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Review: Unique Melody Miracle

Stank

Hungry Member
Registrado
Unique Melody Miracle

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Entrando agora numa categoria diferente de fones, mas ainda falando de flagships. Com 6 drivers de armadura balanceada envoltos em uma casca de acrílico, feita a partir de um molde do canal auditivo do dono do fone, o Miracle é o top de linha da Unique Melody, marca chinesa de IEMs custom.

Tenho esse fone desde 2011 e, apesar de isso não ser um problema para falar do som já que não houve revisões, é um problema para falar do pacote que vem com ele. Vi que a UM mudou a caixa em que o fone é enviado, mas não sei se mudou também o que o acompanha. Resolvi falar de como veio o meu e, se alguém tiver um Miracle novo, conte como o seu veio.
A caixa que recebi da Fedex, 33 dias após enviar o molde para a China, era envolta num tipo de courino vermelho. Por dentro ela é forrada por um tecido azul, com o logo da Unique Melody em dourado no verso da parte de cima. Dentro, além do IEM, estava um gráfico de resposta de frequência do fone, um folder/manual com informações do fabricante e dicas para o uso e um cartão de metal, cromado, com o número de série, data de fabricação e período de garantia. Tudo de muito bom gosto, com uma exceção: esse cartão foi preenchido a mão. O número de série, fabricação e tempo de garantia estão escritos com um tipo de caneta hidrográfica. Definitivamente algo que não se espera em um fone de US$ 949.

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Antes de falar de cada frequência separada devo falar da maior qualidade desse fone em minha opinião: incrível equilíbrio tonal! O nível de resposta é muito linear, sem nenhuma faixa de frequência chamando mais a atenção. Dois drivers para cada faixa de frequência parecem dar uma desenvoltura maior na reprodução, dando a impressão de que o fone trabalha sempre com facilidade, o que resulta numa resposta consistente e igual independente do volume em que você o escuta. É realmente ideal para usar como retorno no palco, mas quando aliado a ótima transparência e neutralidade, o fone também me parece ideal para avaliar gravações de qualidade ou simplesmente ouvir música como ela foi feita para ser ouvida.

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Os graves de IEMs de armadura balanceada são naturalmente diferentes de fones fullsize. Não dá para falar tanto do corpo, ele não tem gordura e o impacto é sentido de forma bem diferente. Porém encontro no Miracle uma ótima extensão e neutralidade nos graves, e com presença suficiente para ninguém falar que lhe falta algo nesse quesito. Tenho sempre a impressão de que o Miracle está me entregando exatamente os graves da gravação, sem adicionar nenhum peso a mais e sem soar vazio. Querer mais talvez seja querer uma coloração, algo diferente do que foi produzido.

Ótimo equilíbrio tonal faz muito bem aos médios, e aqui o Miracle realmente brilha. Vocais femininos acompanhados de cordas são de cair o queixo! A apresentação é relaxada, arejada e envolvente, te mostrando todas as nuanças do vocal.

Os agudos são bem precisos, dando um nível de detalhe altíssimo às gravações. A renderização de instrumentos de sopro e pratos de bateria é das melhores que já ouvi, deixando tudo muito nítido. Porém, encontro às vezes uma fadiga ao ouvir gravações com esses instrumentos mais presentes por um tempo, talvez pelo excesso de transparência e claridade do fone.

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O palco sonoro de IEMs é naturalmente diferente de fullsize, como era de se esperar. Com os drivers dentro do ouvido não há como ter a sensação do palco se estendendo para longe. Em contrapartida, o uso do espaço dado a esse fone é incrível. Se em fones dinâmicos fullsize o palco é bem maior que no Miracle, este ganha na capacidade de colocar os instrumentos na distância ideal entre eles, e seu pin-point é extremamente preciso. Não é um palco enorme, mas não precisa ser; não há congestão, todos os instrumentos tocam independentes e se unem numa ótima apresentação.

Vale ressaltar que esse custom (e muitos outros) competem com fones de referência em preço e performance, mas sem a necessidade de um sistema caro por trás. Não tem porque usá-lo num amplificador – apesar de gostar muito do resultado do Miracle com válvulas – ou mesmo procurar sinergia com DACs e cabos. Ele toca incrivelmente bem direto de um iPod! Qualidade audiófila a qualquer hora, em qualquer lugar. E em qualquer lugar mesmo, porque seu ótimo isolamento faz com que seja fácil usá-lo em ambientes barulhentos, como ônibus e metro.
É por tudo isso que considero o IEM custom um ótimo investimento. E se você busca um fone sem nenhuma característica específica, que vai tocar exatamente o que foi gravado, com desenvoltura e neutralidade, minha indicação é o Miracle! Confesso, é meu fone favorito.

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Equipamentos usados:
DAC Zero > Vincent KHV-111 (Amperex Orangle Globe, Sylvania NOS)
DAC Zero Mod. (saída de fones)
Sansa Clip+
iPhone 4S
 
Ai sim, é um fone de responsa... Deve ter um som incrivel mesmo, mas é para poucos... Não só pelo preço, mas nem todo mundo iria ter essa diferenciação de instrumentos e talz, isso é para ouvidos já aguçados e para quem gosta ou é do ramo da musica.

:megusta:
 
Estava ansioso por esse review! ;)

Coisa linda isso :mother:, me lembrou um raro e precioso rubi.

Me tira uma dúvida muito questionada no mundo audiófilo? Você que tem ótimos fones e equipamentos, consegue perceber diferenças entre um FLAC ou WAV e etc. de 16bits/48kHz para aqueles com 24bits/96kHz? Sempre vejo muitos relatos opostos sobre o assunto, e no meu setup, que é simples, não consigo perceber nada.
 
Mais um belo review, Stank!

Se eu fosse fazer um review do JH13 Pro hoje, certamente seria muito parecido com o seu review do Miracle. Mesmo sem o fit estar 100% o que ouço no JH13 pode ser resumido em altíssimo nível de detalhes, excelente recorte, separação e equilíbrio tonal perfeito, como você disse: "o fone também me parece ideal para avaliar gravações de qualidade ou simplesmente ouvir música como ela foi feita para ser ouvida". A proposta tanto do Miracle como do JH13 apontam na mesma direção com pequenas diferenças entre eles e o resultado é definitivamente prazeroso!

Parabéns mais uma vez!

Quero ver o que dirá sobre o HE60 e quem sabe o HE-500, não é? :happy:
 
Ai sim, é um fone de responsa... Deve ter um som incrivel mesmo, mas é para poucos... Não só pelo preço, mas nem todo mundo iria ter essa diferenciação de instrumentos e talz, isso é para ouvidos já aguçados e para quem gosta ou é do ramo da musica.

Cara, acho que vc acaba percebendo essas diferenças com o tempo. O valor talvez seja uma restrição para muitos, não só pelo preço mas pelas disposição em gastar isso num fone, mas a percepção de qualidade acaba vindo conforme vc tem contato com ela. Na minha opinião, claro.

Então... já sairam os reviews do Roxanne?

Hahaha. Fiz caixa para o Roxanne, to só esperando para saber se não é uma exagero da JHA colocar 12 drivers. O controle de graves, por outro lado, muito me interessa!
Acho que até o final do ano os reviews aparecem, inclusive brasileiro. Aí a gente negocia, hehe.

Estava ansioso por esse review!

Coisa linda isso , me lembrou um raro e precioso rubi.

Me tira uma dúvida muito questionada no mundo audiófilo? Você que tem ótimos fones e equipamentos, consegue perceber diferenças entre um FLAC ou WAV e etc. de 16bits/48kHz para aqueles com 24bits/96kHz? Sempre vejo muitos relatos opostos sobre o assunto, e no meu setup, que é simples, não consigo perceber nada.

Essa comparação com o Rubi me fez olhar para o fone com outros olhos, hehe.
Já fiz alguns testes e, atualmente, não consigo notar diferença de um CD 16/44 para um DVD-A 24/96 - fiz esse teste várias vezes com o Brothers In Arms do Dire Straits. Para mim a diferença grande está na gravação/masterização do álbum. O que acontece é que as gravações que são lançadas em 24/96 são as consideradas como 'de referência', então sempre vamos achá-las melhor que a maioria que ouvimos. Comparando o mesmo master, que é o que fiz, não ouvi diferença. Por outro lado, o ideal para buscar essa diferença em 24/96 é ouvir em caixas de ótima qualidade e uma boa sala, bem tratada, não fones.

Tecnicamente 24/96 é sim melhor, mas as diferenças em noise floor e a banda extra não são necessariamente perceptíveis. Já tive épocas de defender o 24/96, 24/192 e só buscar high-res, mas hoje prefiro indicações de boas gravações ao invés de grandes resoluções.

Mais um belo review, Stank!

Se eu fosse fazer um review do JH13 Pro hoje, certamente seria muito parecido com o seu review do Miracle. Mesmo sem o fit estar 100% o que ouço no JH13 pode ser resumido em altíssimo nível de detalhes, excelente recorte, separação e equilíbrio tonal perfeito, como você disse: "o fone também me parece ideal para avaliar gravações de qualidade ou simplesmente ouvir música como ela foi feita para ser ouvida". A proposta tanto do Miracle como do JH13 apontam na mesma direção com pequenas diferenças entre eles e o resultado é definitivamente prazeroso!

Parabéns mais uma vez!

Quero ver o que dirá sobre o HE60 e quem sabe o HE-500, não é?

Valeu Lucifis!
A proposta dos dois é bem parecida mesmo e sempre são ditos como fones parecidos. As vezes parece pelos reviews que o JH tem mais impacto que o Miracle, que por outro lado é mais relaxado, mas com certeza a diferença é pequena.

Esse HE60 tá deixando todo mundo curioso, hehe. O do HE-500 deve sair até antes do HE60. Inclusive, o review do SR200 e do HE60 - as jóias raras da coleção - vão ser publicados em outro lugar, mas colocarei o link aqui. Aguardem ;)
 
Eu ouvir o demo do merlin, são fones diferente, mas meu caso pelo fato de gosta de pouco mais de graves, eu gostei muito do merlin, mas esse miracle é ótimo, tenho curiosidade de ouvir ele, e tenho vontade de ter um merlin. Foi o fone que mais curti, depois do HD800 e ultrasone ED 8.
 

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