Quem foi pior na colonização da América Latina? Portugal ou Espanha?

_Blake_

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:hmm:

Respondam.
 
Eles não vieram(sequer tinham a intenção) O que queriam mesmo era saquear TUDO. Mas não é isso que se aprende na escola né :coolface:

A América do norte tem até doc onde diz: Aqui vamos criar uma terra de senhores....

Illuminati.jpg
 
Engraçado é que eles são uns bostas até hoje, do que adiantou? Inglaterra deixou um melhor legado com os Estados Unidos.
 
Creio que a Espanha tenha massacrado muito mais nativos por aqui do que os portugueses, até porque os índios desse lado viviam bem atrasados em comparação com os Maias, Astecas e Incas. Brasil já era atrasado antes mesmo dos portugueses chegarem :bwahaha:
 
Nenhum dos dois. Portugal na real ainda conseguiu ser pior, já que ficou devendo até as cuecas do imperador pra Inglaterra.

Penso que se (pena que o se não vale de nada) a França - com Daniel de la Touce no MA - e a Holanda, com Nassau em PE, tivessem dado continuidade a colonização que Portugal não conseguia fazer a contento, certamente o Brasil nem seria o que é hoje (tanto cultural quanto geograficamente).
 
Ops. Tópico errado.
 
Última edição:
Ambas! E não foram "piores", foram as "melhores": na "arte da sujeição e dominação"!

[video=youtube;pSyE82yRaKU]https://www.youtube.com/watch?v=pSyE82yRaKU[/video]​

O "Tratado de Methuen", também referido como "Tratado dos Panos e Vinhos", foi um tratado assinado entre a Inglaterra e Portugal, em 17 de Dezembro de 1703. Foram seus negociadores o embaixador extraordinário britânico John Methuen, por parte da Rainha Ana da Inglaterra, e D. Manuel Teles da Silva, Marquês de Alegrete.

Pelos termos, os portugueses se comprometiam a consumir os têxteis britânicos e, em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal. Com três artigos, é o texto mais reduzido da história diplomática europeia:

"I. Sua Majestade ElRey de Portugal promete tanto em Seu proprio Nome, como no de Seus Sucessores, de admitir para sempre daqui em diante no Reyno de Portugal os Panos de lãa, e mais fábricas de lanificio de Inglaterra, como era costume até o tempo que forão proibidos pelas Leys, não obstante qualquer condição em contrário.

II. He estipulado que Sua Sagrada e Real Magestade Britanica, em seu proprio Nome e no de Seus Sucessores será obrigada para sempre daqui em diante, de admitir na Grã Bretanha os Vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja Paz ou Guerra entre os Reynos de Inglaterra e de França), não se poderá exigir de Direitos de Alfândega nestes Vinhos, ou debaixo de qualquer outro título, directa ou indirectamente, ou sejam transportados para Inglaterra em Pipas, Toneis ou qualquer outra vasilha que seja mais o que se costuma pedir para igual quantidade, ou de medida de Vinho de França, diminuindo ou abatendo uma terça parte do Direito do costume. Porem, se em qualquer tempo esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como acima he declarado, for por algum modo infringido e prejudicado, Sua Sagrada Magestade Portugueza poderá, justa e legitimamente, proibir os Panos de lã e todas as demais fabricas de lanificios de Inglaterra.

III. Os Exmos. Senhores Plenipotenciários prometem, e tomão sobre si, que seus Amos acima mencionados ratificarão este Tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as Ratificações."
(...)

No século XVIII, Portugal encontrou em terras brasileiras a primeira riqueza que instigava a realização das grandes navegações: os metais preciosos. Além de atender a uma antiga expectativa, a exploração da economia aurífera do espaço colonial poderia determinar a recuperação econômica lusitana, bem como a dinamização de uma economia que se encontrava gravemente enfraquecida pelos anos de dominação espanhola e a grave crise açucareira que atingiu o Brasil no século anterior.

Contudo, contrariando a essa possibilidade, observamos que a riqueza retirada do Brasil e enviada a Portugal não resultou nesse processo de recuperação. Pior do que isso, a extração aurífera veio reforçar a dependência econômica que os portugueses tinham em relação ao espaço colonial brasileiro e, na medida em que o ouro se escasseava, a crise econômica lusitana voltava a se fortalecer. Mas afinal, como poderíamos compreender essa situação, no mínimo, contraditória?

Entre os vários fatores que possam ser trabalhados, acreditamos que o Tratado de Methuen ou Tratado de Panos e Vinhos tem grande valia para que possamos entender o quadro econômico experimentado em Portugal ao longo do século XVIII. Assinado junto à Inglaterra, esse acordo estabelecia que Portugal teria facilidades na compra dos tecidos ingleses e que a Inglaterra se valeria de facilidades semelhantes para comprar a produção de vinho lusitana.

Ao longo do tempo, a vigência desse acordo impeliu grande parte dos produtores agrícolas de Portugal a utilizarem suas terras cultiváveis para a produção de vinho. Afinal de contas, a disponibilidade do mercado inglês imposta pelo tratado garantia lucro aos produtores. No entanto, essa mesma prática impedia que a economia portuguesa se voltasse para o desenvolvimento de outras atividades que pudessem dinamizar a sua economia. (...)

Ao alcançarmos os finais do século XVIII, momento em que a economia mineradora já apresentava sérios sinais de desgaste, a economia portuguesa sentia o retorno de uma grave crise econômica. De tal modo, vemos que a assinatura do Tratado de Methuen, somado a outros fatores ligados à política e à economia portuguesa, explicam como essa nação não veio a se fortalecer em um período em que a prosperidade trazida pelo ouro deveria abrir tantas outras portas. (...)

Em diferentes ocasiões, esses efeitos produzidos pelo Tratado de Methuen foram criticados por diversos estudiosos que percebiam o impasse gerado. Na segunda metade do século XVIII, o marquês de Pombal, principal ministro do rei D. José I, tomou medidas cujo objetivo seria de reverter essa situação. Contudo, o desinteresse da aristocracia portuguesa impedia que um projeto de modernização econômica se estabelecesse naquelas terras.

Fonte: Wikipedia

PLANTATION ("o pau-brasil" já nasceu torto... por isso goza sempre para o lado direito)​

"Plantation ou Plantação é um tipo de sistema agrícola baseado em uma monocultura de exportação mediante a utilização de latifúndios e mão de obra escrava. Foi bastante utilizado na colonização da América — sendo mais tarde levada para a África e Ásia —, principalmente no cultivo de gêneros tropicais e é atualmente comum a países subdesenvolvidos, com as mesmas características, exceto, obviamente, por não mais empregar mão de obra escrava.

A primeira característica da economia de plantation é a monocultura. Nesse sistema, são produzidas grandes quantidades de um só produto que se adapta muito bem ao solo e ao clima da região. Os produtos cultivados por meio da economia de plantation no Brasil são cana-de-açúcar, café, soja etc.

Nesse sistema, a produção é voltada quase totalmente para o mercado externo, permanecendo no país apenas produtos de baixa qualidade. As colônias eram exploradas de uma forma especulativa, sem nenhum interesse, por parte das metrópoles, na melhora do país em que a economia de plantation era estabelecida.

A mão de obra utilizada era composta principalmente por escravos e indígenas. Através da dominação econômica muitos camponeses e pessoas de baixa renda também eram obrigados a trabalhar nas plantações. A economia de plantation ocasionou o surgimento de grandes latifúndios, uma vez que enormes porções de terra eram destinadas a uma só pessoa.

Alguns países ainda utilizam o sistema de plantation, embora a maioria tenha substituído a mão de obra escrava pela assalariada. No Brasil, a economia de plantation ainda é utilizada em regiões que cultivam cana-de-açúcar ou café" (...)

Em outras palavras, Plantation ou cultivo especulativo é uma forma de cultivo comercial organizada para o mercado externo e que não considera os interesses da economia e da sociedade da região ou do país onde é realizado. Esse tipo de cultivo foi introduzido em países tropicais com a finalidade de complementar a agricultura da zona temperada (Europa), e se caracteriza por:

* grandes propriedades;
* cultivo de produtos tropicais;
* monocultura;
* emprego de mão de obra barata, inicialmente escrava;
* utilização de recursos técnicos;
* produção voltada para a exportação.

Fonte: Wikipedia

IMPERIALISMO (globalização, G7, "Nova Ordem Mundial")​

"Imperialismo é a política de expansão e o domínio territorial, cultural ou econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas.

O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XIX, o colonialismo.

Esta prática está registrada na história da humanidade através de muitos exemplos de impérios que se desenvolveram e, em muitos casos, foram aniquilados ou substituídos por outros. No entanto, o conceito, derivado de uma prática assente na teoria econômica, só surgiu no início do século XX." (...)

"No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matérias primas.

A concepção de neo-imperialismo foi realizada por economistas ingleses e franceses no início do século XIX. Este conceito constituiu-se em duas características fundamentais: o investimento de capital externo e a propriedade econômica monopolista. “Um país imperialista era um país que dominava economicamente o outro”, e desse modo a capitalização das nações imperialistas gradativamente se ampliava, assim como a "absorção" dos países dominados pelos monopólios, mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores, levavam ao ciclo do novo colonialismo, que é o produto da expansão constante do imperialismo.

Os países imperialistas dominaram muitos povos de várias partes do planeta, em especial dos continentes africano e asiático. Porém, a maior parte dos capitalistas e da população desses países se sobrepunham tendo como afirmativa que suas ações eram justas e até benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso. Dessa forma, tinham 3 visões explicativas: o etnocentrismo, baseado na ideia de que existiam povos superiores a outros (europeus superiores a asiáticos, indígenas e africanos, exemplos clássicos), da mesma forma o racismo e o darwinismo social que interpretava a teoria da evolução de uma forma discutível, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural.

Assim, no final do século XIX e o começo do século XX, os países imperialistas se lançaram numa corrida por matéria-prima, mercados consumidores e países com uma fragilidade política, com o intuito de colonizar, o que desencadeou rivalidade entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à “nova era imperialista"."

Fonte: Wikipedia

Sugestão de autor/escritor

NOAM CHOMSKY

"Avram Noam Chomsky (Filadélfia, 7 de dezembro de 1928) é um linguista, filósofo e ativista político norte-americano, professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Seu nome está associado à criação da gramática ge(ne)rativa transformacional. É também o autor de trabalhos fundamentais sobre as propriedades matemáticas das linguagens formais, sendo o seu nome associado à chamada Hierarquia de Chomsky.

Seus trabalhos, combinando uma abordagem matemática dos fenómenos da linguagem com uma crítica do behaviorismo, nos quais a linguagem é conceitualizada como uma propriedade inata do cérebro/mente humanos, contribuem decisivamente para a formação da psicologia cognitiva, no domínio das ciências humanas.

Além da sua investigação e ensino no âmbito da linguística, Chomsky é também conhecido pelas suas posições políticas de esquerda e pela sua crítica da política externa dos Estados Unidos. Chomsky descreve-se como um socialista libertário." (...)

GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS

Chomsky tem sido um crítico coerente e contundente do governo norte-americano. Em seu livro 9-11, uma série de entrevistas sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, ele afirma, como já tinha afirmado antes, que o governo dos Estados Unidos é o estado terrorista líder, nos tempos modernos.

Chomsky tem criticado o governo do seu país pelo seu envolvimento na Guerra do Vietnã e no mais amplo conflito da Indochina, assim como pela interferência em países da América Central e da América do Sul e pelo apoio militar a Israel, Arábia Saudita e Turquia. Chomsky focaliza sua crítica mais intensa nos regimes amigos do governo dos Estados Unidos enquanto critica seus inimigos oficiais - como a antiga União Soviética e Vietnã do Norte somente de passagem. Ele explica este comportamento com o seguinte princípio: "é mais importante avaliar ações que você tem mais possibilidade de influenciar." Sua crítica da antiga União Soviética e da República Popular da China tem tido algum efeito nesses países pois ambos os governos censuraram seu trabalho, com o banimento da publicação de seus livros.

Chomsky tem repetidamente enfatizado sua teoria de que a maior parte da política externa dos Estados Unidos é baseada no "perigo do bom exemplo" o qual ele diz que é um outro nome para a teoria do dominó. O "perigo do bom exemplo" é representado por um país que conseguisse se desenvolver com sucesso independentemente do capitalismo e da influência dos Estados Unidos e desta maneira apresentasse um modelo para outros países nos quais este país tem fortes interesses econômicos.

Isto, diz Chomsky, tem feito com que o governo norte-americano repetidamente intervenha para impedir movimentos "socialistas" e outros movimentos "independentes" mesmo em regiões do mundo nas quais ele não tem interesses econômicos e de segurança significantes. Em um de seus mais famosos livros, What Uncle Sam Really Wants, Chomsky utiliza esta teoria particular como uma explicação para as intervenções do governo norte-americano na Guatemala, no Laos, na Nicarágua e em Granada.

Chomsky também acredita que as políticas da Guerra Fria do governo norte-americano não foram inteiramente modelados pela paranoia antissoviética mas, mais que isso, buscava a preservação da ideologia econômica e ideológica norte-americana no mundo. Como escreveu em seu livro Uncle Sam: "O que os Estados Unidos querem é 'estabilidade', e isto quer dizer segurança para as classes altas e para as grandes empresas multinacionais".

Embora quase sempre seja um crítico da política externa do governo norte-americano, Chomsky também sempre tem expressado sua admiração pela liberdade de expressão usufruída pelos cidadãos desse país em grande número de suas entrevistas e livros. Mesmo em relação a outras democracias ocidentais, tais como a França e o Canadá, menos liberais na defesa da liberdade de debater que os Estados Unidos, Chomsky não hesita em criticar esses países por isto, como mostra o affair Faurisson. Esta sutileza parece não ser notada pelos críticos de Chomsky, os quais consideram sua visão da política externa americana como um ataque a todos os valores da sociedade americana." (...)

TERRORISMO

Chomsky considera o terrorismo de Estado como um problema mais relevante do que o terrorismo praticado por grupos políticos dissidentes. 19 Ele distingue claramente entre o ato de matar civis e o ato de atacar pessoal militar e suas instalações. Ele afirma: "assassinato de civis inocentes é terrorismo, não guerra contra o terrorismo"20

Primeiro, temos o fato de que o terrorismo funciona. Ele não falha. Ele funciona. Violência geralmente funciona. Essa é a história do mundo. Em segundo lugar, é um erro de análise muito sério dizer, como comumente é dito, que o terrorismo é a arma dos fracos. Como outros meios de violência, ela é, surpreendentemente e principalmente, na verdade uma arma dos fortes. Tem-se como verdade que o terrorismo é principalmente uma arma dos fracos porque os fortes também controlam os sistemas doutrinários e estes afirmam que o terror dos fortes não conta como terror. Agora, isso está perto de ser universal. Eu não consigo achar uma exceção histórica, mesmo os piores assassinos em massa viam o mundo desta maneira. Veja o caso dos nazistas. Eles não estavam a realizar terror quando estavam ocupando a Europa. Eles estavam a proteger a população local do terrorismo dos partisans. E, à semelhança de outros movimentos de resistência, o que existia era terrorismo. E o que os nazistas estavam a praticar era o contra-terrorismo.

Sobre o Hamas e o Hizbullah, declarou, numa entrevista de 2006:

"Os Estados Unidos consideram o Hizbullah uma organização terrorista, mas o termo 'terrorismo' é usado pelas grandes potências simplesmente para se referir a formas de violência que elas desaprovam. Os EUA estavam, é claro, apoiando as invasões israelenses e a ocupação do sul do Líbano. O Hizbullah foi fundamental para expulsá-los, por isso, por essa razão eles são uma organização 'terrorista' (...) Eu sou contra as políticas do Hamas em quase todos os aspectos. No entanto, devemos reconhecer que as políticas do Hamas são mais próximas e mais propícias a uma solução pacífica do que as dos Estados Unidos ou de Israel. Então, para repetir: As políticas, a meu ver, são inaceitáveis, mas preferíveis às políticas da Estados Unidos e Israel." (...)

COMUNISMO E SOCIALISMO

"Chomsky se opõe profundamente ao sistema de "capitalismo de estado da grande empresa" praticado pelos Estados Unidos e seus aliados. Ele apóia as idéias anarquistas (ou "socialistas libertários") de Mikhail Bakunin e exige liberdade econômica além do "controle da produção pelos próprios trabalhadores e não por proprietários e administradores que os governem e tomem todas as decisões".

Chomsky refere-se a isto como o "socialismo real" e descreve o socialismo no estilo soviético como semelhante, em termos de controle totalitário, ao capitalismo no estilo norte-americano. Ambos os sistemas se baseiam em tipos e níveis de controle mais do que em organização ou eficiência. Na defesa desta tese, Chomsky refere por vezes que a filosofia da administração científica proposta por Frederick Winslow Taylor foi a base organizacional para o maciço movimento de industrialização soviético e, ao mesmo tempo, o modelo empresarial norte-americano.

Chomsky tem buscado iluminar os comentários de Bakunin sobre o estado totalitário como uma previsão para o brutal estado policial que iria se instaurar em seguida à revolução soviética. Reafirma a opinião de Bakunin: "…após um ano [..] a ordem revolucionária irá se tornar muito pior que a do próprio czar" que é construída sobre a idéia de que o estado tirano soviético era simplesmente um crescimento natural da ideologia de controle de estado bolchevique. Ele também chamou o comunismo soviético de "falso socialismo" e disse que, contrariamente ao que muitos nos Estados Unidos diziam, o colapso da União Soviética devia ser considerada uma "pequena vitória para o socialismo" e não para o capitalismo.

Em "For Reasons of State", Chomsky advoga que ao invés de um sistema capitalista no qual as pessoas sejam "escravos assalariados" ou um estado autoritário no qual as decisões sejam tomadas por um comitê central, uma sociedade devia funcionar sem pagamento do trabalho. Ele argumenta que as pessoas de todas as nações deviam ser livres para realizar os trabalhos que escolhessem. As pessoas deveriam ser livres para fazer o que eles quisessem e o trabalho que eles voluntariamente escolhessem deveria ser ao mesmo tempo "recompensador em si mesmo" e "socialmente útil". "A sociedade seria dirigida sob um sistema de anarquismo pacífico sem a necessidade das instituições do "estado" ou do "governo". Os serviços necessários mas que fossem fundamentalmente desagradáveis – se existissem - seriam também igualmente distribuídos a todos."

Fonte: Wikipedia

"Os ricos fazem de tudo pelos pobres, menos sair de seus lombos." [Leon Tolstoi]
 
Pior não sei...mas quem continua na ***** somo nós :haha:
 
"Tenho em mim todos os sonhos do mundo." [Fernando Pessoa]

Eles não vieram(sequer tinham a intenção) O que queriam mesmo era saquear TUDO. Mas não é isso que se aprende na escola né :coolface:

A América do norte tem até doc onde diz: Aqui vamos criar uma terra de senhores....

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Antes fossem apenas os "illuminatis"... tem mais irmandades e grupos... (me refiro aos que realmente governam, não os seus fantoches e mercenários movidos a "status" e "propinas") :bwahaha: :bwahaha: :bwahaha:

Mas acredito que eles não passem de 2% dos 7 bilhões de habitantes do planeta Terra:

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Pior não sei...mas quem continua na ***** somo nós :haha:

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Apenas "somo nóis mano", brasileiros? Ou apenas somos nós - pobres trabalhadores? :hmm2:

As 15 famílias mais ricas do país acumulam uma riqueza equivalente a dez vezes o que o Brasil gasta com programas sociais e financiam os políticos (os mesmos de sempre) para manter tudo como está. E vendo as apurações oficiais das "doações" nas últimas eleições, quebraram outros recordes... torraram uma boa grana com os "trigemeos-siameses" e seus lacaios! (e além do "caixa 2", ainda tem aquilo que entra "por baixo" - para aprovar determinadas leis e aparecer bonito na mídia)
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"O maior pecado do homem é a falta de alegria." [Nietzsche]

Eles não vieram(sequer tinham a intenção) O que queriam mesmo era saquear TUDO. (...)

A América do norte tem até doc onde diz: Aqui vamos criar uma terra de senhores...
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Engraçado é que eles são uns bostas até hoje, do que adiantou? Inglaterra deixou um melhor legado com os Estados Unidos.

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Creio que a Espanha tenha massacrado muito mais nativos por aqui do que os portugueses, até porque os índios desse lado viviam bem atrasados em comparação com os Maias, Astecas e Incas. Brasil já era atrasado antes mesmo dos portugueses chegarem
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"A civilização ocidental, tornando-se cada dia mais complexa, e estendendo-se a toda a terra habitada, apresenta desde já em seu bojo esses desvios diferenciais que a antropologia tem por função estudar, mas que até agora não lhe era possível senão comparando civilizações distintas e longínquas." (...) "Apraz-nos imaginar que no termo de 4 a 5 mil anos de história, um ciclo foi concluído; que a civilização urbana, industrial, burguesa, inaugurada pelas cidades dos Indus, não diferia muito, na sua inspiração mais profunda, dessa que estava destinada, após uma longa involução na crisálida européia, a atingir a plenitude do outro lado do Atlântico. Quando ainda era jovem, o mundo mais Antigo esboçava já o rosto do Novo". [Lévi-Strauss]

Cloaca; disse:
Nenhum dos dois. Portugal na real ainda conseguiu ser pior, já que ficou devendo até as cuecas do imperador pra Inglaterra.

Penso que se (pena que o se não vale de nada) a França - com Daniel de la Touce no MA - e a Holanda, com Nassau em PE, tivessem dado continuidade a colonização que Portugal não conseguia fazer a contento, certamente o Brasil nem seria o que é hoje (tanto cultural quanto geograficamente).

O "Tratado de Methuen", também referido como "Tratado dos Panos e Vinhos", foi um tratado assinado entre a Inglaterra e Portugal, em 17 de Dezembro de 1703. Foram seus negociadores o embaixador extraordinário britânico John Methuen, por parte da Rainha Ana da Inglaterra, e D. Manuel Teles da Silva, Marquês de Alegrete.

Pelos termos, os portugueses se comprometiam a consumir os têxteis britânicos e, em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal. (...)

No século XVIII, Portugal encontrou em terras brasileiras a primeira riqueza que instigava a realização das grandes navegações: os metais preciosos. Além de atender a uma antiga expectativa, a exploração da economia aurífera do espaço colonial poderia determinar a recuperação econômica lusitana, bem como a dinamização de uma economia que se encontrava gravemente enfraquecida pelos anos de dominação espanhola e a grave crise açucareira que atingiu o Brasil no século anterior.

Contudo, contrariando a essa possibilidade, observamos que a riqueza retirada do Brasil e enviada a Portugal não resultou nesse processo de recuperação. Pior do que isso, a extração aurífera veio reforçar a dependência econômica que os portugueses tinham em relação ao espaço colonial brasileiro e, na medida em que o ouro se escasseava, a crise econômica lusitana voltava a se fortalecer. Mas afinal, como poderíamos compreender essa situação, no mínimo, contraditória?

Entre os vários fatores que possam ser trabalhados, acreditamos que o Tratado de Methuen ou Tratado de Panos e Vinhos tem grande valia para que possamos entender o quadro econômico experimentado em Portugal ao longo do século XVIII. Assinado junto à Inglaterra, esse acordo estabelecia que Portugal teria facilidades na compra dos tecidos ingleses e que a Inglaterra se valeria de facilidades semelhantes para comprar a produção de vinho lusitana.

Ao longo do tempo, a vigência desse acordo impeliu grande parte dos produtores agrícolas de Portugal a utilizarem suas terras cultiváveis para a produção de vinho. Afinal de contas, a disponibilidade do mercado inglês imposta pelo tratado garantia lucro aos produtores. No entanto, essa mesma prática impedia que a economia portuguesa se voltasse para o desenvolvimento de outras atividades que pudessem dinamizar a sua economia. (...)

Ao alcançarmos os finais do século XVIII, momento em que a economia mineradora já apresentava sérios sinais de desgaste, a economia portuguesa sentia o retorno de uma grave crise econômica. De tal modo, vemos que a assinatura do Tratado de Methuen, somado a outros fatores ligados à política e à economia portuguesa, explicam como essa nação não veio a se fortalecer em um período em que a prosperidade trazida pelo ouro deveria abrir tantas outras portas. (...)

Em diferentes ocasiões, esses efeitos produzidos pelo Tratado de Methuen foram criticados por diversos estudiosos que percebiam o impasse gerado. Na segunda metade do século XVIII, o marquês de Pombal, principal ministro do rei D. José I, tomou medidas cujo objetivo seria de reverter essa situação. Contudo, o desinteresse da aristocracia portuguesa impedia que um projeto de modernização econômica se estabelecesse naquelas terras.

(...) Plantation ou cultivo especulativo é uma forma de cultivo comercial organizada para o mercado externo e que não considera os interesses da economia e da sociedade da região ou do país onde é realizado. Esse tipo de cultivo foi introduzido em países tropicais com a finalidade de complementar a agricultura da zona temperada (Europa), e se caracteriza por:

* grandes propriedades;
* cultivo de produtos tropicais;
* monocultura;
* emprego de mão de obra barata, inicialmente escrava;
* utilização de recursos técnicos;
* produção voltada para a exportação.

(...)

"Imperialismo é a política de expansão e o domínio territorial, cultural ou econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas.

O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XIX, o colonialismo.

Esta prática está registrada na história da humanidade através de muitos exemplos de impérios que se desenvolveram e, em muitos casos, foram aniquilados ou substituídos por outros. No entanto, o conceito, derivado de uma prática assente na teoria econômica, só surgiu no início do século XX." (...)

"No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matérias primas.

A concepção de neo-imperialismo foi realizada por economistas ingleses e franceses no início do século XIX. Este conceito constituiu-se em duas características fundamentais: o investimento de capital externo e a propriedade econômica monopolista. “Um país imperialista era um país que dominava economicamente o outro”, e desse modo a capitalização das nações imperialistas gradativamente se ampliava, assim como a "absorção" dos países dominados pelos monopólios, mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores, levavam ao ciclo do novo colonialismo, que é o produto da expansão constante do imperialismo.

Os países imperialistas dominaram muitos povos de várias partes do planeta, em especial dos continentes africano e asiático. Porém, a maior parte dos capitalistas e da população desses países se sobrepunham tendo como afirmativa que suas ações eram justas e até benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso. Dessa forma, tinham 3 visões explicativas: o etnocentrismo, baseado na ideia de que existiam povos superiores a outros (europeus superiores a asiáticos, indígenas e africanos, exemplos clássicos), da mesma forma o racismo e o darwinismo social que interpretava a teoria da evolução de uma forma discutível, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural.

Assim, no final do século XIX e o começo do século XX, os países imperialistas se lançaram numa corrida por matéria-prima, mercados consumidores e países com uma fragilidade política, com o intuito de colonizar, o que desencadeou rivalidade entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à “nova era imperialista"."

As 5 lições de capitalismo das favelas brasileiras, por Joel Pinheiro da Fonseca

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"As últimas duas décadas foram palco de uma verdadeira revolução nas favelas brasileiras. A pirâmide social delas se inverteu. Se antes a proporção entre pobres e classe média ficava em torno de 65% e 35%, ela agora está ao contrário.

Pelos dados do Data Favela 2015 (maior pesquisa nacional com moradores de favela do Brasil), mais de 65% dos favelados são classe média e 7% estão nas classes A e B.

Muito se fala dos hábitos de consumo das favelas brasileiras: roupas de marca, TVs de tela plana, smartphones, geladeiras, viagens de avião. Mas mais do que uma revolução de consumo, ela vive uma revolução empreendedora. Muitos moradores de favela têm ou querem ter seu próprio negócio. Eles são, em outras palavras, capitalistas em potencial. E esses negócios, por ocorrerem muitas vezes entre a formalidade e a informalidade, muitas vezes cumprem funções que, no senso comum, só podem ser cumpridas por grandes investimentos de estado ou de grandes empresas."


1) Correio

"A Rocinha, maior favela do Brasil, tem muitas ruas, becos, escadas e vielas que nunca foram devidamente mapeadas e numeradas por nenhuma autoridade. Nem por isso as pessoas deixam de ter endereço e de querer receber entregas, mas até certo tempo os Correios simplesmente não entregavam nas casas, mostrando como é frágil a ideia de que cobrem todo o território nacional. A correspondência dos moradores era em geral deixada em algum comércio próximo, com alto risco de se perder, fora o inconveniente de ter que passar em duas ou três lojas ou mercados para saber se uma carta chegou.

Isso mudou quando três moradores da comunidade que conhece bem a geografia interna, pois tinham trabalhado com o Censo, iniciaram a Carteiro Amigo, sua empresa de entrega de correspondência. Mapearam a favela (mapa que continua a ser atualizado) e passaram a numerar todas as residências que quisessem se inscrever. E não é por caridade, não. Os moradores que desejam receber suas cartas em casa pagam, voluntariamente, uma taxa mensal de R$16,00. O negócio deu tão certo que a Carteiro Amigo já abriu franquias em outras sete comunidades."


2) Notícias

"A geração e veiculação de notícias deixou de ser monopólio dos grandes grupos de mídia. Rene Silva, comunicador e twitteiro do Complexo do Alemão que documentou em tempo real o avanço das forças da pacificação, começou seu próprio jornal e seu próprio portal de notícias quando tinha apenas 11 anos, o Voz da Comunidade. Ele traz reportagens, pesquisas, artigos de opinião e guia de eventos, além de ajudar em diversas campanhas sociais. O livro "A Voz do Alemão" conta um pouco de sua trajetória e seu contexto. Embora não vise lucro, o jornal é um exemplo de empreendedorismo social, e consegue se manter por meio de patrocínio de grandes marcas e publicidade de negócios locais.

Diversas favelas do Brasil seguiram seu exemplo e passaram a manter seus próprios portais, páginas de facebook e twitters. O olhar local sobre o que acontece é muitas vezes bem diferente do que a mídia tradicional oferece. Ele é a fonte mais rápida e confiável para registrar e divulgar as mortes no Complexo. Quando a Prefeitura demole negócios tradicionais no Alemão por falta de permissão, ficamos sabendo que trabalhadores e clientes da comunidade têm uma visão muito diferente da ação do governo."


3) Saneamento

"Grande parte das periferias do Brasil vive sem condições adequadas de saneamento básico, que o estado supostamente proveria a todos. Nem por isso os moradores ficam sentados à mercê de doenças e da sujeira.

A favela do Sol Nascente, próxima a Brasília, concorre com a Rocinha pelo título de maior favela do Brasil. O que não está em discussão é um outro triste título dela: tem o pior saneamento básico do país. Só 6% das casas são ligadas à rede de esgotos.

A Prefeitura tomou a iniciativa de cavar uma fossa na frente de cada casa. Depois disso, cada um que se vire. Dessa forma, as necessidades sanitárias da população sustentam diversas empresas e profissionais autônomos que esvaziam e limpam as fossas sépticas. O trabalho carrega algum estigma social, mas é relativamente bem remunerado. Uma limpeza sai entre R$ 80,00 R$ 140,00.

Sem dúvida, a fossa séptica fica muito aquém da coleta de esgoto, mas é bem melhor do que nada. Podemos apenas imaginar como seria a cara desse setor se o empreendedorismo e a concorrência fossem permitidos também nos encanamentos e na coleta de esgoto formal. Sistemas informais – e portanto altamente precários – surgem volta e meia em locais pouco servidos (e pouco fiscalizados) pelo estado. Mas o tipo de investimento pesado que uma rede sólida requer é inviável sem o amparo legal."


4) Transporte

"Nas grandes cidades brasileiras, o transporte de pessoas é tratado como competência do governo. Ele é que tem que planejar rotas, definir os pontos e estações e decidir a quantidade de cada serviço. Imagina se não houvesse definição das rotas de ônibus, segregação de faixas? Imagine se o direito de oferecer transporte fosse tirado das mãos das empresas monopolistas, ou dos possuidores de licença de taxis? Seria uma anarquia!

Aparentemente, a anarquia funciona. Em muitas favelas brasileiras, vigora a livre concorrência de serviços de transporte. Taxis, vans, kombis, moto-taxis e até bicicletas. Qualquer pessoa pode prestar esse serviço valioso e gerar renda para si. A maioria desses empreendedores gostaria de se regulamentar a atender seus clientes de forma completamente legal; mas os governos são tão lentos, e as exigências são tantas, que a maioria tem que seguir ganhando a vida no mercado informal. Seus consumidores agradecem.

A clientela nos morros cariocas é fiel. Motoqueiros acabam não apenas levando pessoas para cima e para baixo, como também fazendo entregas e até pagando boleto em banco para seus clientes mais próximos. Felizmente, a fiscalização é pouca, o que permite que esse setor continue a operar."


5) Artes Plásticas

"As favelas nos morros do Rio de Janeiro têm um atrativo óbvio para turistas: a vista magnífica para o mar. Em São Paulo, a coisa é mais difícil. Paraisópolis, que disputa com Heliópolis o status de maior favela da cidade, encontrou uma outra maneira de se destacar e atrair visitantes: as artes plásticas. São diversas atrações.

A comunidade tem um artesanato local vibrante. Um de seus maiores expoentes é a oficina de Antonio Edivaldo da Silva, ou Berbela, mecânico que faz esculturas com peças de ferro velho. Suas obras já ganharam destaque mundial e hoje aparecem na abertura da novela I Love Paraisópolis.

A arquitetura também conta com pelo menos dois artistas locais. Um é o Antenor Feitosa, que fez uma casa inteira revestida de garrafas pet. Por dentro, a experiência é de se cruzar uma catedral de luz esverdeada. Outro é Estêvão Conceição, o Gaudí de Paraisópolis. Sua "Casa de Pedra" é um verdadeiro deslumbre de criatividade e de uso de curvas e materiais inusitados, que lembram muito o caráter orgânico da obra de Antoni Gaudi. Estêvão desenvolveu seu estilo isoladamente; nunca tinha ouvido falar do mestre de Barcelona. Mas visitantes notaram as semelhanças e o Centro de Estudos Gaudí pagou sua viagem a Barcelona para conhecer e se inspirar a continuar suas criações.

Por essas e outras, Paraisópolis conta com um turismo de suas artes. O tour artístico pelos pontos mais interessantes da vizinhança, que recebe o nome "Paraisópolis das Artes", organizado por líderes da própria comunidade e feito a pé com guias locais, custa R$ 150,00."


Fonte: Mises

Eduardo Galeano

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"Eduardo Hughes Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940 – Montevidéu, 13 de abril de 2015) foi um jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História." (...)

"A obra mais conhecida de Galeano é, sem dúvida, As Veias Abertas da América Latina. Nela, analisa a História da América Latina como um todo desde o período colonial até a contemporaneidade, argumentando contra o que considera como exploração econômica e política do povo latino-americano primeiro pela Europa e depois pelos Estados Unidos. O livro tornou-se um clássico entre os membros da esquerda latino-americana. Em Brasília, mais de 40 anos após o lançamento da sua mais famosa obra, durante a 2ª Bienal do Livro e da Leitura, Eduardo Galeano admitiu ter mudado de ideia sobre o que escrevera. Disse ele: "'Veias Abertas' pretendia ser um livro de economia política, mas eu não tinha o treinamento e o preparo necessário". Ele acrescentou que "eu não seria capaz de reler esse livro; cairia dormindo. Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é extremamente árida, e meu físico já não a tolera."" (...)

"Uma das citações mais memoráveis de Galeano é "as pessoas estavam na cadeia para que os presos pudessem ser livres", se referindo ao regime militar (1973-1985) de seu país.

Para celebrar a vitória de Tabaré Vázquez e da Frente Ampla nas eleições de 2004, - a primeira eleição de um governo de esquerda na história uruguaia -, Galeano escreveu um artigo intitulado "Onde as pessoas votaram contra o medo", no qual afirma que a população de seu país finalmente usou o "bom senso" para parar de ser "traída" pelos partidos Colorado e Nacional.

Em 2006, Galeano se juntou a outras artistas renomados como Gabriel García Márquez, Mario Benedetti, Ernesto Sábato, Thiago de Mello e Pablo Milanés na assinatura da Proclamação de Independência de Porto Rico do Congresso Latino Americano e Caribenho.

Em uma entrevista ao jornal Zero Hora, disse o seguinte sobre a vitória de Barack Obama nas eleições de 2008: "Agora, ele entra na Casa Branca, que será a sua casa. Tomara que não esqueça que a Casa Branca foi construída por escravos negros. Chegou a hora dos Estados Unidos se libertarem da sua pesada herança racista"."
(...)

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"O presidente da Venezuela Hugo Chávez deu uma cópia do livro de presente ao presidente estadunidense Barack Obama durante a 5ª Cúpula das Américas."

Fonte: Wikipediahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Galeano


"Há dois tipos de cinismo: o cinismo amargo dos oprimidos que desmascara a hipocrisia dos que estão no poder, e o cinismo dos próprios opressores que violam abertamente os seus próprios proclamados princípios." (...) "A maioria das pessoas acha que estou fazendo piada, exagerando – mas não, não estou. Não é isso. Primeiro conto piadas, aí fico sério. Não, a arte é trazer a mensagem séria para o fórum das piadas." (...) "Vivo como um maluco!" [Slavoj Zizek]


"O Coletivismo em proporções mundiais parece inconcebível, a não ser para atender aos interesses de uma pequena elite dirigente." (...) "O bom uso da concorrencia como princípio de organização social exclui certos tipos de intervenção coercitiva na vida economica, mas admite outros que às vezes podem auxiliar consideravelmente seu funcionamento, e mesmo exige determinadas formas de ação governamental." (...) "Ou, em outras palavras, planificação e concorrencia só podem ser combinadas quando se planeja visando a concorrencia, mas nunca contra ela." [Friedrich Hayek]
 
a pior colonização é a de brasilia :poker:


a coroa portuguesa cobrava apenas 1/5 de impostos, já a coroa brasiliense ............... :vish:
 
"Brasil: país do futuro! Sempre!" [Millôr Fernandes]

a pior colonização é a de brasilia :poker:

a coroa portuguesa cobrava apenas 1/5 de impostos, já a coroa brasiliense ............... :vish:

Mesmo tendo condição, somos fadados a ser um pais de terceiro mundo.

Mesmo tendo tudo: recursos naturais e humanos em abundância... :vader:

Mas está tudo bem - não estou vendo ninguém (ou maioria) nas ruas, cruzando os braços ou parando o país! Está bom - a maioria não votou nos "trigêmeos-siameses" e nos mesmos de sempre? Nós é que estamos equivocados e somos chatos! :haha:

O Brasil não é membro honorável do G20 e do Brics (nomes exóticos para "as periferias", opa, "parceiros", dos países altamente industrializados). Rola até "bolsas" para os mais pobres, vão reclamar do que? :sefu:

"Brasil: país do futuro! Sempre!" [Millôr Fernandes]

Enquanto alguns "ostentam" (ou melhor, consomem, porque trabalharam para conquistar esses bens), a gente aqui trabalhando também, só que ganhando bem menos e as coisas que já eram caras, estão cada vez mais caras! :poker:

(....)
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A presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei 13.137/2015, que aumenta as alíquotas de PIS/Cofins sobre produtos importados, incluindo bebidas, produtos farmacêuticos e cosméticos. A medida faz parte do ajuste fiscal do governo. A lei foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, divulgada ontem (22) à noite. (...)

Dilma fez nove vetos ao texto, mas manteve algumas propostas incluídas pela Câmara durante a tramitação da Medida Provisória 668, que deu origem à lei, entre elas a autorização para que o Legislativo possa fazer parcerias público-privadas. Com isso, fica aberto o caminho para a construção de um shopping no Parlamento, ideia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), orçada em cerca de R$ 1 bilhão.

Também ficou mantido o artigo que desobriga as igrejas de recolherem a contribuição previdenciária ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre os valores adicionais pagos a padres, pastores e membros de ordem religiosa. As chamadas comissões passam a ser incluídas na categoria de ajuda de custo, que junto com moradia, transporte e formação educacional para estes profissionais da fé, são isentas de tributação.

Entre os vetos que Dilma fez ao texto, está a retirada de um artigo que aumentava o número de municípios beneficiados por incentivos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Na mensagem de veto, a presidenta argumentou que a inclusão desconsiderava “tanto as questões climáticas quanto as diretrizes de política de desenvolvimento regional” e elevaria as despesas do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste.

Dilma também vetou a criação de um programa de refinanciamento de dívidas para empresas que estão em recuperação judicial, incluída no texto pela Câmara dos Deputados. Para a presidenta, a medida violaria o conceito da isonomia “ao conceder tratamento diferenciado a determinadas empresas e instituições financeiras, por instituir condições mais favoráveis do que as concedidas aos demais contribuintes”.

Fonte: US

Fora os aborrecimentos e desgostos... os antigos empreendeDORES reclamavam dos excessivos tributos naquela época: vários foram até perseguidos - e alguns mortos - pelos representantes da coroa portuguesa ("inconfidências e conjurações"). Se estivessem vivos hoje, e lessem os jornais (se espantariam não só com as maravilhas e utilidades dos produtos tecnológicos, mas também com o conteúdo dos noticiários televisivos e da mídia). Provavelmente, eles fariam uma revolução (ou morreriam de depressão e/ou infarte). :sefu:

A falácia da ‘alta’ carga tributária do Brasil, por Paulo Nogueira.

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Se fosse aplicado um Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) aos 200 mil contribuintes mais ricos do país, como tem defendido a bancada do PT no Congresso, o governo poderia arrecadar até R$ 6 bilhões por ano, segundo estudo feito no Senado a pedido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

O valor é semelhante à economia que o governo pretende obter, por exemplo, com a revisão das normas para a concessão do seguro-desemprego, uma das principais medidas do pacote fiscal.

Segundo a *Folha* apurou, o IGF, previsto na Constituição de 1988 mas nunca instituído, estava entre as medidas preparadas pela equipe do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) para depois das eleições de 2014. Levy, no entanto, é contra o IGF, por considerá-lo ineficiente.

Diante da forte repercussão negativa da revisão dos direitos trabalhistas e previdenciários, os congressistas do PT passaram a exigir da Fazenda um projeto para taxar o "andar de cima".

Foi nesse contexto que a senadora Gleisi Hoffmann solicitou o estudo.

De acordo com o trabalho da consultoria do Senado, o tributo tem eficácia controversa. Na Europa ocidental, só Bélgica, Portugal e Reino Unido nunca o adotaram. O Reino Unido, contudo, assim como os EUA, tem uma carga de até 40% sobre heranças.

Na América do Sul, Uruguai, Argentina e Colômbia também contam com o IGF.

O tributo costuma ser adotado a partir de um determinado valor de patrimônio tangível, como imóveis, ações e aplicações financeiras. As alíquotas normalmente variam entre 0,5% e 1,5%. O limite máximo na França é de 1,8%.

Para chegar ao valor de até R$ 6 bilhões, os consultores do Senado se basearam em declarações de IR das pessoas físicas de 2013 e num relatório do banco Credit Suisse sobre a riqueza mundial.

Segundo o Credit Suisse, o 0,2% mais rico da população brasileira, cerca de 221 mil contribuintes, detinham em 2013 mais de US$ 1 milhão, o que corresponderia hoje a pouco mais de R$ 3 milhões.

Se fosse aplicada sobre essa base mínima uma alíquota de 1,5%, chegaria-se a algo próximo a R$ 10 bilhões.

Os técnicos do Senado ressaltaram, porém, que fatores como transferência de recursos para outros países e imóveis declarados abaixo do mercado poderiam diminuir drasticamente esse número.

A pedido da Folha, dois economistas avaliaram os cálculos do Senado e concluíram que o valor de R$ 6 bilhões é factível, apesar da precariedade dos dados disponíveis no Brasil.

O economista José Roberto Afonso, do IBRE/FGV, defende que antes de criar um IGF o governo deveria corrigir distorções nos impostos sobre propriedade, como o ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) e IPTU. "O governo federal cobra menos ITR que o IPTU pago pelo bairro de Copacabana. Isso é ridículo, e ninguém fala."

Para o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas, o tributo sobre heranças é mais eficaz que o IGF, por reduzir a distância econômica entre classes das gerações futuras.

Fonte: Folha


A falácia da ‘alta’ carga tributária do Brasil, por Paulo Nogueira.

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Por trás da campanha antifisco das empresas de mídia, se esconde a vontade de pagar ainda menos impostos.

Estava na Folha, num editorial recente.

A carga tributária brasileira é alta. Cerca de 35% do PIB. Esta tem sido a base de incessantes campanhas de jornais e revistas sobre o assim chamado “Custo Brasil”.

Tirada a hipocrisia cínica, a pregação da mídia contra o “Custo Brasil” é uma tentativa de pagar (ainda) menos impostos e achatar direitos trabalhistas.

Notemos. A maior parte das grandes empresas jornalísticas já se dedica ao chamado ‘planejamento fiscal’. Isto quer dizer: encontrar brechas na legislação tributária para pagar menos do que deveriam.

A própria Folha já faz tempo adotou a tática de tratar juridicamente muitos jornalistas – em geral os de maior salário – como PJs, pessoas jurídicas. Assim, recolhe menos imposto. Uma amiga minha que foi ombudsman era PJ, e uma vez me fez a lista dos ilustre articulistas da Folha que também eram.

A Globo faz o mesmo. O ilibado Merval Pereira, um imortal tão empenhado na vida terrena na melhora dos costumes do país, talvez pudesse esclarecer sua situação na Globo – e, transparentemente, dizer quanto paga, em porcentual sobre o que recebe.

A Receita Federal cobra uma dívida bilionária em impostos das Organizações Globo, mas lamentavelmente a disputa jurídica se trava na mais completa escuridão. Que a Globo esconda a cobrança se entende, mas que a Receita Federal não coloque transparência num caso de alto interesse público para mim é incompreensível.

A única vez em que vi uma reprovação clara em João Roberto Marinho, acionista e editor da Globo, foi quando chegou a ele que a Época fazia uma reportagem sobre o modelo escandinavo. Como diretor editorial da Editora Globo, a Época respondia a mim. O projeto foi rapidamente abortado.

Voltemos ao queixume do editorial da Folha.

Como já vimos, a carga tributária do Brasil é de 35%. Agora olhemos dois opostos. A carga mais baixa, entre os 60 países que compõem a prestigiada OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, é a do México: 20%. As taxas mais altas são as da Escandinávia: em redor de 50%.

Queremos ser o que quando crescer: México ou Escandinávia?

O dinheiro do imposto, lembremos, constrói estradas, portos, aeroportos, hospitais, escolas públicas etc. Permite que a sociedade tenha acesso a saúde pública de bom nível, e as crianças – mesmo as mais humildes — a bom ensino.

Os herdeiros da Globo – os filhos dos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto – estudaram nas melhores escolas privadas e depois, pelas mãos do tutor Jorge Nóbrega, completaram seu preparo com cursos no exterior.

A Globo fala exaustivamente em meritocracia e em educação. Mas como filhos de famílias simples podem competir com os filhos dos irmãos Marinhos? Não estou falando no dinheiro, em si – mas na educação pública miserável que temos no Brasil.

Na Escandinávia, a meritocracia é para valer. Acesso a educação de bom nível todos têm. E a taxa de herança é alta o suficiente para mitigar as grandes vantagens dos herdeiros de fortunas. O mérito efetivo é de quem criou a fortuna, não de quem a herdou. A meritocracia deve ser entendida sob uma ótima justa e ampla, ou é apenas uma falácia para perpetuar iniquidades.

Recentemente o site da Exame publicou um ranking dos 20 países mais prósperos de 2012 elaborado pela instituição inglesa Legatum Institute. Foram usados oito critérios para medir o sucesso das nações: economia, empreendedorismo e oportunidades, governança, educação, saúde, segurança e sensação de segurança pessoa, liberdade pessoal e capital social. A Escandinávia ficou simplesmente com o ouro, a prata e o bronze: Noruega (1ª), Dinamarca (2ª) e Suécia (3ª).

Se quisermos ser o México, é só atender aos insistentes apelos das grandes companhias de mídia. Se quisermos ser a Escandinávia, o caminho é mais árduo. Lá, em meados do século passado, se estabeleceu um consenso segundo o qual impostos altos são o preço – afinal barato – para que se tenha uma sociedade harmoniosa. E próspera: a qualidade da educação gera mão de obra de alto nível para tocar as empresas e um funcionalismo público excepcional. O final de tudo isso se reflete em felicidade: repare que em todas as listas que medem a satisfação das pessoas de um país a Escandinávia domina as posições no topo.

O sistema nórdico produz as pessoas mais felizes do mundo.

A Escandinávia é um sonho muito distante? Olhemos então para a China. À medida que o país foi se desenvolvendo economicamente, a carga tributária também cresceu. Ou não haveria recursos para fazer o extraordinário trabalho na infraestrutura – trens, estradas, portos, aeroportos etc – que a China vem empreendendo para dar suporte ao velocíssimo crescimento econômico.

Hoje, a taxa tributária da China está na faixa de 35%, a mesma do Brasil. E crescendo. Com sua campanha pelo atraso e pela iniquidade, os donos da empresa de mídia acabam fazendo o papel não de barões – mas de coronéis que se agarram a seus privilégios e mamatas indefensáveis.

Fonte: DCM


Ricos pagam pouco imposto, por Darlan Montenegro.

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Os ricos brasileiros reclamam dos impostos que pagam. E reclamam muito. Na verdade, pagam pouco. A carga tributária brasileira pesa muito mais para os mais pobres.

Em primeiro lugar, porque a maior parte dessa carga (50%, seguindo o Dieese) é cobrada sobre o consumo e não sobre a renda e a propriedade. Um trabalhador que recebe um salário mínimo por mês, quando compra um litro de leite, paga em imposto exatamente o mesmo valor que um grande banqueiro paga. Os impostos contribuem para a distribuição de renda quando os mais ricos contribuem com percentuais maiores do que os mais pobres. O imposto sobre o que se consome é exatamente o oposto disso.

Em segundo lugar, porque o imposto sobre a renda (que corresponde a 23% da carga total) concentra-se, principalmente, sobre a classe média. Os impostos sobre a propriedade, que atingiriam principalmente os mais ricos, representam apenas 3% do total.

Em países como a França, a Holanda ou a Suécia, os ricos arcam com uma fatia muito maior dos recursos do Estado. No Brasil, quanto mais rica a família, menor é o percentual da renda total que é pago em impostos.

O Imposto Sobre Grandes Fortunas poderia contribuir para reverter parcialmente esse quadro. O imposto foi aprovado na elaboração da Constituição de 1988, mas ainda precisa ser regulamentado. Dois projetos nesse sentido se encontram parados no Congresso Nacional e somente a pressão popular pode fazer com que esse tema avance.

A aprovação desse imposto significaria que as elites brasileiras arcariam com uma parcela maior dos custos da crise. Permitiria, ainda, mais adiante, que os recursos arrecadados contribuam para melhorar a qualidade dos serviços prestados ao público. E isso significa uma melhor distribuição da riqueza que, em última instância, é produzida pelos trabalhadores.

Fonte: BF
 
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Antes fossem apenas os "illuminatis"... tem mais irmandades e grupos... (me refiro aos que realmente governam, não os seus fantoches e mercenários movidos a "status" e "propinas") :bwahaha: :bwahaha: :bwahaha:

Mas acredito que eles não passem de 2% dos 7 bilhões de habitantes do planeta Terra:

http://operamundi.uol.com.br/media/images/0102Pirâmide da riqueza.jpg





[video=youtube;Ybp5s9ElmcY]http://www.youtube.com/watch?v=Ybp5s9ElmcY[/video]





Apenas "somo nóis mano", brasileiros? Ou apenas somos nós - pobres trabalhadores? :hmm2:

As 15 famílias mais ricas do país acumulam uma riqueza equivalente a dez vezes o que o Brasil gasta com programas sociais e financiam os políticos (os mesmos de sempre) para manter tudo como está. E vendo as apurações oficiais das "doações" nas últimas eleições, quebraram outros recordes... torraram uma boa grana com os "trigemeos-siameses" e seus lacaios! (e além do "caixa 2", ainda tem aquilo que entra "por baixo" - para aprovar determinadas leis e aparecer bonito na mídia)

eu já penso ser impossível viver sozinho com 2k. imagina esses caras que a renda familiar é 1,3k deveriam apanhar de vara todo dia pra aprender a não fazer filho antes de virar gente e ganhar o bastante.


bolsa família deveria ser pago aos 10% mais ricos. melhor incentivar os ricos a terem filhos do que pobre, investir no pobre só vai gerar mais pobres, investir em ricos vai gerar mais ricos, filho de rico gera empregos. Menos pobres fazem diminuir a mão de obra aumentando a procura e faz subir os salários. Isso se resolve a distribuição de renda no Brasil.
 
Última edição:
eu já penso ser impossível viver sozinho com 2k. imagina esses caras que a renda familiar é 1,3k deveriam apanhar de vara todo dia pra aprender a não fazer filho antes de virar gente e ganhar o bastante.


bolsa família deveria ser pago aos 10% mais ricos. melhor incentivar os ricos a terem filhos do que pobre, investir no pobre só vai gerar mais pobres, investir em ricos vai gerar mais ricos, filho de rico gera empregos. Menos pobres fazem diminuir a mão de obra aumentando a procura e faz subir os salários. Isso se resolve a distribuição de renda no Brasil.

geniau;

sqn :nooo:

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"Posso não concordar com tuas palavras mas defendo até a morte o direito de dizê-las"

Maldito meteoro que dividiu os continente. :vader:
[video=youtube;47Ll5n-3hx0]https://www.youtube.com/watch?v=47Ll5n-3hx0[/video]

eu já penso ser impossível viver sozinho com 2k. imagina esses caras que a renda familiar é 1,3k deveriam apanhar de vara todo dia pra aprender a não fazer filho antes de virar gente e ganhar o bastante.

Em geral, eu me viro mensalmente com 1.2k! Funcionário público estadual, nomeado e concursado, 8 anos de efetivo exercício (educação). :trollfail:

Voltei para o interior, para morar com meu pai. Até abril desse ano, estava em Belo Horizonte. O aluguel, o condomínio, as contas, transporte e alimentação estavam me "apertando" na capital... então fiz o pedido e consegui a transferência. Ainda bem que não tenho filhos (e nem animais de estimação). Quando surge oportunidades, faço uns "bicos" para complementar minha renda. Ajudo meu pai pagando todas contas e a "encher a despensa". :challenge:

Estudei em escolas públicas, meus pais não tiveram condições de bancar meus estudos. Só deu para concluir o ensino médio. Ainda não deu para fazer o curso universitário, tive que parar de estudar para poder trabalhar e pagar minhas contas. Futuramente, tenho intenção de retomar meus estudos e me preparar para os exames classificatórios - minha pretensão é ciência da computação! :awesome:

Não tenho filhos, nem namoradas e nem intenção de constituir família (pelo menos até agora). O bom é que sobra grana e tempo para eu poder me divertir (música, literatura, filmes e documentários, informática e games, viagens, bebida e bares - gosto duma vida boemia).


bolsa família deveria ser pago aos 10% mais ricos. melhor incentivar os ricos a terem filhos do que pobre, investir no pobre só vai gerar mais pobres, investir em ricos vai gerar mais ricos, filho de rico gera empregos. Menos pobres fazem diminuir a mão de obra aumentando a procura e faz subir os salários. Isso se resolve a distribuição de renda no Brasil.

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Analisando "cientificamente" sua opinião, e dando exemplo, então na sua ótica, os filhos dos milionários e bilionários no Brasil é que deveriam receber bolsas em universidades públicas? E os pobres não seriam dignos (porque não geram empregos, mais são dignos de pagar mais impostos e trabalhar para os ricos), portanto os filhos dos pobres é que teriam que bancar seus estudos? E o governo brasileiro, deveria implementar programas de "incentivo/estímulo" ou conceder mais privilégios para os milionários/bilionários?

Por curiosidade, fazem isso lá na Escandinávia e nos países com alto IDH? Essa seria a solução para a miséria no Brasil? :conte:

Só por curiosidade, você é milionário/bilionário? :hmm2:

Apesar de discordar (e de não entender as suas razões), respeito sua opinião! :thatfeel:


"É muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos." [Ariano Suassuna]
"O Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada." [Max Nunes]

 
515 anos: vou rir para não chorar, nesse lugar chamado "Huelândia"! A terra dos hues!

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eu já penso ser impossível viver sozinho com 2k. imagina esses caras que a renda familiar é 1,3k deveriam apanhar de vara todo dia pra aprender a não fazer filho antes de virar gente e ganhar o bastante.

bolsa família deveria ser pago aos 10% mais ricos. melhor incentivar os ricos a terem filhos do que pobre, investir no pobre só vai gerar mais pobres, investir em ricos vai gerar mais ricos, filho de rico gera empregos. Menos pobres fazem diminuir a mão de obra aumentando a procura e faz subir os salários. Isso se resolve a distribuição de renda no Brasil.

(...) então na sua ótica, os filhos dos milionários e bilionários no Brasil é que deveriam receber bolsas (...) os pobres não seriam dignos (porque não geram empregos, mais são dignos de pagar mais impostos e trabalhar para os ricos), portanto os filhos dos pobres é que teriam que bancar (...) o governo brasileiro (...) conceder mais privilégios para os milionários/bilionários?

Por curiosidade, fazem isso lá na Escandinávia e nos países com alto IDH? Essa seria a solução para a miséria no Brasil?
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Brasil é um dos países do G20 com menos impostos para os mais ricos, por Cadu Amaral.

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O Brasil está entre os países do G20 (grupo dos 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia) com menos impostos para os mais ricos. O levantamento feito pela PricewaterhouseCoopers (PWC) para a BBC Brasil.

A pesquisa comparou os impostos cobrados em três níveis de renda anual em libras: 70 mil libras, 150 mil libras e 250 mil libras. O que equivale à renda média mensal em reais de cerca de R$ 23 mil, R$ 50 mil e R$ 83 mil, contando com o 13º salário. Os brasileiros pagam menos impostos nos três níveis pesquisados.

Nas duas maiores o Brasil tem a terceira menor alíquota. Os brasileiros ficam com 74% dos valores depois de descontado o imposto. A média dos outros países do G20 é de 67,5%. Na menor faixa, o país tem a quarta menor alíquota. Aqui se fica com 75,5% e nos outros países com 72%.

Os países que tem os maiores impostos são os europeus, por causa das políticas de proteção social, o que a classe média tradicional brasileira chama de “esmola” ou gastos. Na Itália, os impostos consomem cerca de 50% da renda.

Mesmo assim, de acordo com o levantamento, a carga tributária do Brasil é alta: em torno de 35% do PIB, de acordo com a Heritage Foundation. A média do G20 é de 26%. Isso se deve aos impostos indiretos que incidem sobre a produção e o consumo.

Ou seja, no Brasil não cobra imposto sobre a renda e a propriedade. E esses impostos indiretos, que são iguais em todos os níveis de renda, acabam pesando mais sobre os mais pobres. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), esses impostos representam 40% da carga tributária nacional, enquanto os diretos, 28%.

E não só aqui como também na Europa, após os programas de transferência de renda serem materializados, os índices de pobreza diminuem, mas ainda aquém do que deveriam, devido à diferença na cobrança dos impostos entre os mais ricos e os mais pobres.

A reportagem da BBC ouviu alguns especialistas e todos defendem uma reforma tributária mais justa onde quem ganha mais, paga mais.

Fernando Gaiger, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), propões que passem a existir duas alíquotas de Imposto de Renda. Uma de 35% para quem ganha por mês entre R$ 6.000 e R$ 13.700 e outra de 45% para quem recebe mais que isso. Atualmente no Brasil, a taxa máxima é de 27,5% para quem recebe acima de R$ 4.463,81.

Porém, de acordo com os especialistas entrevistados, essa mudança não provocaria grandes impactos por que apenas uma pequena parcela da população tem renda nesse valor. De acordo o Censo 2010 do IBGE, apenas 111.893 pessoas disseram receber mais de R$ 20 mil por mês.

Gaiger afirma que o melhor a se fazer é reduzir a possibilidade de descontos no Imposto de Renda. Hoje se abate gasto privados com saúde e educação, por exemplo. O Estado, na prática, financia serviços privados para a parcela mais rica da população. “É o bolsa rico”.

Fonte: BC


Só por curiosidade, você é milionário/bilionário?
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Por que não taxar os mais ricos?, por Leonardo Souza.

Nesta terça-feira (26/06), o senado aprovou a medida provisória 665, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial. Com a iniciativa, tomada para tapar o rombo das contas públicas, o governo espera economizar neste ano algo em torno de R$ 5 bilhões. Esse número deve aumentar em 2016, pois as novas regras do abono só terão impacto nas despesas do governo a partir do ano que vem.

Conforme a Folha revelou ("Levy barrou taxação das grandes fortunas"), a equipe do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) deixou uma proposta para criar no Brasil o IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas), previsto na Constituição, mas nunca implementado. Joaquim Levy, sucessor de Mantega, não quis, contudo, abraçar o tributo, por considerá-lo pouco eficaz e de baixo potencial arrecadatório.

A criação do IGF no Brasil é bandeira da bancada do PT no Senado, defendida como forma de mitigar o desgaste causado aos congressistas da sigla com o endurecimento das regras de acesso aos direitos trabalhistas e previdenciários.

Estudo realizado pela consultoria do Senado, a pedido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), estimou o potencial de arrecadação do IGF no Brasil em até R$ 6 bilhões por ano –até mais do que a mudança no seguro-desemprego.

Cabem aí várias perguntas. A primeira delas: se Mantega foi o ministro da Fazenda mais longevo do Brasil, por que ele não adotou o tributo, em vez de deixar uma proposta para seu sucessor?

A revisão das regras de acesso aos direitos trabalhistas e previdenciários corrige muitas distorções, como no caso de pensão por mortes. Limita bastante, por exemplo, o golpe dos casamentos arranjados, em que uma menina nova tinha a perspectiva de receber por décadas pensão deixada pelo "marido" muito mais velho.

Levy está louco por arrecadar, de um lado, e cortar gastos, de outro.

Daí a segunda pergunta: por que dificultar somente os direitos trabalhistas, ainda que corrigindo distorções? Por que o "andar de cima" também não pode dar um pouco?

Sem dúvida, o IGF é um tributo controverso. Na Europa ocidental, somente Bélgica, Portugal e Reino Unido nunca adotaram o imposto. O Reino Unido, contudo, assim como os Estados Unidos, têm uma pesada carga, de até 40%, na transferência de propriedade de bens por falecimento. Nos últimos 20 anos, muitos outros países, como Áustria, Itália, Dinamarca e Alemanha, extinguiram o IGF.

Outros, com a crise de 2008, como Espanha e Islândia, resgataram o tributo, como medida para recompor suas contas.

Também adotam algum formato de IGF Holanda, França, Suíça, Noruega, Luxemburgo e Hungria. Entre os vizinhos da América do Sul que mantêm essa política em sua base fiscal estão Uruguai, Argentina e Colômbia.

Os autores do estudo do Senado ressaltaram que muitos fatores poderiam elevar ou diminuir drasticamente o potencial de arrecadação do IGF. No lado da redução, uma transferência de recursos ou de domicílio fiscal para outros países, por exemplo.

No lado do aumento, a certeza de que há muita sonegação de informação sobre bens no Brasil e imóveis declarados por valores muito abaixo dos de mercado.

Um auditor da Receita, que pediu para não ser identificado, estimou que, se o Brasil tivesse a mesma carga de arrecadação com o IGF do que a França, como proporção de sua economia, poderíamos recolher R$ 12 bilhões com o tributo. Mas ele considera esse número exagerado e acredita que algo entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões é mais realista.

O economista José Roberto Afonso, pesquisador do IBRE/FGV e professor do IDP, diz que o Brasil já é campeão entre os emergentes no quesito carga tributária e que o potencial de arrecadação com o IGF não compensaria o desgaste político para adotá-lo.

A economista Natassia Nascimento, atualmente mestranda pela UFF, escolheu a tributação sobre grandes fortunas como tema de sua tese de mestrado.

"O IGF não é um bicho de sete cabeças, pois vários países ou o adotam ou já adotaram. Também não é um remédio para todos os males. O importante é tributar a riqueza e reorganizar nossa carga tributária, tornando-a mais progressiva."

Natassia quer dizer que, no Brasil, os tributos indiretos, sobre o consumo, são muito altos. Esse perfil de taxação é injusto, pois os mais pobres pagam a mesma alíquota que os mais ricos sobre os bens adquiridos.

Taxar progressivamente, como no Imposto de Renda ou no IGF, é cobrar mais de quem pode contribuir mais, "desonerando as classes mais baixas", como diz Natassia.

Um exemplo que o Brasil poderia seguir é o da Espanha. Depois de extinguir seu IGF, o país do príncipe Felipe de Borbón resolveu retomar o tributo em 2011. Mas com duração de quatro exercícios financeiros, somente para ajudar na recuperação das contas do país, após o estrago provocado com a crise de 2008.

Fonte: Folha

Por que não taxar os ricos? Ora, porque isso é “proibido”, por Fernando Brito.

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O repórter Leonardo Souza escreveu hoje na Folha um ótimo artigo (SPOILER ACIMA), com muita informação e equilíbrio, sobre as potencialidades e os exemplos pelo mundo do Imposto sobre Grandes Fortunas.

Mas o título, embora obvio, é o melhor, porque leva a pensar na igualmente óbvia razão: "Por que não taxar os mais ricos?"

Ah, Leonardo, são tantas e tão hipócritas razões…

A primeira delas, que você pode ouvir de qualquer coxinha ou até de gente aparentemente séria, a de que já se paga muito imposto no Brasil.

E é verdade, mas depende de quem se cobra.

A insuspeita BBC publicou uma matéria dizendo que "Rico é menos taxado no Brasil do que na maioria do G20".

Na verdade, o quarto ou terceiro menos taxado do grupo de maiores países do mundo quando a faixa de ganhos é superior a R$23 mil, contado nisso, quando houver, o 13° salário.

E aí esta turma diz que paga para custear o que custa o “assistencialismo”, como babujava ontem um deputado na Câmara, possesso e sob aplausos de dezenas de outros.

Sabe, o médico, o saneamento, a luz, a água, até o Bolsa Família daquela ralé que não paga quase imposto, como eles.

Só que não. Paga, e paga muito mais.

Lá em cima tem uma tabela sobre como cada faixa de renda contribui com os impostos no Brasil.

Você pode notar que os que ganham até três salários-mínimos recolhem quase 60% do total de impostos arrecadados.

Dá, por cabeça, R$3. 370,54 por ano.

Ou 36% de tudo o que ganha um trabalhador de salário mínimo. Mais de um terço.

A carga tributária para quem ganha mais de 30 salários-mínimos por mês, segundo cálculos do Ipea, anda roçando os 10% ao ano.

E olhe que não estou falando dos ganhos empresariais, de capital, lucros etc.

Proporcionalmente, o pobre paga quatro vezes mais imposto que os muito, muito ricos, se considerada a camada que ganha 30, 40 mil por mês.

Leonardo Souza demonstra que não há “comunismo” algum em taxar fortunas. Reconhece que “o IGF é um tributo controverso”, mas lembra:

"Na Europa ocidental, somente Bélgica, Portugal e Reino Unido nunca adotaram o imposto. O Reino Unido, contudo, assim como os Estados Unidos, têm uma pesada carga, de até 40%, na transferência de propriedade de bens por falecimento. Nos últimos 20 anos, muitos outros países, como Áustria, Itália, Dinamarca e Alemanha, extinguiram o IGF.

Outros, com a crise de 2008, como Espanha e Islândia, resgataram o tributo, como medida para recompor suas contas.

Também adotam algum formato de IGF Holanda, França, Suíça, Noruega, Luxemburgo e Hungria. Entre os vizinhos da América do Sul que mantêm essa política em sua base fiscal estão Uruguai, Argentina e Colômbia."


Então por que não temos alguma forma dele aqui?

Porque a nossa elite é colonial e enxerga o conjunto do povo do povo brasileiro como um estorvo, infelizmente necessário para poder viver, nos seus bons postos, de empresários ou da elite da burocracia que se forma para o país funcionar.

A nossa esquerda aderiu a um tolo “politicamente correto” de que é possível dar sem tirar, pelo crescimento – o que é verdade, nas marés enchentes.

Não fez – e quando tentou fazer, não soube comunicar isso – uma reforma tributária que saísse do impasse União-Estado-Município dividindo o mesmo bolo.

Mas quando a água baixa, farinha pouca, meu pirão primeiro.

Aí “acabou a democracia”, o “país de todos”, aquele discurso bonitinho: tirem dos pobres!

Arrochem salários, subam preços de produtos e serviços essenciais linearmente e cortem-se os abusos (e de fato alguns são, não sou hipócrita) nos subsídios sociais.

Alíquota diferenciada para o Imposto de Renda de altos salários? Taxação de fringe benefits – o jabá dos executivos – e dos ganhos de capital? Impostos sobre heranças progressivo, com alíquotas mínimas para quem herda um imóvel modesto e mais pesadas para grandes patrimônios?

Bolivarianismo puro!

Fonte: LC
 
não faz sentido essa comparação em percentual sobre o que ricos e pobres pagam de imposto. se querem comparação de verdade tem que ser em valores brutos. se um pobre paga R$200 reias por mês de imposto um rico paga R$500.

Ridicula também essa divisão entre pobres e ricos. Todos nascemos iguais, humanos, se um humano teve uma idéia genial, economizou a vida inteira, enriqueceu, porque deveria pagar mais imposto por isso? um tanto injusto não? já que teoricamente tem os mesmos direitos, utilização das vias, hospitais:)coolface:) escolas públicas:)lol2:). A nãoo rico não usa esses serviços!! então tem que pagar menos imposto mesmo.
 
Fugimos do escopo mais outra vez.
 
Viva a tolerância e a liberdade de expressão!

Fugimos do escopo mais outra vez.

Me desculpe, e com todo respeito, sua observação me pareceu vaga.

Já que não soube (ou não quis) nos explicar, enfim qual seria o teu alvo? Saber qual dos dois governos absolutistas dos séculos passados é o pior? Qual seria o(s) critério(s) - econômico, político, religoso, histórico, sociológico, antropológico, bélico? Por acaso existe alguma metodologia científica (ou teoria científica) para podermos avaliar a questão com precisão ou bom senso? (lembrando que os objetos das ciências humanas não são similares aos das ciências exatas e naturais - os mamíferos e primatas - e o humano em particular - são animais "diferenciado")

Caso eu não consiga... espero que alguém te ajude a encontrar a resposta. E antes de mais nada, grato por ter criado esse tópico! ;)

não faz sentido essa comparação em percentual sobre o que ricos e pobres pagam de imposto. se querem comparação de verdade tem que ser em valores brutos. se um pobre paga R$200 reias por mês de imposto um rico paga R$500.

Ridicula também essa divisão entre pobres e ricos. Todos nascemos iguais, humanos, se um humano teve uma idéia genial, economizou a vida inteira, enriqueceu, porque deveria pagar mais imposto por isso? um tanto injusto não? já que teoricamente tem os mesmos direitos, utilização das vias, hospitais:)coolface:) escolas públicas:)lol2:). A nãoo rico não usa esses serviços!! então tem que pagar menos imposto mesmo.

"A religião é o ópio do povo" [Marx]

"Na verdade, o único cristão morreu na cruz." [Nietzsche]

"Em geral, os sábios de todos os tempos disseram sempre o mesmo, e os tolos, isto é, a imensa maioria de todos os tempos, sempre fizeram o mesmo, ou seja, o contrário; e assim continuará a ser." [Arthur Schopenhauer]

"Deus não existe e, se existe, não é muito confiável." (...) "Se Deus existe, por que Ele não me dá um sinal de Sua existência? Como por exemplo, abrir uma bela conta em meu nome num banco suíço?" (...) "Que mundo! Poderia ser maravilhoso se não fossem as pessoas." (...) "Para vocês eu sou ateu. Para Deus, uma fiel oposição!" [Woody Allen]

"O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso: é-lhe indiferente." (...) "O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." (...) "A vida é apenas uma visão momentânea das maravilhas deste assombroso universo, e é triste que tantos se desgastem sonhando com fantasias espirituais." [Carl Sagan]

"Deus, a perfeição absoluta, criador da humanidade, do céu e da terra, do bem e do mal, de todas as coisas que nossa “vã sabedoria” ainda ignora e de todas as desgraças – mas ainda assim, ele é tão poderoso que consegue ser perfeitamente bondoso ao fazer o mal. Enfim, um ser fabuloso, gabado de ser onipresente, onisciente e onipotente que, entretanto, não parece conhecer outra morada além das lacunas de nosso conhecimento. Fernando Pessoa disse “Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, sem dúvida que viria falar comigo. E entraria pela minha porta dentro dizendo-me, aqui estou!”. Realmente, parece que Deus não existe – mas talvez isso seja ceticismo demais. Quem sabe ele não é apenas um pouco tímido." (...)

"Em qualquer corte justa, Deus teria de responder por:

1) – Omissão de socorro: deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo, sem risco pessoal... (cf. Art. 135, Código Penal) e por 2) – Homicídio qualificado: à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido (cf. Artigo 121, § 2°, inciso IV, Código Penal). Ou seja, se Deus fosse um homem, ele já estaria apodrecendo numa penitenciária de segurança máxima onde ficam enclausurados os criminosos mais hediondos. Se a pena pelos seus crimes fosse provar um pouco do veneno que ele próprio criou, certamente preferiria nunca ter existido – e desaparecia num estalar dos dedos!" (...)

"Se cada pessoa tivesse honestidade suficiente para admitir a insignificância e o ridículo que representa, não acreditaria que sequer merece uma vida eterna. Mas contra esta lucidez ante a insignificância que causa tanto mal-estar à maioria das pessoas é possível forjar uma pequena fórmula bastante prática:

1) Acreditar, sem ter motivos, em tudo que conforta;
2) – Ser totalmente parcial e só ver aquilo que convém;
3) – Imaginar que aquilo que está faltando para ser feliz chegará em boa hora;
4) – Acima de tudo, fechar os olhos para todo o resto.

Mas, para a satisfação dos descrentes, também há uma fórmula ateísta para evitar discussões inúteis com quem decidiu utilizar a fórmula apresentada acima:

1) – Nunca discuta com pessoas que creem firmemente em algo sem precisar de motivos ou provas;
2) – Se acontecer uma inevitável discussão, não se preocupe, apenas ria bastante das explicações espúrias que darão para justificar suas crenças." (...)

"Até onde sabemos, a essência de todas as coisas é a sua própria existência. O ser, em si mesmo, não carrega qualquer razão, valor ou significado incrustado em seu âmago – portanto, tampouco nossas vidas. Fora dela própria, a vida não pode ser reconhecida como algo importante ou tampouco necessário. Estarmos aqui é fato puramente contingente, de modo que, se não estivermos olhando pela perspectiva humana – ou seja, despejando nossos juízos na realidade –, nada pode diferenciar uma pedra rolando montanha abaixo ou uma vida nascendo. Para o universo impessoal, externo a nós, à nossa realidade subjetiva, a vida não se distingue de um amontoado de átomos sem significado. Estarmos aqui, vivos e pensando, é algo totalmente vazio de qualquer significância objetiva. À parte isso, podemos fazer o que quisermos, decorar a existência com a roupagem que preferirmos. Podemos dizer que a vida é tudo; podemos dizer que a vida é nada; que é uma bênção com espinhos ou sem espinhos, que é uma maldição completa ou incompleta; podemos inventar regras para definir e julgar os seres; podemos importunar todos com teorias sobre como devemos nos comportar e no que devemos acreditar etc.; podemos gritar nossas opiniões ou permanecer calados. Nada disso despertará o interesse dos átomos; o mundo não procura nos imitar. Como humanos, o nonsense essencial consiste em acreditarmos naquilo que inventamos e fazer de conta que a realidade estava de férias quando decretamos a verdade absoluta."

"Alguns dizem que a filosofia nasce de nossa capacidade de nos espantarmos com o mundo, com aquilo que, para a maioria das pessoas, é trivial. Pelo menos aos meus olhos, parece ser realmente absurdo o fato de existirmos, e não consigo pensar em qualquer coisa como sendo trivial. Sequer consigo achar óbvio o fato de que o mundo existe. Já cansei de fazer a mim mesmo a famosíssima pergunta: “Por que há seres em vez do nada?”, e nunca consigo pensar em qualquer resposta coerente. Simplesmente abrimos os olhos, aparecemos neste mundo enquanto seres vivos conscientes, sem qualquer manual de instruções. É realmente muito estranho que todas as pessoas vivam suas vidas com a consciência de que ninguém sabe por que elas todas existem. Muitas fogem deste tipo de vazio através de crenças dogmáticas, o que talvez não seja algo ruim, pois ninguém tem a obrigação de ser racional e coerente quanto a suas opiniões acerca da realidade. Mas, quanto a mim, prefiro a razão. Através dela, vejo um mundo que não entendemos, tendo uma única certeza relativa: a de que vamos todos desaparecer. De fato, nós não existimos: apenas estamos acontecendo." (...)

"Todas as ocupações às quais nos dedicamos são apenas um passatempo para suportarmos a vida. Sempre precisamos cultivar um entusiasmo cavalar e ilusões de todos os tipos para conseguirmos a motivação necessária para manter nossa vida em seu rumo – em outras palavras, para mantermo-nos alheios ao angustiante vazio da realidade. No fim, é certo que as expectativas lançadas sempre estão muito acima do resultado real. O fato é que precisamos ultravalorizar a nós mesmos e todos os nossos objetivos por uma simples questão de autopreservação. A motivação humana sustenta-se neste tipo de autoengano. Talvez isso não seja tão ruim, só é estranho." [André Cancian]

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"Karl Marx descobriu que temos a ilusão de estarmos pensando e agindo com nossa própria cabeça e por nossa própria vontade, racional e livremente, de acordo com nosso entendimento e nossa liberdade, porque desconhecemos um poder invisível que nos força a pensar como pensamos e agir como agimos. A esse poder - que é social - ele deu o nome de ideologia.

Muitas vezes, lendo um romance ou vendo um filme, compreendemos e conhecemos muito melhor uma realidade do que se lêssemos livros científicos ou jornais. Por quê? Porque o artista, através da imaginação, capta o essencial e reúne o que estava disperso na realidade, fazendo-nos compreender o sentido profundo e invisível de alguma coisa ou de alguma situação. O artista nos mostra o inusitado, o excepcional, o exemplar ou o impossível por meio dos quais nossa realidade ganha sentido e pode ser mais bem conhecida.

Surge um tecido de imagens ou um imaginário que desvia nossa atenção da realidade ou que serve para nos dar compensações ilusórias para as desgraças de nossas vidas ou de nossa sociedade, ou que é usado como máscara para ocultar a verdade. O imaginário reprodutor (nas ciências, no cinema, na televisão, na literatura, etc.) bloqueia nosso conhecimento porque apenas reproduz nossa realidade, mas dando a ela aspectos sedutores, mágicos, embelezados, cheios de sonhos que já parecem realizados e que reforçam nosso presente como algo inquestionável e inelutável. É um imaginário de explicações feitas e acabadas, justificador do mundo tal como ele parece ser. Quando esse imaginário é social, chama-se ideologia.

Marx era filósofo, advogado e historiador, e interessou-se por um estudo feito por um outro filósofo, Feuerbach. Este investigara o modo como se formam as religiões, isto é, o modo como os seres humanos sentem necessidade de oferecer uma explicação para a origem e a finalidade do mundo. Ao buscar essa explicação, os humanos projetam fora de si um ser superior dotado das qualidades que julgam as melhores: inteligência, vontade livre, bondade, justiça, beleza, mas as fazem existir nesse ser superior como superlativas, isto é, ele é onisciente e onipotente, sabe tudo, faz tudo, pode tudo.

Pouco a pouco, os humanos se esquecem de que foram os criadores desse ser e passam a acreditar no inverso, ou seja, que esse ser foi quem os criou e os governa. Passam a adorá-lo, prestar-lhe culto, temê-lo. Não se reconhecem nesse Outro que criaram. Em latim, outro se diz: alienus. Os homens se alienam e Feuerbach designou esse fato com o nome de alienação.

A alienação é o fenômeno pelo qual os homens criam ou produzem alguma coisa, dão independência a essa criatura como se ela existisse por si mesma e em si mesma, deixam-se governar por ela como se ela tivesse poder em si e por si mesma, não se reconhecem na obra que criaram, fazendo-a um ser-outro, separado dos homens, superior a eles e com poder sobre eles.

Marx não se interessou apenas pela alienação religiosa, mas investigou sobretudo a alienação social. Interessou-se em compreender as causas pelas quais os homens ignoram que são os criadores da sociedade, da política, da cultura e agentes da História. Interessou-se em compreender por que os humanos acreditam que a sociedade não foi instituída por eles, mas por vontade e obra dos deuses, da Natureza, da Razão, em vez de perceberem que são eles próprios que, em condições históricas determinadas, criam as instituições sociais família, relações de produção e de trabalho, relações de troca, linguagem oral, linguagem escrita, escola, religião, artes, ciências, filosofia e as instituições políticas leis, direitos, deveres, tribunais, Estado, exército, impostos, prisões. A ação sociopolítica e histórica chama-se práxis e o desconhecimento de suas origens e de suas causas, alienação.

Por que os seres humanos não se reconhecem como sujeitos sociais, políticos, históricos, como agentes e criadores da realidade na qual vivem? Por que, além de não se perceberem como sujeitos e agentes, os humanos se submetem às condições sociais, políticas, culturais, como se elas tivessem vida própria, poder próprio, vontade própria e os governassem, em lugar de serem controladas e governadas por eles? Por que existe a alienação social? Por que os homens se deixam dominar pela sua própria obra ou criação histórica? Por que filósofos, teólogos, cientistas (portanto, o sujeito do conhecimento) elaboram teorias que reforçam a alienação? Por que filósofos dizem que a sociedade é produzida pela Natureza? Por que teólogos dizem que a família e o Estado existem por vontade de Deus? Por que os cientistas afirmam que a sociedade é racional e criada pela Razão Universal?

Para compreender o fenômeno da alienação, Marx estudou o modo como as sociedades são produzidas historicamente pela práxis dos seres humanos. (...)" [Marilena Chauí, Convite à Filosofia]

"Entre o pensamento e a realidade, entre o impulso e a ação, cai a sombra." [T.S. Eliot]
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Existem algumas palavras-coringa que são tiradas do bolso do colete para expressar uma ideia que pretende encerrar uma discussão e assim evitar que a análise seja aprofundada e se investigue o que elas querem realmente dizer ou se servem apenas para ocultar os interesses escusos de quem as utiliza.

Afinal, tem político que até utiliza a palavra para justificar a contratação de cupinchas que tiveram o "mérito" de serem excelentes puxa-sacos oportunistas.

"Mérito" é algo bom quando não representa uma desculpa para a perpetuação de uma elite no poder com a consequente exclusão da maioria das pessoas do acesso não ao oportunismo, mas às oportunidades que lhe são sistematicamente negadas com base nessa tal "meritocracia", segundo excelente artigo publicado no IHU:

A meritocracia aparece como a ideologia que as elites promovem, nos meios que controlam, para justificar seu poder. [V. Navarro].

Uma das consequências da enorme crise financeira e econômica que estamos experimentando é a perda de confiança nas elites governamentais, sejam estas financeiras, econômicas, midiáticas ou políticas. Está se perdendo, rapidamente, a confiança que um sistema político democrático requer que exista entre o establishment as instituições que governam as diferentes atividades financeiras, econômicas, midiáticas e políticas do país por um lado, e as classes populares por outro.

As pessoas comuns que costumavam crer que os que mandam são melhores e possuem mais informação, pelas quais tomam as decisões, já não acreditam neles. Mais e mais pessoas questionam se as elites que estão mandando, estão nessa posição devido ao seu mérito. Segundo a última pesquisa sobre valores, realizada pela Pew Foundation, a maioria da população dos países em recessão, incluindo os países da zona do euro, não confiam nas elites governantes. E isso explica que tais elites estejam perdendo não apenas a confiança, mas sua legitimidade para mandar, seja em qual setor for.

Há muitas consequências para este fato, facilmente evidenciáveis. Porém, uma das mais importantes é que além do esquema político direita-esquerda, é necessário incluir outra linha divisória que separa os que estão em cima do restante, que constitui a grande maioria da população. Esta maioria percebe que a linha ascendente na grade social não é determinada pelo mérito, mas por determinadas ligações e relações interpessoais, em grande parte pela origem social do indivíduo, definido por classe social e gênero.

Na realidade, a evidente incompetência dos que estão em cima (tanto nos setores financeiros, como nos políticos), que aparece claramente na contínua e persistente tentativa de seguir as políticas de austeridade e que conduzem estes países ao desastre, mostra que o mérito tem pouco a ver com o fato de estarem onde estão. As ligações e redes de interesses (que os sociólogos chamam de capital social e as pessoas comuns chamam de ligações e tampões) que permitem que eles escalem, explica porque estão em cima. Esta é a percepção generalizada hoje.

É lógico, pois, que a grande maioria dos cidadãos questione o sistema que permite que as elites existam, permaneçam e se reproduzam, sem nenhuma justificativa ou responsabilidade frente aos demais (o que em inglês se chama "accountability"). A meritocracia aparece como a ideologia que as elites promovem, nos meios que controlam, para justificar seu poder. A perda da credibilidade dessa ideologia é clara e enorme. A grande maioria da população, na citada pesquisa Pew, não acredita que as elites governantes sejam melhores que as pessoas comuns. Na realidade, começa a se enxergar o contrário disto. Algumas porcentagens, que estão crescendo, são daqueles que pensam que as pessoas de cima são mais corruptas do que as pessoas comuns. Que não estão enriquecendo por seus méritos, mas devido aos seus contatos e ligações (repito, o chamado capital social).

Esta tomada de consciência leva a uma situação que tem um enorme potencial explosivo, pois o maior grau de conhecimento e a maior exigência que isso acarreta, conduz para uma situação em que a falta de credibilidade da ideologia meritocrática provoca o desejo de mudá-la ou eliminá-la. E, assim, surgem os movimentos contestatórios: da conscientização de que os que têm grande poder no país não defendem os interesses gerais da população, mas os particulares que eles representam, carecendo de legitimidade para estar onde estão e ter o poder que possuem.

Não é por acaso, portanto, que tais movimentos tenham surgido em países como Espanha e Estados Unidos, onde há maior concentração do poder financeiro, econômico, midiático e político, e onde a relação existente entre estes diferentes establishments é mais acentuada. Por exemplo, a relação e conexão entre o "establishment" financeiro, midiático e político, alcançam dimensões elevadas na Espanha e nos Estados Unidos. Daí o surgimento do 15-M e do Occupy Wall Street. São movimentos de denúncia da grande concentração do poder e das enormes limitações que provocam no sistema democrático de tal país. Nos dois países as limitações do sistema democrático são enormes e evidentes. O não nos representam, do movimento 15-M, é amplamente entendido e compartilhado pela maioria dos cidadãos, mais em relação às pessoas com sensibilidade progressista, mas também presente em pessoas com sensibilidade conservadora.

Isso implica uma distância cada vez maior entre os governantes e os governados, que inclui os governados de diferentes sensibilidades políticas. Nos dois países, tais movimentos contestatórios atuam como consciência coletiva da maioria da população. Seu grande poder deriva do grande apoio popular que recebem. Daí, o enorme temor que tais establishments tem demonstrado, aumentando a repressão, que na Espanha e na Catalunha tem alcançado um nível não visto desde os tempos da ditadura.

Tais movimentos, diferente de uma imagem intencionada e enviesada promovida pelos meios conservadores, tem sido altamente exitosos, pois colocam no centro do debate e da visibilidade midiática as enormes falsidades em que o sistema se apoia. Na Espanha, há uma escassez de representatividade do sistema político (não nos representam), uma enorme corrupção das estruturas políticas, uma exigência de mudança (se não nos deixarem sonhar, não os deixaremos dormir), e uma longa lista de slogans que refletem, gráfica e simbolicamente, os enormes déficits do sistema político-econômico herdado da transição inmodélica, feita em termos muito desiguais com o grande domínio das forças conservadoras naquele processo de transição, determinando uma democracia muito incompleta, com um bem-estar muito insuficiente (ainda hoje, a Espanha tem mais baixo gasto público social, da UE-15, por habitante).

Estes movimentos, com suas estratégias de ridicularizar ao establishment (com grande criatividade e humor) estão mostrando que o rei está nu. A maneira como os vovôs flauta, um grupo de cidadãos com idade avançada, ridicularizam a pomposidade do poder é digna de aplauso e apoio. Ao poder é preciso mostrar o que é: a mera defesa de interesses particulares para o enriquecimento de elites que sobem à custa de todos os demais.

Não é seu objetivo se converter num partido político, mas denunciar os enormes déficits democráticos e radicalizar os instrumentos políticos e sociais que necessitam ser agitados para que sirvam melhor à cidadania. E estão conseguindo.

Uma última observação. Este distanciamento entre governantes e governados, resultado das enormes insuficiências do sistema democrático espanhol, não deve levar a um sentimento antipolítico, que conduz a um fascismo antidemocrático (Franco era o indicador máximo da antipolítica), mas a um nível maior de exigência democrática, solicitando com toda a contundência que sejam feitas as transformações profundas daquilo que se chama democracia na Espanha.

Isto para que se consiga uma democracia real e autêntica, em que a cidadania seja a origem de todo o poder, expresso tanto na forma direta como indireta, dentro de um sistema autenticamente proporcional em que cada cidadão tenha a mesma capacidade decisória no país, por meio de referendos vinculantes (tanto em nível central como autonômico e municipal), como também por meio de instituições autenticamente representativas. E exigindo uma pluralidade nos meios de comunicação, hoje praticamente inexistente na Espanha, que represente a existente pluralidade que há na cidadania espanhola.

Fonte: OCS

"Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um." [Mário Quintana]

A pobreza é fácil de ser explicada, por Walter Williams.

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Acadêmicos, políticos, clérigos e outros tipos sempre aparentam perplexidade frente à seguinte questão: por que existe pobreza no mundo? As respostas normalmente variam, indo desde exploração e ganância até escravidão, colonialismo e outras formas de comportamento imoral. A pobreza é vista como um fenômeno que deve ser explicado apenas por meio de análises complicadas, doutrinas conspiratórias, fórmulas mágicas e feitiçarias. Essa visão acerca da pobreza é, na verdade, parte do problema, impedindo que a questão seja abordada corretamente.

Na realidade, há muito pouco de complicado ou de interessante na pobreza. A pobreza tem sido a condição natural e permanente do homem ao longo da história do mundo. As causas da pobreza são bem simples e diretas. Em termos gerais, indivíduos em particular ou nações inteiras em geral são pobres por uma ou mais das seguintes razões: (1) eles não podem ou não sabem produzir muitos bens ou serviços que sejam muito apreciados por outros; (2) eles podem e sabem produzir bens ou serviços apreciados por outros, mas são impedidos de fazer isso; ou (3) eles voluntariamente optam por ser pobres.

O verdadeiro mistério é entender por que realmente existe alguma riqueza no mundo. Isto é, como uma pequena porção da população humana (em sua maioria no Ocidente), por apenas um curto período da história humana (principalmente nos séculos XIX, XX e XXI), conseguiu escapar do mesmo destino de seus predecessores?

Algumas vezes, referindo-se aos EUA, as pessoas justificam sua riqueza apontando para o fato de que o país é abundante em recursos naturais. Tal explicação, entretanto, é insatisfatória. Fosse a abundância de recursos naturais a causa de riqueza, a África e a América do Sul seriam os continentes mais ricos do mundo, e não o lar de algumas das pessoas mais miseravelmente pobres do planeta. Em contrapartida, tal explicação, por uma questão de lógica, infere que países pobres em recursos naturais, como Japão, Hong Kong e Grã-Bretanha, deveriam ser miseráveis, e não estarem classificados entre os lugares mais ricos do mundo.

Outra explicação insatisfatória para a pobreza é o colonialismo. Esse argumento sugere que a pobreza do terceiro mundo é uma herança pelo fato de tais países terem sido colonizados, explorados e espoliados de suas riquezas pelos países colonizadores. Ocorre, porém, que países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia também foram colônias; e ainda assim estão entre os mais ricos do mundo. Hong Kong foi colônia da Grã-Bretanha até 1997 — quando a China reconquistou a soberania da ilha —, mas consegui se tornar a segunda mais rica jurisdição política do Extremo Oriente. Por outro lado, Etiópia, Libéria, Tibete e Nepal jamais foram colônias, ou foram por apenas alguns poucos anos, e ainda assim figuram entre os países mais pobres e mais atrasados do mundo.

Não obstante as várias críticas justificáveis ao colonialismo e, devo acrescentar, às multinacionais, o fato é que ambos serviram como uma forma de transferência de tecnologias e de instituições ocidentais, fazendo com que pessoas de países atrasados entrassem em contato com o mundo ocidental, mais desenvolvido. Um fato trágico — embora pouco comentado — é que vários países da África passaram por expressivos declínios econômicos após suas independências. Em muitos desses países, o cidadão médio pode dizer que comia mais regularmente e usufruía mais proteções aos seus direitos humanos quando ainda estava sob domínio colonial. As potências coloniais jamais perpetraram os indescritíveis abusos de direitos humanos — incluindo-se aí o genocídio — que vimos ocorrer em países como Burundi, Uganda, Zimbábue, Sudão, África Central, Somália e outros lugares após sua independência.

Qualquer economista que diga saber uma resposta completa para as causas da riqueza deve ser imediatamente visto com muita desconfiança. Simplesmente não sabemos plenamente o que torna algumas sociedades mais ricas que outras. Entretanto, podemos fazer suposições baseadas em correlações. É relativamente simples. Comece enumerando os países de acordo com seu sistema econômico. Conceitualmente, podemos ordená-los desde os mais capitalistas (aqueles que possuem um mercado mais livre) até os mais comunistas (aqueles que possuem ampla intervenção e planejamento estatal). Então consultamos a Anistia Internacional e seu ranking de países ordenados de acordo com abusos de direitos humanos. E então utilizamos as estatísticas de renda fornecidas pelo Banco Mundial para ordenar os países da maior até a menor renda per capita.

Ao se compilar essas três listas, seria possível observar uma correlação muito forte, embora imperfeita: aqueles países com maior liberdade econômica tendem também a oferecer maiores proteções aos direitos humanos. E seus cidadãos são mais ricos. Dado que tal descoberta não é uma coincidência, especulemos os motivos dessa correlação.

Direitos e prosperidade

Uma maneira de mensurar a proteção aos direitos humanos é perguntando até que ponto o estado protege a propriedade privada e a liberdade de trocas voluntárias — ou seja, o direito de adquirir, possuir e se desfazer de propriedade da maneira que mais aprouver ao indivíduo, desde que ele não viole os direitos de terceiros. A diferença entre a propriedade privada e a propriedade coletiva não é meramente filosófica. A propriedade privada produz incentivos e resultados sistemicamente distintos da propriedade coletiva.

Dado que os coletivistas frequentemente banalizam os direitos de propriedade privada, vale à pena elaborar essa questão. Quando os direitos de propriedade são aplicados integralmente à propriedade privada, todos os custos e benefícios das decisões que um indivíduo proprietário toma ficam concentrados nele e nele apenas. Já quando os direitos de propriedade são coletivizados, eles se tornam difusos e dispersos pela sociedade.

Por exemplo, a propriedade privada força os proprietários de imóveis a levarem em consideração o efeito que suas atuais decisões terão sobre o valor futuro de seus imóveis. Por quanto tempo mais um imóvel continuará sendo valorizado como uma boa moradia — e, por conseguinte, ser revendido a um bom preço — é algo que vai depender exclusivamente de como seu proprietário irá cuidar dele. Assim, uma propriedade gerida privadamente faz com que a riqueza de um indivíduo seja refém de suas atitudes; esse indivíduo, para manter sua riqueza, terá de incorrer em uma atitude "socialmente responsável": economizar recursos escassos.

Compare esses incentivos àqueles gerados pela propriedade coletiva. Quando o governo é o proprietário de um imóvel, um indivíduo não tem incentivos para cuidar bem deste imóvel simplesmente porque ele, caso aja assim, não irá capturar o benefício completo de seus esforços. O resultado de seus esforços será disperso por toda a sociedade. Por outro lado, para este mesmo individuo, os custos de ele ser descuidado e desleixado com o imóvel coletivo também serão similarmente dispersos pela sociedade. Não é necessário ser um gênio para prever que, sob tais circunstâncias, os cuidados para com essa propriedade serão muito menores. Simplesmente não há incentivos para tal atitude; não há incentivos para se economizar recursos escassos. A propriedade coletiva gera desperdício de recursos escassos, sendo portanto socialmente irresponsável — justamente o contrário do que almejam seus apologistas.

Mas a propriedade nominalmente coletiva não é o único arranjo que desestimula essa responsabilidade social. Quando o governo tributa a propriedade, ele altera as características inerentes ao ato de possuir uma propriedade. Se o governo, por exemplo, impuser um imposto de 75% sobre a venda de imóveis, tal medida irá reduzir os incentivos que um indivíduo possui para utilizar sua propriedade de maneira sensata, economizando recursos escassos. Tal medida, na verdade, estimularia um comportamento mais desleixado do indivíduo proprietário, o que levaria a uma rápida deterioração do imóvel, uma destruição de recursos escassos. Afinal, para que cuidar bem de algo que, ao ser vendido, não lhe trará grandes receitas?

Esse argumento se aplica para todas as atividades, inclusive trabalho e investimento. Qualquer medida que reduza o retorno ou aumente o custo de um investimento irá reduzir os incentivos para que se faça tal investimento. Isso é válido tanto para investimentos em capital humano quanto para investimentos em capital físico — isto é, aquelas atividades que elevam a capacidade produtiva dos indivíduos.

De maneira significativa, a riqueza das nações está incorporada em seus cidadãos. O exemplo mais acabado disso é a experiência dos alemães e japoneses após a Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, os bombardeios das forças aliadas destruíram praticamente todo o estoque de capital físico desses dois países. O que não foi destruído foi o capital humano das pessoas: suas habilidades físicas e mentais, e sua educação. Em duas ou três décadas, ambos os países ressurgiram como formidáveis forças econômicas. Não foi o Plano Marshall, tampouco os outros subsídios americanos à Europa e ao Japão, que trouxe a recuperação a esses dois países; nem haveria sentido econômico caso isso ocorresse.

A correta identificação das causas da pobreza é algo crítico. Se ela for vista, como ocorre muitas vezes, como resultado da exploração, a política que naturalmente irá ser sugerida é a redistribuição de renda — isto é, o confisco governamental da renda "adquirida injustamente" por algumas pessoas e sua subsequente "restituição" aos seus proprietários "por direito". Trata-se da política da inveja: programas assistencialistas cada vez maiores em nome de uma suposta igualdade, a qual é impossível de ser obtida na prática.

Quando a pobreza passar a ser vista como o que realmente é, a saber, o resultado de intervenções governamentais irracionais — como regulamentações, burocratização, tributação e inflação — e da falta de capacidade produtiva, políticas mais eficazes surgirão.

Fonte: Mises

(...) Sinto lhe dizer, mas o Brasil não terá mais dinheiro por causa da Petrobras, pelo menos a pequeno/médio prazo. Na verdade a situação mais provável é o Brasil ter que gastar mais dinheiro por causa da nossa querida estatal. Caso não saiba o governo força a Petrobras a pagar dividendos mesmo endividada, para que isso aumente a receita do governo, porém é uma péssima gestão da empresa, aumentar a divida da empresa para aumentar a receita do governo...
E que sonho é esse que o Brasil investe em rodovias, ferrovias, portos e hidrelétricas? Talvez você esteja falando de exemplos como as hidrelétricas que estão prontas, mas não possuem sistema de distribuição e com certeza dessa maneira nos mostra como o governo consegue ser um bom gestor de investimentos e gastar o dinheiro da população com total consciência...
E como eu queria que o país investisse seriamente em ferrovias, tanto para transporte de cargas quanto de pessoas...
Sem contar em como todas essas obras são geridas e super faturadas...

Cada vez fica mais evidente a competência de gestão do governo...

Realmente o Brasil é um excelente exemplo de um mercado aberto de combustíveis e com incentivo a concorrencia, tanto é que só foi abaixar o custo do petróleo para que o governo subisse alguns impostos para fazer com que a importação não fosse mais competitiva. Você ter a força do Estado a seu favor é uma vantagem desleal a livre concorrência, assim como acontece com os Correios, mas se na teoria não há monopólio, realmente devemos ficar felizes e contentes afinal o "petróleo é nosso"...

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Sobre a Suécia, simplesmente corroborou ao que falei em meu post. Uma sociedade mais educada é uma sociedade com mais consciência política, e logicamente uma sociedade mais educada é mais capaz de alcançar um estado de "igualdade social", mas isso não é mais que uma obviedade e fique claro que através da educação se alcança mais igualdade social, e não através da igualdade social se alcança mais educação. Porém com 12 anos de governo, se o PT tivesse feito uma reforma profunda na educação desde o inicio, os primeiros frutos estariam amadurecendo hoje, porém basta empurrar com a barriga e prometer para os próximos 4 anos ou utilizar a velha tática política de prometer mais dinheiro... Pátria educadora!? tá serto...

O trágico legado da "Nova Matriz Econômica" - um resumo cronológico, por Leandro Roque.

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"O Brasil está conseguindo o raro feito de extrair opiniões quase unânimes mundo afora. São poucos, pouquíssimos, os economistas que ousam discordar de que o país entrou em um ciclo de desenvolvimento sustentado. E mais: são ainda mais raros aqueles que duvidam da capacidade de o Brasil se tornar uma das maiores potências econômicas do planeta em um par de dezenas de anos."

O trecho acima foi extraído de uma reportagem da edição de 29 de dezembro de 2010 da revista IstoÉ, a mesma que, em outra edição daquele mesmo ano, afirmou que já éramos uma potência.

Dentre os "poucos, pouquíssimos, economistas que ousam discordar de que o país entrou em um ciclo de desenvolvimento sustentado" certamente estavam os economistas deste site, que ainda em 2010 alertavam que tudo era infundado. (...)


Como viemos parar nesta situação?


O pano de fundo

No primeiro semestre de 2008, a economia brasileira estava relativamente arrumada. As prudentes políticas fiscal e monetária adotadas no primeiro mandato do governo Lula pela dupla Palocci-Meirelles haviam gerado um nível de confiança e uma estabilidade econômica poucas vezes vivenciados no país pós-democratização.

A renda da população crescia. O poder de compra do salário mínimo chegaria ao segundo maior valor da história do real (o maior havia sido alcançado em agosto de 1998). A pobreza e a miséria haviam caído 50% entre 2003 e 2008, e os investimentos aumentaram 25% (de 15,3% para 19,1% do PIB) também nesse período.

A inflação de preços, embora jamais invejável para um suíço, manteve-se relativamente comportada (pelo menos em termos de Brasil): após o IPCA acumulado em 12 meses ter chegado a 17% em maio de 2003, o índice despencou para saudosos 2,9% em março de 2007.

Tudo isso foi possibilitado por uma política monetária previsível e austera (para os padrões brasileiros), conduzida por uma equipe que jamais havia se deixado seduzir pelo conto de que "um pouco mais de inflação gera mais crescimento".

Em decorrência dessa política monetária decente — atestada pelo comportamento do real em relação ao ouro —, o real se apreciou continuamente perante o dólar e perante todas as principais moedas do mundo, o que garantiu um crescente padrão de vida para os brasileiros.

Para coroar, em abril de 2008, o país viria a ganhar o grau de investimento (investment grade) conferido pela agência de classificação de risco pela Standard & Poor's.

Essa foi uma época em que era difícil para a oposição atacar o governo em termos econômicos, pois a condução pragmática da economia — principalmente em termos de política monetária — não oferecia grandes brechas para um ataque.

E então veio a crise financeira mundial, em setembro de 2008. E, com ela, veio uma guinada na condução da política econômica.

Eis, a seguir, um breve resumo cronológico de tudo o que o governo fez com a economia brasileira desde o segundo semestre de 2008.


O roteiro da lambança

1) A economia brasileira chega ao primeiro trimestre de 2008 relativamente arrumada, com uma política monetária prudente, com o real se valorizando em relação às principais moedas do mundo, e com a renda e os investimentos crescendo.

2) No segundo semestre de 2008, ocorre a crise financeira mundial.

3) Para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro dá uma guinada na política econômica e passa a utilizar os bancos estatais — principalmente o BNDES — como a principal ferramenta de expansão do crédito.

4) Como a economia até então estava arrumada, essa política de expansão do crédito estatal aparenta funcionar no curto prazo. A economia cresce e a inflação de preços permanece sob controle (para os níveis brasileiros, é claro). O Brasil chama a atenção do resto do mundo.

5) Dilma Rousseff toma posse em janeiro de 2011 e sua equipe econômica não apenas decide manter a vigente política de crédito dos bancos estatais, como ainda decide intensificá-la, adicionando outros elementos heterodoxos.

6) A Nova Matriz Econômica é oficializada. Essa "nova matriz" — na realidade, incrivelmente velha — se baseia em cinco pilares: política fiscal expansionista, juros baixos, crédito barato fornecido por bancos estatais, câmbio desvalorizado e aumento das tarifas de importação para "estimular" a indústria nacional. A crença do governo passa a ser a de que "um pouco mais de inflação gera mais crescimento econômico".

7) No início de 2012, o governo declara guerra aos bancos privados que não baixarem os juros, e utiliza os bancos estatais para fornecer empréstimos a juros baixos, ampliando dessa forma a expansão do crédito. O consumismo e o endividamento passam a ser explicitamente estimulados pelo governo, com a crença de que ambos é que são os motores do crescimento econômico. A expansão do crédito em conjunto com o aumento das tarifas de importação faz com que a inflação de preços comece a incomodar.

8) Também em 2012, o governo unilateralmente decide revogar os contratos de concessão das empresas de geração e transmissão de energia (os quais terminariam entre 2014 e 2018) com o intuito de fazer novos contratos e impor tarifas menores.

9) Com o ataque às geradoras e transmissoras, as distribuidoras ficam sem alternativa e têm de recorrer ao mercado de energia de curto prazo, no qual os preços negociados são muito superiores em relação aos ofertados pelas geradoras que ficaram sob intervenção. As distribuidoras ficam desabastecidas e endividadas.

10) O Tesouro — ou seja, nós, os pagadores de impostos — começa a repassar dinheiro para as distribuidoras, garantindo artificialmente a política de tarifas baratas. O endividamento do governo aumenta.

11) O governo faz concessões de aeroportos e poços de petróleo, mas tabela o lucro permitido e impõe regulamentações esdrúxulas. Os grandes investidores não se interessam.

12) Em paralelo a tudo isso, um mastodôntico esquema de corrupção já operava na Petrobras, que destroça o capital da empresa. Ao mesmo tempo, o governo obriga a Petrobras a vender às distribuidoras gasolina abaixo do preço pelo qual ela foi importada. E a obriga também a produzir utilizando uma determinada porcentagem de insumos fabricados no Brasil. O capital da Petrobras, portanto, sofre um triplo ataque. A Petrobras se torna a empresa mais endividada do mundo.

13) O uso do BNDES para a escolha de campeãs nacionais é intensificado. O Tesouro se endivida emitindo títulos que pagam o valor da SELIC e repassa esse dinheiro para o BNDES, o qual irá então emprestá-lo a grandes empresas a juros abaixo de 5%, e em prazos que chegam a 30 anos. Tal política não apenas é inflacionária como ainda afeta substantivamente a situação das contas públicas. A dívida bruta do governo começa a subir acentuadamente.

14) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal intensificam o uso do crédito direcionado, que consiste em empréstimos para pessoas físicas e jurídicas a juros muito abaixo da SELIC. O intuito é estimular tanto o consumismo quanto os investimentos. Essa medida, além de pressionar a inflação de preços, levou o endividamento das famílias a níveis recordes.

15) Em decorrência dos repasses do Tesouro ao BNDES e às distribuidoras de energia, as contas públicas entram em desordem. Para mantê-las artificialmente equilibradas, o governo recorre a truques contábeis que consistem em atrasar repasses tanto para bancos estatais quanto para autarquias, como o INSS. Esses truques contábeis se tornam popularmente conhecidos como "pedaladas fiscais", as quais constituem um crime de responsabilidade fiscal.

16) A inflação de preços em nenhum momento fica perto da meta de 4,50% estabelecida pelo próprio Banco Central. Em vários momentos ela ultrapassa o teto da meta, de 6,50%. No setor de serviços, a inflação de preços fica continuamente entre 8 e 9%.

17) O descontrole das contas públicas, a inflação de preços persistentemente alta, o tabelamento dos lucros nos serviços de concessão e as seguidas demonstrações de desrespeito aos contratos do governo (como a Medida Provisória 579, a qual alterou totalmente o sistema elétrico) afetam o humor dos empresários, que reduzem os investimentos (os quais estão em queda há nada menos que sete trimestres seguidos).

18) O número de miseráveis volta a crescer.

19) Os investidores estrangeiros finalmente percebem os truques contábeis do governo e entendem que a dívida bruta está alcançando padrões perigosos. A agência de classificação de risco Standard & Poor's ameaça acabar com o grau de investimento do país.

20) Como consequência, a taxa de câmbio dispara. O dólar, que estava em R$ 1,65 no início do governo Dilma, chega a R$ 3,25 em meados de março de 2015 (estando hoje entre R$ 3,10 e R$ 3,15). A moeda brasileira derrete.

21) Em simultâneo à disparada do dólar, os repasses do Tesouro às distribuidoras de energia são abolidos. As tarifas encarecem, em média, 58%. (Em Porto Alegre e São Paulo, os reajustes ficam acima de 70%; em Vitória e Curitiba, passam dos 80%). Paralelamente, a Petrobras decide que é hora de recompor seu caixa (dizimado tanto pela corrupção quanto pela política de vender gasolina a preços menores que os custos de importação), e o preço da gasolina dispara nas bombas.

22) Em decorrência de tudo isso, a taxa de inflação de preços passa a subir a um ritmo não vivenciado desde 2003. O IPCA acumulado em 12 meses chega a 8,47% em maio de 2015.

23) O aumento dos combustíveis e da conta de luz obriga empresas, estabelecimentos comerciais e ofertantes de serviços a repassar esses custos aos seus preços. Como consequência, vendem menos e a receita cai.

24) O Banco Central, que havia se mantido totalmente submisso ao governo no primeiro mandato de Dilma, tenta recuperar a credibilidade perdida e volta a tentar controlar a carestia aumentando seguidas vezes a taxa básica de juros. Isso restringe uma parte do crédito e, consequentemente, afeta o crescimento da renda nominal.

25) No entanto, dado que a carestia é majoritariamente decorrente da desvalorização cambial e do reajuste de preços administrados pelo governo, os aumentos da SELIC são inócuos nesse combate. Logo, cria-se uma situação de renda estagnada e preços em ascensão, o que gera uma queda da renda real da população.

26) Os seguidos aumentos dos juros, em vez de combaterem a carestia, afetam severamente os investimentos e o consumo.

27) Com a carestia em alta, a renda real em queda e o endividamento recorde da população, as vendas no varejo despencam, as vendas de automóveis desabam, a indústria encolhe (e já vem encolhendo há 4 anos, não obstante todo o protecionismo) e o desemprego aumenta. As famílias endividadas — consequência inevitável de uma política de estímulo ao consumo — têm dificuldade para quitar as parcelas de suas dívidas. A inadimplência bate recorde.

28) Com renda em queda e custo de vida em alta, a classe média vai atrás de bicos para tentar fechar as contas. E pode encolher este ano.

29) Empresários se dizem pessimistas e sem intenção de investir. A confiança do consumidor é a pior em 13 anos.

30) Com previsões de que a economia encolherá quase 1,5% e a inflação de preços fechará o ano em 8,79%, o cenário econômico é de estagflação. As perspectivas futuras não são nada alvissareiras.

Conclusão

A obra acima descrita não é resultante de uma única política ruim. Ela é o resultado de meticulosas e desastrosas intervenções governamentais na economia. Não se chega à situação atual de um mês para o outro ou mesmo de um ano para o outro; é necessária toda uma soma de erros. É necessária toda uma série de intervenções que, ao darem errado, exigem novas intervenções apenas para "corrigir" os efeitos inesperados das intervenções anteriores.

E esta sequência de intervenções adquiriu um ritmo espantoso no Brasil dos últimos 4 anos.

Poucos países minimamente sérios vivenciam, de forma tão explícita e tão rotineira quanto o Brasil, as consequências das intervenções estatais em suas economias.

Exatamente por isso não deixa de ser curioso que, justamente o país em que os resultados nefastos das intervenções do governo na economia são os mais visíveis, é também aquele que possui uma das populações que mais adoram o estado.

Fonte: Mises
 
Resumão da história: Portugal e Espanha não colonizaram nada, eles apenas sugaram e mandaram o lixo deles pra viver aqui a fim de não perder o território para outros países interessados na américa latina, se engana quem pensa que a França foi melhor, os únicos países colonizados que se deram melhor foram os colonizados pelos ingleses (claro que não foram todos), o resto é história.
 

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