Hummm. Cite nomes!
Itamar, não...
FHC 1º mandato, não...
FHC 2º mandato, sim...
Lula 1º mandato, não...
Lula 2º mandato, não...
Dilma...
Aqui entra um ponto complicado, porque a presidanta, não é que ela esteja queimando o futuro pelo presente, é que ela acredita nas m... que faz mesmo, como falaram aí do ministro Margarina¹, que manda na budega é a Dilma.
Sendo pragmático e explicando a listinha que eu fiz (e exclui o Collor já que ele nem terminou o mandato dele):
Itamar: FHC era o ministro da fazenda, e o plano Real foi claramente acelerado para servir de trampolim para a eleição dele, não sei se dá para dizer que isso prejudicou o país de forma relevante, talvez tenha até ajudado, já que se o Mula tivesse ganho naquela época nós estaríamos ferrados, mas isso não muda o fato de houve um forte direcionamento eleitoral.
FHC 1º MandatoA emenda para a reeleição e a postergação de certas medidas apenas para o segundo mandato prejudicaram o país de forma significativa, pode-se citar que a postergação da reforma no setor elétrico (com privatizações no setor feitas às pressas depois) para o segundo mandato foi decisiva para o racionamento em 2001.
Entro em mais detalhes já que tive aulas sobre o assunto na faculdade, se você pegar o arcabouço legal da ANEEL e da ANA (agências reguladoras criadas por FHC) vai ver que todas elas foram feitas no final de 97, e começaram a ser aplicadas de fato apenas no segundo mandato, o país estava quebrado na época e o plano real mal completara 4 anos de vida, era uma época delicada e os investidores tinham bastante medo de um país que vinha de sucessivos planos econômicos desastrados.
Posso estar sendo meio cruel e ignorando a realidade de Brasília (câmara e senado), mas fico sim com a impressão que os tucanos estavam mais preocupados com a reeleição de FHC do que em lidar com medidas que seriam impopulares, além do mais, o sucateamento do setor energético vinha desde o fim da ditadura militar e fora agravada gravemente pelo governo Collor que enxugou o quadro de funcionários do antigo DNAEE, FHC poderia muito bem ter usado sua grande influência política de início de mandato para dar início imediato na reforma do setor elétrico.
FHC 2º MandatoFoi neste mandato, considerado pelos esquerdistas como o pior dele, em que o grosso das reformas estruturais foram feitas de fato, grandes e necessárias privatizações (ainda que feita as pressas pelo o que acredito ter explicado no trecho do 1º mandato), (mini)reformas importantes como as da previdência (fator previdenciário), setores energético e de telecomunicações que tiveram basicamente toda a legislação refeita e com a desestatização estratégica dos setores de distribuição enquanto manutenção do Estado nos setores estratégicos de transmissão (linhas de transmissão energética e fibras ópticas), leis que freiavam o ímpeto do gastos dos governos regionais (estadual e municipal), sem contar a manutenção de reformas importantes iniciadas no mandato anterior.
Vale ressaltar ainda a construção do gasoduto vindo da Bolívia para implementar o regime de geração de energia elétrica de origem térmica (bem como o estímulo para que a indústria usasse gás natural no lugar da energia elétrica) que foi o que impediu novos racionamentos durante os governos do PT.
Muita gente diz que o 2º mandato do FHC foi ruim, eu digo que foi o melhor dele, foi um mandato em que ele de fato se tornou um estadista (IMHO) ao queimar toda a popularidade que angariou com o plano real implementando medidas necessárias para que o país crescesse no futuro, você vê que diferente do Lula, ele não torrou um dinheiro que não tinha para fazer o país crescer de forma artificial (estou falando do gasto absurdo em 2010 que elevou o PIB de forma artificial em 7,5% - ano eleitoral) que resultou em inflação basicamente
Lula 1º mandatoDeixando de lado o Mensalão, o governo Lula começou relativamente bem, ainda que com a retórica típica de um imbecil, esse começo de governo tinha um respeito pelo mercado e influenciava pouco no seu funcionamento, até porque Lula, não fazia nem 2 anos, escrevera uma carta aberta prometendo manter os fundamentos macroeconômicos herdados de FHC, era uma carta para acalmar o Mercado que estava temeroso que Lula colocasse em prática todo o lixo esquerdista (sim, esquerdista não sabe m... nenhuma de macroeconomia) e jogasse os princípios macroeconômicos por trás do plano Real no lixo.
Foi um governo relativamente bom até o estouro do Mensalão.
Com a popularidade no fundo do poço, Lula jogou fora a imagem séria que começara a escrever e começou a ser o populista que o tornou famoso e garantiu com isso sua reeleição, as intervenções na economia começaram aos poucos e conforme ele sentia confiança só piorou, foi aqui também que começou a história da mídia golpista, o financiamento de penas de aluguel e o uso de dinheiro público para eventos claramente eleitoreiros.
Lula 2º mandatoBem, aqui temos o pior do pior dos mundos: com a crise internacional, Lula teve a desculpa perfeita pra encarnar Keynes: criou vários planos eleitoreiros como o PAC (e depois o PAC 2 sem nem sequer ter terminado o primeiro hahahah), inaugurou vários canteiros de obras (hahaah) em lugares que por pura coincidência a candidata Dilma iria fazer comício, injetou dinheiro na economia como nunca, a dívida pública explodiu e as primeiras manobras de "economia criativa" tiveram início para maquiar a queda do superávit primário, as reações do mercado começaram já aqui, antes da eleição da presidanta.
Um lixo de mandato.
E aí nós temos a presidanta Dilma Rousseff que está terminando de acabar com o que sobrou da credibilidade brasileira.
Lógico que isso tudo é o meu ponto de vista, você pode ter o seu.
lol
[1]
http://www.infomoney.com.br/mercado...ior-ministro-fazenda-historia-afirma-dinheiro