Caros adrenalinos e adrenalinas,
Depois de muito tempo sem dar as caras por aqui, resolvi aparecer para postar um pequeno review do recém-adquirido Avell Titanium G1546 Iron. Importante notar que ele é um barebone P650RS-G da Clevo que é renomeado e revendido pela Avell no Brasil.
Trata-se de um notebook high-end cujo principal atrativo é uma GPU Nvidia Geforce GTX 1070 da geração Pascal.
Muitos irão se recordar do review feito pelo Adrenaline do G1746 Iron que é um notebook quase idêntico a este, com o principal diferencial a tela de 17", o processador (i7 6820HK) e o SSD.
Minha análise, inevitavelmente, vai levar em conta e acabar comparando o G1546 com o meu notebook anterior, um G1513 Fire (que é praticamente idêntico ao G1513 Max SE, cujo review foi feito pelo Adrenaline, em 2015, aqui).
Configurações:
CPU: Intel Core i7 6700HQ (Skylake) - 2,6 Ghz/3,5 Ghz (Turbo) - 4 núcleos/8 threads - Cache de 6 MB)
Memória: 32 GB DDR4 2133 Mhz HyperX Kingston
Armazenamento: SSHD 1 TB Seagate
Monitor: LCD IPS de 15.6" 1080p com G-Sync
Som: Alto-falantes Onkyo
Conectividade: Intel Dual-Band Wireless AC-3165 com bluetooth
3 portas USB 3.0, 2 portas USB C, 1 Ethernet, 1 leitor de cartões, 1 saída HDMI, 1 saída Display Port
Teclado retroilimuniado com LEDs coloridos configuráveis
Touchpad com leitor de digital
Abaixo, a performance em alguns dos jogos que testei, bem como algumas observações:
The Witcher 3: Em 1080p, qualidade Ultra com hairworks no máximo: 60 a 90 FPS, sempre com a GPU sendo usada ao máximo.
Doom: Em 1080p, qualidade Ultra: 100 a 120 FPS, o uso da GPU fica sempre entre 60 e 85%. Em 1440p, Ultra, com downsampling: 90 a 110 FPS e com uso da GPU no máximo
Batman: Arkham Knight: Em 1080p, qualidade máxima e todos efeitos ligados: Média de 78 FPS no benchmark.
Deus Ex: Mankind Divided: Em 1080p, qualidade Ultra (com MSAA desligado): Média de 52 FPS no benchmark.
GTA V: Em 1080p, com tudo no máximo e gráficos avançados desligados: De 60 a 80 FPS. Se a opção de distância estendida for acionada, mesmo com a barra baixa, o uso da GPU cai drasticamente, junto com os FPS.
Dragon Ball Xenoverse 2: Por ser um jogo mais leve, é possível fazer downsampling para 4K e fica soberbo, com tudo no máximo e FPS na casa dos 70-80!
Project Cars: Em 1080p com gráficos no máximo, exceto supersampling: entre 45-70 FPS. Quanto mais carros houver na pista, menor o uso da GPU. Sem carros na pista, os FPS chegam a 90 e o uso da GPU chega a 99%. Mesmo em 1440p, o uso da GPU não sobe muito com a pista cheia.
XCOM 2: Em 1080p de 40 a 70 FPS em qualidade máxima. Ao diminuir o zoom e focar e visualizar todo o campo de batalha de uma vez, o uso da GPU cai, juntamente com os FPS. Em 1440p a performance fica em 40 a 60 FPS e o uso da GPU tende a ficar mais próximo dos máximo.
Gears of War 4: Em 1080p com média de 101 FPS no benchmark, mínimo de 85 e máximo de 130, com tudo ligado e no Ultra.
Considerações sobre a performance:
Cheguei a pensar em trocar o notebook e entrei em contato com a garantia, ao notar que a GPU tinha baixa utilização em muitos jogos e que o Afterburner acusava limitação de alimentação ou voltagem quando isso aconteceu. Entretanto, quando aumentei a resolução e fiz downsampling, notei que a GPU passou a ser melhor utilizada e, depois de muitos testes, concluí que o 6700HQ estava sendo o gargalo em jogos CPU-bound, como GTA V, XCOM 2 e Project Cars. Isso não acontece com todos os jogos e não é notável, principalmente se aumentamos a resolução para além de 1080p.
Infelizmente, mesmo uma das melhores CPUs Skylake disponíveis para notebook não é suficiente para acompanhar uma GTX 1070. Isso, provavelmente, é consequência da disparidade do avanço de performance entre as CPUs (com melhora de 10 a 20% por geração) e GPUs (chegando a 70% na geração atual).
Independente de gargalo, a GTX 1070 entrega uma performance inédita em qualquer notebook e pareada com os desktops high-end.
Considerações finais:
O G1546 Iron é um excelente notebook voltado para o público gamer e é, definitivamente, a melhor máquina que já tive. Seu acabamento deixa a desejar para um notebook dessa faixa de preço, passando o aspecto de um notebook de entrada, quando olhado por fora. No aspecto estético, não tem como compará-lo a um Alienware ou um ASUS ROG.
Por R$ 9000,00, é um equipamento caríssimo, com certeza, bem mais caro do que um desktop equivalente (talvez pudesse ser montado por uns 5k a 6k). Entretanto, vale notar que qualquer notebook de alta performance com configuração semelhante, como os Alienware, ASUS e MSI, passa fácil os R$ 12000,00. Dessa maneira, a Avell traz o melhor custo x benefício do segmento.
Muitos questionam um gasto tão alto, sendo que poderia obter performance semelhante por 60% do preço. Justifico da seguinte maneira: Moro em um apartamento pequeno e ter um espaço voltado especificamente para um desktop é inviável para mim. Mesmo assim, meu hábito gamer, fala mais alto. De 2006 a 2013 tive consoles como plataforma única para jogos. Recentemente, estava com um Xbox One e com o G1513 Fire, com uma 970M, dividindo minha atenção como plataformas de jogos. À medida que fui deixando o Xbox One de lado e com o lançamento das GPUs Pascal, com performance próxima a de desktops, decidi vender meu console e notebook antigo para investir neste novo Avell, o que reduziu em 60% o impacto do custo para mim. Enfim, a decisão da escolha de um notebook gamer sobre a de um desktop deve ser bem pesada e o custo extra deve ser levada em consideração, mas não deve ser o único fator a ser levado em conta.
Finalmente, para quem quer um desempenho excelente em um equipamento portátil o G1546 Iron é uma ótima escolha para quem quer jogar em 1080p, 1440p e até em 4K em alguns poucos jogos!
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Depois de muito tempo sem dar as caras por aqui, resolvi aparecer para postar um pequeno review do recém-adquirido Avell Titanium G1546 Iron. Importante notar que ele é um barebone P650RS-G da Clevo que é renomeado e revendido pela Avell no Brasil.
Trata-se de um notebook high-end cujo principal atrativo é uma GPU Nvidia Geforce GTX 1070 da geração Pascal.
Muitos irão se recordar do review feito pelo Adrenaline do G1746 Iron que é um notebook quase idêntico a este, com o principal diferencial a tela de 17", o processador (i7 6820HK) e o SSD.
Minha análise, inevitavelmente, vai levar em conta e acabar comparando o G1546 com o meu notebook anterior, um G1513 Fire (que é praticamente idêntico ao G1513 Max SE, cujo review foi feito pelo Adrenaline, em 2015, aqui).
Configurações:
CPU: Intel Core i7 6700HQ (Skylake) - 2,6 Ghz/3,5 Ghz (Turbo) - 4 núcleos/8 threads - Cache de 6 MB)
Memória: 32 GB DDR4 2133 Mhz HyperX Kingston
Armazenamento: SSHD 1 TB Seagate
Monitor: LCD IPS de 15.6" 1080p com G-Sync
Som: Alto-falantes Onkyo
Conectividade: Intel Dual-Band Wireless AC-3165 com bluetooth
3 portas USB 3.0, 2 portas USB C, 1 Ethernet, 1 leitor de cartões, 1 saída HDMI, 1 saída Display Port
Teclado retroilimuniado com LEDs coloridos configuráveis
Touchpad com leitor de digital
- Acabamento: O G1546 Iron é um notebook de acabamento razoável, mas nada espetacular ou que se destaque, com acabamento da tampa em aço escovado em cor preta. Em termos estéticos, o único aspecto que chama a atenção é o teclado com backlight colorido (mais abaixo). O peso (cerca de 3 kg) e a espessura (3 ou 4 cm) fazem com que ele seja bem adequado para um notebook voltado para o público gamer (parece bem menor que o meu antigo G1513).
- Monitor: Um monitor IPSde 15.6" com resolução 1920x1080 de boa qualidade, brilho e contraste. Seu principal destaque é o G-SYNC da Nvidia, que deixa os jogos que rodam abaixo de 60 FPS bem mais suaves de se ver. Em 1080p, apenas alguns poucos jogos vão ficar abaixo de 60 FPS com uma GPU como a GTX 1070. No presente momento, o G-Sync é bom para quem vai fazer downsampling e rodar a resoluções altas, como 4K, que jogam os FPS para baixo.
- Processador: Este notebook é equipado com um processador i7 6700HQ, de 4 núcleos e 8 threads, clock 2,6 Ghz e boost de 3,5 Ghz. Um detalhe é que o clock chega a 3,5 Ghz em apenas quando um núcleo é utilizado. Se são dois utilizados, o clock chega a 3,3 Ghz e se são os 4, não passa de 3,2 Ghz, tudo isso com o intento de consumir menos energia e, consequentemente, aquecer menos. Apesar de ser um ótimo processador para notebooks, ele me demonstrou o quão acomodada e Intel ficou nas últimas gerações, uma vez que sua performance é igual ou até ligeiramente inferior ao 4710MQ que equipava meu G1513 Fire, algo que acho inaceitável depois de duas gerações.
- Memória: O padrão deste modelo é 16 Gb de DDR4-2133 HyperX da Kingston. Entretanto, optei por 32 Gb, mesmo sabendo que, no momento, é um pouco exagerado. Nao senti nenhuma diferença saindo de 16 Gb DDR3. Interessante notar que ela veio em clocks de 1600 Mhz, algo que notei algum tempo depois, quando subi para para 2133 Mhz.
- GPU: A GTX 1070 de 8 Gb que equipa o notebook é simplesmente fantástica. Para quem saiu de uma 970M de 3 Gb, os ganhos de performance sao incríveis. Em alguns jogos, a melhora ultrapassa os 120%. Sem contar que ela entrega, de fato, performance de desktop em um notebook. O clock do core chega a 1810 Mhz em alguns jogos facilmente. Pelo que notei de sua performance, ela varia de 20% inferior até a igual à sua contraparte de desktop.
- Armazenamento: O modelo padrão vem com um SSHD de 1 Tb Seagate, pelo qual optei. Cogitei um SSD de 480 Gb, mas não curti a marca (San Disk). Em breve, pretendo adicionar um SSD para deixar toda a performance condizente.
- Teclado: Tipo chiclete, modelo internacional com teclado numérico incluído e backlight de LED com a possibilidade de combinação de 256 cores em 3 setores diferentes (esquerda, centro e direita) e diversos efeitos de iluminação. Um dos chamativos estéticos do note.
- Software de controle: O Control Center da Clevo atende bem ao objetivo de gerenciar a performance, os fans e iluminação do teclado. Tem funcionalidades de overclock, mas só funcionam nas memórias, pois o 6700HQ é travado para OC.
- Sistema de som: São speakers da Onkyo, bem alardeados nos anúncios, mas nada que se destaque em relação a qualquer outro notebook. Para quem saiu de um G1513 com som fantástico (com mini-subwoofer e integrado), esse foi um aspecto bem decepcionante. Ele tem, também, um sistema de DAC Sabre Hi-Fi, ótimo para quem usa headphones, mas que não pude utilizar muito bem (meu fone é bluetooth).
- Bateria: São 60000 mW, que se traduzem em cerca de 3 horas e meia de uso comum (internet, office, etc), isso no modo MSHybrid, que, basicamente, é o Optimus da Nvidia, onde o uso de vídeo é feito pelos gráficos integrados da Inte. Em modo dedicado, com uso constante da 1070, a bateria dura cerca de 2 horas. Não testei usando jogos apenas na bateria, pois sempre uso plugado na tomada
- Conectividade: Vem equipado com um combo wireless + bluetooth Intel AC-3165 que atende às expectativas. Ou seja, funciona bem, mas sem nada de especial.
- Aquecimento e ruído: O G1546 conta com 3 fans: um dedicado à CPU e 2 à GPU. Com isso, a temperatura em torno dos 30º C, a CPU fica em torno dos 38º-40º C em uso de internet e de 75º a 85º C em jogos mais pesados. A GPU fica em torno dos 80-85º, quando bem ventilado, mas chega a 89º C se estiver apoiado em uma mesa com um pouco de obstrução nas entradas de ar. Em uso normal, podemos ter um sistema totalmente silencioso, sem nenhuma fan sequer ser acionada e em jogos, mesmo com os fans no máximo, o barulho não chega a incomodar, sendo, inclusive, mais silencioso que o meu antigo G1513, que tinha apenas um fan compartilhada pela CPU e GPU.
Abaixo, a performance em alguns dos jogos que testei, bem como algumas observações:
The Witcher 3: Em 1080p, qualidade Ultra com hairworks no máximo: 60 a 90 FPS, sempre com a GPU sendo usada ao máximo.
Doom: Em 1080p, qualidade Ultra: 100 a 120 FPS, o uso da GPU fica sempre entre 60 e 85%. Em 1440p, Ultra, com downsampling: 90 a 110 FPS e com uso da GPU no máximo
Batman: Arkham Knight: Em 1080p, qualidade máxima e todos efeitos ligados: Média de 78 FPS no benchmark.
Deus Ex: Mankind Divided: Em 1080p, qualidade Ultra (com MSAA desligado): Média de 52 FPS no benchmark.
GTA V: Em 1080p, com tudo no máximo e gráficos avançados desligados: De 60 a 80 FPS. Se a opção de distância estendida for acionada, mesmo com a barra baixa, o uso da GPU cai drasticamente, junto com os FPS.
Dragon Ball Xenoverse 2: Por ser um jogo mais leve, é possível fazer downsampling para 4K e fica soberbo, com tudo no máximo e FPS na casa dos 70-80!
Project Cars: Em 1080p com gráficos no máximo, exceto supersampling: entre 45-70 FPS. Quanto mais carros houver na pista, menor o uso da GPU. Sem carros na pista, os FPS chegam a 90 e o uso da GPU chega a 99%. Mesmo em 1440p, o uso da GPU não sobe muito com a pista cheia.
XCOM 2: Em 1080p de 40 a 70 FPS em qualidade máxima. Ao diminuir o zoom e focar e visualizar todo o campo de batalha de uma vez, o uso da GPU cai, juntamente com os FPS. Em 1440p a performance fica em 40 a 60 FPS e o uso da GPU tende a ficar mais próximo dos máximo.
Gears of War 4: Em 1080p com média de 101 FPS no benchmark, mínimo de 85 e máximo de 130, com tudo ligado e no Ultra.
Considerações sobre a performance:
Cheguei a pensar em trocar o notebook e entrei em contato com a garantia, ao notar que a GPU tinha baixa utilização em muitos jogos e que o Afterburner acusava limitação de alimentação ou voltagem quando isso aconteceu. Entretanto, quando aumentei a resolução e fiz downsampling, notei que a GPU passou a ser melhor utilizada e, depois de muitos testes, concluí que o 6700HQ estava sendo o gargalo em jogos CPU-bound, como GTA V, XCOM 2 e Project Cars. Isso não acontece com todos os jogos e não é notável, principalmente se aumentamos a resolução para além de 1080p.
Infelizmente, mesmo uma das melhores CPUs Skylake disponíveis para notebook não é suficiente para acompanhar uma GTX 1070. Isso, provavelmente, é consequência da disparidade do avanço de performance entre as CPUs (com melhora de 10 a 20% por geração) e GPUs (chegando a 70% na geração atual).
Independente de gargalo, a GTX 1070 entrega uma performance inédita em qualquer notebook e pareada com os desktops high-end.
Considerações finais:
O G1546 Iron é um excelente notebook voltado para o público gamer e é, definitivamente, a melhor máquina que já tive. Seu acabamento deixa a desejar para um notebook dessa faixa de preço, passando o aspecto de um notebook de entrada, quando olhado por fora. No aspecto estético, não tem como compará-lo a um Alienware ou um ASUS ROG.
Por R$ 9000,00, é um equipamento caríssimo, com certeza, bem mais caro do que um desktop equivalente (talvez pudesse ser montado por uns 5k a 6k). Entretanto, vale notar que qualquer notebook de alta performance com configuração semelhante, como os Alienware, ASUS e MSI, passa fácil os R$ 12000,00. Dessa maneira, a Avell traz o melhor custo x benefício do segmento.
Muitos questionam um gasto tão alto, sendo que poderia obter performance semelhante por 60% do preço. Justifico da seguinte maneira: Moro em um apartamento pequeno e ter um espaço voltado especificamente para um desktop é inviável para mim. Mesmo assim, meu hábito gamer, fala mais alto. De 2006 a 2013 tive consoles como plataforma única para jogos. Recentemente, estava com um Xbox One e com o G1513 Fire, com uma 970M, dividindo minha atenção como plataformas de jogos. À medida que fui deixando o Xbox One de lado e com o lançamento das GPUs Pascal, com performance próxima a de desktops, decidi vender meu console e notebook antigo para investir neste novo Avell, o que reduziu em 60% o impacto do custo para mim. Enfim, a decisão da escolha de um notebook gamer sobre a de um desktop deve ser bem pesada e o custo extra deve ser levada em consideração, mas não deve ser o único fator a ser levado em conta.
Finalmente, para quem quer um desempenho excelente em um equipamento portátil o G1546 Iron é uma ótima escolha para quem quer jogar em 1080p, 1440p e até em 4K em alguns poucos jogos!
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