http://www.brasileconomico.com.br/n...vil-e-telmex-tera-efeito-no-brasil_75029.html
Operações que envolvem Embratel, Net e Claro poderão ser fortalecidas para enfrentar concorrência da Vivendi e novos competidores com licenças da banda H.
A decisão do empresário mexicano Carlos Slim de consolidar suas operações de telecomunicações sob uma única empresa, a América Móvil, não só acompanha a tendência verificada no setor de integrar os diversos negócios, mas mostra importantes desdobramentos, inclusive para o Brasil.
Por exemplo, terminarão os impedimentos societários para a oferta de pacotes de serviços envolvendo Embratel, Claro e Net. Por outro lado, surgirá uma empresa integrada completa, com serviços de telefonia fixa, móvel, TV por assinatura, dados e presença significativa no mercado corporativo.
Em resumo, um oponente forte para enfrentar a Vivendi, empresa francesa que chega com apetite para concorrer com pacotes de serviços por meio de sua recente aquisição, a GVT, além dos novos competidores que poderão surgir com o leilão da banda H este ano.
A América Móvil, controladora da Claro no Brasil, está disposta a oferecer ações no valor de 227 bilhões de pesos (US$ 17,8 bilhões) para a Carso Global Telecom e Telmex Internacional (Telint), que controla a operação de telefonia fixa e internacional. Além disto, a América Móvil propõe US$ 6,6 bilhões em ações pelo restante da Telint, sócia da Net em parceria com a Globo Participações, e dona da Embratel.
A Telint é detentora de outras operações de TV a cabo e telefonia em seis países da região. Ficam de fora da troca de ações apenas os minoritários da Telmex, mas é um número considerado irrelevante. Se a operação der certo, nascerá uma gigante com 250 milhões de assinantes. Só a Claro, segunda maior operadora móvel do Brasil, tem 43 milhões de clientes.
Em 2000, Slim dividiu suas empresas em fixa e móvel, criando a América Móvil e Telmex. Há cerca de quatro anos, cindiu a Telmex em Telmex México e Internacional. Esta última tem participação na Embratel e Net, além de ativos de dados e TV por assinatura na América Latina. Com esta estratégia, o empresário conseguiu alavancar seus negócios de telefonia fixa e móvel e expandir fronteiras, diz o analista chefe de telecom do Itaú Unibanco, José Valder Nogueira Junior.
Agora, com essa troca de ações, a América Móvil compra a Carso, holding que controla a Telmex México e Internacional, além dos papéis dos minoritários da Telint. Então, embaixo do guarda-chuva da América Móvil ficarão Embratel, Net, empresas de dados e de TV paga na região, uma participação de 34% no capital da Net mais o bloco de controle da Telmex no México.
Em termos operacionais, as empresas terão maior flexibilidade, mas nada que não pudesse ter sido feito até agora. Já são oferecidos alguns produtos empacotados entre Net e Embratel, para telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura. Mas isto pode ser aprofundado ao eliminar as barreiras societárias, observa o analista chefe.
Existe a opção de oferecer no pacote o celular da Claro, uma cobrança que o mercado tem feito de modo intermitente às empresas no Brasil.
Fechamento de capital
Alguns investidores entendem que há ainda outra mensagem por trás da iniciativa do empresário, de que não só fechará o capital da Telint, mas também da Net, caso possa futuramente exercer sua opção de controle.
Neste caso, depende da aprovação do projeto de lei (PL 29), que muda as regras no setor de TV por assinatura e telefonia e trata também do controle de empresas de comunicações por estrangeiros. As dúvidas são se Slim planeja integrar Net e Embratel, trocar ações da Net pela da América Móvil, ou seguir outro rumo.
Se a Telmex Internacional é o vetor de crescimento do seu grupo mexicano, por ser o ativo que estava abrindo fronteiras nos mercados de dados, longa distância e TV paga, ao passar tudo isto para a América Móvil Slim pode estar sinalizando que quer o máximo para si. "Pode significar que precisa desses ativos para continuar a crescer em alta velocidade", opina o analista do Itaú Unibanco.
De qualquer modo, Nogueira Junior acredita que o plano de consolidação anunciado fortalece ainda mais a promessa da Net de sustentar o crescimento que promete ao mercado, já que a empresa tem perdido participação e poderá se defrontar com uma competição maior ainda com a possível entrada das operadoras de telefonia em TV a cabo.
Isto, independentemente da aprovação do PL 29, pois a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem analisado outras opções em brechas na atual legislação.
Com a notícia da troca de ações, a menor captura de clientes pela Net no quarto trimestre e a flexibilidade que a Anatel vem buscando na legislação, os investidores estão divididos se isto será positivo, porque dá maior resiliência operacional para a nova empresa consolidada, pondera Nogueira Junior.
Resta ainda saber qual seria o efeito colateral no âmbito societário.
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abaixo tem mais não consegui colar aqui, segue o link
http://cadusilva.com/fusao-de-teles-expansao-da-gvt-e-batalha-pela-vivo-esquentam-o-mercado
lembrando que em muitas cidades já tem fibras embratel ociosas prontas pra operar.
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noticia de 2009 que pode ter a ver
Embratel muda CIO
por IT Web
28/09/2009
Ivan Campagnolli assume o posto ocupado por Antonio Vega Sandoval, que coordenará um grande projeto dentro da companhia, em Brasília
A Embratel troca o comando do departamento de tecnologia da informação. Antonio Vega Sandoval deixou o posto de CIO para tocar um grande projeto dentro da companhia, em Brasília. A empresa não revelou detalhes sobre essa ação.
Segundo a empresa, a troca ocorreu há cerca de duas semanas. Desde então, Ivan Campagnolli responde pelo cargo de CIO.
O executivo acumula o posto com a diretoria-executiva de tecnologia e qualidade de rede, posição que ocupa desde 2004. Formado em Engenharia pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Campagnolli ingressou na Embratel em 2000.
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por ultimo
http://www.teleco.com.br/emdebate/eprado57.asp
ps.: se somar todos os clientes da OI no BRASIL dá 65 milhões, ou seja, ela seria uma empresa "pequena" perto dessa CLARO NOVA
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