Na verdade eles não podem entregar uma velocidade constante se você não contrata um link dedicado. Mas a Anatel prevê que haja SIM um mínimo:
http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalNoticias.do?acao=carregaNoticia&codigo=35544
http://gizmodo.uol.com.br/regras-anatel-banda-larga-2/
Eu não sei quanto está hoje, mas é bom ressaltar que eles não podem entregar 100% da velocidade porque se PENDURAM milhões de clientes no mesmo serviço, é óbvio que em alguns momentos a velocidade vai oscilar, tipo, seria normal cair pra 40 ou 45 (um link de 50 Mega), mas totalmente ANORMAL isso ocorrer se você pagar um link dedicado, que custa caro.
Mas não é esse o problema, e sim que toda discussão em cima da franquia ignora que as operadoras estão sendo contrárias não ao seu consumo, mas ao incremento exigido na tecnologia (por exemplo, custa mais caro migrar a sua porta do armário de ADSL pra VDSL, e desse último pra fibra), e também a expansão necessária, mas que a operadora é incapaz de fornecer, se não colocar a mão na massa (e no bolso) pra melhorar a própria estrutura da internet, como a construção de backbone.
Então, obviamente, a franquia é como se fosse um bicho papão pra por medo nas pessoas, e inconscientemente fazê-las acreditar que não precisam consumir tudo aquilo, que deveriam contratar não 25, mas 15 Mega mesmo.
Eu sei que parece ilógico, mas é que não estamos raciocinando com a mentalidade DELES. É ingenuidade acreditar que uma Vivo quer que todo mundo contrate 25, 50, 100 Mega, mesmo eles anunciando efusivamente, e mesmo ofertando no portfolio.
Se fosse possível voltar atrás, eles estariam ofertando cada vez MENOS velocidade na banda larga. Acontece que aí todo mundo migraria pra concorrente NET, então a Vivo fica entre a cruz e a espada, pois se sonegar velocidades maiores, perde dinheiro, mas se fornecer, vai ter que gastar um dinheiro que não tem OU NÃO QUER GASTAR.
Seria perfeitamente possível migrar um cliente de 25 pra 50, e seria o mais lógico colocar fibra, resolver o problema das distâncias e talvez até eliminar a necessidade de se contratar concorrentes, afinal, se eu tenho, sei lá, 300/300 aqui, não vou precisar de mais tão cedo (ou nunca).
Acontece que a saturação da rede (ou colapso) é uma consequência inevitável (ao menos que vc só use pra ler emails, e não pra conteúdo audiovisual), e os fatores não são só esses: também tem o custo $$$$ BRASIL $$$$$$, pois o R$ 1 de 1994 hoje vale 4,50, e em 20 anos uma nota de R$ 100 hoje vale R$ 22. Estamos (economicamente falando) na merd@, e na minha opinião só mesmo uma empresa ESTRANGEIRA investindo aqui pra mudar esse cenário, mas também não adianta se o próprio governo não facilitar as coisas.
A tal da ancoragem de preços funciona assim:
Você sabe me dizer qual a melhor estratégia para vender um relógio de R$ 2.000,00?
Eis a resposta: Coloque o mesmo do lado de um relógio de R$ 10.000,00!
Por que isto acontece?
A resposta é um viés cognitivo chamado de Ancoragem. A Ancoragem refere-se à tendência humana de confiar demais na primeira parte da informação oferecida ao tomar a decisões.
Nesta situação o relógio de R$ 2.000,00 quase parece uma pechincha ao lado de um relógio tão mais caro, mas pode também parecer uma compra super-premium, quando colocado ao lado de outro relógio de R$ 200,00.
A ideia da ancoragem é gerar uma sensação com base em uma referencia.
Esta tática é usada frequentemente em restaurantes, onde os itens mais caros são colocados à margem do cardápio para que os outros itens do cardápio pareçam mais barato. Esta estratégia de preços pode gerar a sensação de ter feito a compra correta e também pode facilitar a decisão.
Em um estudo de preços para avaliar os efeitos da estratégia de âncoras, os pesquisadores utilizaram o tema para estimar o valor de uma casa amostra. Distribuíram assim panfletos com informações de casas vizinhas, alguns tinham preços normais e outras tiveram o seus preços inflados artificialmente.
Os Resultados
Tanto um grupo de estudantes de graduação e como um grupo de especialistas no mercado imobiliários ficaram seduzidos pelo imóvel por conta da Ancoragem dos preços mais elevados, valorizando assim o valor da casa acima do valor real. Ao colocar produtos e serviços premium próximos a opções padrão, você pode criar umas sensação de valor potencial para os clientes, que, então, ver as opções mais baratas como uma pechincha, por conta de sua referencia.
Leiam mais aqui:
http://super.abril.com.br/comportamento/a-ciencia-dos-precos
E como eu frisei, pra um ISP não precisar recorrer a franquia e não ter todos esses problemas, ele precisa expandir conscientemente, infelizmente não é isso que queremos ler, mas é preciso conquistar espaço bem devagar, sem pendurar Deus e o mundo no mesmo serviço, sem capacidade técnica pra isso (já que pra isso, precisa-se melhorar muita coisa).
E eu não considero uma empresa saudável financeiramente aquela que se escora em mentiras nas suas ofertas, e quer atender a TODOS.