Usina de Três Gargantas tem interesse em dois softwares desenvolvidos pela Itaipu Binacional.
19 de Maio de 2004
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek (foto), pretende vender a tecnologia de produção e operação da usina brasileira à China. Samek integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na maior viagem de negócios do governo brasileiro na Ásia. Os brasileiros embarcam na sexta-feira, 21, e ficam em terras chinesas por uma semana.
Samek visitará a Usina de Três Gargantas, em construção na província de Hubei sobre o rio Yang-tse, que já começou a produzir energia parcialmente. Os chineses demonstraram interesse em dois sistemas que monitoram a usina brasileira: o Scada e o Mondig.
Os dois sistemas, desenvolvidos pela própria Itaipu, permitem, basicamente, o acompanhamento em tempo real de todo funcionamento da usina: geração de energia, manutenção e operação. “Nós temos o maior interesse de intercambiar, vender essa tecnologia”, diz Samek.
“Estamos levando uma proposta para assinar um intercâmbio. Várias missões chinesas já conheceram Itaipu. Acima de Três Gargantas, eles vão construir uma outra usina de grande potência. E quem tem experiência acumulada de anos, produzindo energia, fazendo manutenção, somos nós”, completa Samek.
PTI – Para Samek, a Itaipu depois de 30 anos, além de energia, “produzirá também conhecimento”. Segundo ele, depois da entrada em operação, da manutenção, e a medida em que foi se evoluindo a ciência da computação voltada para a produção de energia, a Itaipu desenvolveu muitos projetos, entre eles, o Scada e o Mondig”.
“Obviamente que outras usinas do mundo, principalmente as de grande porte, têm interesse nisso. E nós temos o maior interesse de intercambiar, vender essa tecnologia acumulada, que será produzida no Parque Tecnológico de Itaipu”.
O parque, segundo Samek, pode gerar empregos e oportunidades de negócios para jovens cientistas e pesquisadores. “Temos 60 jovens trabalhando numa fábrica de software no PTI, o que representa a oportunidade de disseminar o conhecimento da empresa no mercado, gratuito para o meio acadêmico e vendido na forma de serviços para outras empresas”.
“Isso tudo vai estar sendo colocado a disposição e evoluindo a tal ponto que pode se tornar referência mundial na produção de tecnologia, como é hoje dentro da usina”. (Zé Beto Maciel)
Sistemas monitoram usina em tempo real
Scada e Mondig são dois softwares (sistemas) desenvolvidos pela Itaipu Binacional que permitem o acompanhamento da produção e operação da maior usina do mundo.
O Scada (Sistema de Aquisição de Dados e Controle com Gerenciamento de Energia) é composto de vários computadores interligados que operam em conjunto, monitoram e controlam todo o processo de geração, transformação e da transmissão da energia elétrica gerada em Itaipu, ao mesmo tempo em que também permite o controle automático de geração e da tensão da usina.
“O que melhora a qualidade da produção e aumenta a confiabilidade do fornecimento ao advertir antecipadamente o operador sobre qualquer condição operativa indesejada. Ainda otimiza a geração de energia ao minimizar o consumo de água para uma mesma potência demandada", diz o diretor-técnico de Itaipu, Antônio Otelo Cardoso.
Já o Mondig, em funcionamento desde 2002, faz o monitoramento e diagnóstico das 18 turbinas da usina. Técnicos da binacional acompanham digitalmente online (em tempo real) os níveis de temperatura, de vibração, de entreferro e outros parâmetros das turbinas.
O novo sistema de medição de energia possibilita a obtenção de maior quantidade de dados sobre a produção de Itaipu e que também pode interessar a usinas de grande porte com Três Gargantas”, afirma o diretor-geral brasileiro da binacional, Jorge Samek.
Turbinas de Três Gargantas seguem modelos brasileiros
As subsidiárias brasileiras da Alstom Power e da Voith Siemens Hidro Power Generation estão participando da construção da hidrelétrica das Três Gargantas, na China.
De acordo com Julio Azevedo, gerente de contratos internacionais da Voith Siemens, o valor do contrato de fornecimento de seis grupos geradores firmado pela companhia em consórcio com a General Electric foi de US$ 320 milhões. Destes, a participação brasileira foi de US$ 47 milhões, o equivalente ao projeto e componentes para três turbinas.
No caso da Alstom, o contrato total foi de 163 milhões de euros. De acordo com Philippe Joubert, presidente da companhia, serão fornecidas quatro turbinas, das quais uma será produzida na fábrica de Taubaté.
O futuro embaixador do Brasil na China, Luiz Augusto de Castro Neves, afirmou que o comércio entre os dois países pode melhorar ainda mais com a construção da usina. “Itaipu é o único modelo pela sua dimensão e características das suas turbinas e geradores que pode servir para Três Gargantas”, explicou.
Produção de Três Gargantas não baterá a Usina de Itaipu
Com as duas novas unidades geradoras que entrarão em operação em setembro e outubro do próximo ano, Itaipu continuará sendo a maior usina hidrelétrica do mundo em produção de energia, à frente da usina de Três Gargantas, construída sobre o rio Yang-Tse, na China.
A usina chinesa terá um reservatório maior que o de Itaipu e maior potência instalada: 18 mil megawatts de energia, contra 14 mil megawatts da usina brasileira e paraguaia. Terá, também, um número maior de turbinas: 26 máquinas contra 20 de Itaipu. Porém, as máquinas chinesas têm uma potência de 680 megawatts cada, enquanto as de Itaipu têm 700 megawatts cada.
No entanto, embora com potência instalada menor do que Três Gargantas, Itaipu terá um rendimento maior do que a hidrelétrica chinesa. A natureza favorece Itaipu. A vazão do rio Paraná é mais estável do que a do rio Yang-tse, onde Três Gargantas está sendo construída. Além disso, as águas do rio Paraná são reguladas por dezenas de usinas que existem acima de Itaipu.
Três Gargantas deverá produzir 84 bilhões de KWh/ano. Em 2003, com 18 unidades geradoras (16 funcionando simultaneamente), Itaipu produziu 89 bilhões de KWh/ano.
Em 2000, Itaipu gerou 93 bilhões de KWh/ano, seu recorde de produção. Na avaliação de técnicos da Itaipu, esta marca dificilmente será superada por outra usina. Com duas novas unidades geradoras, a produção de Itaipu poderá aumentar ainda mais e seu recorde deverá ser ampliado.
Fonte: http://h2foz.com.br/modules/noticias/article.php?storyid=835
Os números de Itaipu e os previstos para Três Gargantas
Corrupção Crescente Afeta a Barragem de Três Gargantas
por Doris She
Auditores do governo chinês descobrem amplo esquema de corrupção na Barragem de Três Gargantas, um escândalo que envolve oficiais de alto escalão trabalhando tanto na construção da barragem como nos aspectos de reassentamento do massivo projeto. Num dos casos, o oficial corrupto foi sentenciado com a pena de morte.
De acordo com um artigo da Agência Francesa de Imprensa (AFP) de 20 de março, o porta-voz do judiciário anunciou em 25 de fevereiro que o ex-diretor da agência distrital de reforma agrária em Fengdu recebeu a pena de morte por roubar US$1.440 milhão do projeto da Barragem de Três Gargantas. O jornal de Hong Kong, o Diário de Taiyang, relatou que o Gerente Geral da Corporação Projeto Três Gargantas também foi preso. Ele foi acusado de desviar vários bilhões de Yuan do projeto que deveriam ser usados para a compra de aço dos Estados Unidos.
Relatos de subornos massivos relacionados a construção da maior usina hidrelétrica do mundo, no Rio Yangtze, tinham vindo a tona desde o início de sua construção em 1994, mas não tinham sido considerados até 1998, quando o Primeiro Ministro Ahu Rongji prometeu acabar com a corrupção envolvendo o projeto, publicamente reconhecendo que esse fato comprometeu a qualidade da construção. Oficiais disseram ao AFP em janeiro que os processos criminais tinham sido iniciados contra 14 oficiais envolvidos na corrupção da barragem e que outros estavam sendo investigados. Um mês depois, a imprensa oficial revelou que cerca de 100 oficiais conectados com o projeto tinham sido acusados de corrupção.
Fundos para Reassentamento Desviados
A administração da auditoria revelou também que os oficiais locais desviaram cerca de $57.7 milhões dos fundos de Reassentamento de Três Gargantas quase 12 % do total de $487,8 milhões alocados pelo governo central para reassentar os 1.2 a 1.9 milhões de desalojados pelo projeto. O jornal de Hong Kong, Ta Kung Pao, publicou os seguintes
detalhes extraídos do relatório dos auditores num artigo de 29 de janeiro: Huang Faxiang, chefe da agência de reforma agrária do Distrito de Fengdu, transferiu para outras contas $3.2 milhões que deveriam ser usados no reassentamento, ficando com $1.9 milhões. Outro oficial da mesma agência, Chen Lanzhi, desviou $609.756 para especulação na bolsa de valores. O contador da agência, Juang Haiying, transferiu $24.390 para sua conta pessoal. Em vez de oferecer compensações aos reassentados, os oficiais do Distrito de Yichang utilizaram cerca de $862.000 do fundo de reassentamento para construir prédios de escritório, áreas residenciais e hotéis para seu próprio benefício. Agentes de reassentamento do Distrito de Fuling usaram $412.804 do fundo de reassentamento para montar uma empresa particular.
Segundo um porta-voz do tribunal de Congqing, um oficial da agência de imigração foi condenado à prisão vitalícia em maio por corrupção. Wang Sumei foi condenado por retirar recursos do fundo de reassentamento de Três Gargantas e utilizá-los em festas extravagantes e grandes apostas, entre setembro de 1997 e dezembro 1998. No ano passado, o Ministro de Recursos Hídricos agência responsável pelo controle de enchentes e construção de barragens da China foi acusado de desviar $365.8 milhões de recursos para projetos.
O ministro estava desviando a verba para mercados imobiliários e bolsa de valores. Além do mais, um artigo de 29 de fevereiro no Diário Comercial de Hong Kong dizia que um executivo de alto escalão de uma das empresas sub-contratadas da barragem de Três Gargantas foi demitido em janeiro por sua decisão de comprar maquinário de segunda mão, em mau estado, para o projeto. Dai Lan-sheng, ex-gerente geral da Companhia Industrial de Três Gargantas, também está sendo investigado por suborno e desvio de fundos do estado. Engenheiros e trabalhadores da barragem reclamaram que as máquinas não funcionavam bem e quebravam muito, o que significava alto custo em reparos e atrasos enquanto os trabalhadores procuravam peças substitutas. As equipes de construção usando o maquinário comprado por Dai viram os custos de seu departamento subirem cerca de 20 %.
Quem comprará a Eletricidade?
Corrupção é uma das razões pelas quais os custos do projeto subiram dos originais $8 bilhões para o orçamento atual superfaturado de $24.5 bilhões. Estimativas oficiais prevêem um custo final acima de $30 bilhões, mas prognósticos de alguns especialistas chegam a $75 bilhões. À medida que os custos do projeto aumentam, crescem também os custos da eletricidade. Numa China em mudanças, onde a demanda não está crescendo tanto quanto o esperado, ao mesmo tempo que fontes de energia alternativa mais flexíveis continuam surgindo durante o tempo necessário para construir grandes usinas, existem sérias preocupações de que o mercado não conseguirá absorver a eletricidade produzida em Três Gargantas. Se a demanda por eletricidade fica significativamente aquém das previsões após o seu lançamento em 2003, o projeto pode sofrer cortes, já que a receita da produção de energia nesta fase deveria financiar o restante da construção (planejada para ser completada em 2010). Essa nova situação pode prejudicar os esforços de levantar recursos estrangeiros para a barragem, pressionando o governo a cobrir os $5.5 bilhões que Beijing inicialmente esperava conseguir através de empréstimos internacionais e mercados de capital.
Yuan Guolin, que até janeiro foi o Gerente Geral da Corporação de Desenvolvimento do Projeto de Três Gargantas, disse que seria necessário revisar a capacidade do projeto de vender toda a sua produção uma vez que entrasse em operação. Yuan, agora um representante na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês em Beijing, disse que um problema em potencial seria o de que as autoridades de 10 províncias e municipalidades, potenciais consumidores do projeto Três Gargantas, estavam planejando suas próprias plantas de energia elétricas proporcionando uma fonte imediata de receita em impostos para as autoridades locais.
Ele também expressou sua preocupação acerca dos desafios técnicos sem precedentes confrontando os engenheiros que terão que instalar os geradores e turbinas do projeto, comprados de 19 fábricas em sete países, que podem ter dificuldade de funcionar juntos. Outra mega-barragem chinesa, a Usina de Ertan, financiada pelo Banco Mundial no sudoeste da China, é um perfeito exemplo dos problemas financeiros enfrentados por grandes usinas na China. Ertan vem dando prejuízo desde sua inauguração em 1998. O Correio da Manhã, no Sul da China, relatou no começo de março que Ertan ainda não tem compradores para 60 % da energia que produz. Li Dehou, que supervisa o projeto, disse que a planta estava oferecendo descontos para usuários de indústrias e residências num esforço de vender mais de sua produção.
De acordo com o Financial Times (10/03/2000), Chongqing, a maior cidade em Sichuan, tinha concordado durante o planejamento de Ertan em utilizar 32 % da produção da usina, mas agora só utiliza cerca de 14 %. Chongqing tem suas próprias plantas de energia que geram eletricidade mais barata que Ertan e produzem impostos para as autoridades municipais. Li disse ao Financial Times que o melhor opção para o futuro de Ertan era tentar vender sua produção para as províncias do leste da china, mas não disse como isso poderia ser feito ou se esta abordagem seria mais uma fonte de competição para a Usina de Três Gargantas.
Política Bancária Falida
Neste momento, ativistas de todo o mundo estão planejando um grande protesto a Mobilização pela Justiça Global para a reunião de primavera do Banco Mundial, no dia 16 de abril em Washington, DC. Ativistas do IRN estarão lá para pressionar o Banco a deixar de financiar grandes barragens social e ambientalmente destrutivas, e para oferecer compensações àqueles atingidos por seus antigos projetos.
O Banco Mundial é a maior fonte individual de recursos para a construção de grandes barragens em todo o mundo. Com base no seu suposto objetivo público de aliviar a pobreza, o Banco tem promovido e financiado barragens que expulsam de suas terras milhões de pessoas, causando sérios prejuízos ambientais, e forçando os recipientes desses empréstimos a dívidas cada vez maiores. O Banco já emprestou mais de $60 bilhões (em dólares de 1993) para 538 grandes barragens em 92 países, incluindo muitos dos maiores e mais controvertidos projetos do mundo.
O dossiê de grandes barragens do Banco demonstra vividamente a grande tolice de se represar os rios. Caso após caso, os benefícios tem sido muito menores que os prometidos, e os custos em termos de recursos gastos, dívidas contraídas, comunidades desalojadas, recursos pesqueiros e florestais destruídos, e oportunidades perdidas tem sido muito maiores que as imaginadas. Enquanto o Banco afirma que suas operações tem melhorado nos recentes anos, projetos como o das Águas do Planalto de Lesotho, a Usina de Ertan na China e a Barragem de Nam Theum 2 em Laos revelam constantes problemas sociais, ambientais e econômicos com esse seu dossiê de grandes barragens.
As grandes barragens financiadas pelo Banco transformaram mais de 10 milhões de pessoas em refugiados. Em muitos casos, famílias auto-suficientes da zona rural foram reduzidas a bóias frias ou moradores de favelas. Apesar de uma política que prega que as pessoas desalojadas devem pelo menos recuperar seu padrão de vida anterior, um Relatório de Reassentamento do Banco de 1994 constatou que somente uma usina das várias centenas que o Banco financiou proporcionou um aumento na renda das famílias reassentadas. Mesmo assim, quando entrevistados, 4/5 das residências consideravam-se em pior situação do que antes do reassentamento. Para a maioria das usinas que financiou, o Banco simplesmente não tem dados sobre a renda ou padrões de vida das pessoas desalojadas, antes ou depois do reassentamento.
Estimativas oficiais do número de pessoas desalojadas tem sido notoriamente baixos. Mesmo quando uma estimativa realista é feita, as pessoas expulsas de suas terras para dar lugar a infraestruturas relacionadas às barragens, e os que não possuem títulos de terra, são freqüentemente ignorados. O estudo de 1985 sobre a Usina de Sardar Sarovar na Índia, por exemplo, ignorou os mais de 140.000 agricultores que perderiam partes de suas terras para a rede de canais prevista no projeto. Além disso, moradores rio abaixo são geralmente forçados a abandonar suas casas devido aos efeitos causados a pesca ou mudanças hidrológicas que eliminam as estações de irrigação por enchentes. Por exemplo, 11.000 pessoas foram expulsas pelas enchentes da Usina de Manantali em Mali, mas meio milhão de agricultores rio abaixo estão sofrendo as conseqüências das mudanças no fluxo do Rio Senegal.
Usinas financiadas pelo Banco Mundial vem causando grandes problemas ambientais, incluindo a inundação de grandes áreas de floresta, a perda de incalculáveis recursos pesqueiros, a abertura de regiões remotas para a extração de recursos, e a perda de habitats nos pântanos e estuários. Só as usinas de Tucuruí e Balbina juntas inundaram 6.400 quilômetros quadrados de florestas tropicais na Amazônia Brasileira. Akosombo inundou mais terras que qualquer outra barragem no mundo, 8.500 quilômetros quadrados, cerca de quatro % do território de Ghana.
As usinas financiadas pelo Banco Mundial tem também obtido baixos resultados econômicos. Uma investigação do próprio Banco em 1996 constatou que os custos de construção ficam até 30 % acima dos estimados em 70 das usinas hidrelétricas financiadas pelo Banco desde 1960. Outro estudo do Banco revela que, das 80 hidrelétricas terminadas nos anos 70 e 80, 3/4 tiveram custos além do orçamento projetado. A corrupção é uma das razões dos custos exagerados. O recente escândalo de corrupção envolvendo o Projeto das Águas de Planalto de Lesotho é somente o mais recente exemplo.
As estimativas sobre a demanda de energia do Banco são invariavelmente exageradas, resultando em excesso na capacidade de produção quando o projeto é completado. A Usina de Ertan na China que custou $3.4 bilhões vem perdendo $2.4 milhões por dia desde que sua produção foi iniciada. Devido ao alto custo do projeto e às mudanças na industria de energia chinesa, a energia elétrica produzida em Ertan é significativamente mais cara que a produzida pelas plantas menores que foram surgindo durante a sua construção. A demanda também tem sido menor que a prevista.
Sem nunca deixar de exigir pagamentos pelos empréstimos dos projetos que financiou, que se estendem perpetuamente (mesmo os que falharam), o Banco Mundial nunca foi forçado a pagar pela destruição que tem causado a milhões de pessoas e ao meio ambiente. Nós exigimos que o Banco Mundial cumpra suas promessas e ofereça compensação às comunidades danificadas por projetos de usinas realizados no passado. Do povo indígena Maya Achi na Guatemala aos atingidos pela Barragem de Pak Mun na Tailândia, comunidades atingidas por barragens estão demandando justiça do Banco Mundial. É hora do Banco pagar as suas dívidas.
Fonte:
http://www.calendario.cnt.br/MARAVILHAS.htm