Tenho já há bastante tempo, dedicado meu tempo e minha vida em prol de uma arte que muito me apaixona, o Overclocking.
Consegui depois de muito estudo e muita luta, conquistar o título de “Overclocking Prince” por integrar o seleto grupo dos 10 melhores overclockers do mundo, e de ter disputado várias competições internacionais inclusive com uma vitória em janeiro de 2010.
Nos últimos meses e em especial no último mês, consegui para mim e para o Brasil os mais significativos títulos, consagrando-me entre um dos melhores overclockers do mundo.
A saber, foram quebrados Recordes Mundiais Absolutos com plataforma AMD, o segundo lugar Global do Benchmark 3D mais disputado da atualidade (3DMark Vantage), e vencido as classificatórias para o Master Overclocking Arena Americas (que disputarei em janeiro de 2011 em Las Vegas), superando Norte Americanos, Canadenses, Mexicanos, Argentinos, Chilenos, etc.
Isso teve para mim um custo muito alto.
Foram inúmeras horas de estudo e prática, muita dedicação, e obviamente, muito dinheiro gasto (com equipamentos, nitrogênio, peças “queimadas”).
Diferentemente do que muitos pensam, faço isso por amor à arte e não tenho nenhum patrocínio.
Uma empresa (que prefiro nem citar o nome), se comprometeu de me ajudar com o nitrogênio, mas depois de ter se utilizado de mim para fazer um marketing positivo, resolveu simplesmente se desligar do “overclocking”.
Outra, muito mais poderosa, mesmo que tenha feito apenas 5 dias de trabalhos e testes em seus laboratórios, me colocou como “ponto de referência, sendo que meu nome fica “eternamente vinculado” a eles no Google, mesmo que jamais tenha recebido sequer uma placa mãe.
Empresas de minha estima, como AMD, MSI e Gigabyte, por vezes me cedem algum componente, mas adianto aos leitores que, uma placa mãe ou um processador, sequer paga uma pequena quantia do nitrogênio (LN2, que é extensamente exigido para o trabalho em alto nível).
Na verdade, é até ridículo chamar de “patrocínio” algo que sequer custeia uma pequena parte do que é necessário para a vida de um Overclocker de qualidade.
Porque faço isso??? O que e ganho fazendo Overclock???
A resposta para estas perguntas é simples...
Faço OC pelo mesmo motivo que alguém escala uma montanha, corre de carros, veleja, luta, etc...
Pela paixão do homem por se superar e transpor seus limites, e claro, por um gosto pessoal elevado por hardware, e o que ganho com isso, é um crescente número de pessoas que me procura para coisas como montar uma máquina “preparada”, indicar melhores soluções ou mesmo vender componentes, e desta forma, me ajudar a custear o que utilizo em minhas sessões.
Note-se que sai de meu trabalho de vendas, montagens e configurações, os valores que gasto com “Overclocking” e de meu trabalho como Engenheiro, as despesas de nossa casa.
Sempre e por todas as vezes, enfatizo nosso país nos resultados Globais, como podem observar nos títulos dos meus últimos tópicos “O Brasil destruindo nos preparativos do Mundial de Overclocking”, “O Brasil superando os gringos lá fora @@”, “Brasil se tornando conhecido em áreas que não o Samba, Futebol e Carnaval.
Depois de muito me dedicar (somente eu e minha família sabem quanto), lamentavelmente me surge a dúvida “vale a pena tudo isso em prol de um país que não ajuda de forma alguma seus “combatentes?”.
Um país onde qualquer Tiririca tem mais valor do que pessoas de real valor, onde o Congresso que deveria dar exemplo aumenta seus próprios salários em índices indignantes em questão de minutos, para dar prosseguimento à sucessão de escândalos de corrupção, enquanto grande parte da população tem que viver com um mísero “salário mínimo”.
O país onde “Lulas e Dilmas” se utilizam do poder da máquina governamental para continuar com toda essa “roubalheira” e esconder os escândalos de “Dirceus e Erenices”...
Nesse “meu país que represento”, para onde foi enviado apenas um kit de “placa mãe + placa de vídeo”, pelo patrocinador da competição mundial, a soberana Receita Federal simplesmente arbitrou destinação comercial e confiscou os mesmos, e como sabemos, eles são sempre incontestáveis.
Tudo aqui é mais difícil...
Perguntando em uma reunião com a gerência de Marketing de um grande fabricante em Taiwan, os quais não enviam placas de vídeo para o Brasil, o motivo de não investir aqui, obtive a seca resposta de que os “impostos” não permitem este tipo de investimento...
Impostos estes que devem sustentar essa “bandalheira”
O que temos de apoio aqui?
O que fazem por nós?
Diria pior... o povo, oprimido, por medo de “perder” pequenos e insignificantes “regalos” como bolsa família (ou bolsa miséria, sei lá), alimenta sem saber esse ciclo vicioso, pois a miséria e desinformação nesse gigante atinge níveis desastrosos.
Este povo amigo, cheio de hospitalidade no coração e se sujeita a isso e acredita que possa lhe trazer um dia, uma condição digna de vida...
Sinto vergonha disso, e quando vou para um país desenvolvido, percebo o quão distante estamos de um lugar realmente civilizado, seja pelo lixo que aqui se joga nas ruas, seja pela civilidade de se respeitar as pessoas, seja pelo valor que se dá para as pessoas, pelo descaso das autoridades com seu povo (segurança, saúde, educação, transportes, etc, etc, etc).
Falando em minha área de trabalho, é difícil ter que reconhecer que, mesmo países menores como Argentina e Colômbia, tem muito mais suporte e recebem muito mais incentivo do que nós, brasileiros.
Pode-se notar por exemplo, que na Competição Mundial da Gigabyte (GOOC), haviam equipes Argentinas, Mexicanas, Colombianas e até Peruanas, mas não haviam brasileiros e somente fui chamado por ter integrado uma posição muito superior a eles no Ranking (mas sequer tivemos uma etapa da competição aqui).
Falando-se com meus amigos da América do Sul, fico sabendo que as empresas financiam eventos, dão suporte com peças e até insumos como Nitrogênio Líquido, enquanto que por aqui, quanto muito uma placa acaba sendo cedida para algum review.
Desculpem me meus amigos pelo desabafo, mas fui motivado a isso depois de ter conseguido tudo isso e ter obtido exatamente “zero de suporte” e zero de retorno” e “zero de incentivo” de todos os fabricantes e órgãos que poderiam manifestar algum interesse.
É lamentável...
Sinto ter que dizer isso, mas por favor me perdoem, se por acaso algum dia, eu não vestir mais a camisa do Brasil como forma de protesto, e acabe com a de algum país que dê valor ao meu trabalho.
Nada a ver isso com o Brasil terra (que é a terra mais maravilhosa do mundo), nem com o Brasil povo (que é esse povo amigo e aberto)...mas sim com o Brasil dos dirigentes...o Brasil dos que se aproveitam de tudo isso e da simplicidade desse povo apenas para extrair o que temos de bom...
Abraxxxxxxxx
Consegui depois de muito estudo e muita luta, conquistar o título de “Overclocking Prince” por integrar o seleto grupo dos 10 melhores overclockers do mundo, e de ter disputado várias competições internacionais inclusive com uma vitória em janeiro de 2010.
Nos últimos meses e em especial no último mês, consegui para mim e para o Brasil os mais significativos títulos, consagrando-me entre um dos melhores overclockers do mundo.
A saber, foram quebrados Recordes Mundiais Absolutos com plataforma AMD, o segundo lugar Global do Benchmark 3D mais disputado da atualidade (3DMark Vantage), e vencido as classificatórias para o Master Overclocking Arena Americas (que disputarei em janeiro de 2011 em Las Vegas), superando Norte Americanos, Canadenses, Mexicanos, Argentinos, Chilenos, etc.
Isso teve para mim um custo muito alto.
Foram inúmeras horas de estudo e prática, muita dedicação, e obviamente, muito dinheiro gasto (com equipamentos, nitrogênio, peças “queimadas”).
Diferentemente do que muitos pensam, faço isso por amor à arte e não tenho nenhum patrocínio.
Uma empresa (que prefiro nem citar o nome), se comprometeu de me ajudar com o nitrogênio, mas depois de ter se utilizado de mim para fazer um marketing positivo, resolveu simplesmente se desligar do “overclocking”.
Outra, muito mais poderosa, mesmo que tenha feito apenas 5 dias de trabalhos e testes em seus laboratórios, me colocou como “ponto de referência, sendo que meu nome fica “eternamente vinculado” a eles no Google, mesmo que jamais tenha recebido sequer uma placa mãe.
Empresas de minha estima, como AMD, MSI e Gigabyte, por vezes me cedem algum componente, mas adianto aos leitores que, uma placa mãe ou um processador, sequer paga uma pequena quantia do nitrogênio (LN2, que é extensamente exigido para o trabalho em alto nível).
Na verdade, é até ridículo chamar de “patrocínio” algo que sequer custeia uma pequena parte do que é necessário para a vida de um Overclocker de qualidade.
Porque faço isso??? O que e ganho fazendo Overclock???
A resposta para estas perguntas é simples...
Faço OC pelo mesmo motivo que alguém escala uma montanha, corre de carros, veleja, luta, etc...
Pela paixão do homem por se superar e transpor seus limites, e claro, por um gosto pessoal elevado por hardware, e o que ganho com isso, é um crescente número de pessoas que me procura para coisas como montar uma máquina “preparada”, indicar melhores soluções ou mesmo vender componentes, e desta forma, me ajudar a custear o que utilizo em minhas sessões.
Note-se que sai de meu trabalho de vendas, montagens e configurações, os valores que gasto com “Overclocking” e de meu trabalho como Engenheiro, as despesas de nossa casa.
Sempre e por todas as vezes, enfatizo nosso país nos resultados Globais, como podem observar nos títulos dos meus últimos tópicos “O Brasil destruindo nos preparativos do Mundial de Overclocking”, “O Brasil superando os gringos lá fora @@”, “Brasil se tornando conhecido em áreas que não o Samba, Futebol e Carnaval.
Depois de muito me dedicar (somente eu e minha família sabem quanto), lamentavelmente me surge a dúvida “vale a pena tudo isso em prol de um país que não ajuda de forma alguma seus “combatentes?”.
Um país onde qualquer Tiririca tem mais valor do que pessoas de real valor, onde o Congresso que deveria dar exemplo aumenta seus próprios salários em índices indignantes em questão de minutos, para dar prosseguimento à sucessão de escândalos de corrupção, enquanto grande parte da população tem que viver com um mísero “salário mínimo”.
O país onde “Lulas e Dilmas” se utilizam do poder da máquina governamental para continuar com toda essa “roubalheira” e esconder os escândalos de “Dirceus e Erenices”...
Nesse “meu país que represento”, para onde foi enviado apenas um kit de “placa mãe + placa de vídeo”, pelo patrocinador da competição mundial, a soberana Receita Federal simplesmente arbitrou destinação comercial e confiscou os mesmos, e como sabemos, eles são sempre incontestáveis.
Tudo aqui é mais difícil...
Perguntando em uma reunião com a gerência de Marketing de um grande fabricante em Taiwan, os quais não enviam placas de vídeo para o Brasil, o motivo de não investir aqui, obtive a seca resposta de que os “impostos” não permitem este tipo de investimento...
Impostos estes que devem sustentar essa “bandalheira”
O que temos de apoio aqui?
O que fazem por nós?
Diria pior... o povo, oprimido, por medo de “perder” pequenos e insignificantes “regalos” como bolsa família (ou bolsa miséria, sei lá), alimenta sem saber esse ciclo vicioso, pois a miséria e desinformação nesse gigante atinge níveis desastrosos.
Este povo amigo, cheio de hospitalidade no coração e se sujeita a isso e acredita que possa lhe trazer um dia, uma condição digna de vida...
Sinto vergonha disso, e quando vou para um país desenvolvido, percebo o quão distante estamos de um lugar realmente civilizado, seja pelo lixo que aqui se joga nas ruas, seja pela civilidade de se respeitar as pessoas, seja pelo valor que se dá para as pessoas, pelo descaso das autoridades com seu povo (segurança, saúde, educação, transportes, etc, etc, etc).
Falando em minha área de trabalho, é difícil ter que reconhecer que, mesmo países menores como Argentina e Colômbia, tem muito mais suporte e recebem muito mais incentivo do que nós, brasileiros.
Pode-se notar por exemplo, que na Competição Mundial da Gigabyte (GOOC), haviam equipes Argentinas, Mexicanas, Colombianas e até Peruanas, mas não haviam brasileiros e somente fui chamado por ter integrado uma posição muito superior a eles no Ranking (mas sequer tivemos uma etapa da competição aqui).
Falando-se com meus amigos da América do Sul, fico sabendo que as empresas financiam eventos, dão suporte com peças e até insumos como Nitrogênio Líquido, enquanto que por aqui, quanto muito uma placa acaba sendo cedida para algum review.
Desculpem me meus amigos pelo desabafo, mas fui motivado a isso depois de ter conseguido tudo isso e ter obtido exatamente “zero de suporte” e zero de retorno” e “zero de incentivo” de todos os fabricantes e órgãos que poderiam manifestar algum interesse.
É lamentável...
Sinto ter que dizer isso, mas por favor me perdoem, se por acaso algum dia, eu não vestir mais a camisa do Brasil como forma de protesto, e acabe com a de algum país que dê valor ao meu trabalho.
Nada a ver isso com o Brasil terra (que é a terra mais maravilhosa do mundo), nem com o Brasil povo (que é esse povo amigo e aberto)...mas sim com o Brasil dos dirigentes...o Brasil dos que se aproveitam de tudo isso e da simplicidade desse povo apenas para extrair o que temos de bom...
Abraxxxxxxxx