Para Claro, Vivo e mesmo Anatel, limitação de cobrança por volume é ponto de partida para pleito que prevê big techs ajudando no financiamento de redes
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Para teles, desregulamentação da franquia e da neutralidade é caminho para negociação com as big techs sobre o fair share
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"A Claro e o fair share
José Félix, presidente da Claro Brasil, defende a tese de que a regulação impede as operadoras de obter um retorno condizente ao investimento realizado nas redes. Lembra que o tráfego de rede em crescimento exponencial demanda investimentos na infraestrutura, mas estes investimentos não são feito pelas empresas que geram o tráfego.
“Facebook, Google e Netflix consomem, juntas, 50,2% do tráfego de rede da Claro”, revelou. E mostrou dados indicativos que no mundo todo sete empresas representam metade do tráfego de dados nas redes das operadoras.
“Não existe lugar onde não se cobra pelo gás, pela água, pela energia na proporção da quantidade consumida. Por que é assim com a internet? Isso é uma aberração”, criticou.
O executivo defendeu que uma das primeiras medidas é desregulamentar o setor de telecomunicações, acabando, inclusive, com o veto à cobrança de franquia na banda larga fixa.
Também defendeu acabar com qualquer insegurança jurídica causada pela neutralidade de rede, que a seu ver foi definida em lei para combater um risco que não existe. “Imagina que a Claro um dia quisesse discriminar o tráfego de rede por origem. Nas mesma hora viria a TIM ou a Vivo dizendo para o consumidor que aqui ele é 100% livre. A competição se encarrega, já se encarregou, de mostrar que essa possibilidade não existe”, falou."