1) O mapa das fibras não é fidedigno com a realidade;
2) Está mais para um T do que realmente uma ida e volta de Fortaleza;
3) Qual o problema de passar por Fortaleza? Qualquer rotar passando por lá não adiciona nem um 1ms aos atrasos. As vlans e mapas de roteamento suplantam isso sem qualquer tipo de problema.
O que acontece no Nordeste é mais ou menos assim: vamos supor que pretendam passar 20 fibras entre o Brasil e os EUA. Dessas 20, 6 vão fazer a rota EUA - Fortaleza, e Fortaleza-Sudeste. As outras vão ser dedicadas ao Sudeste, não havendo a possibilidade delas serem utilizadas pela saída de Fortaleza.
E antes que achem um exagero o número de fibras que falei, não é, não
. Como estender um cabo entre os continentes é extremamente caro, ao se lançar o cabo, ele já é composto para satisfazer as necessidades atuais e as futuras. As fibras excedentes simplesmente ficam apagadas até que haja necessidade de serem utilizadas. Por exemplo, conheço um pouco das condições da Globenet. As atuais proveem 560Gbps de tráfego, mas tem potencial de transmitir 1.5Tbps entre o Brasil e os Estados Unidos.
Ao amigo que falou de rotas para a Europa e Ásia...
Nós já temos um cabo submarino que liga a Argentina, Brasil, Ilhas Canárias e Portugal, mas raramente utilizamos tal cabo.
Até mesmo a Embratel, que tem participação não o utiliza. A única vez que o utilizei foi quando meu link da Embratel caiu e o tráfego transbordou para a TIM. Nesse transbordo, em um único caso, houve o roteamento por ele. Não sei o porquê ele é raramente utilizado pelas operadoras no Brasil, mas ele deveria ser utilizado certamente (isso se não houver nenhum problema técnico com ele
)
Quanto à Ásia, já estava mais do que na hora da América Latina ter uma conexão direta, ao menos com o Japão e a China, que comportam grande parte dos pontos de troca de tráfego do continente.
Espero que as iniciativas do governo mudem um pouco as coisas. A primeira interessante foi a tentativa de transformar a Telebras em um tier1. Pretendem estender um cabo submarino ligando a África do Sul, Angola e Fortaleza. E a partir desta, partir mais dois cabos: um para a Europa e outro para Miami.
A outra iniciativa que gostei foi tentar criar pontos de troca de tráfego neutros pela América Latina. Não há cabimento todo o tráfego latino ser trocado em Miami! Para vocês terem uma ideia, estando na rede de qualquer operadora brasileira (tentei via Vivo/Telefonica, Oi/Globenet, Embratel e TIM/Seabone), ao tentar entrar em comunicação com Argentina, Chile ou Colômbia, todo o tráfego é trocado nos Estados Unidos!