Tenho minhas dúvidas, mas nessa posso até concordar com você.
Mas e os pontos 1 e 3? Não tiveram relevância no resultado da eleição?
O pronto 1 foi extremamente exagerado por Trump (quais os números reais?) mas o que interessa é que seus eleitores acreditaram nesse exagero, então com certeza teve relevância. Em política o fato em si não interessa, e sim a narrativa.
O pronto 3 além de subjetivo por si mesmo não vejo como avaliar concretamente, só com uma pesquisa muito abrangente e bem feita para saber se realmente a uma parcela significativa está mesmo de saco cheio disso e se votou baseado nisso, eu chutaria que só afetou uma minoria mais conservadora, mas como eu disse, sem poder avaliar concretamente, qualquer opinião é chute. Contudo, mesmo afetando apenas 10% ou 20% eleitorado, esses 10% ou 20% podem sim já ter sido bem relevantes no resultado final.
E tem outros fatores que somados também contribuíram: Kamala já era uma candidata fraca antes mesmo de Biden desistir e ainda ficou com a imagem associada ao "velho gagá" Biden, entrou em cima da hora sem ter tempo de formular uma campanha mais consistente (não apresentando planos econômicos ou outros convincentes), focou demais em atacar Trump e etc.
A inflação de preços também teve seu peso.
Então, foi uma somatória de várias coisas.
Aumentou 25%. Entenda como isso é bom pro seu bolso.
Houve aumentos muitos maiores que 25% em administrações anteriores, de 2005 a 2010 por exemplo foi de 70%, na verdade na era Biden foi um dos menores aumentos. veja os números de novo:
2000: US$ 5,67 trilhões ou 54,86% do PIB :
2005: US$ 7,91 trilhões ou 62,6% do PIB. 40%
2010: US$ 13,56 trilhões ou 94,9% do PIB. 70%
2015: US$ 18,15 trilhões ou 100% do PIB. 40%
2020: US$ 28,15 trilhões ou 121,83% do PIB. 50%
2024: US$35 trilhões ou 124% do PIB: 25%
Portanto, com relação ao aumento da dívida pública a era Biden foi das menores.
E isso nunca afetou a reeleição de Bush ou Obama, portanto eu até duvido que o eleitor médio dos EUA sequer sabe direito o que significa dívida pública, assim com o eleitor médio brasileiro.