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Sala de Controle de uma Usina Nuclear [FOTOS]

Uso de água do mar em reator é procedimento de emergência, explica professor de engenharia nuclear


“É como se fosse um incêndio. A hora que acaba a água do hidrante, você usa qualquer água disponível. O importante é resfriar o reator”, afirmou ele.

Segundo Senra, não há perigo pelo uso da água salgada. “A essa altura o importante é resfriar o reator. Com água, água salgada, o que tiver”, explica.

O professor explica também que mesmo que ocorra o derretimento do reator não deve causar um desastre para a população.

“Uma usina nuclear já é projetada para o pior cenário possível. Onde há risco de vida já não havia ninguém. As pessoas foram retiradas das áreas mais próximas. Mesmo que haja contaminação, ela vai ser contida”, acredita Senra.



http://g1.globo.com/tsunami-no-paci...tor-mostra-emergencia-explica-engenheiro.html



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Os geradores foram desligados, o problema é que a liberação de energia é GIGANTE, e demora muito para resfriar.
Agora eu não sei se a fissão atômica continua após certo periodo.
 
Barras de combustível de reator 2 em risco no Japão estão 100% expostas

Informação é da agência Kyodo, que cita operadora da usina em Fukushima.

Derretimento de barras aumentaria risco de vazamento nuclear.


A informação se referia ao reator número 2 do complexo Fukushima Daiichi, onde os índices de água do mar usada para resfriamento em volta do núcleo do reator haviam baixado mais cedo durante o dia e, agora, voltaram a baixar.

A pressão do ar no interior do reator 2 aumentou subitamente quando a válvula de regulação do ar foi fechada acidentalmente, informou o canal NHK.

Em consequência, foi bloqueada a alimentação de água ao circuito de refrigeração, fazendo nível de água dentro do reator 2 sofrer forte diminuição e impedindo assim o resfriamento das barras, segundo a imprensa local, citando a operadora Tokyo Electric Power (Tepco).

Segundo a Kyodo, ainda havia a possibilidade do derretimento parcial das barras de combustível. Isso aumentaria o risco de danos ao reator e de um possível vazamento nuclear, dizem especialistas.


http://g1.globo.com/tsunami-no-paci...tor-em-risco-no-japao-estao-100-expostas.html



Radiação nuclear pode causar de queimaduras a câncer, diz especialista

Engenheiro nuclear diz que uma vez esvaziada a região, risco é mínimo.

Há também tratamento para quem for exposto, diz especialista.


http://g1.globo.com/tsunami-no-paci...r-de-queimaduras-cancer-diz-especialista.html





Reatores de usinas afetadas por tremor e tsunami estão intactos, diz AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).


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Combinação de imagens de vídeo da TV local mostra a explosão do reator 3 desta segunda-feira (14) na usina de Fukushima (Foto: Reuters)
 
Crise nuclear no Japão não será 'nova Chernobyl', diz Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA)

O chefe da AIEA, Yukiya Amano, afirmou que há muitas diferenças entre os dois casos, inclusive o desenho e a estrutura das usinas envolvidas.



http://g1.globo.com/tsunami-no-paci...o-sera-nova-chernobyl-diz-agencia-da-onu.html


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Sede da AIEA desde 1979 em Viena, Áustria.





Japão pede ajuda aos EUA para controlar usinas nucleares

http://g1.globo.com/tsunami-no-paci...-aos-eua-para-controlar-usinas-nucleares.html


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Imagem aérea da usina Fukushima Daiichi após explosão nesta segunda-feira (14) (Foto: Reuters)

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Executivos da Tokyo Electric Power Co. pedem perdão pela crise nuclear japonesa durante entrevista nesta segunda-feira (14) em Tóquio (Foto: Reuters)
 
Fantástico!!
 
Nova explosão atinge reator 2 da usina de Fukushima, diz agência nuclear japonesa

A explosão foi reportada no reator 2 pela manhã. Segundo o governo, a piscina de condensação da câmara de confinamento, que serve para resfriar o núcleo, foi danificada. Os reatores 1 e 3 já haviam sofrido com o mesmo problema, sem que houvesse danos ao núcleo. Após os incidentes, o nível de radiação permaneceu baixo, segundo fontes do governo. A explosão não deixou feridos, mas as pessoas que trabalhavam na usina foram evacuadas temporariamente.

http://www.estadao.com.br/noticias/...nal-para-evitar-desastre-nuclear,691849,0.htm

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/...-2-do-complexo-de-fukushima-diz-agencia.shtml


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esse gráfico de "efeitos da exposição a radiação" é muito leviano. Estamos 24h por dia expostos a radiação de todo tipo. A questão toda é a QUANTIDADE de radiação a que se é exposto.
 
Só tenho uma dúvida. A fissão nuclear continua mesmo após os geradores terem parado?
 
Comissão Europeia qualifica acidente nuclear no Japão de apocalipse
Do UOL Notícias*
Em São Paulo

A Comissão Europeia qualificou nesta terça-feira (15) o acidente nuclear do Japão de "apocalipse", por considerar que as autoridades locais perderam praticamente o controle da situação na central de Fukushima.
"Se fala de apocalipse e acredito que é um termo particularmente bem escolhido", declarou o comissário europeu de Energia, Günther Oettinger, ante uma comissão do Parlamento Europeu em Bruxelas.
A situação se agravou hoje (15) com a explosão, que ocorreu às 6h20 (horário do Japão), no reator 4, da unidade 2, da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), a situação está “sob controle”.:huh::no:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-...-acidente-nuclear-no-japao-de-apocalipse.jhtm
Sob Controle ?:rolleyes:
 
Última edição:
Após o terremoto, a usina nuclear de Fukushima foi desligada e as barras de controle (cádmio e boro) foram inseridas para reduzir drasticamente a fissão nuclear. O calor continuou a ser gerado no reator por causa do decaimento radioativo (desintegração radioativa), algo natural, normal e que sempre acontece. Geradores de emergência a diesel foram acionados para gerar energia elétrica e mover as bombas que refrigeram o reator, pois a energia elétrica externa não estava sendo gerada por causa do terremoto.

Uma hora após o terremoto, o tsunami atingiu a usina nuclear de Fukushima e destruiu os geradores a diesel e/ou tanques de diesel, fazendo com que as bombas que refrigeram o reator ficassem sem energia elétrica.

Existe um claro erro de projeto na usina nuclear de Fukushima e possivelmente nas outras usinas nucleares japonesas e até mesmo em outros paises:

Uma usina nuclear construída a beira do mar (o que é normal, pois as usinas nucleares e termoelétricas precisam da água do mar, de lagos ou de rios para ser usada no condensador, que transforma o vapor dágua que passa pela turbina em água liquida) no país mais propenso a terremotos e tsunamis do mundo jamais poderia ter seus geradores de emergência a diesel e/ou tanques de diesel vulneráveis a uma tsunami.

Os geradores de emergência a diesel e/ou tanques de diesel deveriam ficar em lugares altos, no alto de uma plataforma com bases sólidas de concreto ou no alto de um morro, jamais em lugares baixos.





Os reatores nucleares não explodem como uma bomba atômica, pois o urânio não é enriquecido a mais de 95% como nas bombas atômicas.

A forte explosão de Chernobyl (que levantou uma tampa de concreto de quase 2 mil toneladas) foi causada pelo vapor em alta pressão, pois reator estava operando acima na potencia máxima recomendada. Quando o reator de Chernobyl explodiu, havia apenas 6 hastes de controle (cádmio ou boro) inseridas no reator, numero menor que o recomendado no projeto do reator, por isso a explosão de vapor foi tão forte.

Os reatores de Fukushima já estão desligados há muito tempo, com todas as varetas de controle inseridas. O calor continuou a ser gerado no reator por causa do decaimento radioativo (desintegração radioativa), algo natural, normal e que sempre acontece, devendo o calor ser retirado pelo sistema de refrigeração, que falhou.

O reator de Chernobyl (RBMK), ao contrario dos reatores PWR e BWR, usava grafite como moderador (absorvedor de nêutrons). O grafite (feito de carbono, assim como o carvão) quando exposto a alta temperaturas pega fogo e em Chernobyl o grafite queimou por dias espalhando vapores radioativos pela atmosfera.


Os reatores 1 e 3 de Fukushima sofreram explosões de hidrogênio

O hidrogênio que se acumulou e explodiu é resultado da reação química da água com a liga de zircônio (zircaloy) em altas temperaturas, que recobre as barras de urânio, o que demonstra que as barras de combustível nuclear sofreram danos.

Sem o revestimento de zircaloy, cesio e outros isotopos radioativos são liberados na atmosfera.

O combustível nuclear da usina de Fukushima (MOX - Mixed OXide), uma mistura de urânio e plutônio, proveniente de dejetos nucleares reciclados, sendo bem mais energetico que os combustíveis nucleares padrões, é altamente tóxico.

O plutônio, que não é encontrado na natureza e só pode ser produzido em reatores nucleares, é extremamente nocivo ao ser humano. Basta inalar uma partícula para desenvolver câncer de pulmão.

Os principais isótopos do plutônio são: Pu-238 (meia-vida de 88 anos), Pu-239 (meia-vida de 24 mil anos), Pu-240 (meia-vida de 6.500 anos), Pu-241 (meia-vida de 14 anos) e o Pu-242 (meia-vida de 37.600 anos).


Pedaço de grafite ejetado para fora do prédio após a explosão de vapor no reator de Chernobyl

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Todas as usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleares possuem geradores de emergência para manter a sala de controle e outros sistemas funcionando em caso de pane na geração da própria usina.

Os geradores de emergência a diesel são muito mais importantes em usinas nucleares do que em usinas hidrelétricas e termoelétricas.

Submarinos nucleares também possuem motores diesel para acionarem a hélice (ainda que em baixa rotação e velocidade), caso o reator precise ser desligado.

Nas duas fotos abaixo, dois dos quatro geradores de emergência a diesel de Itaipu



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Por motivos óbvios, os geradores de emergência a diesel de Itaipu ficam na parte superior da casa de força, bem acima do andar onde ficam as turbinas, para que caso haja um vazamento da tubulação, não sejam inundados e destruídos.


01 - Cota 40 - Fundação da barragem.
02 - Cota 92,4 - Acesso ao poço da turbina.
03 - Cota 98,5 - Serviço auxiliar da unidade - Sistema de água pura.
04 - Cota 98,5 - Sistema de excitação, acesso ao “housing” do gerador e regulador de velocidade.
05 - Cota 108 - Transformadores elevadores.
06 - Cota 108 - Piso dos geradores e salas de controle local.
07 - Cota 122 - Sistema de ventilação.
08 - Cota 127,6 - Galeria de cabos.
09 - Cota 128,2 - GIS - SF6.
10 - Cota 133,2 - Painéis principais do serviço auxiliar AC e sala dos geradores diesel.
11 - Cota 144 - Serviço auxiliar da barragem.
12 - Cota 214 - Central hidráulica das comportas.


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A meia vida dos isótopos radioativos liberados em um acidente nuclear são determinantes para a gravidade desse acidente. Na imagem abaixo, a contribuição de vários isótopos radioativos para a contaminação do desastre de Chernobyl em função dos dias decorridos. O Césio 137 (linha preta na imagem) tem meia vida de 30 anos. Muitos isótopos radioativos liberados pela usina nuclear de Fukushima tem meia vida curta.

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Nível de raios gama X dias decorridos em Chernobyl

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Última edição:
Crise nuclear no Japão caminha para o pior cenário previsto, diz chefe da estatal atômica da Rússia

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2...fe-da-estatal-atomica-da-russia-924021559.asp





EUA: 'Piscina de armazenamento do reator 4 está sem água em usina do Japão'

Informação de agência dos EUA foi negada por Japão; se estiver correta, não há nada para impedir a fusão das barras de combustível

Situação na usina abalada por tremor e tsunami é 'muito séria', diz ONU.



Apesar de Jaczko não ter informado nesta quarta-feira como conseguiu a informação, a NRC e o Departamento de Energia dos EUA têm especialistas no complexo de seis reatores da usina de Fukushima.

Na França, o Instituto de Radioproteção e de Segurança Nuclear (IRSN) estimou que as próximas 48 horas serão cruciais para o restabelecimento do nível de água na piscina de armazenamento de combustível reciclado do reator 4 de Fukushima, com o perigo de um vazamento "muito grande" de dejetos radioativos.


http://g1.globo.com/tsunami-no-paci...e-usina-no-japao-esta-sem-agua-dizem-eua.html







França diz que Japão perdeu controle de usina nuclear

O tom é o mesmo do chefe de energia da União Europeia, que alertou para uma catástrofe na usina nuclear no Japão nas próximas horas.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/...-japao-perdeu-controle-de-usina-nuclear.shtml







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EUA, União Europeia, França e Rússia preveem o pior nos reatores 3 e 4 da usina de Fukushima, no Japão


Acreditamos que a região do reator esteja sob altos níveis de radiação. Será muito difícil que trabalhadores de emergência consigam chegar até o local. As doses de radiação às quais podem ser expostos seriam potencialmente letais em um período curto de tempo - declarou Jaczko.

Atingida por explosões e dois incêndios que danificaram as estruturas de contenção nos últimos dias, a piscina de combustíveis reciclados do reator 4 já estaria praticamente ao ar livre. Se confirmado a evaporação total da piscina, analistas advertem que a quantidade de radiação liberada seria equivalente à da usina ucraniana de Chernobyl, em 1986. Segundo técnicos, a temperatura da água que ainda resta no local também é alta - em mais de 80 graus Celsius, quando o nível normal é de cerca de 30.

- Os próximos dois dias serão decisivos. Estou pessimista, pois desde domingo nenhuma das soluções funcionou. É uma situação de alto risco; uma evaporação completa nos deixaria no mesmo nível de exposição que Chernobyl - alertou o diretor do Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear da França (IRSN), Thierry Charles.

O chefe da AIEA, Yukiya Amano, classificou a situação como "muito séria" e anunciou que viajará pessoalmente ao Japão para obter informações mais de perto. E, advertindo para o pior dos cenários, o chefe da agência nuclear russa, Sergei Kiriyenko, e o chefe de Energia da União Europeia, Guenther Oettinger, também fizeram previsões sombrias para os próximos dias.

- Estamos em algum lugar entre um desastre e um desastre gigantesco - afirmou Oettinger ao Parlamento Europeu.

Outro motivo de alerta máximo foi causado pelo reator 3 - o único que usa plutônio, mais tóxico que o urânio, como combustível. Durante todo o dia, houve escapamento de fumaça da estrutura, provavelmente, da piscina de combustível.


http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2...-da-usina-de-fukushima-no-japao-924026954.asp


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Última edição:
eu, leigo que sou, pensei comigo: "uai... é só desligar o reator e ta resolvido"
Mas o reator já está desligado há muito tempo, ou seja, não há como parar a emissão como se fosse puxar o fio da tomada. Mesmo desligado está esquentando mais...
tenso!!
 
valeu informação que não tinha visto ainda....
 
Nas últimas horas/dias a situação piorou e surgiu um problema gravíssimo que não havia antes: o esvaziamento da piscina de resfriamento (local onde é armazenado o lixo radioativo mais perigoso, as pastilhas de urânio usadas), que fica ao lado e não tem a mesma proteção de aço e concreto dos reatores (a parte superior não é tão protegida)



Depois de usadas (ao final da sua vida útil no reator), as nocivas pastilhas de urânio que compõem as varetas de combustível nuclear tornam-se o mais radioativo lixo nuclear produzido por uma usina.

Essas pastilhas são armazenadas temporariamente em piscinas de resfriamento ao lado do reator nuclear.

A piscina de resfriamento de Angra II tem capacidade para armazenar lixo radioativo por 40 anos.

O governo americano afirma que a piscina de resfriamento do reator 4 de Fukushima estaria sem água, o que elevaria o nível de radiação a níveis tão altos que tornaria impossível a aproximação de pessoas do reator. A Tokyo Electric Power (Tepco) nega que a piscina de resfriamento esteja vazia, mas afirma que está preocupada com o nível de água.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) considera gravíssima a situação da piscina de resfriamento do reator 4 e afirma que a temperatura das piscinas 5 e 6 estaria 3 vezes maior que o recomendado.

A Tokyo Electric Power tentará jogar água na piscina de resfriamento do reator 4 com canhões de água e depois tentará restaurar a energia elétrica na usina através de uma linha de transmissão que está sendo construída para poder usar as bombas da própria usina ou outras bombas.



O esvaziamento total de uma piscina de resfriamento (local onde é armazenado o lixo radioativo mais perigoso, as pastilhas de urânio usadas) é um evento gravíssimo, pois ela fica ao lado e não tem a mesma proteção de aço e concreto dos reatores (a parte superior não é tão protegida)


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Na imagem abaixo, a seta vermelha mostra a localização da piscina de resfriamento (local onde é armazenado o lixo radioativo mais perigoso, as pastilhas de urânio usadas)


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Não li todo o tópico mas parece muito bom, aprendi muito com as imagens principalmente. E caso não esteja escrito em lugar algum o que é a "meia vida" dos isótopos. É o período que leva para 50% deles se destruirem de tanto emitir partículas (radiação). Por exemplo o exame de cintilografia a pessoa precisa beber um líquido radioativo com meia vida de 2h (me corrijam se estiver errado por favor), ou seja, a cada 2h a radiação que no caso do exame já é baixa, cai pela metade. Em usinas em geral há materiais radiativos cujos átomos são muito grandes (e pesados) por isso a meia vida tão longa, tem muita energia para ser emitida, muitas partículas antes do colapso total da estrutura atômica. Outro fato interessante é que nesse processo os átomos vão "se transformando" em outros elementos (não é bem isso, espero que apareça alguém que possa explicar melhor, um físico seria o ideal) na medida em que os átomos vão quebrando pela fissão.
 
Esse tópico é uma enciclopédia :D


Se não conseguirem controlar a situação nessas piscinas a coisa vai ficar muito feia hein...
 
Tipos de radiação:


● Os raios alfa (2 protons e 2 neutrons) são barrados por uma folha de papel e praticamente não atravessam a pele.
● Os raios beta (elétrons) são barrados por uma folha de alumínio e atravessam 1 cm de pele.
● Os raios gama (onda eletromagnética) são barrados por uma grossa parede de concreto ou chumbo.


Há alguns anos atrás uma tempestade solar lançou uma quantidade tão grande de radiação (raios gama, raios x, vento solar) que se houvessem astronautas na superfície lunar, eles estariam todos mortos.

Os raios gama são a única radiação eletromagnética gerada no núcleo dos átomos. O Césio 137 e o Cobalto 60 (usado em radioterapia) emitem raios gama.

Os raios gama são usados para esterilizar luvas cirúrgicas, preservativos, seringas, etc.



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Como os raios gama atravessam facilmente o aço, os EUA usam raios gama para inspecionar containers em portos.

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O PWR é o reator nuclear mais seguro:


Vantagens

● A água que circula pela turbina não é radioativa
● As varetas de controle são inseridas por cima e caso falte energia elétrica elas caem por gravidade
● Os reatores PWR são passivamente estáveis e se a temperatura do reator aumentar, a fissão diminui



Desvantagens

● A pressão da água no reator PWR (155 atm), é maior que a pressão da água no reator BWR (75 atm), o que aumenta os riscos de vazamento



Os reatores PWR são compactos e por isso muito usados em propulsão de submarinos nucleares

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Vaso do reator BWR

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Unica coisa que eu ainda acho "um absurdo" é que tudo depende de:

Esquentar a água pra ela passar por uma turbina e mover um gerador. Nego já faz isso a 200 anos, ta na hora de lançar algo novo ai pessoal
 
O terceiro reator nuclear mais usado no mundo é o CANDU (CANada Deuterium Uranium), de tecnologia canadense


O CANDU é um reator PWR, mas com algumas diferenças:

● Ao invés de água leve, usa água pesada como moderador e refrigerante (por isso o nome Deuterium).

● Ao invés de urânio enriquecido, usa urânio natural (por isso o nome Uranium).

● Em vez de um grande vaso de aço com as varetas de combustível dentro, no CANDU as varetas de combustível e a água pesada circulam dentro de tubos de aço.



Paises que usam reatores CANDU

● Canada: 17 (+3 refurbishing, +5 decommissioned)
● South Korea: 4
● China: 2
● India: 2 (+13 CANDU-derivatives in use, +3 CANDU-derivatives under construction)
● Argentina: 1
● Romania: 2 (+3 under construction, currently dormant)
● Pakistan: 1


http://en.wikipedia.org/wiki/CANDU


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JORNAL ELETRÔNICO DO CONFEA.

Energia nuclear: "devemos nos precaver de decisões precipitadas, tomadas pelo calor da emoção ou por oportunismo ideológico", afirma Leonam Guimarães

Brasília, 24 de março de 2011.


“Catástrofe natural no Japão, reflexões e ações no Brasil”. Esse foi o tema da palestra feita pelo assessor da presidência da Eletrobrás Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, no plenário do Confea. Para ele, ouvir a expressão “energia nuclear” já causa medo em muitas pessoas. Entretanto, segundo ele, essa é uma das formas mais seguras de provimento de energia.

A tragédia no Japão
“O acidente nuclear ocorrido no Japão não é, em absoluto, a causa da tragédia ocorrida no Japão, como parece ser ao lermos as informações divulgadas hoje na mídia”, diz Leonam. Segundo ele, o que motivou a situação foi o terremoto que atingiu 9 graus na escala Ritcher, o maior que se tem registro na história. “Mesmo para o Japão, para um país que se adaptou para tornar um risco sísmico aceitável, esse terremoto superou tudo do ponto de vista tecnológico”.

De acordo com Leonam, nenhuma obra de engenharia foi projetada para resistir a um evento desse porte. As estruturas colapsaram imediatamente. Depois de uma hora do terremoto, ocorreu o tsunami, que, numa região de topografia plana, varreu todos os destroços. “Nesse momento, oito usinas nucleares resistiram incrivelmente a mais esse evento e quatro não resistiram”. Houve, então, falta de energia elétrica e o resfriamento das usinas foi interrompido.

“Numa análise pessoal, acho que teve uma série de erros quanto à água disponível. Eles devem ter passado a usar água do mar para resfriamento e essa situação é de medida extrema”, comenta. Porém, destacou que outro aspecto importante é o recente restabelecimento da alimentação elétrica externa que está permitindo o controle da situação.

Na interpretação de Leonam, em Fukushima Dai-ichi, o pior cenário é semelhante ao ocorrido em Three Miles Island, em 1979, quando houve derretimento do núcleo nas usinas 1, 2 e 3. Mas, de acordo com ele, o governo japonês acionou o plano de emergência externo, que segue o mesmo plano da central brasileira e, numa medida preventiva, o local foi evacuado, retirando as pessoas que já estavam desabrigadas por conta do terremoto num raio de 20km. “O acidente foi classificado como de nível 5 e o plano acionado ultrapassou as normas internacionais de evacuação máxima de um raio de 5km”. Mas, de acordo com ele, foi uma conclusão lógica do governo japonês, já que as normas são para acidentes graves em apenas uma usina e não em várias.

“Os níveis, quero ressaltar, não são alarmantes e estão decrescendo, diferentemente do que a mídia fala”. Diante disso, Leonam conclui que as usinas nucleares são as construções mais bem adaptadas a resistir eventos naturais como esse, como mostraram as usinas de Onagawa, Fukushima Daini e Tokai, que em nada se abalaram.

E no Brasil?
De acordo com Leonam, a resistência das usinas nucleares localizadas em áreas de alto risco sísmico - especialmente Japão, Irã, Romênia, por exemplo - são muito poucas dentre as 440 em operação no mundo e, certamente, o projeto de construção delas deverão ser repensados e refeitos. “Mas esse evento não poderia ocorrer no Brasil por questões geológicas”, diz.

Segundo ele, o Brasil se situa distante das placas tectônicas. Além disso, as placas do Atlântico Sul se afastam enquanto as do Japão se chocam. “Quando as placas se afastam, não geram tsunami”. Além disso, compara: “se observamos, no Japão foi um sismo de 9,0 graus e um tsunami de 10m, quando o critério lá era de sismo de 8,2 com 0,3g e onda máxima de 5,7m. No Brasil, os critérios são de sismo de 6,5 com 0,1g de carregamento e onda máxima de 4m. O Brasil é um país de baixíssimo risco sísmico”. Leonam conta, ainda, que a Central de Angra tem um quebra-mar de 8m, sendo que Angra 1 e 2 estão a 5m da onda de referência e Angra 3 a 6m.

O assessor também diferencia os tipos de usinas existentes: BWR (reator à água fervente) e PWR (reator à água pressurizada). Uma das características do primeiro modelo, segundo ele, é que não permite circulação natural e, se faltar energia elétrica, o resfriamento é interrompido. Trata-se de um modelo mais antigo. No segundo, a circulação é natural, sem necessidade de bombas elétricas de resfriamento por poucas horas. “O cenário acidental no Japão seria menos severo no caso da utilização de usinas PWR. O alivio do PWR com o resfriamento sem necessidade de energia elétrica permite uma reação mais imediata”, afirma. Mas, de acordo com ele, isso não quer dizer que o PWR seja mais ou menos seguro que o BWR. “Só quer dizer que, naquela situação japonesa, o PWR iria se desempenhar melhor”.

Ele lembra que alguns críticos da energia nuclear também costumam fazer comparações com o acidente de Chernobyl (1986). “Não são iguais”, diz. “Lá, houve material radioativo disperso em grande quantidade e a grandes distancias devido ao incêndio de centenas de toneladas de grafite, levando cinzas radioativas às alturas”. Explica, então, que um reator a água, como é o caso do Brasil, não usa grafite.

Leonam conta, ainda, que a indústria nuclear já está tomando algumas ações em decorrência do acidente e que é importante destacar que o futuro da geração nuclear prevê a utilização dos modelos de “PWR advanced” que prescindem de bombas elétricas. Além disso, como lições aprendidas após essa fase inicial do evento ocorrido no Japão, afirma que deverão ser feitas análises técnicas profundas, aperfeiçoando a segurança, num contínuo processo de melhoria.

Ele ressalta também que demandas no sentido de desligar usinas em operação ou interromper obras de usinas em construção são precipitadas, principalmente, tendo em vista dois motivos: a forma de veiculação das informações pela mídia gerando um clima de catástrofe e razões de natureza política e ideológica que não encontram fundamento técnico algum. “Devemos nos precaver de decisões precipitadas, tomadas pelo calor da emoção ou por oportunismo ideológico”, destaca.

Por último, Leonam afirma: “já me perguntaram se, caso acontecesse no Brasil um acidente como no Japão, como ia ser. Bom, ia ser o caos. Não existe nenhuma estrutura no Brasil para enfrentar ciclos como esse. Mas, num contexto desses, as usinas ainda seriam as que melhor iriam resistir ao fenômeno, porque elas são projetadas para isso”.

Veja aqui a apresentação de Leonam Guimarães (.pdf)

Tânia Carolina Machado
Assessoria de Comunicação do Confea
http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=11430&pai=8&sid=10&sub=nil
 

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