... "esses japoneses viajam de mais"...
A conclusão é essa ai mesmo, meu caro
Klonoa: Door to Phantomile
Acabei emulando esse jogo na versão original de ps1 e o remake do Wii e como não é um jogo de PC, vou passar rapidinho neles.
Queria ter zerado esse jogo quando era criança, mas tenho certeza que teria jogado o CD pela janela se tivesse tentado. Quero só chamar atenção para o seguinte ponto no jogo:
O design das fases.
Basicamente o jogo é um plataforma side scrooling, mas na época Klonoa fez algo que não vi muitos jogos fazendo. Ele criou um mundo 2.5D onde os cenários tem diferentes caminhos bem óbvios que se divergem de uma forma que instiga a curiosidade de explorar os cenários e recompensa o jogador por fazer conexões inteligentes com o caminho principal de forma orgânica. Por várias vezes esses caminhos alternativos oferecem uma interação bem direta com o caminho principal, dando propósito à praticamente todo buraco presente no jogo. É genial. Queria mais jogos assim.
Nota Final: 9/10 (só não dou 10 pq o enredo é estranho de um jeito que só japoneses sabem fazer).
e agora um jogo de PC
Sherlock Holmes: The Devil's Daughter
Gráficos: São muito bons. As texturas são excelentes, os detalhes nas interiores das casas que pode interagir são absurdos e até mesmo a cidade (que fica aberta pra exploração a qualquer momento) é muito bem ambientada. A performance em cutscenes é bem travada por algum motivo, mas no gameplay em geral é ok. As animações não são as melhores, mas vá lá, funcionam.
Áudio: São ótimos, não tenho muito o que falar aqui.
Jogabilidade: Pra um jogo de investigação, ainda mais se falando de Sherlock Holmes que sempre seguiu uma receita clássica, Devil's Daughter é uma mudança e tanto. O que tem de diferente é que você não joga só com Sherlock, ele alterna entre diversos personagens da trama que te dão uma perspectiva maior do caso que você está investigando. Outra mudança é que o jogo se aventurou além das paredes da cidade de Londres e você acaba indo parar em florestas, pântanos e outros locais, interagindo com eles de formas bem dramáticas. As vezes isso não acrescenta em nada no caso, mas diversifica o gameplay de forma interessante. A melhor parte aqui é ainda a investigação e as deduções. Ainda que por vezes pareça que algumas deduções aparecem sem explicações, dessa vez os crimes estão um pouco mais "possíveis", mantenho ainda a engenhosidade que se espera de um jogo do Sherlock. E você pode errar, tudo bem, o jogo continua com esses erros seus até onde dá pra ir.
Enredo: Ele se mescla com casos que você resolve, do meio pro final a coisa começa a engrenar no seu caso principal e tudo começa a ficar mais intenso (estranhamente sobrenatural também) e ai acaba. Devil's Daughter não é um jogo muito longo em si. O que toma tempo demais nele é a exploração dos cenários e a investigação que você faz. Você pode zerar em 20 horas ou em 4 se já souber o que fazer. Mesmo assim, é um enredo bem legal e a duração do jogo não atrapalha isso.
Considerações Finais: Eu gosto de jogos investigativos, mas acabei enjoando bastante de Sherlock. É bom ver que estão dando rumos diferentes pro personagem, que agora é mais porradeiro e um pouco mais humano, e contextualizando os crimes com uma história interessante ocorrendo ao mesmo tempo em que as investigações acontecem. Pra quem não costuma jogar jogos investigativos e quiser tentar, Devil's Daughter é uma forma bem amigável de iniciar.
Nota Final: 7/10