sua carta, a qual me interessa em especial. Por que o senhor, eu e tantas outras pessoas nos revoltamos tão violentamente contra a guerra? Por que não a aceitamos como mais uma das muitas calamidades da vida? Afinal, parece ser coisa muito natural, parece ter uma base biológica e ser dificilmente evitável na prática. Não há motivo para se surpreender com o fato de eu levantar essa questão. Para o propósito de uma investigação como esta, poder-se-ia, talvez, permitir-se usar uma máscara de suposto alheamento. A resposta à minha pergunta será a de que reagimos à guerra dessa maneira, porque toda pessoa tem o direito à sua própria vida, porque a guerra põe um término a vidas plenas de esperanças, porque conduz os homens individualmente a situações humilhantes, porque os compele, contra a sua vontade, a matar outros homens e porque destrói objetos materiais preciosos, produzidos pelo trabalho da humanidade. Outras razões mais poderiam ser apresentadas, como a de que, na sua forma atual, a guerra já não é mais uma oportunidade de atingir os velhos ideais de heroísmo, e a de que, devido ao aperfeiçoamento dos instrumentos de destruição, uma guerra futura poderia envolver o extermínio de um dos antagonistas ou, quem sabe, de ambos. Tudo isso é verdadeiro, e tão incontestavelmente verdadeiro, que não se pode senão sentir perplexidade ante o fato de a guerra ainda não ter sido unanimemente repudiada. Sem dúvida, é possível o debate em torno de alguns desses pontos. Pode-se indagar se uma comunidade não deveria ter o direito de dispor da vida dos indivíduos; nem toda guerra é passível de condenação em igual medida; de vez que existem países e nações que estão preparados para a destruição impiedosa de outros, esses outros devem ser armados para a guerra. Mas não me deterei em nenhum desses aspectos; não constituem aquilo que o senhor deseja examinar comigo, e tenho em mente algo diverso. Penso que a principal razão por que nos rebelamos contra a guerra é que não podemos fazer outra coisa. Somos pacifistas porque somos obrigados a sê-lo, por motivos orgânicos, básicos. E sendo assim, temos dificuldade em encontrar argumentos que justifiquem nossa atitude.

Sem dúvida, isto exige alguma explicação. Creio que se trata do seguinte. Durante períodos de tempo incalculáveis, a humanidade tem passado por um processo de evolução cultural (Sei que alguns preferem empregar o termo ‘civilização’). É a esse processo que devemos o melhor daquilo em que nos tornamos, bem como uma boa parte daquilo de que padecemos. Embora suas causas e seus começos sejam obscuros e incerto o seu resultado, algumas de suas características são de fácil percepção. Talvez esse processo esteja levando à extinção a raça humana, pois em mais de um sentido ele prejudica a função sexual; povos incultos e camadas atrasadas da população já se multiplicam mais rapidamente do que as camadas superiormente instruídas. Talvez se possa comparar o processo à domesticação de determinadas espécies animais, e ele se acompanha, indubitavelmente, de modificações físicas; mas ainda não nos familiarizamos com a idéia de que a evolução da civilização é um processo orgânico dessa ordem. As modificações psíquicas que acompanham o processo de civilização são notórias e inequívocas. Consistem num progressivo deslocamento dos fins instintuais e numa limitação imposta aos impulsos instintuais. Sensações que para os nossos ancestrais eram agradáveis, tornaram-se indiferentes ou até mesmo intoleráveis para nós; há motivos orgânicos para as modificações em nossos ideais éticos e estéticos. Dentre as características psicológicas da civilização, duas aparecem como as mais importantes: o fortalecimento do intelecto, que está começando a governar a vida instintual, e a internalização dos impulsos agressivos com todas as suas conseqüentes vantagens e perigos.

Ora, a guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização, e por esse motivo não podemos evitar de nos rebelar contra ela; simplesmente não podemos mais nos conformar com ela. Isto não é apenas um repúdio intelectual e emocional; nós, os pacifistas, temos uma intolerância constitucional à guerra, digamos, uma idiossincrasia exacerbada no mais alto grau. Realmente, parece que o rebaixamento dos padrões estéticos na guerra desempenha um papel dificilmente menor em nossa revolta do que as suas crueldades.

E quanto tempo teremos de esperar até que o restante da humanidade também se torne pacifista? Não há como dizê-lo. Mas pode não ser utópico esperar que esses dois fatores, a atitude cultural e o justificado medo das conseqüências de uma guerra futura, venham a resultar, dentro de um tempo previsível, em que se ponha um término à ameaça de guerra. Por quais caminhos ou por que atalhos isto se realizará, não podemos adivinhar. Mas uma coisa podemos dizer: tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra.

Espero que o senhor me perdoe se o que eu disse o desapontou, e com a expressão de toda estima, subscrevo-me,
Cordialmente,
Sigm. Freud

Existe documentários não sei se tu já havia visto , mas ...de qualquer forma fica aqui como complemento e adversidade para sustentar a informação :


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E seria um equívoco da minha parte não recorrer a opinião de um multi disciplinar pesquisador como o Jung em um tema de natureza da psicologia humana acima de tudo :

"Vamos .permitir que nos privem da nossa liberdade individual? O que podemos fazer para evitar um desenvolvimento desta natureza?
Numa época em que a massificação se apresenta tão claramente, com todas as suas conseqüências destrutivas, é claro que não se pode negar mais a seriedade, ou melhor, a ameaça do problema de individuação, já que este representa a grande alternativa da cultura ocidental. É um fato que o súdito de um Estado ditatorial seja privado da sua liberdade individual, e também é um fato que estamos ameaçados por este desenvolvimento político, sem sabermos como combatê-lo. Por isso é que se nos apresenta, com toda premência, a seguinte questão: Vamos .permitir que nos privem da nossa liberdade individual? O que podemos fazer para evitar um desenvolvimento dessa natureza?
719 Vamos à procura de medidas coletivas, e com isso reforçamos a massificação, ou seja, justamente aquilo que queremos combater. Contra o efeito massificante de todas as medidas coletivas, existe somente um meio: a acentuação e a elevação de valor do indivíduo. Faz-se necessária uma mudança de conceito, ou seja, um verdadeiro reconhecimento do homem todo. Isto só pode ser tarefa de cada um, e tem que começar por cada um, para ser verdadeiro. Esta é a mensagem do nosso sonho, que se dirige ao sonhador; uma mensagem do fundamento instintivo coletivo da humanidade. As grandes organizações políticas e sociais não podem ter o seu fim em si mesmas, mas devem ser medidas de emergência temporárias. Da mesma forma como os Estados Unidos se viram na necessidade de quebrar os grandes "trusts", assim se revelará, com o tempo, como uma necessidade, a tendência à destruição das organizações gigantescas, porque elas corroem, como um câncer, a natureza humana, no momento em que a sua finalidade está nelas mesmas, conseguindo, desta forma, autonomia. A partir deste momento, elas avançam por cima do homem e fogem ao seu controle. Ele se transforma na sua vítima e se perde na loucura de uma idéia que ficou sem dono. Todas as grandes organizações em que o indivíduo se perde estão expostas a este perigo. Contra essa ameaça vital, parece-me que realmente existe só um meio, ou seja, a "valorização" do indivíduo. Carl Gustav Jung um dos maiores psicólogos que existira.
Fonte de referência Um mito moderno
UM MITO MODERNO SOBRE COISAS VISTAS NO CÉU
OBRAS COMPLETAS DE C. G. JUNG - VOLUME X/4
EDITORA VOZES, 2a EDIÇÃO
PETRÓPOLIS, 1991"


Aconselho uma leitura em http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau que ajudou a proteger a sociedade no estado do direito , em obras como Ocontrato social , direito nautral, Liberdade natural,etc

Trechos famoso de frases de obras de Rousseau:

"O homem nasce livre, e em toda parte é posto a ferros. Quem se julga o senhor dos outros não deixa de ser tão escravo quanto eles."
"A maioria de nossos males é obra nossa e os evitaríamos, quase todos, conservando uma forma de viver simples, uniforme e solitária que nos era prescrita pela natureza"
"O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer 'isto é meu' e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: 'Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém'"
"E quais poderiam ser as correntes da dependência entre homens que nada possuem? Se me expulsam de uma árvore, sou livre para ir a uma outra"
"A meditação em locais retirados, o estudo da natureza e a contemplação do universo forçam um solitário a procurar a finalidade de tudo o que vê e a causa de tudo o que sente"
"A única instituição que ainda se constitui natural é a Família "
"O escravo não é propriedade do outro, mas não deixa de ser homem ".
"O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe."
"Mesmo quando cada um de nós pudesse alienar-se não poderia alienar a seus filhos: eles nascem homens e livres, sua liberdade lhes pertence e ninguém, senão eles, pode dispor dela. Antes de chegar à idade da razão, o pai pode, em seu nome, estiuplar as condições de sua conservação, do seu bem-estar, porém, não dá-los irrevogável e incondicionalmente porque um dom semelhante contraria os fins da natureza e sobrepuja os limites da finalidade paternal. Seria, pois, preciso para que um governo arbitrário fosse legítimo, que, em cada geração o povo fose dono de aceitá-lo ou de rejeitá-lo; porém, então o governo não seria arbitrário."
Sobre o governo, que para Rousseau é "Um corpo intermediário entre os súditos e o soberano, para sua mútua correspondência, encarregado da execução das leis e da conservação da liberdade, tanto civil como política.", e a submissão do povo aos chefes [governantes] diz: "É somente um incumbência, um cargo, pelo qual simples empregados [governantes] do soberano [povo] exercem em seu nome o poder de que os faz depositários, e que ele pode limitar, modificar e reivindicar quando lhe aprouver."
"Se houvesse um povo de deuses, ele seria governado democraticamente. Um governo tão perfeito não convém aos homens.
[editar]Os grandes princípios da filosofia rousseauniana

O estado de natureza humano
O estado de natureza, tal como concebido por Rousseau, está descrito principalmente em seu livro Discurso sobre a Origem e Fundamentos da Desigualdade Entre Homens.
A definição da natureza humana é um equilíbrio perfeito entre o que se quer e o que se tem. O homem natural é um ser de sensações, somente. O homem no estado de natureza deseja somente aquilo que o rodeia, porque ele não pensa e, portanto, é desprovido da imaginação necessária para desenvolver um desejo que ele não percebe. Estas são as únicas coisas que ele poderia "representar". Então, os desejos do homem no estado de natureza são os desejos de seu corpo. "Seus desejos não passam de suas necessidades físicas, os únicos bens que ele conhece no universo são a alimentação, uma fêmea e o repouso".



A justiça humana se encontrou em um paradoxo tão imenso que todo mundo sabe que as leis e o julgamento nunca se esgotam porque está errado, porque nunca vão conseguir frear a natureza , pelo contrário gera uma contra reação muito mais forte e intensa tentando oprimí-la e domestica-la pelo poder e que através de Freud chegamos na definição de "direito."

Inclusive estava investigando a psicologia moderna e filosofia moderna serviu como sustentáculo para também contribuir com o cinema como o fime Avatar James Cameron educação e entretenimento.

 
Última edição:
Por isso que os países desenvolvidos são desenvolvidos (duh),por exemplo: no Japão pode-se considerar um dos povos mais "honrosos",tanto é que antigamente quando os samurais não conseguiam proteger o seu senhor (daimiyou) eles se matavam ou para não cair na mão dos inimigos e até a WWII tinham os kamikazes,hoje não é tanto,mais ainda tem muita honra,assim como os países da Europa. :yes::yes:
 
Achei interessante , já que se trata de um tema social complementar com o seguinte material, e são essenciais as questões aqui abordadas, mais detalhes nas referências:


O que é o Movimento Zeitgeist?
Obs: zeitgeist pronuncia-se zaitgaisst

Movimento Zeitgeist não é político. Não reconhece nações, governos, raças, religiões, credos ou classes. Muito pelo contrário, reconhecemos a Terra como uma ÚNICA Família. Chegamos à conclusão de que estas distinções são falsas e desatualizadas e estão longe de serem fatores positivos ao verdadeiro potencial e crescimento humano coletivo. Suas bases estão na divisão do poder e estratificação, e não na união e igualdade, que são nossos objetivos. Embora seja importante entender que tudo na vida é uma progressão natural, devemos também reconhecer que a espécie humana tem a habilidade de retardar drasticamente e paralisar o progresso através de estruturas sociais obsoletas, dogmáticas e, por conseguinte, entrar em desarmonia com a natureza. O mundo que vemos hoje, cheio de guerras, corrupção, elitismo, poluição, pobreza, epidemias, abusos aos direitos humanos, desigualdade e crime, é o resultado desta paralisia.

O Movimento Zeitgeist é na verdade o Braço Ativista do Projeto Vênus.



O Projeto Vênus

O Projeto Vênus apresenta uma direção nova e ousada para a humanidade que envolve nada menos do que o redesenho total da nossa cultura. Há muitas pessoas hoje que estão preocupadas com os graves problemas que enfrentam nossa sociedade: o desemprego, a criminalidade, a substituição do homem pela tecnologia, o excesso de população e um declínio nos ecossistemas da Terra.Como você vai ver, o Projeto Vênus é dedicado a enfrentar todos esses problemas através da cooperação ativa na investigação, desenvolvimento e aplicação de soluções viáveis. Através do uso de abordagens inovadoras para a consciência social, incentivo à educação, e uma aplicação coerente do melhor que a ciência e a tecnologia podem oferecer diretamente ao sistema social. O projeto Venus oferece um plano global para a recuperação social em que, os seres humanos, tecnologia e natureza serão capazes de coexistir em longo prazo num estado de equilíbrio sustentável.
Assista o Zeitgeist Addendum para entender melhor o Porjeto Vênus

O Objetivo

Os Meios são o Fim:

Pretendemos restaurar a consciência de meio ambiente e de necessidades fundamentais através de uma compreensão mais atual de quem e o que realmente somos, somado a como a ciência, natureza e a tecnologia (ao invés de religião, política e dinheiro) detém as chaves para nosso crescimento pessoal, não apenas como indivíduos, mas como civilização nos âmbitos estrutural e espiritual. O foco central dessa conscientização é o reconhecimento dos elementos emergentes e simbióticos da lei natural, e como se alinhar com este entendimento como a base de nossas instituições pessoais e sociais. A vida na Terra pode, e vai, florescer num sistema que crescerá continuamente de modo positivo, onde conseqüências sociais negativas como camadas sociais, guerra, preconceito, elitismo e atividades criminosas vão ser constantemente reduzidas e, idealisticamente, eventualmente inexistentes no comportamento humano.

Essa possibilidade de mudança é, obviamente, muito difícil de ser considerada, uma vez que a sociedade nos condicionou a pensar que crime, corrupção e desonestidade “fazem parte” do sistema, e que sempre vai existir gente que quer abusar, ferir e tirar vantagem dos outros. A religião é a maior promotora dessa propaganda, onde a mentalidade do “nós e eles” ou do “o bem e o mal” promovem essa falsa suposição.

A realidade é que vivemos em um sistema que produz escassez. A conseqüência dessa escassez é que os humanos devem se comportar de forma auto-preservativa, mesmo que isso signifique ter que enganar ou roubar para conseguirem o que querem. Nossa pesquisa concluiu que Escassez é um dos fatores fundamentais para desvios de comportamento humano, levando também, de outras maneiras, a formas complexas de neurose fora a opressão social e os níveis de condicionalidades, gerando uma agressiva contra reação.

Seres humanos não são bons ou ruins… eles estão indo, eternamente mudando composições das experiências de vida que os influenciam. A “qualidade” de um ser humano se existisse algo assim, está diretamente relacionada à como ele foi criado e aos sistemas de crença aos quais ele foi condicionado.

Esse simples fato vem sendo gravemente ignorado e hoje em dia as pessoas pensam primitivamente que competição, ganância e corrupção são elementos “embutidos” no comportamento humano e que, portanto, precisamos ter prisões, polícia e conseqüentemente uma hierarquia de controle diferenciado para que a sociedade possa lidar com essas “tendências”. Isso é totalmente ilógico e falso.

O "x" da questão é que para melhorar fundamentalmente as coisas, você deve começar a procurar causas-raiz. O sistema de punição da sociedade atual é antiquado, desumano e improdutivo. Quando um assassino em série é pego, muita gente se manifesta a favor da morte daquela pessoa. Isso é ultrapassado. Uma sociedade verdadeiramente sã, que entende o que somos e como nossos sistemas de valores são criados, iria pegar o individuo e aprender sobre os motivos por trás de suas ações violentas. Essa informação iria então para um departamento de pesquisa que considera a educação como meio para acabar com tais ocorrências.

É hora de parar de remediar. É hora de começar uma nova abordagem social que utilize os conhecimentos atuais. Tristemente, nossa sociedade continua amplamente baseada em determinações e resoluções ultrapassadas e supersticiosas. É importante ressaltar que não há utopias ou conclusões. Todas as evidências indicam infinitas atualizações em todos os níveis. Por sua vez, são nossas ações pessoais cotidianas que moldam e perpetuam os sistemas sociais que adotamos. Ainda, paradoxalmente, são as influências do ambiente que criam nossas perspectivas e, portanto, nossas visões de mundo. Logo, a verdadeira mudança nascerá não só do ajuste de nossas decisões e compreensões pessoais, mas também da mudança das estruturas sociais que as influenciam.

Os sistemas elitistas de poder são pouco afetados por protestos tradicionais e movimentos políticos. Devemos dar um passo além dessas “rebeliões do sistema” e trabalhar com uma ferramenta muito mais poderosa: parar de apoiar o sistema, ao mesmo tempo em que propagamos o conhecimento, a paz, a união e a compaixão. Não podemos “lutar contra o sistema”. Ódio, ira e a mentalidade de “guerra” são um modo ineficaz de obter mudança, pois eles perpetuam a mesma ferramenta que os sistemas de poder corruptos estabelecidos utilizam para manter o controle.

Distorção e Paralisia:
Precisamos entender que todos os sistemas são Emergentes e estão constantemente em evolução, juntamente com a realidade de que todos nós estamos Simbioticamente conectados à natureza e uns aos outros de modo simples, porém muito profundo, levando à percepção de que nossa integridade pessoal é equivalente à do resto da sociedade. Então, perceberemos o quão distorcida e invertida é a nossa sociedade atual e como sua perpetuação é a causa maior de sua instabilidade. Por exemplo, o Sistema Monetário é há muito tempo considerado uma força positiva na nossa sociedade graças à sua alegação de que produz incentivos e progresso. Na verdade, o sistema monetário tornou-se um veículo para a divisão e o controle totalitário.

Ele é a expressão máxima do lema “Dividir e conquistar”, pois em seu núcleo estão as suposições de que (1) Devemos lutar uns com os outros para sobreviver (2) Seres humanos precisam de um “estímulo” recompensador para fazer coisas significativas.

Quanto ao Número 1 (Devemos lutar uns com os outros para sobreviver), essa característica da competição no sistema é o que produz corrupção em todos os níveis da sociedade, pois parte do “nós contra eles”. Muitos argumentam que o sistema de “livre comércio” é bom... Mas ele é corrupto nos dias de hoje, graças as políticas ruins, favorecimento, auxílios financeiros, etc. Eles supõem que se um mercado livre “puro” fosse instituído, as coisas seriam melhores. Isso é falso, pois o que você está vendo hoje é o livre mercado em funcionamento com todas as suas desigualdades e corrupção. Não há lei que vá impedir vendas privilegiadas, conspirações, monopólios, abuso de mão-de-obra, poluição, obsolescência calculada e coisas do tipo... Isso é o que o sistema baseado em competição cria com eficiência, pois é baseado na premissa de tirar vantagem dos outros para obter lucro. Ponto final.

Precisamos começar a abandonar esses ideais opressivos e caminhar em direção de um sistema projetado para cuidar das pessoas... Não para forçá-las a lutar por sua sobrevivência. Quanto ao Número 2 (“Seres humanos precisam de um ‘estímulo’ recompensador para fazer coisas significativas), essa é uma perspectiva triste e incrivelmente negativa do ser humano. Supor que uma pessoa precise ser “motivada estruturalmente” ou “forçada” a fazer algo é simplesmente absurdo. Lembre-se de quando você era criança e não tinha a menor idéia do que fosse dinheiro. Você brincava, era curioso e fazia muitas coisas... Por quê? Porque você queria. No entanto, conforme o tempo passa em nosso sistema, a curiosidade e auto-motivação naturais são extirpadas das pessoas, pois elas são forçadas a se ajustar a um sistema de trabalho especializado, fragmentado, quase predefinido para poderem sobreviver. Por sua vez, isso costuma criar uma revolta interior natural nas pessoas devido à obrigação e foi assim que separamos os momentos de “lazer” e de “trabalho”. A preguiça que aqueles que defendem o sistema monetário (por alegar que ele cria estímulo) não reconhecem este fato. Numa sociedade verdadeira, as pessoas seguem suas inclinações naturais e trabalham para contribuir para a sociedade – não porque são “pagas” para isso, mas porque têm uma consciência maior de que colaborar com a sociedade ajuda tanto a si próprias quanto a todas as outras pessoas. Esse é o estado elevado de consciência que esperamos transmitir. A recompensa por sua contribuição para a sociedade e o bem-estar daquela sociedade... o que, por consequência, é também o seu bem-estar.

Agora, colocando as coisas em perspectiva, é importante entendermos que nosso mundo é atual e inegavelmente conduzido por um pequeno grupo dominador em altos cargos nas instituições dominantes em nossa sociedade – Negócios e Finanças. O funcionamento do governo é regido pela influência e poder das corporações e dos bancos. O elemento vital é o dinheiro, que na verdade é uma ilusão e hoje tem pouca relevância para a sociedade, servindo como meio de manipulação e desunião num tipo de organização social que gera elitismo, crime, guerras e camadas sociais.

Ao mesmo tempo, as pessoas aprendem que ser “correto” é o que lhes atribui valor como seres humanos. Este conceito de “correto” está diretamente ligado aos valores vigentes na sociedade. Logo, aqueles que aceitam ou apóiam as visões do sistema social são considerados “normais”, enquanto aqueles que discordam são “anormais” ou “subversivos”. Seja isso o dogma de uma tradição social ou o alinhamento com uma religião mundialmente estabelecida, a base é a mesma: o Materialismo Intelectual. Quando percebemos que o conhecimento e, consequentemente, as instituições estão em constante evolução, vemos que qualquer sistema de crença que declare “saber” tudo, sem espaço para o debate, é uma perspectiva errônea. A religião, baseada na fé, é a grande agente de distorção, já que alega ter respostas definitivas sobre as origens mais complexas da humanidade, e isso simplesmente não é possível num universo emergente.

Compreendendo isso, percebemos então que as pessoas que foram condicionadas a aceitar completamente esses ensinamentos estáticos são tão perigosas quanto as Estruturas de Poder Estabelecidas, pois se tornam “guardiãs voluntárias do status quo”. Isso se aplica a todos os sistemas, principalmente ao político, ao financeiro e ao religioso. Uma vez que a identidade das pessoas se associa às doutrinas da ética de um País, Religião ou Empresa, torna-se muito difícil mudá-la, já que sua identidade está mesclada às das ideologias que lhe foram impostas. Assim, os ensinamentos estáticos seguem perpetuando a doutrina da instituição, simplesmente para manter sua integridade pessoal como eles a percebem. Precisamos quebrar esse ciclo, pois ele paralisa nosso crescimento não só como indivíduos, mas como sociedade.

Verdade e Transição

Uma vez que nós compreendamos que a integridade de nossa existência como pessoa está diretamente relacionada à integridade do Planeta Terra, da vida e de todos os outros seres humanos, teremos então um caminho predefinido. Além disso, quando percebermos que são a ciência, a tecnologia e, portanto, a criatividade humana que trazem progresso para nossas vidas, seremos capazes de reconhecer nossas verdadeiras prioridades para o crescimento pessoal e social e para o progresso. Posto isso, podemos ver que a Religião, a Política e o Sistema de Trabalho baseado em Dinheiro/Competição são modos desatualizados de operação social que agora precisam ser abordados e transcendidos. Nossa meta é um sistema social que funciona sem dinheiro ou política, ao mesmo tempo em que permite que as superstições percam terreno à medida que a educação avançar. Ninguém tem o direito de dizer ao outro em que acreditar, pois nenhum ser humano tem a compreensão completa de nenhum assunto. Entretanto, se prestarmos atenção aos processos naturais da vida, podemos ver como eles se alinham à natureza e assim nosso caminho fica mais claro. Por exemplo, muitas pessoas estão preocupadas com o crescimento populacional, enquanto comentários assustadores de pessoas como Henry Kissinger sugerem que seja necessário algum tipo de “redução”. Porém, a pergunta principal continua sendo: o crescimento populacional é tão ruim assim? A resposta é: em uma perspectiva científica, o planeta pode suportar muito mais pessoas se necessário, desde que haja investimentos em alta tecnologia. 70% do nosso planeta é coberto de água e cidades sobre o mar (um dos muitos projetos de Jacque Fresco são o próximo passo). Por sua vez, a educação sobre o funcionamento da vida informará às pessoas sobre as consequências de seus interesses reprodutivos e o crescimento populacional será reduzido naturalmente à medida que as pessoas percebam como elas estão ligadas ao planeta à capacidade de sustentação.

Na verdade, o único verdadeiro “governo” que pode haver é o gerenciamento da Terra e de seus recursos. A partir daí, todas as possibilidades podem ser consideradas. Por isso, é necessária uma unificação intelectual entre os países, pois as informações mais valiosas que podemos ter como espécie são uma avaliação detalhada e completa do que temos nesse planeta. Assim como você avalia o solo e os recursos antes de plantar algo, precisamos fazer o mesmo com o planeta para otimizar aquilo que podemos fazer enquanto espécie, em termos de recursos.

Naturalmente, muitos que analisarem as idéias apresentadas acima vão perguntar: “Como podemos fazer isso, considerando o sistema de valores distorcidos em vigência? Como faremos essa transição? Essa é a pergunta mais difícil. A resposta: temos que começar de algum lugar. Há muitas coisas que podem ser feitas por uma única pessoa ou comunidade que podem começar a moldar essa visão. O passo mais importante é a educação.

Em 15 de março de 2009 (o Dia Z, como foi chamado em 2008) haverá uma série de ações mundiais para aumentar a consciência sobre esse caminho sociológico. Nossa esperança é termos encontros regionais em tantas cidades, estados e países quanto for possível. Nós aqui do zeitgeistmovement.com vamos trabalhar para oferecer material em todas as línguas que pudermos e faremos o possível para ajudar cada subgrupo. Nós nunca pediremos dinheiro. Estamos aqui para ajudar, pois entendemos uma verdade central que está esquecida há muito tempo: quanto mais você dá, mais você recebe.

Obrigado por sua ajuda.




Referências:

http://www.thevenusproject.com/
YouTube - Futuro by design parte 1

Movimento Zeitgeist do Rio Grande do Norte
http://thezeitgeistmovement.com/
http://www.zeitgeistmovie.com/
http://www.zeitgeistrio.zxq.net/
 
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A etica é algo muito legal meu, esse papo todo do Epicuro e tal...

Mas a realidade é outra, atualmente etica é dinheiro no bolso.

A cultura é essa, não é falta de cultura não! mas sim uma cultura predatória e egoista, que estimula e impulsiona o consumismo e a busca de vantagem em tudo, a cultura da inversão de valores.

Esse é mais um fator gerador de monstros e bichos peçonhentos da sociedade, é mais um mecanismo do sistema que falha em proteger as pessoas sendo permissivo com relação aos que se dão bem pela falta de honestidade.

Isso cria os sociopatas, porque diferente dos psicopatas, esquizofrenicos, psicoticos e outros patologicos, estes não tem problemas no campo psiquiatrico mas sim uma severa ruptura para com o pacto social e uma busca de tirar vantagem ao ponto de perder a sensibilidade, a empatia e dissimular uma personalidade aceita socialmente embora longe das vistas das pessoas cometam crimes de gravidade e similaridade aos doentes mentais.

Não havendo tratamentos, os sociopatas estão se beneficiando e se espalham em escala geometrica pelo mundo, em um futuro próximo não existirão mais pessoas de brio e etica, estas coisas com o tempo serão relegadas ao passado e tudo o que podemos esperar de uma sociedade assim é que os conflitos sejam cada vez piores e que as pessoas tenham cada vez maior restrição em suas vidas porque o mecanismo de defesa para esse fenômeno será o de tratar a todos com desconfiança e impedir o acesso e ações deles com relação aos que atuam com sociopatia e que não podem ser identificados por profissionais mas apenas quando são pegos em flagrante e suas dissimulações não funcionam.

A sociopatia pode ser definida como: “transtorno da personalidade anti-social” ou “transtorno da personalidade dissocial”.

Os sociopata caracterizam-se pelo seu egocentrismo, desprezo por todo género de leis, regras e obrigações, assim como pelo bem estar alheio.
Não se trata de nenhum tipo de atraso mental, na medida em que os indivíduos sociopatas apresentam um QI normal e até acima da média. Eis algumas característica da Sociopatia e dos traços que definem um sociopata:


Perfil do Sociopata

- Desprovidos de qualquer sentimento de remorso e de valores morais, recorrem da mentira, calúnia, insultos, sedução, intimidação, ameaças e violência, para verem satisfeitas as suas vontades.

- São incapazes de ser fieis, ou leais e muito menos de amar alguém, inclusivamente os filhos, colocando-os muitas vezes em risco.

- Não se compadecem pelo choro alheio. As manifestações emocionais das outras pessoas são-lhe completamente indiferentes. Se for preciso ainda agridem e humilham mais a pessoa que está em sofrimento, para que esta se cale, alegando precisar de silêncio.

- São covardes, porque “atacam” sobretudo aqueles que dificilmente poderão reagir às suas agressões. Tendem a culpar as suas vítimas dos seus actos mais insanos, chamando-lhes loucas, estúpidas e outras ofensas, sublinhando que são merecedoras de todo o sofrimento que lhes incute.

- Revelam uma necessidade doentia de manipular tudo e todos. Os ciúmes doentios são uma constante. Exigem controlo absoluto do dinheiro, horários, etc. Quando perdem o comando das situações, reagem violentamente, com ataques de fúria que se podem traduzir em agressões.

- Nos relacionamentos, (mesmo entre pais e filhos), perdem a calma com facilidade, passando rapidamente da serenidade para a gritaria, com acessos de grande raiva. Dão pontapés e murros nas paredes, mobílias, e, eventualmente nas pessoas que os rodeiam.

- Não sentem qualquer arrependimento dos actos que comentem, mas podem fingir na perfeição uma crise de remorsos, se entenderem que isso lhes pode trazer algum benefício pessoal.

- A incapacidade de cumprir horários e regras sociais, leva-os a optarem pelo trabalho por conta própria, de modo a assumirem sempre o comando das situações.

- Verifica-se uma baixa tolerância à frustração, reagindo às contrariedades como crianças birrentas.

- Os sociopatas são sedutores por excelência. A postura charmosa fá-los parecer afáveis. Este aspecto teatral da personalidade destes indivíduos torna-os de tal modo convincentes que poucos desconfiam do lado perverso e obscuro que os define.

- Socialmente são gentis, calmos, por norma bem vistos pela comunidade… muitos só se apercebem do seu lado perverso, momentos antes de morrerem nas mãos do sociopata.

Mais sobre o assunto SOCIOPATIA: http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=164&sec=99

Então essa é minha teoria com relação aos que negam todos valores sociais e humanos, mesmo que desconheçam estão todos caminhando em direção a inversão de valores que desemboca no ato anti social, a ruptura para com os valores e para com o pacto social e finalmente logo, só sobrarão SOCIOPATAS no mundo. :lol:


A teatralidade e manipulação social dos sociopatas é tão convincente que poucas pessoas, após algum contato duradouro com os sociopatas, são capazes de imaginar o seu lado negro, mau e perverso. Esses atributos os sociopatas são capazes de esconder durante toda vida. Vítimas fatais de sociopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.

Como a psiquiatria não tem uma avaliação unicamente binária da situação, como a obstetrícia que considera as grávidas e não grávidas, a sociopatia tem vários graus, desde simplesmente os socialmente perniciosos, passando pelas personalidade odiosas, até criminosos brutais do tipo "Silêncio dos Inocentes". Muitas personalidades conhecidas no campo da política, da polícia, das finanças e das empresas podem portar o caráter sociopático. Felizmente, apenas uma parte dos sociopatas se transforma em criminosos violentos, estupradores e assassinos seriais. Parece haver um amplo consenso entre os psiquiatras que a sociopatia é intratável.
 
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Não vejo utopia nenhuma em ser ético ou tentar ser ético. Eu sou. Porque outros não podem ser? Não sou santo, não sou moralista, não pretendo ser perfeito. Apenas não desço ao nível de guardar o troco a mais ou roubar carga tombada.

Os pequenos delitos me incomodam mais que os grandes, porque qualquer pequeno delito só é pequeno porque não pode ser grande. Se tem a chance, o pequeno deliquente se torna grande. De poder ao homem e irá conhece-lo.

Por isso a ética é tão importante, pois alguns homens chegarão mais alto que outros, estarão numa posição de domínio e influência sobre a sociedade, e se são homens sem ética, pobre dessa sociedade governada por bandidos.

Brasileiros em geral não prezam a ética, apenas reclamam o leite derramado.

Por não serem éticos, não conhecem a ética e seu valor, e por isso elegem homens sem ética, bandidos de boa fala e dentes de lobo.
 
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Um livro sobre o tema recomendo:

Será a ética relativa? Não há verdades morais objectivas e absolutas? PARTE I
Este capítulo que aqui apresento pertence ao manual de filosofia Filosofia 10, Plátano Ed, 2007 de Luís Rodrigues.

Será a ética relativa? Não há verdades morais objectivas e absolutas?

Segundo a antropóloga Ruth Benedict, sempre que morria um membro da tribo Kwakiutl, do noroeste americano, os familiares enlutados saíam em busca de membros de outras tribos para os matar. Para eles, a morte era uma afronta que devia ser vingada pela morte de outra pessoa. Assim, quando a irmã do chefe da tribo morreu, este matou sete homens e duas crianças de outra tribo que nada tinham a ver com o acontecimento.
Se eu ou você tivéssemos feito tais coisas seríamos considerados assassinos. Matar pessoas inocentes como o fez o chefe dos Kwakiutl é contrário às nossas leis e ao nosso código moral. Contudo, a sua acção não foi contrária às leis ou ao código moral da sua cultura. Segundo os padrões morais da sua sociedade, o que fez é aceitável, porventura obrigatório. Que código moral é correcto? O da cultura a que tu e eu pertencemos ou o código moral da referida tribo? O chefe da tribo Kwakiutl agiu erradamente ao assassinar nove pessoas inocentes por a sua irmã ter morrido?

Os antigos egípcios, gregos e romanos praticavam a escravatura. O mesmo acontecia com os israelitas do Antigo Testamento. Até uma data tão recente como 1860, muitos brancos no sul dos Estados Unidos tinham escravos negros. No passado muitas culturas acreditavam que a escravatura era um prática moralmente aceitável. Hoje quase ninguém aceita tal ideia. Estavam os nossos antepassados errados quando acreditavam na moralidade da escravatura?
Quando os britânicos começaram a ocupar e colonizar a Índia, descobriram horrorizados que os hindus praticavam a queima das viúvas. Quando o marido morria a mulher (ou as mulheres) era pressionada para que aceitasse ser cremada junto com o corpo do marido na pira funerária. Os britânicos acreditavam que essa prática era moralmente inaceitável, desumana. Muitos hindus discordavam completamente. Diferentes culturas, diferentes crenças morais. Será que um conjunto de normas e preceitos morais é errado e o outro correcto?
Diferentes sociedades, diferentes culturas e diferentes indivíduos discordam frequentemente acerca do que é bom e mau, correcto ou incorrecto. É muito difícil pôr as pessoas de acordo sobre questões morais. As disputas muitas vezes parecem intermináveis e insolúveis. Por isso muitas pessoas perguntam: «Há verdade e falsidade em assuntos morais?», «Faz sentido dizer que uma crença moral é correcta e que outra é errada?»

Neste capítulo vamos estudar o problema da justificação dos juízos morais e algumas tentativas de o resolver.

O problema fundamental a debater e tentar resolver é este:
Podemos dizer que acerca de problemas éticos há juízos verdadeiros e falsos?

Várias respostas ao problema

1.O Relativismo Moral Cultural(RMC)
2.O Subjectivismo Moral (SM)
3.A Teoria dos Mandamentos Divinos (TMD)
4.O Universalismo Moderado


Exposição de cada uma das respostas ou teorias

1. O Relativismo Moral Cultural (RMC)
Segundo o RMC, é possível falar de verdade em questões morais mas esta teoria nega que haja verdades objectivas e universais.
Para o relativismo moral cultural a existência de diversas e opostas concepções sobre o que é certo e errado implica que não há respostas objectivamente verdadeiras às questões morais. A verdade moral é uma questão de contexto cultural. Que uma acção seja boa ou má depende das normas morais aprovadas na sociedade em que é praticada. Por isso a mesma acção pode ser errada numa sociedade e correcta noutra. A moral é relativa. O relativismo moral cultural defende que é moralmente correcto o que uma sociedade pensa e acredita ser moralmente correcto.Assim, não podemos dizer que o código moral de uma sociedade é mais verdadeiro ou mais razoável do que o de outra. Fora de um contexto cultural não há práticas boas ou más. Cada sociedade determina o certo e o errado e só pode ser moralmente avaliada segundo o seu próprio código moral.
O relativismo moral cultural é a teoria segundo a qual o valor de verdade dos juízos morais é sempre relativo ao que cada sociedade acredita ser verdadeiro ou falso. Moralmente verdadeiro é igual a socialmente aprovado e as convicções da maioria dos membros de uma sociedade são a autoridade suprema em questões morais. O relativismo cultural acerca de assuntos morais afirma que o código moral de cada indivíduo se deve subordinar ao código moral da sociedade em que vive e foi educado. Os juízos morais de cada indivíduo são verdadeiros se estiverem em conformidade com o que a sociedade a que pertence considera verdadeiro.

Será esta uma boa resposta ao problema?
As principais críticas ao Relativismo Moral Cultural.
1- O relativismo moral é auto-refutante.
O RMC afirma que não há verdades morais objectivas, ou seja, que todas as verdades morais são relativas. Transforma a proposição Nenhuma verdade moral é objectiva numa verdade absoluta. Mas isso significa que nem tudo é relativo. Logo, dizer que todas as verdades morais são relativas é falso. O relativismo refuta-se a si próprio. É a teoria para a qual tudo é relativo excepto o próprio relativismo.
2- O relativismo moral torna incompreensível o progresso moral.
É verdade ou pelo menos parece que não há acordo entre os seres humanos sobre muitas questões morais. Mas também é verdade que a humanidade tem realizado progressos no plano moral. A abolição da escravatura, o reconhecimento dos direitos das mulheres, a condenação e a luta contra a discriminação racial são exemplos. Falar de progresso moral parece implicar que haja um padrão objectivo com o qual confrontamos as nossas acções. Se esse padrão objectivo não existir não temos fundamento para dizer que em termos morais estamos melhor agora do que antes. No passado, muitas sociedades praticaram a escravatura mas actualmente quase nenhuma a considera moralmente admissível. Muitos de nós e com razão consideramos esta mudança de comportamento e de atitude um sinal de progresso moral. Mas se para o RMC nenhuma sociedade esteve ou está errada nas suas crenças e práticas morais torna-se difícil compreender a ideia de progresso moral. Tudo o que podemos dizer é que houve tempos em que a escravatura era moralmente aceitável e que agora ela é já não é aceite.
O que é um reformador moral? Uma pessoa que tenta alterar significativamente o modo de pensar, de agir e de sentir de uma dada sociedade porque o considera moralmente errado nalguns aspectos importantes. Martin Luther King tentou por via pacífica chamar a atenção para as deficiências morais de um código moral e jurídico que no sul dos EUA considerava moralmente aceitável que os negros fossem tratados como cidadãos de segunda classe. O mesmo fez Nélson Mandela na África do Sul. Como, segundo o relativismo, as crenças da maioria dos membros de uma sociedade são a verdade em matéria moral, como aquilo que é socialmente aprovado (significa aprovado pela generalidade dos membros de uma sociedade) é verdadeiro e deve ser seguido, então King e Mandela comportaram -se de forma moralmente errada.
3 – Há uma diferença significativa entre o que uma sociedade acredita ser moralmente correcto e algo ser moralmente correcto.
Segundo o RMC é moralmente correcto o que uma sociedade acredita ser moralmente correcto. Mas para muitos de nós esta ideia é contra-intuitiva. Se uma sociedade rejeita o direito das mulheres ao voto e a igualdade de oportunidades no acesso a empregos diremos que isso é moralmente correcto só porque é socialmente aprovado? As sociedades são moralmente infalíveis? Então porque mudaram ao longo da história várias das suas convicções? O RMC parece convidar-nos ao conformismo moral, a seguir, em nome da coesão social, as crenças dominantes. O conformismo não parece ser uma atitude moralmente desejável. Impede a reforma e melhoria moral de uma sociedade. Frequentemente transforma-se em obediência cega. Nelson Mandela e Martin Luther King seriam considerados moralmente indesejáveis. Martin Luther King, por exemplo, tentou por via pacífica chamar a atenção para as deficiências morais de um código moral e jurídico que no sul dos EUA considerava moralmente aceitável que os negros fossem tratados como cidadãos de segunda classe. Como, segundo o relativismo, as crenças da maioria dos membros de uma sociedade são a verdade em matéria moral, como aquilo que é socialmente aprovado (significa aprovado pela generalidade dos membros de uma sociedade) é verdadeiro e deve ser seguido, então King e Mandela comportaram -se de forma moralmente errada.
4 - Partindo do facto de que há discórdia entre as várias sociedades acerca do que é moralmente certo ou errado, o RMC acaba por tornar impossível um real debate moral entre sociedades ou entre membros de sociedades diferentes.
Imagine que na sociedade X, é prática moralmente aceitável que as crianças brinquem com pássaros até os matarem. A cultura da sociedade a que pertences condena essa prática considerando-a cruel. Essa crença exprime-se através deste juízo: «O comportamento das crianças da sociedade X é moralmente errado». Segundo o RMC este juízo está mal formulado. Deve antes dizer-se: «Segundo as crenças morais da sociedade a que pertenço, o comportamento das crianças da sociedade X é errado». A este juízo, um membro da sociedade X reponderia: «Segundo as nossas crenças morais, o comportamento das nossas crianças não é moralmente errado». Para o relativista não podemos dizer que os membros da sociedade X estão errados, ou seja, que a acção das crianças é errada em si mesma. É errada segundo os nossos padrões mas não é errada segundo os seus padrões. As duas proposições não se contradizem, não são incompatíveis. Não há, nesta perspectiva práticas morais em si mesmas erradas. Se considerarmos que o relativismo moral é correcto, ninguém pode provar que sociedade tem razão numa disputa moral. Não podemos dizer que uma delas está objectivamente errada e a outra certa.
Actividade 1
1. O que se entende por relativismo moral cultural?
R: O relativismo moral cultural é a teoria segundo a qual o valor de verdade dos juízos morais é sempre relativo ao que cada sociedade acredita ser verdadeiro ou falso. Moralmente verdadeiro é igual a socialmente aprovado e as convicções da maioria dos membros de uma sociedade são a autoridade suprema emquestões morais.

2.Para o relativismo moral se uma acção for socialmente aprovada ela é correcta. Concorda? A sociedade tem sempre razão? Porquê?
R: Segundo o relativismo moral cultural em assuntos morais cada sociedade tem a sua verdade. Assim, na perspectiva relativista, não se pode dizer sem mais A escravatura é moralmente errada. O que podemos dizer é Numa dada sociedade a escravatura é moralmente errada e Numa sociedade diferente - com crenças morais diferentes - a escravatura não é moralmente errada. Não há verdade ou falsidade sobre a escravatura independentemente do que cada sociedade pensa sobre a escravatura. As crenças morais de uma sociedade não são mais verdadeiras, mais razoáveis ou melhores do que as de outra. Não há uma só verdade em ética mas várias.
Se duas sociedades têm diferentes crenças acerca de uma questão moral, o relativista conclui que então ambas as crenças são verdadeiras. Os adversários do RMC objectam que a conclusão não deriva necessariamente da premissa porque essa discórdia pode ser sinal de que uma sociedade está certa e a outra está errada.
3. Se adoptarmos o relativismo moral cultural terei alguma razão para desobedecer a leis que o meu grupo cultural não aprova? Justifique a sua resposta.
R: Segundo o RMC é moralmente correcto o que uma sociedade acredita ser moralmente correcto. Mas para muitos de nós esta ideia é contra-intuitiva. Se uma sociedade rejeita o direito das mulheres ao voto e a igualdade de oportunidades no acesso a empregos diremos que isso é moralmente correcto só porque é socialmente aprovado. As sociedades são moralmente infalíveis? Então porque mudaram ao longo da história várias das suas convicções? Martin Luther King tentou por via pacífica chamar a atenção para asdeficiências morais de um código moral e jurídico que no sul dos EUA considerava moralmente aceitável que os negros fossem tratados como cidadãos de segunda classe. O mesmo fez Nelson Mandela na África do Sul. Como, segundo o relativismo, as crenças da maioria dos membros de uma sociedade são a verdade em matéria moral, como aquilo que é socialmente aprovado (significa aprovado pela generalidade dos membros de uma sociedade) é verdadeiro e deve ser seguido, então King comportou-se de forma moralmente errada. Isto nega as nossas intuições morais mais elementares.
4. Nas nossas sociedades os adolescentes aprendem Química na escola. Noutras culturas não tecnológicas são educados para serem bons caçadores. Devemos concluir deste facto que os princípios da química não têm «validade» independentemente da nossa cultura? Sabemos que existem 100 elementos químicos mas na Grécia antiga só se reconheciam 4:terra,água,ar e fogo. Devemos concluir que depende de cada cultura quantos elementos existem? Em termos análogos, a abolição da escravatura foi o resultado de um longo processo de reflexão sobre os ideais democráticos e as raízes bíblicas da cultura ocidental. Devemos por isso concluir que a escravatura só é errada para os membros da cultura a que pertencemos?
Que tese do relativismo moral cultural se pretende aqui criticar?
R: Pretende criticar-se a ideia de que é a aprovação social e cultural que determina que juízos morais são correctos ou não, ou seja, que uma sociedade acredita ser correcto ou incorrecto constitui o critério último do que é moralmente certo ou errado (cada sociedade tem as suas verdades morais e que nenhuma está errada). O relativismo moral cultural transforma a diversidade de opiniões e de crenças morais em ausência de verdades objectivas. Mas isso pode ser sinal de que há pessoas e sociedades que estão erradas e não de que ninguém está errado. Se duas sociedades têm diferentes crenças acerca de uma questão moral, o relativista conclui que então ambas as crenças são verdadeiras. Os adversários do RMC objectam que a conclusão não deriva necessariamente da premissa porque essa discórdia pode ser sinal de que uma sociedade está certa e a outra está errada.
5. Um argumento frequentemente utilizado pelos defensores do relativismo moral cultural diz o seguinte:
Premissa - Diversas culturas dão diferentes respostas às mesmas questões morais
Conclusão – Logo, não há nenhuma resposta objectivamente verdadeira a essas questões (não há verdades morais universais)
Será que do facto de não haver acordo se segue que não existe nenhuma verdade objectiva?
R: Não. Utilizemos o método do contra – exemplo para o provar, ou seja, tentemos encontrar um argumento da mesma forma em que a premissa é verdadeira e a conclusão falsa. Ei-lo:
Premissa - Diversas culturas discordaram quanto à forma da Terra( umas pensaram que era esférica, outras plana, outras esférica mas um pouco achatada)
Conclusão – Não há nenhuma verdade objectiva acerca da forma da terra.
A premissa é verdadeira mas a conclusão é falsa (sabemos que a Terra é redonda). Logo, o argumento não é bom. A premissa não apoia logicamente a conclusão.
O que prova este contra-exemplo? Que o argumento mais frequentemente apresentado em defesa do RMC não é válido. Qualquer argumento com esta forma é inválido. Provámos que há verdades morais objectivas? Não. Mas provámos que a principal razão para acreditar no RMC não é uma boa razão.
A conclusão Não há nenhuma resposta objectivamente verdadeira a questões morais (não há verdades morais universais, aceites por todos os povos e culturas) é mal justificada.
6. Considere este outro raciocínio:
Premissa – As diversas culturas têm concepções diferentes sobre o que é moralmente bom ou mau
Premissa – Se diferentes sociedades têm crenças morais diversas, não há verdades morais objectivas e universais.
Conclusão – Logo, devemos adoptar uma atitude de tolerância face às crenças morais de outras culturas. (Devemos aceitar o que é aceite em outras sociedades).
Este raciocínio é válido? Que tese pretende defender? Será que o RMC é uma teoria que defende adequadamente a tolerância entre sociedades e culturas?
R: O argumento acima exposto pretende estabelecer uma ligação lógica entre relativismo moral e tolerância intercultural.
A tese da tolerância não é adequadamente justificada pelas premissas. Não se vê como da proposição «Não há verdades morais objectivas» se chega á conclusão de que devemos aceitar qualquer prática aprovada em sociedades diferentes da nossa. Porquê? Porque esta ideia baseia-se no pressuposto de que as culturas são moralmente infalíveis. Ora a história mostra que muitas em vários momentos aprovaram quase todo o tipo de práticas imorais. Não há qualquer ligação lógica entre «Não há verdades universais» ou «Nenhuma cultura é proprietária exclusiva da verdade» e «Nenhuma cultura está errada».
Não há práticas morais intoleráveis? O RMC não parece uma teoria adequada para defender a tolerância e o diálogo entre culturas.
Na perspectiva relativista basta uma sociedade instituir como “normal” um certo conjunto de práticas para que tenhamos de as respeitar porque é intolerante e ilegítimo julgar tradições e normas de comportamento que nos são culturalmente estranhas. Se cada colectividade ou, melhor dizendo, se cada comunidade se define pelos valores e normas que a identificam (que lhe são próprios) e não existem valores e normas valiosos para toda a humanidade, como condenar certos actos que de um ponto de vista humano são indesejáveis e inaceitáveis? Como defender os indivíduos de sociedades diferentes da nossa da prepotência dos seus governos, da tortura? Se condeno a excisão, praticada em vários países africanos e na Europa, aceitarei que me digam que a minha indignação é sinal de intolerância e de incompreensão dos valores de cada cultura?

2.O Subjectivismo moral (SM)

O subjectivismo moral também afirma que há verdades morais mas rejeita o RMC porque considera que a verdade é relativa ao indivíduo, às suas crenças, sentimentos e gostos. Ninguém pode dar lições de moral a ninguém. A cada qual a sua verdade e assim deve ser. Uma vez que reina a discórdia entre os seres humanos acerca de questões morais, o subjectivista não admite que alguém tenha o direito de julgar no lugar dos outros o que é certo e errado. Cada um de nós, baseado nos seus sentimentos e gostos é capaz de distinguir o certo do errado. Ninguém é melhor do que os outros em assuntos morais sendo ilegítimo querer impor a sua perspectiva aos outros.
Pode assim perceber que o SM rejeita o RMC.Com efeito, este consiste
na ideia de que a maioria dos membros de uma sociedade é que determina o certo e o errado em termos morais. Para o subjectivista moral é inadmissível que a maioria dos membros de uma cultura tente impor aos outros as suas concepções morais porque nenhum de nós possui a verdade absoluta sobre estes assuntos. Não há princípios e normas morais a não ser os que cada indivíduo escolhe para si mesmo.
O subjectivismo moral é uma forma de relativismo segundo a qual cada indivíduo responde às questões morais baseado no seu código moral pessoal e não pode estar errado se os seus juízos corresponderem aos seus sentimentos. Os nossos juízos morais baseiam-se nos nossos sentimentos e como os sentimentos são subjectivos nenhum juízo moral é objectivamente certo ou errado. É também denominado relativismo individual.
Suponhamos que o João diz que é correcto matar animais para comermos a sua carne e o Miguel diz que esse acto é moralmente reprovável além de desnecessário. Se adoptarmos o subjectivismo ético, como avaliaremos estas duas teses? Segundo o subjectivismo ambos os juízos morais são verdadeiros porque cada um está em conformidade com os princípios em que cada um dos indivíduos acredita. Uma vez que João aceita o princípio de que matar animais para os comer não é incorrecto, o seu juízo é verdadeiro para ele. Como Miguel tem como princípio moral pessoal que é errado matar animais para esse fim, o seu juízo também é verdadeiro. Para o subjectivismo moral não tem sentido perguntar quem está errado acerca da correcção ou incorrecção moral de matar animais para os comer. A cada qual a sua opinião de acordo com aquilo em que acredita e em nenhum caso o juízo moral de uma pessoa é mais correcto ou razoável do que o de outra.

Será esta uma boa resposta ao problema?
As principais críticas ao Subjectivismo Moral.
1. O subjectivismo ético é contraditório ou auto-refutante
O subjectivismo moral afirma que nenhuma perspectiva moral é mais verdadeira ou melhor do que outra. Mas como o subjectivismo é também uma perspectiva moral então não é melhor do que qualquer outra. Contudo, os subjectivistas acreditam que o absolutismo moral e a crença na existência de verdades objectivas em ética são perspectivas erradas. Estamos perante uma contradição.

2. O subjectivismo moral torna inviável a discussão de questões morais.
O subjectivismo moral parece sugerir que não podemos dizer que as opiniões e juízos morais dos outros estão errados. Se as verdades morais dependem dos sentimentos de aprovação ou de desaprovação de cada indivíduo basta que os nossos juízos morais estejam de acordo com os nossos sentimentos para serem verdadeiros. Um genuíno debate moral em que cada interlocutor tente convencer o outro das suas razões acerca de algo em que acredita perde qualquer sentido. Para o subjectivista será mesmo sinal de intolerância.
Imaginemos que João defende que o aborto é errado e que Maria defende que o aborto é moralmente aceitável. Segundo o subjectivista, eles não estão realmente em desacordo sobre se o aborto é ou não moralmente legítimo. Estão simplesmente a exprimir os seus sentimentos sobre a moralidade do aborto. Será perda de tempo que um tente convencer outro de que está enganado. Se João sente verdadeiramente que o aborto é errado, ou seja, se desaprova fortemente essa prática, então esse juízo é verdadeiro. Se o seu ponto de vista corresponde ao que sente então é subjectivamente certo. O mesmo se passa com Maria. Não faz sentido debater ou discutir porque será conversa de surdos. Cada qual exprime gostos diferentes e julga que gostos não se discutem. O que é verdade para ti é verdadeiro e o que é verdade para mim é verdadeiro e ponto final.

Actividade 2
1. Defina subjectivismo moral.
R:O subjectivismo moral é a teoria segundo a qual o valor de verdade dos juízos morais depende das crenças, sentimentos e opiniões dos sujeitos que os emitem. Os juízos morais exprimem sentimentos de aprovação e de desaprovação e dependem desses sentimentos. Não há verdades morais objectivas e universais.
2.Esclareça por que razão o subjectivismo moral é uma forma de relativismo.
R:O subjectivismo moral é uma forma de relativismo porque entende que a verdade ou a falsidade dos juízos morais depende (ou é relativa a) das crenças e opiniões de cada indivíduo, em suma, do seu código moral pessoal. Um acto é correcto ou errado se um determinado indivíduo o considerar correcto ou errado.

3.O que distingue o relativismo moral cultural do subjectivismo moral?
R: Contrariamente ao relativismo individual ou subjectivismo moral, o relativismo cultural acerca de assuntos morais afirma que o código moral de cada indivíduo se deve subordinar ao código moral da sociedade em que vive e foi educado. Os juízos morais de cada indivíduo são verdadeiros se estiverem em conformidade com o que a sociedade a que pertence considera verdadeiro.

4. Imagine que caiu nas mãos de um grupo de cientistas de outro país. Pretendem que seja a cobaia de experimentações científicas que consideram muito importantes e que ao mesmo tempo além de muito dolorosas provocarão a sua morte. Justificam a acção dizendo que esses experimentos farão avançar enormemente a ciência ao permitir descobrir medicamentos que beneficiarão milhões de pessoas em todo o mundo. Protesta dizendo que os meios para tal fim são absolutamente errados. Contudo, explicam-lhe pacientemente que a moral é relativa, uma simples questão de opinião pessoal. Pensam que usar o seu corpo para o fim em vista é moralmente correcto e como matar em nome da pesquisa médica não é ilegal no seu país, explicam – lhe que a sua revolta é simplesmente uma opinião sua e nada mais. Perguntam-lhe: «Quem és tu para dizer o que é moralmente correcto ou incorrecto? Cada pessoa tem de julgar por si o que é certo e errado».
Como argumentaria para os convencer de que o que pretendem fazer é moralmente errado? É aceitável dizer que uma vez que os cientistas acreditam genuinamente estarem a agir bem, a sua posição é inquestionável? Esta experiência mental prova que o subjectivismo moral não é uma teoria plausível?
R: Orientação de resposta:
Para o subjectivismo moral não tem sentido perguntar quem está errado acerca da correcção ou incorrecção moral de certos actos. A cada qual a sua opinião de acordo com aquilo em que acredita e em nenhum caso o juízo moral de uma pessoa é mais correcto ou razoável do que o de outra. Ficamos entregues ao puro arbítrio e não se percebe como uma acção como a dos médicos referidos é censurável ou eticamente condenável. Parece que neste caso triunfa o direito do mais forte.

Referências:

http://rolandoa.blogs.sapo.pt/74360.html
 
a ética vem de fora pra dentro correto? não.. cobre etica, do topo da piramede, e a etica vira até a base!
 
Atualmente não existe mais a margem para culturas atrasadas que praticam violência e sentenças de morte hedionda serem consideradas normais. Vou além, atualmente se estudam meios menos agressivos de cultivo visando retirar o veneno da terra e os agrotoxicos cada vez mais são substituidos por plantações orgânicas, a pecuária também caminha neste sentido, retirando o estresse, tratando o animal sem agressão, vacinando o menos possível, sacrificando sem dor e nem traumas, o que dizer de pessoas hoje em dia que ainda 'balançam' na dúvida se é válido ou não mutilar, desfigurar ou torturar uma outra pessoa, seja ela um estranho ou um dependente sob sua tutela?
A Etica, a que falei do tal Epicuro, trata de coisas como a individualidade, o que é do Estado e o que é Privado, e mais ainda o direito individual de segurança, de não ser agredido e de não sofrer nas mãos do outro, a manipulação ideologica visando argumentar sobre violência a ser imposta sobre outros JAMAIS deve ser aceita sob pretexto algum, nem de Estado, nem de Religião, nem pela ciência, muito menos por política ou algum tipo de manipulação do poder.
 
Esse tema é muito profundo, continuando...
Antes de tudo vejo uma necessidade de separar a tendência da espiritualidade como um fenômeno psíquico de suma importância e todas as suas manifestação até atingir escalas ligadas a parapsicologia e a espiritualidade que não pregam dogmas mas ensinam com amor , exemplos na vivência e oferece a liberdade de escolha estas diferentes das instituições religiosas ou corporações com tendências típicas dogmática e até fanáticas como ferramentas para a propagação de doutrinas morais e éticas inflexíveis e esta última (corporação) que molda o comportamento não em prol da vida e sim para o lucro seguem uma mesma linha ortodoxas e leis condicionando os nossos recursos naturais e mentais(liberdade intelectual)e que ao longo do tempo fomos ganhando mais liberdade do que antes.Todas a formas de opressão criada pelo homem e não respeitando a adversidade natural gera uma contra reação com os instintos de sobrevivência e sexuais como a história nos mostrou e que gera preconceitos, guerras..Inclusive Jung relatou que em um processo de conversão não havendo uma transferência correta os indivíduos convertidos se tornam mais fanáticos ainda ai origem de linchamentos coletivos contra o indivíduo que sai da dita cuja “ética”esta sempre relativa (é a mesma coisa de um crocodilo matando um ser humano em ambiente natural e nós com nossa moral e ética humana vingativa exterminar através do racional todos os crocodilos da terra por não aceitar a natureza do mundo natural e deslocarmos continuamente ao passado gerando um ciclo de vingança que fica se repetindo. Referências Arthur Shopenhauer , e paradoxalmente geramos mais problemas do que se aceitarmos a natureza, o hinduísmo trabalha isso, não corrompendo o verdadeiro Hinduismo o clássico que infelizmente com a tentativa de ordem massificada (leis universais com penalidades) gerou anomalias e pobrezas no sistema, como vimos o que acontece com as estratégias racional de expansão das corporações, análogo o processo de catequização em relação aos índios gerando influências de objetos estratégicos e que acabaram em destruir as culturas sustentáveis indígenas,ou seja, querendo colocar perfume e shampoo e dando armas de fogo ....Para os índios e corrompendo o laço simbiótico e cultural que estabeleceu-se com o tempo integrado entre a comunidade e o ambiente natural o saber absoluto que eles estabeleceram).O laços entre seres vivos inclusive humanos em equilíbrio com a natureza não são uma moral racional e sim afetivos e irracional (sentimentos) e com todas as suas manifestações seja o que consideramos bem e mal e são sempre únicos seja eles positivos e negativos , todos os seres são compostos por estas forças antagônicas que o constitui e o define ele não existiria se estas forças tanto atrativas e repulsivas não coexistissem, e uma coisa são os instintos sendo guiados pelo inconsciente e consciência trabalhando junto (transcendência e esta diferente em cada indivíduo) regulando o sistema do indivíduo , outra coisa , é um instinto de destruição coletiva causado exclusivamente pelo racional mutilando ao longo do tempo a natureza do inconsciente e tentando impor regras de condutas que na maioria das vezes condiz com o lucro e os interesses vinculados ao poder , e tentando instituí-las através da submissão e isso a nova geração já nasce e é afetada por um sistema já transformado em uma idéia que ficou sem dono (possessão) e não consegue enxergar e como nós vimos as conseqüências destas transformações resultando nas grandes guerras e estratégias econômicos racionais (consciente)gerando catástrofes coletivas que nada mais é do uma contra reação do inconsciente e da consciência coletiva constelada pois foi inibido pelo raciona ao longo do tempo que em muitas vezes resulta em conflitos e este inconsciente ferido acumulando energia ao longo do tempo como uma bomba relógio para acionar o instinto de destruição e que no final atua se dissimulando no racional. É importante ressaltar que estas dominantes, e espelho do inconsciente , imagens do inconsciente coletivo vão se formando e se transformando o tempo todo mas principalmente em determinados períodos estes ficavam registrados como históricos por assumirem grandes proporções e estas imagens do inconsciente coletivo é uma grande rede de estruturas psiquicas até mesmo autônomas como os complexos que influencia e compõe a consciência responsável tanto por sua existência e tanto para a sua destruição, estes complexos autônomos e veja que a consciência também é um complexo só que solidamente constituído, estes complexos autônomos foram muitas vezes chamados de almas ou espíritos.Veja aqui que o termo "complexo" é o termo e defnição par psicologia em especial Junguiana , psicologia analítica.

Nós podemos observar até no filme Avatar que toca muito nesse laço irracional e da afetividade sempre esta instintiva junto com a consciência trabalhando sabiamente e verdadeiramente que é necessário no cotidiano onde o perigo da morte (com todos os sentimentos que a acompanha) e vida (com todos os sentimentos que a acompanham) andam um do lado do outro alá filosofia irracional de Arthur Schopenhauer filosofia não cartesiana, e psicologia Junguiana, olhando o ponto de vista irracional e racional unificados e respeitados, muito diferente de uma filosofia estritamente e exclusivamente racional e somente materialista pregando valores racionais universais sem no entanto não deformar a natureza do indivíduo jogando na caverna do inconsciente seus desejos e impulsos de sobrevivência com todo sua adversidade ,e esta natureza humana sempre única e individual como Jung bem estudou e investigou (adversidade) com algumas características semelhantes mas não iguais, que aceitando-as pontos simbióticos de equilíbrio e mais estáveis são construído como no reino animal a qual o homem também pertence (laços afetivos e não meramente racionais), em suma , a natureza psíquica ainda obscurece de um conhecimento profundo , qualquer um que afirma saber absolutamente sobre a natureza humana está equivocado o que podemos observar é um contínuo progresso e tentando na medida do pssível analisar a natureza e suas adversidades.E lembrando que a Ciência ainda engatinha perto das antigas sabedorias e da sabedoria da natureza (o saber absouto).Cada ser deve ser respeitado porque acompanha a ele um saber inimaginável inato pronto constituído pela natureza, através desta adversidade sempre alguma coisa para nos ensinar.

E todos nós sabemos que a espiritualidade a crença em Deus ou na Natureza como divina e o amor pode se propagar independente de uma instituição religiosa, e vamos separar a espiritualidade e o amor da pregação de "uma moral e ética massificante e universal que gera penalidades, e onde o indivíduo como um ser natural e da natureza acarreta em perdas dos instintos e causando psicopatologias em vários níveis.Como por exemplo chegar em uma comunidade indígena que caça “com as próprias mãos” e mata para subsistência com suas próprias ferramentas, que é muito diferente como na Indústria que estimula o consumo em prol do lucro em um sistema maquinário de extermínios em massa sem todo a importância dos laços tão necessário emocionais entre os seres vivos como encontramos no elo do drama da sobrevivência do mundo natural com fortes cargas emotivas vinculada através da dor e do seu alívio (o prazer) (inclusive suspeito que as decisões individuais seriam diferentes se cada um , ou seja, tomasse a decisão e atitude de matar um animal para comê-lo por conta própria) continuando chegar no índio e tentar impor uma ética e moral ditas em defesa da vida e que nesse caso acarretaria mutilação na natureza do inconsciente ligado aos impulsos instintivos de sobrevivência ou acusá-lo de ladrão se eles pegarem um cacho de banana para sua subsistência em uma “dita cuja propriedade estática” do branco (que na maioria das vezes conquistaram pela guerra nada natural , artificial, jogando por água abaixo os laços simbióticos responsáveis pela nossa evolução), se tu fores investigar a composição social dos índios e o laços afetivos estão anos luzes a frente de nossa dita cuja civilidade, uma civilização com tecnologias não pode ser dito como desenvolvida no âmbito da civilidade onde uns e outros se matam por dinheiro , cheia de preconceitos , éticas e morais equivocadas que no fundo conturba os instintos,burocracia até explodir a alma e “fronteira a cada esquina “ cercado de muros porque não conseguem mais conviver socialmente juntos o paradoxo da repressão racional de novo gerando mais problema ainda fruto de uma educação cartesiana gerando mais problemas a longo prazo ainda , tribunais lotados , leis que não acabam mais, epidemias, catástrofes, correndo o risco das perdas dos instintos básico e afetivos, inclusive chegando ao absurdo de envolver todo o planeta Terra e seus recursos, porque se tratando de tecnologias a natureza está anos luzes a nossa frente (o saber absoluto que nos guiava invisivelmente) o máximo que podemos agora fazer é tentar integrar nossas tecnologias e transformações com o ambiente natural e aperfeiçoar nossa estrutura social que nos permite diminuir nosso próprio sofrimento e tentar estabelecer novos laços de natureza simbiótica, e isso virou uma prioridade, caso contrário a necessidade dita as regras com todo o seu sofrimento, é nesse ponto que nos encontramos como sociedade civil, porque os costumes estão sempre em necessidade de adaptar e mudar como a própria natureza muda o tempo todo, agora aquele lema : precisamos adaptar-nos ao nosso “pasto (Terra)” e não o pasto a nós.

Inclusive a igreja com seu processo de catequização gerou vários estragos no inconsciente e nos instintos sexuais e de sobrevivência vendo o mundo em uma ótica mal e bem, coisa do tipo gerando penalidades para quem não fosse do “bem segundo seu ponto de vista” e pelo contrário do que pensamos não freia esta manifestação do inconsciente acumula energia (o saber absoluto com todas as suas manifestações tanto aquelas que dizemos “positiva e negativas” acumula energia e gera contra reação como uma bomba relógio) e em muitos caso se dissimula no racional se deslocando gerando anomalia que não vemos com freqüência no mundo “dito selvagem” guiado pelo saber absoluto o inconsciente, qualquer tipo de atividades que leva a transcendência (cooperação da consciência com inconsciente) parece que diminui o risco de gerar contra reação seja imediata ou acumulando energia no inconsciente pessoal e coletivo.

Em suma ,
Por tanto vejamos...
Sobre os sociopatas...
Estas características são bastante difíceis de serem definidas como foi relatado, ,mas existe uma metodologia ainda aceita na psicologia mas não como absoluta, para "identificação" de sociopatas e nem devem serem utilizadas como receita de bolo infalível que pode acarretar em um falso julgamento (típico da arte de julgar o próximo , e lembre-se que julgamento como entendemos sempre acompanha na maioria das vezes de penalidades e sofrimentos para ambas as partes). Por exemplo citou que são pessoas autoritárias , egoistas, agressivas, etc são características ruins sem dúvidas mas pertencente ainda a natureza antagônica deste universo como Freud mesmo explicou e se apresentam mais excessivamente e agressivamente justamente quando tentamos frear esta energia com todo o rigor da nossa "justiça humana e a dito cuja ética".No mundo animal, e nós não temos motivos de separar radicalmente a humanidade dos seres vivos em geral como Freud mesmo esclareceu e Jung, nesse mundo quanto mais prendemos um cachorro para não morder e mais preso ele fica (instinto mutilado gera contra reação dos instintos constelados) mais chances de serem agressivos eles vão ter.

Mas veja bem, é importante este esclarecimento sobre a complexidade da identificação, na psicologia Junguiana sobre o termo individuação e egoísmo , há uma definida relação apresentando diferenças entre individuação e egoísmo (acúmulos de recursos tanto humanos e naturais para o benefício próprio) que são colocado no mesmo barco que a individualidade(busca do auto conhecimento e crescimento inclusive este contato que muitos alegam com Deus, mas na psicologia Junguiana diz em ser casos raros de integração com o SELF , isso não confere direito moral e ético e tentar universalizar com dogmas e criar doutrinas inclusive com penalidades agressivas para aqueles que não seguirem comportamentos revelados por esta integração com o SELF , e estas doutrinas ditando as relações que outros devem seguir,e inclusive eles possuem seus próprios Self's apesar que ainda nem todos conseguem alcançá-lo e identificá-lo e não sabem o que são , pensando que só existe o eu (ego) na casa(a mente) e não percebem o inconsciente, e estes, deduzidos pela existência dos complexos dissociados na psique assaltando a consciência, inclusive para aperfeiçoamento do ego que nada mais é do que um complexo solidamente constituído e a mente é um sistema múltiplos várias estruturas psíquicas vivas que constitui um todo com tendências convergentes criando um centro virtual, mais detalhe sobre isso veja no tema ESPÍRITO E VIDA (na Natureza da psisque ), além disso diz o Jung : o não psíquico se comporta como psíquico e não psíquico simultaneamente mesmo que a consciência ainda não desenvolvida e não tome parte disso.Pode ver sobre isso em O homem e seus símbolos e o confronto com o inconsciente no processo da busca do si mesmo da individualização o SELF e outras obras de Jung) e que portanto não são as mesmas coisas egoísmo e individualidade só esclarecendo.

Em pesquisas recentes enquadram ainda mesmo que não definitivo ,mas já enquadram como objetos potenciais, os fanáticos doutrinadores , pessoas altamente dogmáticas e ortodoxa como potenciais sociopatas, outro exemplo, foi dito sobre pessoas nervosas que possuem características que se enquadram a sociopatia mas como tu mesmo averiguares não serve para um prognóstico definitivo porque pessoas neurótica (e veja que nem todas as neuroses são negativas a arte como Jung afirma é uma neurose que possibilita o desenvolvimento cognitivo e criativo elevado e serve para o processo de auto regulação da inconsciência depositando conteúdos na consciência para integração e auto regulação de algo que estava acarretando perdas dos instintos , ou anomalias na sociedades ou tendências de mudanças sociais ou até mesmo aprimoramento da personalidade do ego através do confronto com inconsciente) continuando , nem todos que apresentam quadros agressivos podem serem enquadrados como sociopatas e em geral não são.Existe uma série de casos sobre agressividades que podem se enquadrados em outros casos como , impulsos instintivos assaltando a consciência rompendo a barreira limiar e isso através dos complexos que são estruturas autônomas e vivas diferentes entre si mas que compõe a psique e onde as vezes uma consciência ainda não desenvolvida nunca toma parte de suas existências, quadros compulsivos , quadros de histerias nervosas, estresse , quadros neuróticos, xenofóbicos ,possessivos , pânico, psicoses, etc.

Quadros instintivos geralmente não se enquadram a sociopatia que é fria e calculista e não se arrependem afetivamente (insuficiências de características afetivas).Mas contudo a sociopatia é um campo novo muito ambíguo mas no entanto temos, por exemplo: Qualquer tentativa de enquadrar uma ação instintiva como por exemplo o "furto instintivo(veja bem furto ligado ao conceito de propriedade privada)" e forçá-lo a seguir uma doutrina e for violento nesta aplicação um indivíduo que aplica uma doutrina radical com estas características de doutrinação pode se enquadrar em quadros que acarretarão uma investigação mesmo ainda nunca definitiva de sociopatia ou até mesmo de psicopatia .Em geral quadros instintivos e nem sempre convenientes com a ética instaurada nem sempre enquadra a socioapatia .Na antropologia investigativa de diferentes culturas e pela psicologia pós Freud , Ciências como a antropologia e a sociologia argumentam que o padrão de desenvolvimento proposto não é universal e deve ser aprimorado e nem necessário no desenvolvimento da saúde mental individual, qualificando conclusões universais como etnocêntrica por omitir determinantes sócio-culturais da adversidade que inclusive Jung trabalhou neste insuficiente quadro da psicologia de Freud principalmente em um mundo com tendências também globalizadas. Continuando, um quadro instintivo ligado a sobrevivência ou na realização dos impulsos instintivo constelados e reprimidos , não pode ser prognosticado como quadro de sociopatia necessariamente , mas olha que interessante o doutrinador obsessivo frio e calculista tentando aplicar dogmas autoritários que mutila o inconsciente através da massificação ortodoxa de doutrinas ditas morais e éticas pode ser enquadrado para investigação como candidatos a terem caractérísticas sociopatas, repetindo esta nunca absoluta.

Mais uma vez isso prova que a base das relações de valores criados principalmente pelas religiões políticas e econômicas que pregam a moral e ética segundo suas definições ,estas, dependendo de cada doutrina gera em muitos casos uma mutilação na natureza do inconsciente acarretando forte reação instintiva ao tentar padronizá-la e massificá-la ,que pode na pior das hipóteses dissimular no racional atingindo o sistema e gerando corrupção e violência descontrole no sistema como um todo, seja político, nas melissas , nas máfias e na religião etc. Jung em sua obra a natureza da psique relata que o neurótico e suas revelações são de suma importância para a humanidade porque acarreta em ser uma mensagem dos instintos e da inconsciência (o saber absoluto ) que acima de tudo é mais sábio do que o ego da consciência, e relata o preço que ahumanidade está pagando no processo de "civilização agressiva" como aconteceu entre o homem "branco" e os índios e guerras, através da catequisação , apresentando quadros semelhantes de psicopatias adversas entre diferentes etnias ,como a diminuição dos instintos afetivos, neuroses negativas ,nisso gerando em seus extremos em caso "raros" quadros de psicopatias impulsos psicóticos violentos e fora de controle (como observados em assassinos frios e calculista sem arrependimentos como vemos nas guerras civis e nacionais, esta sim mais graves alá Bush , que inclusive estas guerras nacionalistas foi responsável por suicídios em massa de veteranos por transtornos pós traumático estes claro não podem ser enquadrados como psicopatas aquele assassino frio e que não se arrepende, e estes psicopatas ainda muito raros mas se tornando cada vez mais expressivos na nossa sociedade "civilizada") e sociopatas principalmente em grandes cargos corporativos , políticos e mafiosos.

Sobre o tema sociopatia...
Nem sempre um indivíduo anti social ou até mesmo que goste de filmes violentos como de guerras , terror, paixões ditas heróicas ,animes , com temas sexuais, jogos violentos em geral enquadrado como temas adultos pode ser enquadrados como sociopatas ou com inclinação a agressividade e asssim por diante inclusive a arte (como diz Jung toda arte é uma neurose positiva) indica tendências que estão ocorrendo no inconsciente a arte é uma revelação de algo que possa a vir acontecer ou auto regulação dos impulsos instintivos da mente ou pode também apresentar quadros de influência psiquica, qualquer generalização acarreta em erros.Nem sempre um anti social acarreta sociopatia, temos xenofobia, fobia , depressão , histeria nervosa, neuroses,obsessão, a sindrome dos nerds (veja definição da psicologia para nerds http://pt.wikipedia.org/wiki/Nerd), timidez , vítimas de preconceito, traumas, personalidade tipicamente introspectivas que podem gerar distanciamento social ,etc.

Outro exemplo paixão psicopatológicas leva a quadros agressivos etc é muito complexo .Mas em suma nós pacifistas que prega a paz no mundo real, prezamos em defesa da vida e até mesmo comprometemos as vezes por amor e mudamos os nossos hábitos mas sempre algo pessoal uma escolha pessoal nunca dogmática que acarretaria penalidades para quem não seguir o ensinamento inclusive este um ensinamento Budista.O que tem que ser entendido é que houve um preço na perca do instintos, tanto no mundo natural, como psicológico e do corpo nessa travessia na busca da "civilização" inclusive isso é afirmado na natureza da psique e muito bem explicado_Olhe que interessante, o fanatismo religioso pode ser enquadrado como características de sociopatia e até de psicopatia em casos de violência de racismo , preconceito... , e imposição violenta de práticas litúrgicas e cirurgias contra a vontade do outro.... lembrando sem generalização cada indivíduo é único cada caso é um caso...Nós ainda com o todo o conhecimento não podemos afirmar ainda que conhecemos e compreende a psique , não sabemos ainda muito coisa sobre a natureza humana e a psique e repito a psique encerra tantos mistérios quanto o universo e suas galáxias e hoje em dia repito não podemos nem afirmar que a psique se encontra dentro do cérebro como diz Jung .É um longo caminho por isso inclusive a pessoa pode não ser presa se for enquandadra em distúrbio psicológicos conhecidos , agora tenta imaginar o estrago que nós fazemos adotando um sistema antiquado e atrasado de presídios e de penalidades violentas, como nos sistemas carcerário em geral o estrago na natureza humana e na natureza , inclusive das dominastes psiquicas o arquétipos do inconsciente coletivo e da consciência coletiva., por que acima de tudo ,os elementos da natureza tanto seres vivos como inanimados de vida , são sensores , e tudo indica como Zeighest relatou , em uma sociedade que justifique nossos conhecimentos mais recente jamais prenderia alguém como no sistema utilizado desde da época da antiguidade torturando inclusive infligindo as maiores virtudes humanas ("direitos humanos"), essas pessoas seriam estudadas até para mostrar anomalias em nossa sociedade e revelar mais coisas sobre a nossa natureza como Freud nos ilucidou logo acima apesar que é apenas o começo,e vimos que a existência da vida e da morte anda junto no natureza da qual como disse Freud não temos motivos de separar de nós, e como a filosofa de Arthur Shopenhauer também nos acrescenta.
Mais sobre as neuroses o tanto que ela é positiva na maioria do casos tanto muito bem explicada nas obras de jung em geral, mas principalmente na natureza da psique ,e dificilmente hoje em dia não encontraria pessoas neuróticas pelas estatísticas recentes da psicologia ... continuando ....

A consciência de nós tende a ser presunçosa. Vamos criando certezas pela vida afora. As certezas dificultam a visão e atuam como bengalas para firmar a postura nas surpreendentes estradas da vida. Certezas geram o vício e a intolerância de pensar e fazer do mesmo jeito restrito, para os mesmos resultados. Verdades absolutas é que nem cachimbo, deixa os lábios tortos.

As ditas verdades absolutas acompanhadas com suas violentas penalidades , prejudicam o questionamento científico, as dúvidas, as buscas inovadoras do conhecimento, e tendem a protelar as decisões significativas, carregando uma espécie de conformismo: “deixa como está...” – um afago na estrutura de materialismo intelectual e inércia mental que empobrece e limita o espírito e para a ação.

Inclusive o processo de doutrinação que foi muito vinculada a ortodoxia religiosa principalmente em relação ao sexo e aos instintos de sobrevivência acarretaram na dissociação e na produção de neuroses que segundo relatório da psicologia invadiu grande parte da sociedade e está se repetindo e intensificando-se na nossa sociedade capitalista , socialista , comunistas ... atual.

As certezas de que “somos os melhores e maiores” .Mas uma certeza se agiganta cada vez que os pesquisadores competentes e LIVRES enriquecem o estudo sobre os sociopatas ou psicopatas (que podem serem assassinos em série sem arrependimentos e níveis de afetividades muito baixos). A Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva nos adverte.

Vivem entre nós e os mais espertos dizendo ela tornaram-se profissionais da política, campo aberto para o “poder, status e diversão”. Como sociopatas podem ser definidos todos os revolucionários que subtraem a liberdade instintivas e sociais das pessoas para escolher suas crenças e decidir sobre suas vidas.

Para esse tema que é muito complexo e ainda polêmico aconselho o trabalho da Dra. Ana Beatriz Barbosa da Silva, com links para entrevistas e recomendação de um livro: “Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado”, cuja temática nos leva a perceber melhor como os psicopatas usurparam os postos de poder político nas nações dizendo ela.

Em síntese, alguns cientista nos mostra como os “psicopatas são frios (níveis de afetividades muito baixos), calculistas, insensíveis, inescrupulosos, e absolutamente livres de constrangimentos ou julgamentos morais internos e pessoais ausência de moral individual , ou seja, não se discute (autoritário inflexivo incapaz de julgar a si mesmo e provocar sofrimento ao próximo). Eles são capazes de passar por cima de qualquer pessoa apenas para satisfazer seus próprios interesses e estes não ligados as suas necessidades instintivas vitais.Dizendo.

Mas ao contrário do que pensamos, não são loucos, nem mesmo apresentam qualquer tipo de desorientação ou quadros de neuroses ou histerias nervosas. Eles sabem exatamente o que estão fazendo. O livro Mentes Perigosas (Dr. Ana Beatriz Barbosa Silva )nos mostra em linguagem fluida e acessível quem são estas pessoas que vivem entre nós, se parecem fisicamente conosco, mas definitivamente não são como nós.Em geral são pessoas que causam sofrimento por uma obsessão de poder e privilégios sem está ligado necessariamente com as necessidades vitais da vida e o equilíbrio e sem causas vinculadas com suas básica exigências instintivas vitais. Em síntese o livro diz o seguinte:

"Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem. "Mentes Perigosas" discorre sobre pessoas frias, manipuladores, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa. Esses "predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria da população: aquelas a quem chamaríamos de "pessoas do bem". Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam. E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados. Por serem charmosos, eloqüentes, "inteligentes" e sedutores costumam não levantar a menor suspeita de quem realmente são. Visam apenas o benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade. Em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Porém, o que a sociedade desconhece é que os psicopatas, em sua grande maioria, não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns."

Mais continução no livro , mas sempre lembrando que todo o conhecimento está em evolução o tempo todo, segue a recomendação do livro que foi feito para leigos porque a psicologia acima de tudo é auto compreensão , e segue esta observação e sempre leiam vários livros e pesquisas independentes abordando o assunto. E acredito que principalmente nesta mudança de Era que vai acontecer até 2150 por ai, dizendo Jung em "Um mito moderno sobre coisas vistas no céu ", geralmente acarreta na mudança dos arquétipos dos Deuses que fundamenta as imagens do inconsciente e da consciência coletiva e inconsciência coletiva impessoal da toda poderosa natureza, pode esperar por muitas coisa que deva acontecer durante este período no mundo psíquico dos seres vivos em geral e na natureza.

E termino com Jesus inevitável abordando o tema moral:
Se fores investigar a influência de Jesus na história , inclusive é interessante citar esta passagem de Jesus logo abaixo. Inclusive se tu fores fazer um estudo escatológico Jesus era um pagão e contra o sistema instituindo através da lei que gerava penalidades e contra o sistema monetário do Império Romano, chegou a ser até um ancião inclusive condenado por não aceitar as imposições do império na cobrança de impostos e na instauração da moeda. Por exemplo tema Jesus enciclopédia Britânica número 12 pág:6492:

(...)"Através de discursos e principalmente de parábolas , Jesus usa uma série de imagens para estabelecer o que entende pelo reino.São parábolas , pequenas histórias , com objetivo de levar o ouvinte a tomar decisão.Nas parábolas do reino ,Jesus anuncia um reino diferente do ideal POLÍTICO.Destaca-se o processo da ação divina , a que o homem teria que se submeter , cooperando.Dizendo: "O reino não depende de valores morais que o homem constrói.Antes é como a semente que cresce secretamente , sem assistência humana , e se transforma numa árvore.Ou como o fermento que leveda toda a massa." "Ou ainda , o tesouro oculto que um homem encontra escondido num campo."As metáforas sempre se reportam a uma ação misteriosa que produz , libertação e poder, revelando um mundo novo .Esse mundo novo contrasta com o reino de satanás, que simboliza todas as formas de opressão que circundam a situação humana , tanto em caráter individual , quanto como povo.Supera toda a imaginação humana, e nesse sentido é supranatural e supra histórico(...)" Inclusive ele aceitando a natureza da morte do mundo natural e dizendo para não condenar e julgar o próximo e criar um estado de direito universal através da moral humana sobre o indivíduo, assim sendo testado e crucificado morto e sepultado e condenado como criminoso contra o império.
Continuem a leitura Jesus se opondo ao Estado, As instituiçõs Religiosas, etc
E acima de tudo vou ficar de olho nestes estímulos coletivos de guerra de indivíduos que projetam sua frustrações e dificuldades e dívidas com seu inconsciente e querem que toda humanidade pague o mesmo preço pois não sai do ponto de vista egocêntrico do ego onde pensa que o mundo gira em torno dele e as vezes assumem dissimuladamente cargos importantes e tomam decisões para todo o coletivo principalmente no exército nos cargos de grande liderança e na política hoje em dia, e com a religião antes usada perdendo espaço para estas novas fontes de domínios coletivos deslocado e concentrados.Fica a mensagem do Zeigtest que qualquer violência estimulada para patamares coletivos é um risco que corremos inclusive é o que alguns querem.

O poder absoluto corrompe absolutamente!É o pior de tudo os complexos retidos no esperlho (dimensão psiquica) podem se soltos pelos Deuses.

A psique é o eixo do mundo! E o cosmos é um todo psiquico , uma rede psiquica interligada a tudo e a todos.


Referêncais do livro da DrªAna Beatriz Barbosa Silva sobre o tema sociopatas:
livro : Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado
http://www.submarino.com.br/produto/1/21432534/mentes+perigosas+-+o+psicopata+mora+ao+lado
No Google:
Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado - Pesquisa Google
 
Última edição:
desculpe, mas raziel acabou com o topico.....
até ia comentar;...
 

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