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A espiral decadente da Venezuela

Mais uma da SUPER DEMOCRACIA da América Latina:

Maduro solicitará governo por decreto por tempo indefinido

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em Brasília
Nicolás Maduro: "Uma lei anti-imperialista para preparar-nos em todos os cenários e em todos ganhar e em todos triunfar com a paz", definiu
Da EFE
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira que solicitará à Assembleia Nacional poderes especiais para defender "a integridade" do país após os Estados Unidos declararem uma "emergência nacional" pelo "risco extraordinário" que a situação do país caribenho representaria para sua segurança.

"Amanhã, na sessão da Assembleia Nacional, o vice-presidente (Jorge Arreaza) vai a entregar ao presidente (da Assembleia), Diosdado Cabello, uma solicitação para uma Lei Habilitante especial e extraordinária para defender a paz, a soberania, a tranquilidade e a integridade de nossa pátria", declarou Maduro.

"Uma lei anti-imperialista para preparar-nos em todos os cenários e em todos ganhar e em todos triunfar com a paz", acrescentou durante um discurso no palácio presidencial transmitido em cadeia de rádio e televisão.

Se for aprovada pela maioria qualificada do parlamento com a qual conta o chavismo, a lei permitiria a Maduro governar por decreto e sem controle parlamentar pelo tempo que solicitar.

Maduro destacou que fez este pedido para enfrentar o "decreto lei" anunciado hoje nos EUA e pelo qual, além de declarar esta "emergência nacional", se "aplicam e ampliam" as sanções a alguns cidadãos venezuelanos incluídas em uma lei aprovada em dezembro do ano passado por Washington.

O presidente venezuelano revelou que para chegar a esta decisão pediu recomendações ao Conselho de Estado, ao Conselho da Defesa da Nação, ao alto comando militar e ao conselho de vice-presidentes de governo.

"Recomendações para preservar a paz, preservar a soberania, para denunciar política e diplomaticamente em todas as instâncias esta agressão dos EUA", assegurou.

Maduro já recebeu estes poderes especiais através do mecanismo constitucional conhecido como Lei Habilitante no final de novembro de 2013 pelo período de um ano.

Na ocasião, o presidente os havia pedido para realizar durante 2014 uma "ofensiva estremecedora" contra a corrupção e os especuladores, uma de suas prioridades ao ser eleito presidente em abril de 2013.

O antecessor e mentor de Maduro, o falecido Hugo Chávez (1999-2013), também solicitou a Lei Habilitante em várias oportunidades.

Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/maduro-solicitara-governar-por-decreto-por-tempo-indefinido
 
"A ambição é o estrume da glória." [Pietro Aretino]

Concordo em parte com os comentários e críticas do pessoal (...) quis oferecer um contraponto aquilo que vocês estão debatendo.

Estou ciente dos problemas enfrentados pelos países que resolveram mudar de direção, tento entender as razões que levaram a Venezuela a tomar esse rumo... e as consequências desastrosas (...)

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"A sorveteria venezuelana Coromoto está no Guinness, o livro dos recordes, por causa de seus 863 sabores, sendo visitada por turistas de todo mundo. Neste verão, porém, está vazia. Em plena alta temporada, a loja foi obrigada a permanecer fechada, devido à falta de leite – e de sorvete.

O exemplo da sorveteria, na cidade de Mérida, é apenas um de muitos. Ele mostra um problema contra o qual o povo da Venezuela tem lutado frequentemente. Seja papel higiênico, manteiga ou sabão, sempre há produtos faltando nas prateleiras dos supermercados.

A receita da Venezuela chega a depender 96% da venda de petróleo bruto. Com ela, o país financia as importações de quase todas as outras mercadorias. Mas o preço do petróleo está atualmente tão baixo quanto em maio de 2009. Um barril de petróleo do tipo Brent está custando 57,33 dólares, o barril venezuelano está até mesmo abaixo dos 50 dólares.

O impacto sobre a economia venezuelana, que é quase inteiramente dependente das exportações da commodity, é enorme. Analistas até mesmo falam em uma falência iminente. "A situação nunca esteve tão ruim como agora", alerta Nicholas Wenz, cientista político na Universidade de Rostock."

"O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, culpa especialmente o "império americano" pela queda nos preços. Ele acusa os EUA de inundarem o mercado com petróleo barato, extraído com a técnica de fraturamento hidráulico fracking, fazendo cair os preços da matéria-prima.

"Eles planejaram uma guerra para destruir a Rússia e a Venezuela, para nos recolonizar, para destruir nossa independência e nossa revolução", atacou o chefe de Estado, em seu discurso televisionado de Ano Novo.

Entretanto, ele não comentou que na Venezuela, graças aos subsídios do governo, os consumidores pagam apenas dois centavos por um litro de gasolina, e que a inflação de 64% é uma das mais altas do mundo, porque o país continua imprimindo dinheiro para pagar sua dívida externa.

"O discurso de Maduro é uma tentativa de criar inimigos políticos para justificar a crise econômica. É uma estratégia para se proteger das críticas", opina o cientista político venezuelano Victor Mijares, professor da Universidade Simón Bolívar, em Caracas, e pesquisador visitante do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga), em Hamburgo."

"A China confia que o governo e povo venezuelano são capazes de tratar dos assuntos internos do país, afirmou (...) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei. Ele apelou aos Estados Unidos e à Venezuela que reforcem o respeito mútuo e eliminem as divergências com princípios de igualdade e não interferência nos assuntos internos."

"A embaixadora da Venezuela no Brasil, Maria Lourdes Urbaneja, denunciou um incremento das ações desestabilizadoras contra sua nação, com o apoio dos Estados Unidos. Em um encontro com representantes de grupos sociais, movimentos populares, meios de imprensa alternativos e organizações políticas, Urbaneja realçou que os planos da direita em seu país contam com o financiamento do governo norte-americano.

“O imperialismo estadunidense não descansa em incitar ações desestabilizadoras e utiliza até métodos de guerra psicológica em busca de derrocar pela força a revolução bolivariana”, sublinhou.

A diplomática censurou o caráter fascista e autoritário de dirigentes da direita venezuelana que, disse, nunca frequentaram o caminho da via democrática e preferem sempre procurar atalhos que lhes permitam recuperar pela força o governo dos quais foram aparatados com a chegada da Revolução bolivariana em 1999.

Ela ainda alertou sobre a servidão de meios de comunicação de seu país aos interesses norte-americanos, que ignoram ou escondem a violência protagonizada por representantes da direita em atos e manifestações."

Fontes: CC e Vermelho
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Petrobras foi alvo de espionagem de agência dos EUA, aponta documento - Dados estão em registros obtidos com exclusividade pelo Fantástico.

[video=youtube;hZF1TEq3Ww4]https://www.youtube.com/watch?v=hZF1TEq3Ww4[/video]​

(...) "documentos classificados como secretos e que vazaram da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, obtidos com exclusividade pelo Fantástico, mostram que a Petrobras, quarta maior petroleira do mundo, também foi espionada." (...)

(...) "A reportagem exibida (...) aponta que a rede privada de computadores da estatal brasileira foi invadida pela NSA, informação que contradiz a posição oficial da agência, dada ao jornal "The Washington Post", onde afirmou não fazer espionagem econômica de nenhum tipo, incluindo o cibernético."

"Os dados sobre a empresa estão em documentos vazados por Edward Snowden, analista de inteligência contratado pela NSA, que divulgou esses e outros milhares de registros em junho passado. O jornalista Glenn Greenwald foi quem recebeu os papéis das mãos de Snowden. A Petrobras não quis comentar o caso. A NSA nega espionagem para roubar segredos de empresas estrangeiras.

Na última semana, o Fantástico já havia divulgado que a presidente Dilma Rousseff e o que seriam seus principais assessores foram alvos diretos de espionagem da NSA.

O novo documento é uma apresentação que recebeu a classificação "ultrassecreta" e que foi elaborada em maio de 2012, para ensinar novos agentes a espionar redes privadas de computador – redes internas de empresas, governos e instituições financeiras e que existem, justamente, para proteger informações.

O nome da Petrobras, a maior empresa do Brasil, aparece logo no início do documento mostrado pelo Fantástico, com o título “Muitos alvos usam redes privadas”.

Não há informações sobre a extensão da espionagem, nem se a agência americana conseguiu acessar o conteúdo guardado nos computadores da empresa. O que se sabe, segundo a reportagem, é que a Petrobras foi alvo de espionagem, mas não há informações a respeito dos documentos que a NSA buscava. (...)"

Fonte: G1/Globo
 
Gotoa é um gênio, é tudo culpa dos EUA! Como não havíamos pensado nisso antes?

Maduro pra sempre! Avante camaradas!
 
"Sem a curiosidade que me move (...) não aprendo, nem ensino." [Paulo Freire]

Gotoa é um gênio, é tudo culpa dos EUA! Como não havíamos pensado nisso antes?

Maduro pra sempre! Avante camaradas!

Como alguns não entenderam (...)

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Não sou "gênio" - longe disso, sou alguém que busca a verdade a todo custo (ou pelo menos, tento me aproximar dela...) e que está tentando entender "essa bagunça", mas que desconfia das "mídias corporativistas".

Levantei algumas hipóteses. A principal: o interesse do governo dos E.U.A. (e das grandes corporações) pelo petróleo - a "commodity base" da economia deles (e o principal motivo de guerras, invasões e intervenções em outros países). Ano passado, por exemplo, certos candidatos brasileiros (e alguns membros daqui do fórum) não queriam a total privatização da Petrobrás? Por que alguns defendem isso? Quem mais ganharia com isso? Quais seriam as vantagens para nós consumidores? Era isso o que queria discutir com os ilustres membros aqui do fórum.

E.U.A. e Brasil são parceiros econômicos, isso nunca foi novidade para mim. O problema é outro... e vocês ignoram essas questões e partem para o ataque pessoal e ironia. Por que?

O número de mendigos que vivem em Nova York é praticamente maior que o exército da Venezuela e o Obama vem nos falar que a Venezuela é perigosa para a segurança nacional "deles"? Fala sério!

Acho que o perigo para a segurança não são os que não tem teto, e muito menos cidadãos nacionalistas que lutam pela sua independência e autonomia, e sim grupos estrangeiros e governos imperialistas que jogam sujo para conseguir seus objetivos e que financiam certas organizações... e até mesmo, certos "batedores de panela" que tem teto com mais de 200 m2, contas bancárias gordas no exterior, 3 ou 4 carros na garagem... para bom entendedor, meias palavras já bastam!

Enfim, Obama (e o governo dos E.U.A.) deveria(m) olhar mais para o(s) próprio(s) rabo(s) e cuidar dos seus problemas, ao invés de olhar para o dos outros... ou "aquilo" dos outros... como disse, em tom mais cordial, Hong Lei, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. ;)


Como alguns não entenderam foi preciso desenhar:
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(...)

Número de pessoas sem-teto chega a 60 mil em NY, EUA.

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As baixas temperaturas históricas no atual inverno em Nova York coincidiram com outro recorde: o de pessoas vivendo na ruas da cidade.

O número de pessoas que não têm onde morar ultrapassou 60 mil - entre eles, há 25 mil crianças.

Nova York é a cidade com maior índice de desigualdade de renda dos EUA.

Em São Paulo, segundo o censo mais recente feito pela prefeitura, em 2011, eram cerca de 14,5 mil pessoas em situação de rua.

No Rio de Janeiro, censo realizado em 2013 mostrou que havia 5.580 pessoas na mesma situação.

Fonte: BBC

"Estudantes pela Liberdade” (EPL) são financiados por corporação petroleira norte-americana que ataca direitos indígenas, depreda ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobrás.

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David Koch se divertia dizendo que fazia parte “da maior companhia da qual você nunca ouviu falar”. Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares, eles só se tornaram conhecidos por suas maldosas operações no cenário político do país.

Se esses poderosos personagens são desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá no Brasil? No entanto eles estão diretamente envolvidos nas convocações para o protesto do dia 15 de março pela deposição da presidenta Dilma.

Segundo a Folha de São Paulo o “Movimento Brasil Livre”, uma organização virtual, é o principal grupo convocador do protesto. A página do movimento dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados. Segundo o The Economist, o grupo foi “fundado no último ano para promover as respostas do livre mercado para os problemas do país”.

Entre os “colunistas” do MBL estão Luan Sperandio Teixeira, que é acadêmico do curso de Direito Universidade Federal do Espírito Santo e colaborador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL) do Espírito Santo; Fabio Ostermann, que é coordenador do mesmo movimento no Rio Grande do Sul, fiscal do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e diretor executivo do Instituto Ordem Livre, co-fundador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL), tendo sido o primeiro presidente de seu Conselho Consultivo, e atualmente, Diretor de Relações Institucionais do Instituto Liberal (IL).

Outros participantes são Rafael Bolsoni do Partido Novo e do EPL; Juliano Torres que se define como empreendedor intelectual, do Partido Novo, do Partido Libertários, e do EPL.

Segundo o perfil de Torres no Linkedin, sua formação acadêmica foi no Atlas Leadership Academy. Outro integrante com essa formação é Fábio Osterman, que participou também do Koch Summer Fellow no Institute for Humane Studies.

A Oscip Estudantes pela Liberdade é a filial brasileira do Students for Liberty, uma organização financiada pelos irmãos Koch para convencer o mundo estudantil da justeza de suas gananciosas propostas. O presidente do Conselho Executivo é Rafael Rota Dal Molin, que além de ser da Universidade de Santa Maria, é oficial de material bélico (2º tenente QMB) na guarnição local.

Outras das frentes dos irmãos Koch são a Atlas Economic Research Foundation, que patrocina a Leadership Academy, e o Institute for Humane Studies, às quais os integrantes do MBL estão ligados.

Entre as atividades danosas dos irmão encontra-se o roubo de 5 milhões de barris de petróleo em uma reserva indígena (que acarretou uma multa de 25 milhões de dólares do governo americano) e outra multa de 1,5 milhões de dólares pela interferência em eleições na Califórnia. O Greenpeace considera os irmãos opositores destacados da luta contra as mudanças climáticas. Os Koch foram multados em 30 milhões de dólares em 300 vazamentos de óleo.

As Koch Industries têm suas principais atividades ligadas à exploração de óleo e gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e fertilizantes. Com esse leque de atividades não é difícil imaginar o seu interesse no Brasil — a Petrobras é claro.

Seus apaniguados não escondem esse fato.

O MBL, que surgiu em apoio à campanha de Aécio Neves, não esconde o que pretende com a manifestação: “O principal objetivo do movimento, no momento, é derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que assombra o nosso país” disseram Kim Kataguiri e Renan Santos em um gongórico e pretensioso artigo na Folha de S.Paulo.

Eles não querem ser confundidos com PSDB, que identificam com o outro movimento: “os caras do Vem Pra Rua são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás” diz Renan Santos. “Eles vão pro protesto sem pedir impeachment. É como fumar maconha sem tragar”.

Kataguiri não se incomoda que seja o PMDB a ascender ao poder: “O PMDB é corrupto, mas o PT é totalitário”. Mas Pedro Mercante Souto, outro dos porta-vozes do MBL, foi candidato a deputado federal no Rio de Janeiro pelo PSDB (com apenas 0,10% dos votos não se elegeu).

Apesar do distanciamento do PSDB a manifestação do dia 15 parece ser apenas uma nova tentativa de 3º turno, mas como vimos ela esconde uma grande negociata. “Business as usual”.

PS do Viomundo: Os Koch Brothers são os maiores financiadores da extrema-direita nos Estados Unidos, Tea Party et al. Plantaram, dentre outros think-tanks, o Cato Institute. Controlam a maior petrolífera privada do planeta, com faturamento de U$ 100 bilhões. Para saber mais sobre eles (em inglês) clique aqui, aqui, aqui, aqui , aqui,aqui, aqui e aqui. O pai do clã foi um dos impulsionadores da John Birch Society, uma sociedade anticomunista que se opôs às campanhas pelos direitos civis nos anos 60. É famosa nos EUA a oposição deles aos sindicatos e ao salário mínimo; isso, enquanto faturam U$ 13 milhões por dia! Para vídeos do Democracy Now sobre or irmãos Koch, clique aqui, aqui e aqui.

Resumão: “Os irmãos Koch são o que os Estados Unidos tem de mais próximo dos oligarcas russos. Eles juntam controle sobre a economia e sobre o Estado, usando este último para enriquecer gerando ganhos privados com perdas públicas. A idéia que eles tem de ‘economia de mercado’ é comprar autoridades de governo e os bens públicos que eles privatizam a preço de banana”. Já imaginaram estes caras botando a mão no pré-sal?

[video=youtube;2N8y2SVerW8]https://www.youtube.com/watch?v=2N8y2SVerW8[/video]​


Fontes: BDF e RF
 

Não sou "gênio" - longe disso, sou alguém que busca a verdade a todo custo (ou pelo menos, tento me aproximar dela...) e que está tentando entender "essa bagunça", mas que desconfia das "mídias corporativistas".

Levantei algumas hipóteses. A principal: o interesse do governo dos E.U.A. (e das grandes corporações) pelo petróleo - a "commodity base" da economia deles (e o principal motivo de guerras, invasões e intervenções em outros países). Ano passado, por exemplo, certos candidatos brasileiros (e alguns membros daqui do fórum) não queriam a total privatização da Petrobrás? Por que alguns defendem isso? Quem mais ganharia com isso? Quais seriam as vantagens para nós consumidores? Era isso o que queria discutir com os ilustres membros aqui do fórum.

E.U.A. e Brasil são parceiros econômicos, isso nunca foi novidade para mim. O problema é outro... e vocês ignoram essas questões e partem para o ataque pessoal e ironia. Por que?

O número de mendigos que vivem em Nova York é praticamente maior que o exército da Venezuela e o Obama vem nos falar que a Venezuela é perigosa para a segurança nacional "deles"? Fala sério!

Acho que o perigo para a segurança não são os que não tem teto, e muito menos cidadãos nacionalistas que lutam pela sua independência e autonomia, e sim grupos estrangeiros e governos imperialistas que jogam sujo para conseguir seus objetivos e que financiam certas organizações... e até mesmo, certos "batedores de panela" que tem teto com mais de 200 m2, contas bancárias gordas no exterior, 3 ou 4 carros na garagem... para bom entendedor, meias palavras já bastam!

Enfim, Obama (e o governo dos E.U.A.) deveria(m) olhar mais para o(s) próprio(s) rabo(s) e cuidar dos seus problemas, ao invés de olhar para o dos outros... ou "aquilo" dos outros... como disse, em tom mais cordial, Hong Lei, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. ;)




Número de pessoas sem-teto chega a 60 mil em NY, EUA.

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As baixas temperaturas históricas no atual inverno em Nova York coincidiram com outro recorde: o de pessoas vivendo na ruas da cidade.

O número de pessoas que não têm onde morar ultrapassou 60 mil - entre eles, há 25 mil crianças.

Nova York é a cidade com maior índice de desigualdade de renda dos EUA.

Em São Paulo, segundo o censo mais recente feito pela prefeitura, em 2011, eram cerca de 14,5 mil pessoas em situação de rua.

No Rio de Janeiro, censo realizado em 2013 mostrou que havia 5.580 pessoas na mesma situação.

Fonte: BBC

"Estudantes pela Liberdade” (EPL) são financiados por corporação petroleira norte-americana que ataca direitos indígenas, depreda ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobrás.

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David Koch se divertia dizendo que fazia parte “da maior companhia da qual você nunca ouviu falar”. Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares, eles só se tornaram conhecidos por suas maldosas operações no cenário político do país.

Se esses poderosos personagens são desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá no Brasil? No entanto eles estão diretamente envolvidos nas convocações para o protesto do dia 15 de março pela deposição da presidenta Dilma.

Segundo a Folha de São Paulo o “Movimento Brasil Livre”, uma organização virtual, é o principal grupo convocador do protesto. A página do movimento dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados. Segundo o The Economist, o grupo foi “fundado no último ano para promover as respostas do livre mercado para os problemas do país”.

Entre os “colunistas” do MBL estão Luan Sperandio Teixeira, que é acadêmico do curso de Direito Universidade Federal do Espírito Santo e colaborador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL) do Espírito Santo; Fabio Ostermann, que é coordenador do mesmo movimento no Rio Grande do Sul, fiscal do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e diretor executivo do Instituto Ordem Livre, co-fundador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL), tendo sido o primeiro presidente de seu Conselho Consultivo, e atualmente, Diretor de Relações Institucionais do Instituto Liberal (IL).

Outros participantes são Rafael Bolsoni do Partido Novo e do EPL; Juliano Torres que se define como empreendedor intelectual, do Partido Novo, do Partido Libertários, e do EPL.

Segundo o perfil de Torres no Linkedin, sua formação acadêmica foi no Atlas Leadership Academy. Outro integrante com essa formação é Fábio Osterman, que participou também do Koch Summer Fellow no Institute for Humane Studies.

A Oscip Estudantes pela Liberdade é a filial brasileira do Students for Liberty, uma organização financiada pelos irmãos Koch para convencer o mundo estudantil da justeza de suas gananciosas propostas. O presidente do Conselho Executivo é Rafael Rota Dal Molin, que além de ser da Universidade de Santa Maria, é oficial de material bélico (2º tenente QMB) na guarnição local.

Outras das frentes dos irmãos Koch são a Atlas Economic Research Foundation, que patrocina a Leadership Academy, e o Institute for Humane Studies, às quais os integrantes do MBL estão ligados.

Entre as atividades danosas dos irmão encontra-se o roubo de 5 milhões de barris de petróleo em uma reserva indígena (que acarretou uma multa de 25 milhões de dólares do governo americano) e outra multa de 1,5 milhões de dólares pela interferência em eleições na Califórnia. O Greenpeace considera os irmãos opositores destacados da luta contra as mudanças climáticas. Os Koch foram multados em 30 milhões de dólares em 300 vazamentos de óleo.

As Koch Industries têm suas principais atividades ligadas à exploração de óleo e gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e fertilizantes. Com esse leque de atividades não é difícil imaginar o seu interesse no Brasil — a Petrobras é claro.

Seus apaniguados não escondem esse fato.

O MBL, que surgiu em apoio à campanha de Aécio Neves, não esconde o que pretende com a manifestação: “O principal objetivo do movimento, no momento, é derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que assombra o nosso país” disseram Kim Kataguiri e Renan Santos em um gongórico e pretensioso artigo na Folha de S.Paulo.

Eles não querem ser confundidos com PSDB, que identificam com o outro movimento: “os caras do Vem Pra Rua são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás” diz Renan Santos. “Eles vão pro protesto sem pedir impeachment. É como fumar maconha sem tragar”.

Kataguiri não se incomoda que seja o PMDB a ascender ao poder: “O PMDB é corrupto, mas o PT é totalitário”. Mas Pedro Mercante Souto, outro dos porta-vozes do MBL, foi candidato a deputado federal no Rio de Janeiro pelo PSDB (com apenas 0,10% dos votos não se elegeu).

Apesar do distanciamento do PSDB a manifestação do dia 15 parece ser apenas uma nova tentativa de 3º turno, mas como vimos ela esconde uma grande negociata. “Business as usual”.

PS do Viomundo: Os Koch Brothers são os maiores financiadores da extrema-direita nos Estados Unidos, Tea Party et al. Plantaram, dentre outros think-tanks, o Cato Institute. Controlam a maior petrolífera privada do planeta, com faturamento de U$ 100 bilhões. Para saber mais sobre eles (em inglês) clique aqui, aqui, aqui, aqui , aqui,aqui, aqui e aqui. O pai do clã foi um dos impulsionadores da John Birch Society, uma sociedade anticomunista que se opôs às campanhas pelos direitos civis nos anos 60. É famosa nos EUA a oposição deles aos sindicatos e ao salário mínimo; isso, enquanto faturam U$ 13 milhões por dia! Para vídeos do Democracy Now sobre or irmãos Koch, clique aqui, aqui e aqui.

Resumão: “Os irmãos Koch são o que os Estados Unidos tem de mais próximo dos oligarcas russos. Eles juntam controle sobre a economia e sobre o Estado, usando este último para enriquecer gerando ganhos privados com perdas públicas. A idéia que eles tem de ‘economia de mercado’ é comprar autoridades de governo e os bens públicos que eles privatizam a preço de banana”. Já imaginaram estes caras botando a mão no pré-sal?

[video=youtube;2N8y2SVerW8]https://www.youtube.com/watch?v=2N8y2SVerW8[/video]​

Fontes: BDF e RF[/CENTER]

Três perguntas, não vale responder com copy paste:

1) Qual a vantagem da petrobrás ser estatal, digo pro brasileiro comum, que não trabalha lá dentro e não tem nenhum laço direto com ela.

2) Passeata de FORA FHC era golpe também então? Ou são 2 pesos e 2 medidas?

3) Qual candidato fora o Pastor Everaldo queria privatizar a petrobrás? Quem disse isso fora ele?

Vou pra rua dia 15, e ninguém tá me pagando não.
 
Última edição:

Certinho, foram os EUA que faliram a Petrobrás, foram eles que roubara milhões de dólares nela, foram eles que indicaram amigos e parentes não qualificados para cargos importantes. Tá certo!

PS:
São os EUA que roubam milhões dos NOSSOS cofres públicos anualmente
São os EUA que ganham 15 salários por ano com dezenas de benefícios
São os EUA que se tratam em hospitais particulares maravilhosos enquanto o povão fica dois anos na fila da SUS
São os EUA que pagam faculdade em outro país pros filhos pra ele não estudar aqui
São os EUA que não investem em transporte público para o povão
São os EUA que não tratam a água do país (inclusive o Tietê é sujo porque eles que mandam sujeira pra cá!)
São os EUA que não investem em infra estrutura para as industrias crescerem melhor
São os EUA que .... melior parar...
 
Última edição:
Como alguns não entenderam foi preciso desenhar: :bwahaha:

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Resposta:
Número de pessoas sem-teto chega a 60 mil em NY, EUA...
duvida.jpg


:hmm:


Edit:
Enfim, Obama (e o governo dos E.U.A.) deveria(m) olhar mais para o(s) próprio(s) rabo(s) e cuidar dos seus problemas, ao invés de olhar para o dos outros... ou "aquilo" dos outros... como disse, em tom mais cordial, Hong Lei, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. ;)
Belo conselho, mas acho que se aplica melhor aos presidentes do Brasil e da Venezuela. Que ao invés de tentar justificar um fracasso miserável com conspirações mirabolantes, usar recursos para financiar infra-estrutura em outros países, proteger terroristas estrangeiros... deveria se preocupar em resolver os problemas do país, que não são poucos.
 
Última edição:
E os sites e colunistas comprados já começaram com a baixaria e mentiras contra os movimentos libertários. Estamos no caminho certo, estamos incomodando :lol2::seferrou:
 
Certinho, foram os EUA que faliram a Petrobrás, foram eles que roubara milhões de dólares nela, foram eles que indicaram amigos e parentes não qualificados para cargos importantes. Tá certo!

PS:
São os EUA que roubam milhões dos NOSSOS cofres públicos anualmente
São os EUA que ganham 15 salários por ano com dezenas de benefícios
São os EUA que se tratam em hospitais particulares maravilhosos enquanto o povão fica dois anos na fila da SUS
São os EUA que pagam faculdade em outro país pros filhos pra ele não estudar aqui
São os EUA que não investem em transporte público para o povão
São os EUA que não tratam a água do país (inclusive o Tietê é sujo porque eles que mandam sujeira pra cá!)
São os EUA que não investem em infra estrutura para as industrias crescerem melhor
São os EUA que .... melior parar...

Se não bastasse ganhar 15 salários por ano + todos benefícios possíveis e imagináveis, acho que são os EUA que ganham por mês o equivalente a quase 43 salários mínimos do brasileiro...
 
Alguém (de esquerda preferencialmente) pode me explicar o quão vantajoso é se ter uma estatal petrolífera?
 
Vocês estão perdendo tempo com esse fanático? O cara tenta claramente desviar o assunto porque não tem qualquer argumento pra sustentar o que acontece na Venezuela. :facepalm:

A propósito: Maduro já governa por decreto a partir de hoje. A Venezuela é a mais nova ditadura (de esquerda) do mundo. http://click.uol.com.br/?rf=interna...neste-domingo-os-superpoderes-para-maduro.htm

Esquerdopatas dirão que é excesso de democracia (porque não são eles que estão limpando a bunda com jornal) :bwahaha:
 
"Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!" [Maquiavel]

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Esquerdopatas dirão que é excesso de democracia (porque não são eles que estão limpando a bunda com jornal)

"Os países pobres o são por incompetência de quem governa e detém as riquezas. O que torna um país rico é a produção de bens e serviços que se convertem em dinheiro e vice-versa; e quanto mais o dinheiro circula entre os meios de produção e consumo, mais bens e serviços são produzidos e mais dinheiro ingressa na economia do país; Alguns países optaram por exportar toneladas de produtos primários, enquanto outros optaram por vender quilos de produtos tecnológicos.

Agora culpar os outros por nossos fracassos é o típico discurso típico de quem quer colocar uns contra os outros e deixar tudo como está porque tira proveito dessa situação. Com incompetência, temos corrupção, desvio de dinheiro público e improbidades, e o país não irá sair desse atraso secular."
;)


Vocês estão perdendo tempo com esse fanático? O cara tenta claramente desviar o assunto porque não tem qualquer argumento pra sustentar o que acontece na Venezuela.

Não amigo, não sou nenhum fanático: como historiador e pesquisador, aprendi que temos que consultar as informações de ambos os lados do conflito.

A oposição que governava a Venezuela por séculos (antes de Chavez), grandes corporações estrangeiras e alguns governos querem derrubar o governo Maduro para terem de volta o poder político e econômico.

Enfim, eles querem ter o total controle sobre as reservas de petróleo da Venezuela e lucrar o máximo com isso. Entendeu agora? Ou vou ter que desenhar?

Tem gente que apoia as "aves de rapina" (inconscientemente ou não, pertencendo ou não a estirpe), e outras que tomam partido daqueles que trabalham e lutam para um futuro melhor, que resistem a violência e rapinagem impostas a elas.

Sei que tem gente que toma partido dos "vencedores" (até mesmo aqueles que não são). Tenho que respeitar, estamos numa democracia. ;)

"Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita." [Tim Maia]


E os sites e colunistas comprados já começaram com a baixaria e mentiras contra os movimentos libertários. Estamos no caminho certo, estamos incomodando

Amigo, é cada um puxando a sardinha para o seu lado. Sempre foi assim.

"Numa visão de quem está de fora e de quem mudou um pequeno País e que é idolatrado por grandes intelectuais humanistas, a burguesia brasileira atrasa a América Latina, ou melhor, nós paulistas, conseguimos não só ficar sem tomar banho regularmente, mas ficamos sem segurança, sem escolas públicas de qualidade e sem saneamento básico para todos, mas também, atrasamos a vida dos outros! Quando digo que sinto uma vergonha imensa em ser paulista, alguns acham que é exagero, mas não é." [Anônimo / Empresário Paulista]


Vou pra rua dia 15, e ninguém tá me pagando não.

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A história se repete... João Goulart foi derrubado devido às Reformas de Base que pretendia fazer no país... Agora tentam derrubar o PT porque desejam evitar reformas, principalmente a Reforma Política.

"A democracia que eles querem impingir-nos é a democracia antipovo, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais; é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício." [Jango][/I]


1) Qual a vantagem da petrobrás ser estatal, digo pro brasileiro comum, que não trabalha lá dentro e não tem nenhum laço direto com ela.

Alguém (de esquerda preferencialmente) pode me explicar o quão vantajoso é se ter uma estatal petrolífera?


(...)

CartaCapital: Como uma empresa do porte da Petrobras, com tantos níveis de controle interno, não detectou as malandragens do ex-diretor Paulo Roberto Costa e companhia?

José Sergio Gabrielli: Quando todos os procedimentos internos são seguidos corretamente, como foi o caso, não é possível detectar ações inadequadas. O que tem sido denunciado por conta da Operação Lava Jato, e ninguém sabe exatamente os detalhes, pois o acesso às informações é limitado e há vazamentos seletivos, é um só fato: operações entre fornecedores e entre fornecedores de fornecedores sem relação direta com a Petrobras. Como a empresa poderia controlar essas negociações?

CC: Os valores das obras não estão muito acima do previsto? Isso por si só não seria um indício?

JSG: Vamos entender melhor essa história de sobrepreço, de superfaturamento. Existem ações no Tribunal de Contas da União, com base em conclusões de auditores. É normal. Ao longo do processo no tribunal, de 90% a 95% das primeiras conclusões dos auditores são revistas. O auditor, por definição, tem de levantar e informar todas as suas suspeitas. Aí abre-se um processo de defesa, onde se apresenta o contraditório, fornecem-se as explicações. Nesse momento não há nenhuma decisão no TCU a respeito de Pasadena, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Não é certo apontar um superfaturamento generalizado nas operações da Petrobras. Vários fatores têm sido ignorados. Cito um deles: o monumental volume de investimentos da companhia provocou um aquecimento no mercado de equipamentos e serviços. Os preços subiram por causa desse aquecimento da demanda.

CC: Essa seria a explicação para a diferença nos preços do Comperj e de Abreu e Lima?

JSG: No caso de Abreu e Lima há outra variável, o câmbio. Houve uma apreciação do real e isso elevou em 40% os preços em dólar. Agora essa tendência se inverteu. Atravessamos um período de depreciação do real, portanto o valor em dólar vai diminuir. Vamos lembrar: a cotação do real variou no período de 3,60 por dólar para 2,30, 2,40. Não bastasse, foi a primeira refinaria projetada pela Petrobras desde 1980. Ela começou a funcionar em dezembro do ano passado. Foram 34 anos sem colocar em operação uma refinaria. A decisão de erguer a Abreu e Lima tem a ver com o reaquecimento do mercado interno de combustíveis e derivados a partir de 2006. Houve uma redefinição do escopo ao longo do projeto que também provocou uma elevação dos custos. E mais: para fazer uma refinaria no Nordeste, a região mais indicada por não possuir nenhuma unidade e registrar o maior crescimento do consumo, fomos obrigados a realizar uma série de obras, da dragagem do porto à construção de uma estação elétrica de tratamento de resíduos na água. A Lava Jato acaba por contaminar o ambiente, dificulta a análise dos fatos.

CC: Entre os denunciados na Lava Jato estão quatro dirigentes de alto escalão da Petrobras: Costa, Renato Duque, Pedro Barusco e Sérgio Machado. Repetimos a pergunta: como eles conseguiam operar com tamanha liberdade?

JSG: Não conheço as acusações específicas contra cada um, mas duvido que sejam do mesmo tipo. Guio-me pelo que veio a público até agora. O Barusco disse que operava havia 18 anos. O Costa, que fazia tudo fora da empresa. O Machado e o Duque negam as acusações. São duas confissões, a do Costa e a do Barusco. A Petrobras assina 240 mil contratos por ano. Em 2013, faturou 370 bilhões de reais e investiu 45 bilhões de dólares. Não posso admitir a conclusão de que a ação de dois ex-funcionários contaminou a empresa inteira.

CC: A sua defesa é compreensível. No entanto, o papel desses senhores era relevante. Se eles recorreram à delação premiada, têm culpa em cartório, certo?

JSG: Não digo o contrário. Mas vamos olhar o processo interno de decisão. A Petrobras é uma empresa organizada. Não há decisão individual. Elas são sempre coletivas e pressupõem uma série de procedimentos prévios nas áreas jurídica, contábil, de engenharia. Centenas de funcionários são envolvidos. Os procedimentos internos têm de ser aferidos. Segundo disseram à polícia e aos procuradores, o Costa e o Barusco negociaram um ganho por fora sobre a margem de lucro das empreiteiras e seus fornecedores. No mais, afirmaram, as comissões de licitação funcionaram adequadamente, os contratos seguiram os parâmetros da companhia e a margem dos fornecedores ficou dentro dos limites estabelecidos pela Petrobras. O que aconteceu, então? A relação de doleiros e entre empresas fornecedoras de fornecedores da Petrobras. As denúncias sobre cartel das empreiteiras não estão comprovadas.

CC: Mas tudo isso resultou em prejuízo à Petrobras.

JSG: Desde o início a Petrobras tem sofrido com esse processo e isso tem um efeito, inclusive sobre a imagem da companhia. Os processos internos de licitação são regulados pelo Decreto 2.745, elaborado por Gilmar Mendes quando era advogado-geral da União no governo Fernando Henrique Cardoso. E a Petrobras segue essas normas à risca. O TCU considera o decreto inconstitucional, já abriu vários processos a respeito, mas a companhia venceu com folga em outras ocasiões no Supremo Tribunal Federal. Segundo Costa, alguns projetos poderiam ter tido uma margem de lucro menor para as empreiteiras ou para os fornecedores. Seu ganho vinha justamente de estabelecer uma margem maior e negociar uma porcentagem. Então, esses fornecedores embolsaram mais do que em tese poderiam. Mas a margem ficou dentro do intervalo aceitável pelos procedimentos internos da estatal, segundo as regras estabelecidas.

CC: Diante do cenário externo atual, de queda no preço do petróleo, e dos problemas internos, quais os riscos de o escândalo afetar os investimentos da Petrobras e do Brasil?

JSG: A crise de reputação não é uma ameaça direta ao pré-sal. Mas me preocupa a situação dos fornecedores, de quem produz sondas, tanques, tubos etc. Se algumas dessas empresas, principalmente as brasileiras, entrarem em crise, e podem, ocorrerá um atraso na exploração do pré-sal em sua plenitude. Um? Dois anos? Talvez. Não é o pior. A empresa seria obrigada a substituir esses fornecedores por estrangeiros. Isso leva um tempo, não é do dia para a noite. Aí, sim, existe um efeito ruim. Ao importar equipamentos, você deixa de gerar emprego e renda no Brasil e reduz a atividade econômica interna. Boa parte do crescimento do País nos próximos anos está apoiada na evolução da exploração do pré-sal.

CC: Existe um risco macroeconômico, é isso?

JSG: O Brasil precisa recuperar o crescimento. E isso em boa medida será feito com os investimentos em infraestrutura. São portos, estradas, ferrovias, aeroportos... E, no caso do petróleo, estaleiros, sondas, plataformas... Essa retomada precisa ser realizada com a participação das empresas brasileiras, com conteúdo nacional. Para o Brasil crescer, ele precisa da Odebrecht, da Queiroz Galvão, da Camargo Corrêa, da OAS. Se essas empresas quebrarem, compromete-se essa retomada. Hoje, o estaleiro na Bahia, que havia demitido 470 em dezembro, dispensou mais 500. O Rio Grande do Sul vive uma crise. O Comperj também demite. É um efeito dominó. Diminui o emprego, cai a atividade econômica, despencam os investimentos necessários em infraestrutura.

CC: Quanto nessa situação pode influenciar um ministro da Fazenda de viés neoliberal?

JSG: Se há redução da atividade econômica de um lado e de outro o gasto público é cortado, a perspectiva se agrava.

CC: E o risco para o modelo atual de exploração de petróleo?

JSG: Se a Petrobras ficar inibida na sua capacidade e se os fornecedores de equipamentos ficarem desmontados...

CC: ...E se a queda do preço do petróleo continuar...

JSG: É um problema geopolítico. Por 30 anos a Arábia Saudita regulou o preço via produção. Aumentava ou diminuía a oferta e isso afetava o valor do barril. Em 2013, ela resolveu não mais agir dessa forma. Decidiu deixar o preço cair para tirar de circulação produtores de gás de xisto e petróleo condensado nos Estados Unidos. O governo dos EUA deveria ser contra, certo? Mas não é, pois esse movimento pode quebrar a Rússia, o Irã e a Venezuela. E de quebra impedir o Brasil de ampliar a produção do pré-sal no futuro. De qualquer forma, o mercado vai regular o preço. Mas o papel da Petrobras como operadora única do pré-sal pode ser afetado. E se as empresas fornecedoras no Brasil quebrarem, a política de conteúdo nacional não se sustenta. A Petrobras não pode deixar de buscar sondas e plataformas, se não a produção não se realiza. Vai voltar a política anterior de importar. São dois riscos sérios.

CC: Vamos ao caso que mais lhe atinge diretamente. Pasadena foi um mau negócio?

JSG: Pasadena foi um bom negócio. O conceito de prejuízo aventado está totalmente equivocado. Essa história começou na revista Veja, foi encampada pelo PSDB e pelo resto da mídia e se tornou um falso mito. Naquele momento, a Petrobras cumpria a estratégia definida em 1999 pelo conselho de administração de aumentar o refino no exterior, pois o mercado doméstico estava estagnado. Encontramos uma refinaria extremamente bem localizada, no Texas, ao lado do Golfo do México, na região que concentra 12 refinarias e tem mais capacidade de refino do que o Brasil inteiro, ligada a um oleoduto que vai direto a Nova York, o maior mercado consumidor... Quando se comparam os preços de negociações naquela época, Pasadena custou bem menos. Na média, outras refinarias foram adquiridas por 9,3 mil dólares o barril de capacidade de destilação. Compramos por 5,4 mil. Se incluirmos a empresa de comercialização, o valor sobe para 7,1 mil. Ou seja, abaixo da média das transações ocorridas em 2006. Desde a compra, Pasadena rendeu mais de 700 milhões de dólares aos cofres da Petrobras. Não se pode, portanto, sob nenhum ponto de vista, falar em prejuízo.

CC: O TCU insiste no termo.

JSG: Não é o TCU, é o ministro José Jorge. Ele comete equívoco monumental, pois desconsidera, entre outras coisas, a primeira auditoria do tribunal, realizada durante três meses e que concluiu que o preço da compra de Pasadena era adequado. Houve uma ação política do José Jorge, ex-presidente do DEM e ex-ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique Cardoso. Trata-se de um desrespeito à realidade.

CC: O próprio governo e a Petrobras não vacilaram na defesa da compra de Pasadena?

JSG: Qualquer aquisição é de competência privativa do conselho de administração. Quem tomou a decisão de comprar Pasadena foi o conselho, do qual eu fazia parte. A decisão foi correta, era estrategicamente adequada, o preço estava bom, e a possibilidade de ganho era real.

CC: A presidenta Dilma Rousseff, que integrava o conselho, declarou-se traída por não ter sido informada sobre duas cláusulas do contrato, uma de recompra da parte da belga Astra e outra de reformas na refinaria.

JSG: A Cláusula Marlim, que previa a adaptação da refinaria para o petróleo pesado, nunca foi efetivada. A outra é uma cláusula comum em uma sociedade onde cada parte tem 50%. Você estabelece antes as regras do divórcio.

CC: Uma cláusula automática. Então a presidenta disse uma besteira.

JSG: Não diria isso. Ela corretamente afirma não ter sido informada sobre as duas cláusulas.

CC: Teria mudado alguma coisa?

JSG: O conselho deveria ter sido informado. Dadas as condições do negócio em 2006, se o conselho soubesse, não mudaria a decisão, acho. A Petrobras desperta paixões desde a década de 1950, quando foi criada. O Estado de S. Paulo é contra a Petrobras desde o seu início, e O Globo também. E é assim sistematicamente. A Folha de vez em quando é a favor, de vez em quando é contra. Mas os três jornais brasileiros de maior circulação têm uma posição hostil à Petrobras. Consequentemente, há uma resistência ideológica contra a estatal, um sucesso de gestão pública. Não posso admitir que tentem imputar à Petrobras, como se fosse generalizado, o comportamento equivocado de alguns.

CC: Qual foi o erro?

JSG: Não houve superfaturamento em Pasadena. E devemos separar as coisas. A Lava Jato partiu de um fato que nada tinha a ver com a Petrobras. Tinha de ser dessa maneira. Dentro da empresa não seria possível detectar os desvios. Agora, não se pode, a partir dessa investigação, dizer que não existem controles na Petrobras. Ela não é uma bodega. Nenhuma empresa do mundo descobriu campos gigantescos como os do pré-sal e em sete anos passou a produzir 700 mil barris por dia. No Golfo do México, a indústria precisou de 10 anos para atingir 500 mil. No Mar do Norte, quase 15 anos.

CC: Não seria saudável mudar o esquema de indicações político-partidárias na estatal?

JSG: Em toda sociedade anônima, pública ou privada, o conselho de administração indica os diretores-executivos e indica os dirigentes de confiança do acionista majoritário. Na Petrobras, quem escolhe é o governo.

Fonte: CC


2) Passeata de FORA FHC era golpe também então? Ou são 2 pesos e 2 medidas?

Não amigo, é 1 peso e 2 medidas!

"Engavetamentos da era FHC?" Não. "Mensalação Mineiro"? Não. "Trensalão Tucano de SP"? Não. "Mensalão de Furnas"? Não. "Suiçalão do HSBC"? Não.


3) Qual candidato fora o Pastor Everaldo queria privatizar a petrobrás? Quem disse isso fora ele?

Ele foi o único que assumiu abertamente essas pretenções: um candidato tão despreparado... parecia desconhecer a legislação vigente (CF 177).

O PT inventou que os tucanos queriam privatizar a Petrobras? Há evidência, documento ou fala oficial do governo FHC? A maior evidência de que dispunhõem era um estudo encomendado que pretendia alterações na empresa e a famigerado logo Petrobrax.

Falar que estão querendo privatizar a Petrobras chega a ser cômico... ela já está "meio privatizada" e boa parte dos negócios são controlados pelos altos membros do governo petista e pela base aliada.

Dilma está numa posição extremamente desconfortável e tem que continuar "mimando" os bilionários/milionários, e ao mesmo tempo, conservar os direitos trabalhistas conquistados e continuar dando "esmolas" aos pobres... Está fazendo o que seus "chefes" e "doadores/investidores" estão mandando fazer.

No atual estado de coisas, creio eu que não adianta protestar e fazer manifestações, ir à caça as bruxas ou apontar o dedo para os "culpados", não se resolve crises dessa forma. Todos temos nossas parcelas de culpa...

E também, quem garante que o Aécio seria um bom governante se tivesse vencido as eleições de 2014? Este senhor "quebrou" Minas Gerais, não cumpriu com todas metas de governo, não conseguiu eleger seu correligionário Pimenta da Veiga em MG e está envolvido até o pescoço em improbidades... Temos opções melhores e viáveis? (nada de Ditadura Militar, já tivemos bastante atraso!)
 








(...)

CartaCapital: Como uma empresa do porte da Petrobras, com tantos níveis de controle interno, não detectou as malandragens do ex-diretor Paulo Roberto Costa e companhia?

José Sergio Gabrielli: Quando todos os procedimentos internos são seguidos corretamente, como foi o caso, não é possível detectar ações inadequadas. O que tem sido denunciado por conta da Operação Lava Jato, e ninguém sabe exatamente os detalhes, pois o acesso às informações é limitado e há vazamentos seletivos, é um só fato: operações entre fornecedores e entre fornecedores de fornecedores sem relação direta com a Petrobras. Como a empresa poderia controlar essas negociações?

CC: Os valores das obras não estão muito acima do previsto? Isso por si só não seria um indício?

JSG: Vamos entender melhor essa história de sobrepreço, de superfaturamento. Existem ações no Tribunal de Contas da União, com base em conclusões de auditores. É normal. Ao longo do processo no tribunal, de 90% a 95% das primeiras conclusões dos auditores são revistas. O auditor, por definição, tem de levantar e informar todas as suas suspeitas. Aí abre-se um processo de defesa, onde se apresenta o contraditório, fornecem-se as explicações. Nesse momento não há nenhuma decisão no TCU a respeito de Pasadena, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Não é certo apontar um superfaturamento generalizado nas operações da Petrobras. Vários fatores têm sido ignorados. Cito um deles: o monumental volume de investimentos da companhia provocou um aquecimento no mercado de equipamentos e serviços. Os preços subiram por causa desse aquecimento da demanda.

CC: Essa seria a explicação para a diferença nos preços do Comperj e de Abreu e Lima?

JSG: No caso de Abreu e Lima há outra variável, o câmbio. Houve uma apreciação do real e isso elevou em 40% os preços em dólar. Agora essa tendência se inverteu. Atravessamos um período de depreciação do real, portanto o valor em dólar vai diminuir. Vamos lembrar: a cotação do real variou no período de 3,60 por dólar para 2,30, 2,40. Não bastasse, foi a primeira refinaria projetada pela Petrobras desde 1980. Ela começou a funcionar em dezembro do ano passado. Foram 34 anos sem colocar em operação uma refinaria. A decisão de erguer a Abreu e Lima tem a ver com o reaquecimento do mercado interno de combustíveis e derivados a partir de 2006. Houve uma redefinição do escopo ao longo do projeto que também provocou uma elevação dos custos. E mais: para fazer uma refinaria no Nordeste, a região mais indicada por não possuir nenhuma unidade e registrar o maior crescimento do consumo, fomos obrigados a realizar uma série de obras, da dragagem do porto à construção de uma estação elétrica de tratamento de resíduos na água. A Lava Jato acaba por contaminar o ambiente, dificulta a análise dos fatos.

CC: Entre os denunciados na Lava Jato estão quatro dirigentes de alto escalão da Petrobras: Costa, Renato Duque, Pedro Barusco e Sérgio Machado. Repetimos a pergunta: como eles conseguiam operar com tamanha liberdade?

JSG: Não conheço as acusações específicas contra cada um, mas duvido que sejam do mesmo tipo. Guio-me pelo que veio a público até agora. O Barusco disse que operava havia 18 anos. O Costa, que fazia tudo fora da empresa. O Machado e o Duque negam as acusações. São duas confissões, a do Costa e a do Barusco. A Petrobras assina 240 mil contratos por ano. Em 2013, faturou 370 bilhões de reais e investiu 45 bilhões de dólares. Não posso admitir a conclusão de que a ação de dois ex-funcionários contaminou a empresa inteira.

CC: A sua defesa é compreensível. No entanto, o papel desses senhores era relevante. Se eles recorreram à delação premiada, têm culpa em cartório, certo?

JSG: Não digo o contrário. Mas vamos olhar o processo interno de decisão. A Petrobras é uma empresa organizada. Não há decisão individual. Elas são sempre coletivas e pressupõem uma série de procedimentos prévios nas áreas jurídica, contábil, de engenharia. Centenas de funcionários são envolvidos. Os procedimentos internos têm de ser aferidos. Segundo disseram à polícia e aos procuradores, o Costa e o Barusco negociaram um ganho por fora sobre a margem de lucro das empreiteiras e seus fornecedores. No mais, afirmaram, as comissões de licitação funcionaram adequadamente, os contratos seguiram os parâmetros da companhia e a margem dos fornecedores ficou dentro dos limites estabelecidos pela Petrobras. O que aconteceu, então? A relação de doleiros e entre empresas fornecedoras de fornecedores da Petrobras. As denúncias sobre cartel das empreiteiras não estão comprovadas.

CC: Mas tudo isso resultou em prejuízo à Petrobras.

JSG: Desde o início a Petrobras tem sofrido com esse processo e isso tem um efeito, inclusive sobre a imagem da companhia. Os processos internos de licitação são regulados pelo Decreto 2.745, elaborado por Gilmar Mendes quando era advogado-geral da União no governo Fernando Henrique Cardoso. E a Petrobras segue essas normas à risca. O TCU considera o decreto inconstitucional, já abriu vários processos a respeito, mas a companhia venceu com folga em outras ocasiões no Supremo Tribunal Federal. Segundo Costa, alguns projetos poderiam ter tido uma margem de lucro menor para as empreiteiras ou para os fornecedores. Seu ganho vinha justamente de estabelecer uma margem maior e negociar uma porcentagem. Então, esses fornecedores embolsaram mais do que em tese poderiam. Mas a margem ficou dentro do intervalo aceitável pelos procedimentos internos da estatal, segundo as regras estabelecidas.

CC: Diante do cenário externo atual, de queda no preço do petróleo, e dos problemas internos, quais os riscos de o escândalo afetar os investimentos da Petrobras e do Brasil?

JSG: A crise de reputação não é uma ameaça direta ao pré-sal. Mas me preocupa a situação dos fornecedores, de quem produz sondas, tanques, tubos etc. Se algumas dessas empresas, principalmente as brasileiras, entrarem em crise, e podem, ocorrerá um atraso na exploração do pré-sal em sua plenitude. Um? Dois anos? Talvez. Não é o pior. A empresa seria obrigada a substituir esses fornecedores por estrangeiros. Isso leva um tempo, não é do dia para a noite. Aí, sim, existe um efeito ruim. Ao importar equipamentos, você deixa de gerar emprego e renda no Brasil e reduz a atividade econômica interna. Boa parte do crescimento do País nos próximos anos está apoiada na evolução da exploração do pré-sal.

CC: Existe um risco macroeconômico, é isso?

JSG: O Brasil precisa recuperar o crescimento. E isso em boa medida será feito com os investimentos em infraestrutura. São portos, estradas, ferrovias, aeroportos... E, no caso do petróleo, estaleiros, sondas, plataformas... Essa retomada precisa ser realizada com a participação das empresas brasileiras, com conteúdo nacional. Para o Brasil crescer, ele precisa da Odebrecht, da Queiroz Galvão, da Camargo Corrêa, da OAS. Se essas empresas quebrarem, compromete-se essa retomada. Hoje, o estaleiro na Bahia, que havia demitido 470 em dezembro, dispensou mais 500. O Rio Grande do Sul vive uma crise. O Comperj também demite. É um efeito dominó. Diminui o emprego, cai a atividade econômica, despencam os investimentos necessários em infraestrutura.

CC: Quanto nessa situação pode influenciar um ministro da Fazenda de viés neoliberal?

JSG: Se há redução da atividade econômica de um lado e de outro o gasto público é cortado, a perspectiva se agrava.

CC: E o risco para o modelo atual de exploração de petróleo?

JSG: Se a Petrobras ficar inibida na sua capacidade e se os fornecedores de equipamentos ficarem desmontados...

CC: ...E se a queda do preço do petróleo continuar...

JSG: É um problema geopolítico. Por 30 anos a Arábia Saudita regulou o preço via produção. Aumentava ou diminuía a oferta e isso afetava o valor do barril. Em 2013, ela resolveu não mais agir dessa forma. Decidiu deixar o preço cair para tirar de circulação produtores de gás de xisto e petróleo condensado nos Estados Unidos. O governo dos EUA deveria ser contra, certo? Mas não é, pois esse movimento pode quebrar a Rússia, o Irã e a Venezuela. E de quebra impedir o Brasil de ampliar a produção do pré-sal no futuro. De qualquer forma, o mercado vai regular o preço. Mas o papel da Petrobras como operadora única do pré-sal pode ser afetado. E se as empresas fornecedoras no Brasil quebrarem, a política de conteúdo nacional não se sustenta. A Petrobras não pode deixar de buscar sondas e plataformas, se não a produção não se realiza. Vai voltar a política anterior de importar. São dois riscos sérios.

CC: Vamos ao caso que mais lhe atinge diretamente. Pasadena foi um mau negócio?

JSG: Pasadena foi um bom negócio. O conceito de prejuízo aventado está totalmente equivocado. Essa história começou na revista Veja, foi encampada pelo PSDB e pelo resto da mídia e se tornou um falso mito. Naquele momento, a Petrobras cumpria a estratégia definida em 1999 pelo conselho de administração de aumentar o refino no exterior, pois o mercado doméstico estava estagnado. Encontramos uma refinaria extremamente bem localizada, no Texas, ao lado do Golfo do México, na região que concentra 12 refinarias e tem mais capacidade de refino do que o Brasil inteiro, ligada a um oleoduto que vai direto a Nova York, o maior mercado consumidor... Quando se comparam os preços de negociações naquela época, Pasadena custou bem menos. Na média, outras refinarias foram adquiridas por 9,3 mil dólares o barril de capacidade de destilação. Compramos por 5,4 mil. Se incluirmos a empresa de comercialização, o valor sobe para 7,1 mil. Ou seja, abaixo da média das transações ocorridas em 2006. Desde a compra, Pasadena rendeu mais de 700 milhões de dólares aos cofres da Petrobras. Não se pode, portanto, sob nenhum ponto de vista, falar em prejuízo.

CC: O TCU insiste no termo.

JSG: Não é o TCU, é o ministro José Jorge. Ele comete equívoco monumental, pois desconsidera, entre outras coisas, a primeira auditoria do tribunal, realizada durante três meses e que concluiu que o preço da compra de Pasadena era adequado. Houve uma ação política do José Jorge, ex-presidente do DEM e ex-ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique Cardoso. Trata-se de um desrespeito à realidade.

CC: O próprio governo e a Petrobras não vacilaram na defesa da compra de Pasadena?

JSG: Qualquer aquisição é de competência privativa do conselho de administração. Quem tomou a decisão de comprar Pasadena foi o conselho, do qual eu fazia parte. A decisão foi correta, era estrategicamente adequada, o preço estava bom, e a possibilidade de ganho era real.

CC: A presidenta Dilma Rousseff, que integrava o conselho, declarou-se traída por não ter sido informada sobre duas cláusulas do contrato, uma de recompra da parte da belga Astra e outra de reformas na refinaria.

JSG: A Cláusula Marlim, que previa a adaptação da refinaria para o petróleo pesado, nunca foi efetivada. A outra é uma cláusula comum em uma sociedade onde cada parte tem 50%. Você estabelece antes as regras do divórcio.

CC: Uma cláusula automática. Então a presidenta disse uma besteira.

JSG: Não diria isso. Ela corretamente afirma não ter sido informada sobre as duas cláusulas.

CC: Teria mudado alguma coisa?

JSG: O conselho deveria ter sido informado. Dadas as condições do negócio em 2006, se o conselho soubesse, não mudaria a decisão, acho. A Petrobras desperta paixões desde a década de 1950, quando foi criada. O Estado de S. Paulo é contra a Petrobras desde o seu início, e O Globo também. E é assim sistematicamente. A Folha de vez em quando é a favor, de vez em quando é contra. Mas os três jornais brasileiros de maior circulação têm uma posição hostil à Petrobras. Consequentemente, há uma resistência ideológica contra a estatal, um sucesso de gestão pública. Não posso admitir que tentem imputar à Petrobras, como se fosse generalizado, o comportamento equivocado de alguns.

CC: Qual foi o erro?

JSG: Não houve superfaturamento em Pasadena. E devemos separar as coisas. A Lava Jato partiu de um fato que nada tinha a ver com a Petrobras. Tinha de ser dessa maneira. Dentro da empresa não seria possível detectar os desvios. Agora, não se pode, a partir dessa investigação, dizer que não existem controles na Petrobras. Ela não é uma bodega. Nenhuma empresa do mundo descobriu campos gigantescos como os do pré-sal e em sete anos passou a produzir 700 mil barris por dia. No Golfo do México, a indústria precisou de 10 anos para atingir 500 mil. No Mar do Norte, quase 15 anos.

CC: Não seria saudável mudar o esquema de indicações político-partidárias na estatal?

JSG: Em toda sociedade anônima, pública ou privada, o conselho de administração indica os diretores-executivos e indica os dirigentes de confiança do acionista majoritário. Na Petrobras, quem escolhe é o governo.
Fonte: CC

Tá, qual a vantagem de se ter uma empresa estatal petrolífera?
 
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A história se repete... João Goulart foi derrubado devido às Reformas de Base que pretendia fazer no país... Agora tentam derrubar o PT porque desejam evitar reformas, principalmente a Reforma Política.

"A democracia que eles querem impingir-nos é a democracia antipovo, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais; é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício." [Jango][/I]


- Quero o fim de TODAS as bolsas ou que elas sejam utilizadas para um objetivo especifico e que sendo um programa de assistencialismo que seja algo temporário e que vise a diminuição do número de participantes no decorrer do tempo e não a comemoração de crescimento de dependentes do governo.

- Acabar com a corrupção da Petrobras, não quer dizer automaticamente privatizá-la. Porém com esse pensamento você concorda que o governo é incapaz de gerir a empresa sem corrupção. Uma empresa estatal que não dá lucros ao seu país e gera prejuízo, realmente é uma empresa que vale investir o dinheiro de todo o povo brasileiro...

- Quem não quer o fim da corrupção? Utópico, mas não custa sonhar...

- Pouquíssimas pessoas realmente pedem por retorno da ditadura militar, informe-se.

- Todos querem mais educação. Uma reforma no sistema educacional seria muito mais benifico a longo prazo do que uma reforma política duvidosa. Pessoas que zombam da ignorância dos outros não deveriam falar de educação.

- Não estamos mais na guerra fria, portanto coisas como comunismo x EUA soam fora de contexto e apenas tão conspiracionistas quanto qualquer teoria maluca do Olavo de Carvalho.

- A única coisa que alguém sensato poderia pedir no Brasil olhando criticamente: uma diminuição desse Estado gigante e ineficiente, para assim ter a possibilidade de diminuição de carga tributária, priorizando areas de atuação, tornando o serviço público mais eficiente e menos dispendioso.

- O PT vem com essa conversa de reforma política assim como a democratização da mídia.
A reforma política é duvidosa e perigosa... e o exclusivo financiamento publico de campanha dificilmente garantiria uma política incorruptível. As maneiras ilícitas de arrecadação ainda continuariam a vigorar... Pra mim tinha que acabar com essa porcaria de horário eleitoral e candidato deveria partir pra entrevista e debate simplesmente. Expor as ideias sem esse marketing absurdo. Tocarão novamente no Presidencialismo x Parlamentarismo?
A democratização da mídia(informação, eu diria) seria prover acesso a internet de qualidade em toda a extensão do país. Pela internet você pode encontrar os distintos pontos de vista assim como você pode gerar a informação, não há nada mais democrático do que isso.



Por favor, responda diretamente e sem copy/paste qual a importância real da Petrobras ser estatal? Mesmo sendo privada ela ainda geraria empregos, pagaria impostos. E no caso de ser privada, sem o monopolio ela enfrentaria a concorrência de outras empresas interessadas na comercialização de combustíveis no Brasil o que ocasionaria uma competição de preços(o que acontece com a nossa querida estatal no Paraguai...). Ou a única satisfação de ter essa grande estatal é dizer "O petróleo é nosso"?
 
"Os fracos usam força, os fortes usam o diálogo." [Augusto Cury]

Tilt... kkkkk

Não, deu foi falta de tempo: experimente ter 2 trabalhos, "hobbies", família e namorada! :bwahaha:


Tá, qual a vantagem de se ter uma empresa estatal petrolífera?

Por favor, responda diretamente e sem copy/paste qual a importância real da Petrobras ser estatal? Mesmo sendo privada ela ainda geraria empregos, pagaria impostos. E no caso de ser privada, sem o monopolio ela enfrentaria a concorrência de outras empresas interessadas na comercialização de combustíveis no Brasil o que ocasionaria uma competição de preços(o que acontece com a nossa querida estatal no Paraguai...). Ou a única satisfação de ter essa grande estatal é dizer "O petróleo é nosso"?

Estou me dirigindo a membros de fórum ou a "lobistas" de empresas estrangeiras?

Eu perguntaria: qual vantagem em ser totalmente privada? (ela já é estatal, ou melhor, uma sociedade de economia mista sob controle da União)

Prefere que ela gere mais riqueza para os estrangeiros? Ou prefere que ela gere mais riqueza para nós brasileiros? (partindo do pressuposto de estar me dirigindo a um cidadão brasileiro)

Se escolher a última opção, o Brasil vai gerar ainda mais mão de obra para os brasileiros e vai ter mais dinheiro para realizar obras como rodovias, ferrovias, portos e hidrelétricas, ficando quase independente dos empréstimos as instituições financeiras... (prática tradicional dos governos brasileiros)

Como ainda não há "tecnologia própria", o Brasil ainda é dependende de seus parceiros - por isso os "regimes de partilha-concessão".

"Por que a Petrobras Distribuidora não se pronuncia sobre alterações de preços dos combustíveis nos postos?

Porque os preços são livres nas bombas. As distribuidoras de combustível são legalmente impedidas de exercer qualquer influência sobre eles.

Há uma lei federal que impede as distribuidoras de operarem postos. Estes são, em regra, administrados por terceiros, pessoas jurídicas distintas e autônomas.

O mercado da gasolina no Brasil hoje é regulamentado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Lei Federal 9.478/97 (Lei do Petróleo). Esta lei flexibilizou o monopólio do setor de petróleo e gás natural, até então exercido pela Petrobras (da qual a Petrobras Distribuidora é subsidiária), tornando aberto o mercado de combustíveis no País. Dessa forma, desde janeiro de 2002 as importações de combustíveis foram liberadas e o preço passou a ser definido pelo próprio mercado.

O preço final ao consumidor varia em função de múltiplos fatores como: carga tributária (municipal, estadual, federal), concorrência com outros postos na mesma região e a estrutura de custos de cada posto (encargos trabalhistas, frete, volume movimentado, margem de lucro etc.)."

Fonte: Petrobras


- Quero o fim de TODAS as bolsas ou que elas sejam utilizadas para um objetivo especifico e que sendo um programa de assistencialismo que seja algo temporário e que vise a diminuição do número de participantes no decorrer do tempo e não a comemoração de crescimento de dependentes do governo.

- Acabar com a corrupção da Petrobras, não quer dizer automaticamente privatizá-la. Porém com esse pensamento você concorda que o governo é incapaz de gerir a empresa sem corrupção. Uma empresa estatal que não dá lucros ao seu país e gera prejuízo, realmente é uma empresa que vale investir o dinheiro de todo o povo brasileiro...

- Quem não quer o fim da corrupção? Utópico, mas não custa sonhar...

- Pouquíssimas pessoas realmente pedem por retorno da ditadura militar, informe-se.

- Todos querem mais educação. Uma reforma no sistema educacional seria muito mais benifico a longo prazo do que uma reforma política duvidosa. Pessoas que zombam da ignorância dos outros não deveriam falar de educação.

- Não estamos mais na guerra fria, portanto coisas como comunismo x EUA soam fora de contexto e apenas tão conspiracionistas quanto qualquer teoria maluca do Olavo de Carvalho.

- A única coisa que alguém sensato poderia pedir no Brasil olhando criticamente: uma diminuição desse Estado gigante e ineficiente, para assim ter a possibilidade de diminuição de carga tributária, priorizando areas de atuação, tornando o serviço público mais eficiente e menos dispendioso.

- O PT vem com essa conversa de reforma política assim como a democratização da mídia.
A reforma política é duvidosa e perigosa... e o exclusivo financiamento publico de campanha dificilmente garantiria uma política incorruptível. As maneiras ilícitas de arrecadação ainda continuariam a vigorar... Pra mim tinha que acabar com essa porcaria de horário eleitoral e candidato deveria partir pra entrevista e debate simplesmente. Expor as ideias sem esse marketing absurdo. Tocarão novamente no Presidencialismo x Parlamentarismo?
A democratização da mídia(informação, eu diria) seria prover acesso a internet de qualidade em toda a extensão do país. Pela internet você pode encontrar os distintos pontos de vista assim como você pode gerar a informação, não há nada mais democrático do que isso.

O que faz da Suécia um dos países menos corruptos do mundo?

(...) GUNNAR STETLER: Em primeiro lugar, a lei de acesso público aos documentos oficiais. Esta lei, criada na Suécia há mais de duzentos anos, evita os abusos do poder. Se os cidadãos ou a mídia quiserem, podem verificar meu salário, meus gastos e as despesas de minhas viagens a trabalho. Meus arquivos são abertos ao público. E acreditamos que, ao colocar os documentos e registros oficiais das autoridades ao alcance do público, evitamos que os indivíduos que exercem posições de poder pratiquem atos impróprios. Esta é a razão principal. Em segundo lugar, é preciso citar a lei aprovada na Suécia há cerca de 200 anos [em 1842, nota do autor], que introduziu o ensino compulsório no país e aumentou o nível geral de educação da população.

Qual é o impacto de uma população com maior grau de instrução na prevenção da corrupção?

GUNNAR STETLER: Se uma pessoa não tem acesso à educação, ela não tem condições nem de compreender e muito menos de fiscalizar o sistema. Na Suécia, acreditamos que uma sociedade se constrói não a partir do topo, mas a partir da base da população. Portanto, é preciso oferecer uma boa educação a todas as camadas da sociedade. A China tem um alto grau de corrupção, mas vem investindo na melhoria do nível de instrução da população. Creio que isto irá, de certa forma, reduzir a corrupção no país.

Com que frequência o seu telefone toca com denúncias de corrupção?

GUNNAR STETLER: Recebo cerca de quatro ligações do público todos os dias. Mas de cada 15 denúncias, em geral apenas uma tem base para caracterizar um caso. A maior parte dos casos se refere a questões de menor dimensão, como quando um funcionário público aceita viajar para um resort a convite de uma empreiteira a fim de facilitar um contrato. Se você é um funcionário público na Suécia, não está absolutamente autorizado a aceitar este tipo de convite. Lidamos também com casos de maior envergadura. Acabo de acusar formalmente um dos chefes do Kriminalvården (sistema prisional sueco), que recebeu subornos da ordem de milhões de coroas suecas de uma empresa contratada para construir penitenciárias. Trabalhamos com denúncias do público, da mídia e também de sistemas nacionais de auditoria, como o Riksrevisionen (órgão independente que controla as finanças das autoridades públicas na Suécia).

Qual é o nível de incidência de casos de corrupção política a nível nacional na Suécia, entre parlamentares e membros do Governo?

GUNNAR STETLER: É muito raro ver deputados ou membros do Governo envolvidos em corrupção por aqui.

Qual foi a última vez que isso ocorreu na Suécia?

GUNNAR STETLER: Se me lembro bem (pausa)…talvez tenham sido uns dois casos (pausa)…nos últimos (pausa)…trinta anos.

O senhor quer dizer que desde a década de 70 só houve dois casos de corrupção política a nível nacional?

GUNNAR STETLER: Sim.

Que casos foram esses?

GUNNAR STETLER: Se não me engano (pausa)…há cerca de dez anos (pausa)…um deputado do Parlamento, representante da costa oeste, cometeu um erro (pausa)…tenho apenas uma vaga lembrança.

Se o senhor tem apenas uma vaga lembrança sobre o que seriam os dois únicos casos de corrupção política a nível nacional nos últimos 30 anos, pode-se presumir que não tenham sido grandes escândalos?

GUNNAR STETLER: Sim. Em termos de corrupção política, casos mais sérios ocorrem principalmente nas municipalidades.

Mas a última vez que um político sueco foi condenado à prisão por corrupção foi aparentemente em 1995. Isso significa que o grau de corrupção política na Suécia não é em geral grave o suficiente para exigir pena de prisão, ou é um sinal de que o sistema é leniente com políticos corruptos?

GUNNAR STETLER: Na Suécia, em geral, toda punição é leniente.

Como assim?

GUNNAR STETLER: No sistema penal sueco, o princípio básico não é a punição, e sim a reintegração do indivíduo à sociedade. Esta é a nossa tradição. O código penal não prevê punição especialmente dura para casos de corrupção política.

Punições mais severas não são então a resposta para combater a corrupção política?

GUNNAR STETLER: Quem pune políticos corruptos é a opinião pública. Se um deputado ou um funcionário da administração estatal pratica um ato de corrupção, ele será punido severamente pela sociedade, principalmente por ter cometido um erro a partir de uma posição de poder. Um deputado, por exemplo, pode ser forçado a renunciar através da pressão da opinião pública e da mídia, mesmo quando não é indiciado formalmente.

Há alguma regra especial para investigar e processar políticos por crimes de corrupção, como a necessidade de obter aprovação do Parlamento ou de algum comitê?

GUNNAR STETLER: Não.

Cabe principalmente à mídia e aos cidadãos fiscalizar o poder, ou a instituições como a que o senhor dirige?

GUNNAR STETLER: Cabe, em primeiro lugar, à imprensa livre. Se a mídia tem acesso aos documentos oficiais, ela poderá agir, juntamente com os cidadãos, para garantir uma sociedade mais limpa. É claro que agentes oficiais, como a Agência Anti-Corrupção, também cumprem um papel importante. Presumo que talvez, no Brasil, os cidadãos não confiem em servidores públicos como eu. Mas na Suécia a maior parte das pessoas confia nas agências do poder público, e uma das razões disso é o fato de que os cidadãos podem supervisionar o que as agências fazem.

Como é o trabalho da Agência Nacional Anti-Corrupção?

GUNNAR STETLER: Nosso foco principal é o suborno. Pode-se dizer que o suborno, tanto na esfera pública como no setor privado, é um câncer para qualquer sistema. Mesmo quando o valor do suborno é muito baixo, ele pode influenciar uma licitação no valor de um bilhão de coroas suecas. No setor público, é importante que as compras de bens e serviços sejam realizadas de modo correto. A construção de um novo hospital, por exemplo, pode custar cerca de 1,7 bilhão de coroas suecas (cerca de 260 milhões de dólares). Quando uma agência do setor público lida com um contrato deste porte, é importante que haja uma distância entre a empresa que vai construir o hospital e os funcionários públicos que vão aprovar tal contrato. No meu ponto de vista, e penso que a maioria das pessoas na Suécia concorda, é essencial que funcionários públicos não aceitem ofertas ou presentes de nenhum tipo, mesmo os de baixo valor.

Os suecos em geral parecem realmente ter receio da regra que proíbe aceitar qualquer brinde ou presente com valor acima de aproximadamente 400 coroas suecas.

GUNNAR STETLER: Em geral, nenhum funcionário público ou privado na Suécia é autorizado a aceitar brindes ou presentes acima de 300 ou no máximo 400 coroas (entre cerca de 46 e 60 dólares). Na minha posição, não posso aceitar nada.

Nada?

GUNNAR STETLER: Não. Nem mesmo um café com wienerbröd (tipo de pão doce sueco). E não acho que políticos ou funcionários públicos na Suécia aceitam, em geral, o que é considerado como suborno real, ou seja, grandes subornos.

Não acontece?

GUNNAR STETLER: Pode acontecer, mas não é normal. A questão é definir o que é considerado como um suborno. Para alguns, aceitar um convite para jantar ou passar o fim de semana em um resort não configura um suborno. Mas na Suécia, convites deste tipo caracterizam de fato um suborno. Principalmente para aqueles que trabalham no setor público.

Aceitar um convite para jantar pode então ser considerado um crime?

GUNNAR STETLER: Na minha opinião, uma pessoa ou empresa privada não pode convidar um funcionário público para jantar, se há um negócio envolvido entre as duas partes.

Qual é o seu melhor conselho para um país como o Brasil se tornar uma sociedade mais limpa?

GUNNAR STETLER: É preciso compreender que esta é uma tarefa que não pode ser cumprida em 24 horas. Para combater a corrupção, é necessário implementar um sistema de ampla transparência dos poderes estatais, aumentar o nível de educação da população em geral, e promover a igualdade social. A educação é o princípio básico do que chamamos na Suécia de jämlikheten (a igualdade social). E este é também um fator importante na prevenção da corrupção. Parece-me que o Brasil é um país com enormes desigualdades sociais.

Qual a importância da igualdade social neste processo?

GUNNAR STETLER: Se uma pessoa tem que lutar diariamente por sua sobrevivência, para ter acesso a alimentação, escolas e hospitais, a questão do combate à corrupção na sociedade certamente não estará entre seus principais interesses. Mas quando uma pessoa se sente parte da sociedade à qual pertence, passa a não aceitar os abusos do poder. (...)

Fonte: PP
 



"Os países pobres o são por incompetência de quem governa e detém as riquezas. O que torna um país rico é a produção de bens e serviços que se convertem em dinheiro e vice-versa; e quanto mais o dinheiro circula entre os meios de produção e consumo, mais bens e serviços são produzidos e mais dinheiro ingressa na economia do país; Alguns países optaram por exportar toneladas de produtos primários, enquanto outros optaram por vender quilos de produtos tecnológicos.

Agora culpar os outros por nossos fracassos é o típico discurso típico de quem quer colocar uns contra os outros e deixar tudo como está porque tira proveito dessa situação. Com incompetência, temos corrupção, desvio de dinheiro público e improbidades, e o país não irá sair desse atraso secular."
;)




Não amigo, não sou nenhum fanático: como historiador e pesquisador, aprendi que temos que consultar as informações de ambos os lados do conflito.

A oposição que governava a Venezuela por séculos (antes de Chavez), grandes corporações estrangeiras e alguns governos querem derrubar o governo Maduro para terem de volta o poder político e econômico.

Enfim, eles querem ter o total controle sobre as reservas de petróleo da Venezuela e lucrar o máximo com isso. Entendeu agora? Ou vou ter que desenhar?

Tem gente que apoia as "aves de rapina" (inconscientemente ou não, pertencendo ou não a estirpe), e outras que tomam partido daqueles que trabalham e lutam para um futuro melhor, que resistem a violência e rapinagem impostas a elas.

Sei que tem gente que toma partido dos "vencedores" (até mesmo aqueles que não são). Tenho que respeitar, estamos numa democracia. ;)

"Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita." [Tim Maia]




Amigo, é cada um puxando a sardinha para o seu lado. Sempre foi assim.

"Numa visão de quem está de fora e de quem mudou um pequeno País e que é idolatrado por grandes intelectuais humanistas, a burguesia brasileira atrasa a América Latina, ou melhor, nós paulistas, conseguimos não só ficar sem tomar banho regularmente, mas ficamos sem segurança, sem escolas públicas de qualidade e sem saneamento básico para todos, mas também, atrasamos a vida dos outros! Quando digo que sinto uma vergonha imensa em ser paulista, alguns acham que é exagero, mas não é." [Anônimo / Empresário Paulista]





A história se repete... João Goulart foi derrubado devido às Reformas de Base que pretendia fazer no país... Agora tentam derrubar o PT porque desejam evitar reformas, principalmente a Reforma Política.

"A democracia que eles querem impingir-nos é a democracia antipovo, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais; é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício." [Jango][/I]





(...)

CartaCapital: Como uma empresa do porte da Petrobras, com tantos níveis de controle interno, não detectou as malandragens do ex-diretor Paulo Roberto Costa e companhia?

José Sergio Gabrielli: Quando todos os procedimentos internos são seguidos corretamente, como foi o caso, não é possível detectar ações inadequadas. O que tem sido denunciado por conta da Operação Lava Jato, e ninguém sabe exatamente os detalhes, pois o acesso às informações é limitado e há vazamentos seletivos, é um só fato: operações entre fornecedores e entre fornecedores de fornecedores sem relação direta com a Petrobras. Como a empresa poderia controlar essas negociações?

CC: Os valores das obras não estão muito acima do previsto? Isso por si só não seria um indício?

JSG: Vamos entender melhor essa história de sobrepreço, de superfaturamento. Existem ações no Tribunal de Contas da União, com base em conclusões de auditores. É normal. Ao longo do processo no tribunal, de 90% a 95% das primeiras conclusões dos auditores são revistas. O auditor, por definição, tem de levantar e informar todas as suas suspeitas. Aí abre-se um processo de defesa, onde se apresenta o contraditório, fornecem-se as explicações. Nesse momento não há nenhuma decisão no TCU a respeito de Pasadena, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Não é certo apontar um superfaturamento generalizado nas operações da Petrobras. Vários fatores têm sido ignorados. Cito um deles: o monumental volume de investimentos da companhia provocou um aquecimento no mercado de equipamentos e serviços. Os preços subiram por causa desse aquecimento da demanda.

CC: Essa seria a explicação para a diferença nos preços do Comperj e de Abreu e Lima?

JSG: No caso de Abreu e Lima há outra variável, o câmbio. Houve uma apreciação do real e isso elevou em 40% os preços em dólar. Agora essa tendência se inverteu. Atravessamos um período de depreciação do real, portanto o valor em dólar vai diminuir. Vamos lembrar: a cotação do real variou no período de 3,60 por dólar para 2,30, 2,40. Não bastasse, foi a primeira refinaria projetada pela Petrobras desde 1980. Ela começou a funcionar em dezembro do ano passado. Foram 34 anos sem colocar em operação uma refinaria. A decisão de erguer a Abreu e Lima tem a ver com o reaquecimento do mercado interno de combustíveis e derivados a partir de 2006. Houve uma redefinição do escopo ao longo do projeto que também provocou uma elevação dos custos. E mais: para fazer uma refinaria no Nordeste, a região mais indicada por não possuir nenhuma unidade e registrar o maior crescimento do consumo, fomos obrigados a realizar uma série de obras, da dragagem do porto à construção de uma estação elétrica de tratamento de resíduos na água. A Lava Jato acaba por contaminar o ambiente, dificulta a análise dos fatos.

CC: Entre os denunciados na Lava Jato estão quatro dirigentes de alto escalão da Petrobras: Costa, Renato Duque, Pedro Barusco e Sérgio Machado. Repetimos a pergunta: como eles conseguiam operar com tamanha liberdade?

JSG: Não conheço as acusações específicas contra cada um, mas duvido que sejam do mesmo tipo. Guio-me pelo que veio a público até agora. O Barusco disse que operava havia 18 anos. O Costa, que fazia tudo fora da empresa. O Machado e o Duque negam as acusações. São duas confissões, a do Costa e a do Barusco. A Petrobras assina 240 mil contratos por ano. Em 2013, faturou 370 bilhões de reais e investiu 45 bilhões de dólares. Não posso admitir a conclusão de que a ação de dois ex-funcionários contaminou a empresa inteira.

CC: A sua defesa é compreensível. No entanto, o papel desses senhores era relevante. Se eles recorreram à delação premiada, têm culpa em cartório, certo?

JSG: Não digo o contrário. Mas vamos olhar o processo interno de decisão. A Petrobras é uma empresa organizada. Não há decisão individual. Elas são sempre coletivas e pressupõem uma série de procedimentos prévios nas áreas jurídica, contábil, de engenharia. Centenas de funcionários são envolvidos. Os procedimentos internos têm de ser aferidos. Segundo disseram à polícia e aos procuradores, o Costa e o Barusco negociaram um ganho por fora sobre a margem de lucro das empreiteiras e seus fornecedores. No mais, afirmaram, as comissões de licitação funcionaram adequadamente, os contratos seguiram os parâmetros da companhia e a margem dos fornecedores ficou dentro dos limites estabelecidos pela Petrobras. O que aconteceu, então? A relação de doleiros e entre empresas fornecedoras de fornecedores da Petrobras. As denúncias sobre cartel das empreiteiras não estão comprovadas.

CC: Mas tudo isso resultou em prejuízo à Petrobras.

JSG: Desde o início a Petrobras tem sofrido com esse processo e isso tem um efeito, inclusive sobre a imagem da companhia. Os processos internos de licitação são regulados pelo Decreto 2.745, elaborado por Gilmar Mendes quando era advogado-geral da União no governo Fernando Henrique Cardoso. E a Petrobras segue essas normas à risca. O TCU considera o decreto inconstitucional, já abriu vários processos a respeito, mas a companhia venceu com folga em outras ocasiões no Supremo Tribunal Federal. Segundo Costa, alguns projetos poderiam ter tido uma margem de lucro menor para as empreiteiras ou para os fornecedores. Seu ganho vinha justamente de estabelecer uma margem maior e negociar uma porcentagem. Então, esses fornecedores embolsaram mais do que em tese poderiam. Mas a margem ficou dentro do intervalo aceitável pelos procedimentos internos da estatal, segundo as regras estabelecidas.

CC: Diante do cenário externo atual, de queda no preço do petróleo, e dos problemas internos, quais os riscos de o escândalo afetar os investimentos da Petrobras e do Brasil?

JSG: A crise de reputação não é uma ameaça direta ao pré-sal. Mas me preocupa a situação dos fornecedores, de quem produz sondas, tanques, tubos etc. Se algumas dessas empresas, principalmente as brasileiras, entrarem em crise, e podem, ocorrerá um atraso na exploração do pré-sal em sua plenitude. Um? Dois anos? Talvez. Não é o pior. A empresa seria obrigada a substituir esses fornecedores por estrangeiros. Isso leva um tempo, não é do dia para a noite. Aí, sim, existe um efeito ruim. Ao importar equipamentos, você deixa de gerar emprego e renda no Brasil e reduz a atividade econômica interna. Boa parte do crescimento do País nos próximos anos está apoiada na evolução da exploração do pré-sal.

CC: Existe um risco macroeconômico, é isso?

JSG: O Brasil precisa recuperar o crescimento. E isso em boa medida será feito com os investimentos em infraestrutura. São portos, estradas, ferrovias, aeroportos... E, no caso do petróleo, estaleiros, sondas, plataformas... Essa retomada precisa ser realizada com a participação das empresas brasileiras, com conteúdo nacional. Para o Brasil crescer, ele precisa da Odebrecht, da Queiroz Galvão, da Camargo Corrêa, da OAS. Se essas empresas quebrarem, compromete-se essa retomada. Hoje, o estaleiro na Bahia, que havia demitido 470 em dezembro, dispensou mais 500. O Rio Grande do Sul vive uma crise. O Comperj também demite. É um efeito dominó. Diminui o emprego, cai a atividade econômica, despencam os investimentos necessários em infraestrutura.

CC: Quanto nessa situação pode influenciar um ministro da Fazenda de viés neoliberal?

JSG: Se há redução da atividade econômica de um lado e de outro o gasto público é cortado, a perspectiva se agrava.

CC: E o risco para o modelo atual de exploração de petróleo?

JSG: Se a Petrobras ficar inibida na sua capacidade e se os fornecedores de equipamentos ficarem desmontados...

CC: ...E se a queda do preço do petróleo continuar...

JSG: É um problema geopolítico. Por 30 anos a Arábia Saudita regulou o preço via produção. Aumentava ou diminuía a oferta e isso afetava o valor do barril. Em 2013, ela resolveu não mais agir dessa forma. Decidiu deixar o preço cair para tirar de circulação produtores de gás de xisto e petróleo condensado nos Estados Unidos. O governo dos EUA deveria ser contra, certo? Mas não é, pois esse movimento pode quebrar a Rússia, o Irã e a Venezuela. E de quebra impedir o Brasil de ampliar a produção do pré-sal no futuro. De qualquer forma, o mercado vai regular o preço. Mas o papel da Petrobras como operadora única do pré-sal pode ser afetado. E se as empresas fornecedoras no Brasil quebrarem, a política de conteúdo nacional não se sustenta. A Petrobras não pode deixar de buscar sondas e plataformas, se não a produção não se realiza. Vai voltar a política anterior de importar. São dois riscos sérios.

CC: Vamos ao caso que mais lhe atinge diretamente. Pasadena foi um mau negócio?

JSG: Pasadena foi um bom negócio. O conceito de prejuízo aventado está totalmente equivocado. Essa história começou na revista Veja, foi encampada pelo PSDB e pelo resto da mídia e se tornou um falso mito. Naquele momento, a Petrobras cumpria a estratégia definida em 1999 pelo conselho de administração de aumentar o refino no exterior, pois o mercado doméstico estava estagnado. Encontramos uma refinaria extremamente bem localizada, no Texas, ao lado do Golfo do México, na região que concentra 12 refinarias e tem mais capacidade de refino do que o Brasil inteiro, ligada a um oleoduto que vai direto a Nova York, o maior mercado consumidor... Quando se comparam os preços de negociações naquela época, Pasadena custou bem menos. Na média, outras refinarias foram adquiridas por 9,3 mil dólares o barril de capacidade de destilação. Compramos por 5,4 mil. Se incluirmos a empresa de comercialização, o valor sobe para 7,1 mil. Ou seja, abaixo da média das transações ocorridas em 2006. Desde a compra, Pasadena rendeu mais de 700 milhões de dólares aos cofres da Petrobras. Não se pode, portanto, sob nenhum ponto de vista, falar em prejuízo.

CC: O TCU insiste no termo.

JSG: Não é o TCU, é o ministro José Jorge. Ele comete equívoco monumental, pois desconsidera, entre outras coisas, a primeira auditoria do tribunal, realizada durante três meses e que concluiu que o preço da compra de Pasadena era adequado. Houve uma ação política do José Jorge, ex-presidente do DEM e ex-ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique Cardoso. Trata-se de um desrespeito à realidade.

CC: O próprio governo e a Petrobras não vacilaram na defesa da compra de Pasadena?

JSG: Qualquer aquisição é de competência privativa do conselho de administração. Quem tomou a decisão de comprar Pasadena foi o conselho, do qual eu fazia parte. A decisão foi correta, era estrategicamente adequada, o preço estava bom, e a possibilidade de ganho era real.

CC: A presidenta Dilma Rousseff, que integrava o conselho, declarou-se traída por não ter sido informada sobre duas cláusulas do contrato, uma de recompra da parte da belga Astra e outra de reformas na refinaria.

JSG: A Cláusula Marlim, que previa a adaptação da refinaria para o petróleo pesado, nunca foi efetivada. A outra é uma cláusula comum em uma sociedade onde cada parte tem 50%. Você estabelece antes as regras do divórcio.

CC: Uma cláusula automática. Então a presidenta disse uma besteira.

JSG: Não diria isso. Ela corretamente afirma não ter sido informada sobre as duas cláusulas.

CC: Teria mudado alguma coisa?

JSG: O conselho deveria ter sido informado. Dadas as condições do negócio em 2006, se o conselho soubesse, não mudaria a decisão, acho. A Petrobras desperta paixões desde a década de 1950, quando foi criada. O Estado de S. Paulo é contra a Petrobras desde o seu início, e O Globo também. E é assim sistematicamente. A Folha de vez em quando é a favor, de vez em quando é contra. Mas os três jornais brasileiros de maior circulação têm uma posição hostil à Petrobras. Consequentemente, há uma resistência ideológica contra a estatal, um sucesso de gestão pública. Não posso admitir que tentem imputar à Petrobras, como se fosse generalizado, o comportamento equivocado de alguns.

CC: Qual foi o erro?

JSG: Não houve superfaturamento em Pasadena. E devemos separar as coisas. A Lava Jato partiu de um fato que nada tinha a ver com a Petrobras. Tinha de ser dessa maneira. Dentro da empresa não seria possível detectar os desvios. Agora, não se pode, a partir dessa investigação, dizer que não existem controles na Petrobras. Ela não é uma bodega. Nenhuma empresa do mundo descobriu campos gigantescos como os do pré-sal e em sete anos passou a produzir 700 mil barris por dia. No Golfo do México, a indústria precisou de 10 anos para atingir 500 mil. No Mar do Norte, quase 15 anos.

CC: Não seria saudável mudar o esquema de indicações político-partidárias na estatal?

JSG: Em toda sociedade anônima, pública ou privada, o conselho de administração indica os diretores-executivos e indica os dirigentes de confiança do acionista majoritário. Na Petrobras, quem escolhe é o governo.

Fonte: CC




Não amigo, é 1 peso e 2 medidas!

"Engavetamentos da era FHC?" Não. "Mensalação Mineiro"? Não. "Trensalão Tucano de SP"? Não. "Mensalão de Furnas"? Não. "Suiçalão do HSBC"? Não.




Ele foi o único que assumiu abertamente essas pretenções: um candidato tão despreparado... parecia desconhecer a legislação vigente (CF 177).

O PT inventou que os tucanos queriam privatizar a Petrobras? Há evidência, documento ou fala oficial do governo FHC? A maior evidência de que dispunhõem era um estudo encomendado que pretendia alterações na empresa e a famigerado logo Petrobrax.

Falar que estão querendo privatizar a Petrobras chega a ser cômico... ela já está "meio privatizada" e boa parte dos negócios são controlados pelos altos membros do governo petista e pela base aliada.

Dilma está numa posição extremamente desconfortável e tem que continuar "mimando" os bilionários/milionários, e ao mesmo tempo, conservar os direitos trabalhistas conquistados e continuar dando "esmolas" aos pobres... Está fazendo o que seus "chefes" e "doadores/investidores" estão mandando fazer.

No atual estado de coisas, creio eu que não adianta protestar e fazer manifestações, ir à caça as bruxas ou apontar o dedo para os "culpados", não se resolve crises dessa forma. Todos temos nossas parcelas de culpa...

E também, quem garante que o Aécio seria um bom governante se tivesse vencido as eleições de 2014? Este senhor "quebrou" Minas Gerais, não cumpriu com todas metas de governo, não conseguiu eleger seu correligionário Pimenta da Veiga em MG e está envolvido até o pescoço em improbidades... Temos opções melhores e viáveis? (nada de Ditadura Militar, já tivemos bastante atraso!)

1) Copy paste, ignorado.

2) Desvio de assunto, ignorado.

3) Opa, uma resposta direta! Vamos lá:

"Renomear" pra petrobrax é a prova cabal que o governo FHC queria privatizar a maior parte das ações com direito a voto e por consequência abrir mão do controle? Ok. Vamos dar um salto de lógica gigante e supor que sim. O que garante que o Aécio iria fazer o mesmo agora?

Como seria o governo do Aécio 2015-2018 nunca saberemos, só podemos conjecturar, o que vai ser total perda de tempo. E bem, a Dilma quebrou o Brasil(ou esses cortes em todas as áreas e aumentos de impostos significam outra coisa?) acho que quebrar alguma coisa não é um bom parâmetro de superioridade do PT, até porque vários estados(RS por exemplo) que eram administrados pelo PT estão com as contas públicas arrasadas.

E não, a petrobrás não está "meio-privatizada", o governo detém a maioria das ações com direito a voto, que é o que define quem efetivamente controla a empresa, então não tem cabimento algum afirmar isso.
 
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Se escolher a última opção, o Brasil vai gerar ainda mais mão de obra para os brasileiros e vai ter mais dinheiro para realizar obras como rodovias, ferrovias, portos e hidrelétricas, ficando quase independente dos empréstimos as instituições financeiras... (prática tradicional dos governos brasileiros)
Engraçado como a empresa já é estatal e isso ainda não acontece.

por favor não me quote mais, não tenho interesse em ficar lendo textos da carta capital :nothing:
 
Não, deu foi falta de tempo: experimente ter 2 trabalhos, "hobbies", família e namorada! :bwahaha:

Que tal ter um emprego em período integral, fazer outra faculdade à noite, família ascendente + a minha família (esposa e filho de 1,5 ano) hobbies, vida social, cão etc etc etc... bitch please.



Estatal só serve de cabide de emprego... apenas mais um betoo/isaac, ignorado.
 
Não, deu foi falta de tempo: experimente ter 2 trabalhos, "hobbies", família e namorada! :bwahaha:

Coisa rara isso, um petista que trabalha. Nem parece que paga imposto igual a todos nós.

E sobre a Petrobras, que baita orgulho hein, ela é "só" a empresa que mais deve no mundo, um baita exemplo de gestão eficiente do poder público. :genio:
 
Alguém (de esquerda preferencialmente) pode me explicar o quão vantajoso é se ter uma estatal petrolífera?

Os lucros seriam mais altos que os impostos SE O ESTADO SOUBESSE ADMINISTRAR ADEQUADA E HONESTAMENTE. Todavia, o Estado não deveria ser visto como um empresário mas sim como um "fiscal" e isso muitos esquerdolóides não entenderam ainda.
 
Estou me dirigindo a membros de fórum ou a "lobistas" de empresas estrangeiras?

Estou me dirigindo a um brasileiro e membro do fórum ou apenas um militante que distorce a realidade a seu favor?

Eu perguntaria: qual vantagem em ser totalmente privada? (ela já é estatal, ou melhor, uma sociedade de economia mista sob controle da União)

Prefere que ela gere mais riqueza para os estrangeiros? Ou prefere que ela gere mais riqueza para nós brasileiros? (partindo do pressuposto de estar me dirigindo a um cidadão brasileiro)

Sim, ela é estatal e infelizmente o Estado brasileiro é um péssimo empresário. Qual a desvantagem dela ser privada? Teríamos um retorno de geração de empregos + impostos, não? Da maneira que a empresa é gerida hoje ela gera apenas prejuízo tanto para estrangeiros(investidores) e brasileiros.

Se escolher a última opção, o Brasil vai gerar ainda mais mão de obra para os brasileiros e vai ter mais dinheiro para realizar obras como rodovias, ferrovias, portos e hidrelétricas, ficando quase independente dos empréstimos as instituições financeiras... (prática tradicional dos governos brasileiros)

Sinto lhe dizer, mas o Brasil não terá mais dinheiro por causa da Petrobras, pelo menos a pequeno/médio prazo. Na verdade a situação mais provável é o Brasil ter que gastar mais dinheiro por causa da nossa querida estatal. Caso não saiba o governo força a Petrobras a pagar dividendos mesmo endividada, para que isso aumente a receita do governo, porém é uma péssima gestão da empresa, aumentar a divida da empresa para aumentar a receita do governo...
E que sonho é esse que o Brasil investe em rodovias, ferrovias, portos e hidrelétricas? Talvez você esteja falando de exemplos como as hidrelétricas que estão prontas, mas não possuem sistema de distribuição e com certeza dessa maneira nos mostra como o governo consegue ser um bom gestor de investimentos e gastar o dinheiro da população com total consciência...
E como eu queria que o país investisse seriamente em ferrovias, tanto para transporte de cargas quanto de pessoas...
Sem contar em como todas essas obras são geridas e super faturadas...
Cada vez fica mais evidente a competência de gestão do governo...

Como ainda não há "tecnologia própria", o Brasil ainda é dependende de seus parceiros - por isso os "regimes de partilha-concessão".

"Por que a Petrobras Distribuidora não se pronuncia sobre alterações de preços dos combustíveis nos postos?

Porque os preços são livres nas bombas. As distribuidoras de combustível são legalmente impedidas de exercer qualquer influência sobre eles.

Há uma lei federal que impede as distribuidoras de operarem postos. Estes são, em regra, administrados por terceiros, pessoas jurídicas distintas e autônomas.

O mercado da gasolina no Brasil hoje é regulamentado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Lei Federal 9.478/97 (Lei do Petróleo). Esta lei flexibilizou o monopólio do setor de petróleo e gás natural, até então exercido pela Petrobras (da qual a Petrobras Distribuidora é subsidiária), tornando aberto o mercado de combustíveis no País. Dessa forma, desde janeiro de 2002 as importações de combustíveis foram liberadas e o preço passou a ser definido pelo próprio mercado.

O preço final ao consumidor varia em função de múltiplos fatores como: carga tributária (municipal, estadual, federal), concorrência com outros postos na mesma região e a estrutura de custos de cada posto (encargos trabalhistas, frete, volume movimentado, margem de lucro etc.)."

Fonte: Petrobras

Realmente o Brasil é um excelente exemplo de um mercado aberto de combustíveis e com incentivo a concorrencia, tanto é que só foi abaixar o custo do petróleo para que o governo subisse alguns impostos para fazer com que a importação não fosse mais competitiva. Você ter a força do Estado a seu favor é uma vantagem desleal a livre concorrência, assim como acontece com os Correios, mas se na teoria não há monopólio, realmente devemos ficar felizes e contentes afinal o "petróleo é nosso"...

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Sobre a Suécia, simplesmente corroborou ao que falei em meu post. Uma sociedade mais educada é uma sociedade com mais consciência política, e logicamente uma sociedade mais educada é mais capaz de alcançar um estado de "igualdade social", mas isso não é mais que uma obviedade e fique claro que através da educação se alcança mais igualdade social, e não através da igualdade social se alcança mais educação. Porém com 12 anos de governo, se o PT tivesse feito uma reforma profunda na educação desde o inicio, os primeiros frutos estariam amadurecendo hoje, porém basta empurrar com a barriga e prometer para os próximos 4 anos ou utilizar a velha tática política de prometer mais dinheiro... Pátria educadora!? tá serto...
 
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