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Um pouco de teoria de futebol - movimentação dos centroavantes das semis

Decio Cupraminn

Member
Registrado
Um pouco de Teoria de Futebol –

(o texto é meu, as imagens eu tirei da internet)


Comparação entre a movimentação dos centroavantes das quatro seleções semifinalistas da Copa:

Van Persie-HOL
Higuaín-ARG
Klose-ALE
Fred-BRA

As áreas manchadas indicam onde o jogador esteve posicionado no campo durante o jogo (com ou sem bola). A foto mostra SEMPRE a direita como campo de ataque dos jogadores, independente de ser no primeiro ou no segundo tempo.

A análise se refere apenas às semifinais, Brasil 1x7 Alemanha, Argentina 0x0 Holanda.


1. Robin Van Persie-HOL

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Como se vê, Van Persie se movimenta muito. Joga muito pouco como um 9 fixo, e muito mais como o que chamamos o “falso 9”, o centroavante que sai da área para buscar jogo. As manchas dentro da própria área indicam os momentos em que, por ser alto, ele volta para ajudar a defesa na bola parada defensiva (escanteios, faltas laterais, etc., para o adversário). As manchas mais fortes no meio de campo indicam o retorno do falso-9 para ajudar na recuperação da bola, fechando as linhas de passe da saída de bola da Argentina, quando a Holanda não tinha a posse da bola. Como atacante versátil, vemos presença de Van Persie ao redor da área, inclusive nas duas linhas-de-fundo, tentando jogadas de penetração na área.

Aprofundando um pouco a análise, vemos ainda o resultado de um time que não tem um criador, um pensador, um camisa 10 clássico. A Holanda tem jogadores que agridem o adversário (como Robben, Sneijder e o próprio Van Persie), mas ninguém que ponha a bola no chão e pense o jogo. Sabedor disso, o técnico Van Gaal apostou num futebol de muita velocidade, transições rápidas e trocas de posições – não há, neste modelo, espaço para um jogador fixo que espere a bola chegar, pois nesse caso ela não chega. Acertou Van Gaal, e trouxe um time bom, mas com limitações, às semifinais da Copa, e perdeu a chance de ir à decisão pelo azar dos penaltis.

2. Gonzalo Higuaín – ARG

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Aqui vemos a movimentação de um camisa 9 mais típico, um centroavante mais de área, que todavia também sai para buscar jogo com os companheiros. Importante notar que Higuaín deixa a área muito mais pela direita do que pela esquerda – pois por aquele lado atua Lionel Messi. Apesar de ter praticamente o mesmo tamanho de Van Persie (1m84 x 1m85), Higuaín tem menos impulsão e é mais fraco no cabeceio; logo, não retorna à sua área na bola aérea defensiva. Dá um ligeiro combate na saída de bola adversária, e retorna apenas até a intermediária para participar da construção da jogada de ataque da equipe Argentina (o gol que marcou contra a Bélgica foi de fora da Área, de primeira). Ou seja, participa menos ativamente da partida do que Van Persie, mas marca presença mais fortemente dentro da área, busca mais a finalização da jogada..

Qual dos dois está correto? Ambos. A Argentina pode se dar ao luxo de jogar com um 9 fixo, pois tem jogadores capazes de organizar o time e as jogadas, e de fazerem essa bola chegar lá: Lionel Messi e Ángel Di María. Com a lesão deste último com a Bélgica, entrou em seu lugar Enzo Pérez, e manteve a criatividade no meio-de-campo – criatividade que não pode ser confundida com agressividade. Já a Holanda não tem esse cara que pensa o jogo com a bola no chão, que dá um passe e se aproxima para recebê-la de volta e lançar outro jogador, embora tenha jogadores capazes de driblar diagonal ou verticalmente buscando o chute.

3. Miroslav Klose – ALE

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O futebol coletivo alemão cobra sacrifícios até do centroavante. A mancha no círculo central indica o segundo tempo, quando o Brasil tentou esboçar uma reação e mostrou um pouco mais de posse de bola, e o centroavante alemão ficava aguardando o desarme para contraatacar. A mancha forte na esquerda mostra Klose participando da movimentação defensiva alemã, reforçando a marcação da saída de bola brasileira pela direita (direita brasileira, Maicon e Bernard, esquerda alemã). As duas manchas fortes na intermediária ofensiva mostram a participação ofensiva de Klose na construção das jogadas (tabelas, domínios de bola, passes), com uma leve chegada à frente nos momentos das conclusões.

Apesar de ser um 9 de ofício, clássico, Klose tem que mudar seu estilo para jogar nessa Seleção Alemã. Isso porque, a exemplo da Holanda, a Alemanha não tem um pensador-organizador no meio-campo (Messi, Di María, James Rodíguez, Pirlo, ou, para os torcedores da dupla Gre-Nal, Zé Roberto e D’Alessandro). Então, se Klose (ou Müller) ficar parado lá na frente esperando a bola, ela não chega. Ciente disso, Joachim Löw conseguiu integrar Klose à equipe, fazendo-o jogar fora da área, participando efetivamente da partida, ofensiva e defensivamente, entrando na área somente no momento correto, na hora da conclusão.

4. Fred – BRA

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Agora que você já conseguiu parar de rir, vamos ao que interessa. O círculo central é o Fred assistindo de camarote aos gols da Alemanha, esperando uma roubada de bola e um contra-ataque que nunca aconteceram. A leve manchinha à esquerda são as vezes que o Fred voltou para ajudar na bola aérea defensiva. A mancha à esquerda mostra uma discreta tentativa de combate à saída de bola alemã pela esquerda, e na intermediária uma modesta tentativa de participar na construção de jogadas – todavia, sem sucesso, como indica a ausência dentro da área.

De todos os centroavantes analisados, somente Van Persie não é um 9 fixo, típico. No entanto, só Fred não deu certo. Por quê? Como veremos, a culpa não é só do Fred.

A Argentina pôde usar um 9 fixo, ainda que ele tenha saído um pouco da área. Saiu da área, não da função de 9. A Argentina tem jogadas pelas pontas, com Lavezzi por um lado e Di María (depois Enzo Pérez) pelo outro, e pelo meio com Messi. Messi se aproxima do ataque, e os meias abertos fazem o afunilamento. Messi conduz a bola com competência ao mesmo tempo em que visualiza a movimentação dos companheiros à frente, tocando a bola e recebendo de volta, pensando a jogada. Por vezes, Messi vê um companheiro em movimentação e faz um passe longo, rasteiro ou alto, com a mesma competência – é um passe para o momento-futuro do companheiro, não um ato de jogar a bola pra frente pra ver quem pega. Como tem outros jogadores de alta movimentação na frente, mais a chegada dos laterais, a bola chega com freqüência e com qualidade ao 9, que pode concluir a jogada com qualidade ao gol adversário.

A Alemanha não tem Messi. O Centroavante (no caso Klose, mas também Müller ou Shürlle) então sai da Área e participa das ações ofensivas e defensivas, da recuperação de bola e da construção das jogadas coletivas. Entra na área para concluir e só.

A Holanda não tem Messi, mas tem um time rápido, veloz e agressivo. Individualmente, tem um futebol com mais qualidade que o alemão, mas perde na coletividade. Seu 9 (ou falso-9), Van Persie, atua por todo o campo, inclusive na área. Constrói, dribla, contra-ataca, cruza.

Ambas, Alemanha e Holanda, souberam suprir com coletividade, inteligência e futebol moderno a carência de um jogador que não possuem. A Argentina, por possuí-lo(s), não teve tal necessidade. E o Brasil?

Bem, o Brasil apostou em Oscar para esse papel. Sim, Oscar, porque Neymar tampouco é esse cara. Neymar é um Robben melhorado: um atacante de drible curto, com ginga brasileira, com bons passes e ótimo chute, mas antes de tudo um atacante, um jogador para dois dribles e chute ou assistência, jogador que deve jogar próximo à área para criar lances de gol. Jogador para agredir e não para envolver. Nosso meia-de-ligação era o Oscar, mas este se limitou a tentar lançamentos longos que não deram resultados. Oscar não conseguia o drible, não conseguia o passe e não conseguia a aproximação. Resultado: a bola só chegava à área adversária (em toda a Copa) quando conduzida pelo Neymar ou pelo Marcelo (eventualmente o Hulk), ou nos lances de bola parada.

Ora, neste caso, torna-se um erro manter um 9 fixo na área, quem quer que seja ele – mesmo um bom 9, em boa fase, o que ainda por cima não era o caso, pois a bola não vai chegar. Esse erro tornou-se ainda maior quando o Brasil ficou sem o Neymar. A bola que já não chegava no Fred, agora é que iria fugir dele como o diabo da cruz.

O Brasil precisaria ter jogado (a Copa inteira, mas principalmente quando perdeu o Neymar) com atacantes de movimentação. Ou, caso mudasse totalmente o jeito de jogar, com outro esquema capaz de levar essa bola até o 9, pelas laterais por exemplo, com 3 zagueiros, mas aí é outro papo.
 
Ótimo tópico, amigo. Pena que a Holanda não teve muita sorte/eficiência nos pênaltis contra a Argentina, acho que uma final Holanda x Alemanha seria mais atrativa, a Argentina só agrediu mais no primeiro tempo, já no segundo e nas prorrogações, ficou numa retranca colossal que não passava nem alfinete.
:haha:
 
ótimo, qualificado!
 
Ótimo tópico, amigo. Pena que a Holanda não teve muita sorte/eficiência nos pênaltis contra a Argentina, acho que uma final Holanda x Alemanha seria mais atrativa, a Argentina só agrediu mais no primeiro tempo, já no segundo e nas prorrogações, ficou numa retranca colossal que não passava nem alfinete.
:haha:

Perfeito. Mas a questão é que era uma retranca "inteligente", com o contra-ataque engatilhado igual a uma mola presa. Se a Holanda bobeia na frente e perde uma bola que não pode, Messi, Pérez, Rojo, Lavezzi, Palácio, etc., em poucos segundos estariam na cara do gol. Por isso a Holanda não podia se atirar com tudo, tinha que manter a cautela. E o Masche jogou muito!!
 
Perfeito. Mas a questão é que era uma retranca "inteligente", com o contra-ataque engatilhado igual a uma mola presa. Se a Holanda bobeia na frente e perde uma bola que não pode, Messi, Pérez, Rojo, Lavezzi, Palácio, etc., em poucos segundos estariam na cara do gol. Por isso a Holanda não podia se atirar com tudo, tinha que manter a cautela. E o Masche jogou muito!!


É verdade, a zaga da Argentina estava num dia excelente, o Mascherano que eu acho um caneludo estava bem na partida, e realmente eles só estavam esperando essa oportunidade, em duas que tiveram, saíram praticamente cara a cara com o Cilessen, esse é o perigo da Argentina, e se o Dí María se recuperar pra final, aí melhora mais um pouco, pois esse é o jogador que dá o suporte para o Messi, além de que o próprio Dí María é muito habilidoso e veloz, esses são dois jogadores que podem decidir a partida.
No lado da Holanda o Vlaar jogou muito na zaga, mesmo sendo um zagueiro alto ele mostrou que tem qualidade, porém bateu o pênalti muito mal, o Van Persie também não foi muito bem na minha opinião, e isso não faz um jogo, desde aquela partida com a Espanha ele não vem atuando bem, já o Sneidjer melhorou com o decorrer das partidas, e o Robben, esse é sem comentários. Sobre os pênaltis, o Van Gaal poderia guardar a última substituição pra colocar o Krul, porém da última vez que fez isso, foi duramente criticado pela imprensa holandesa, dessa vez então ele não fez e deixou o Cillessen, e na minha opinião, alguns dos pênaltis eram defensáveis, um inclusive ele chegou colocar a mão na bola.


Agora é só esperar o próximo jogo, vamos ver no que vai dar.

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Minha perspectiva é que vai ser de um jogo sem muita emoção.
 
Ótimo tópico, amigo. Pena que a Holanda não teve muita sorte/eficiência nos pênaltis contra a Argentina, acho que uma final Holanda x Alemanha seria mais atrativa, a Argentina só agrediu mais no primeiro tempo, já no segundo e nas prorrogações, ficou numa retranca colossal que não passava nem alfinete.
:haha:

Culpa do Van Gaal que usou a substituição do Krul.

O Cillessen já tava com cara de choro quando ia tentar defender o primeiro pênalti. Estava literalmente na cara que ele não ia pegar nenhum. :haha:

.

Sobre o Fred, praticamente todo mundo que entende de futebol viu isso. Só faltou o Felipão/comissão técnica.
 
Última edição:
Culpa do Van Gaal que usou a substituição do Krul.

O Cillessen já tava com cara de choro quando ia tentar defender o primeiro pênalti. Estava literalmente na cara que ele não ia pegar nenhum. :haha:


O Van Gaal fez isso de propósito, tenho certeza.
Naquela primeira ocasião que ele tirou o Cillessen, a imprensa holandesa caiu matando em cima dele, mesmo o Krul tendo entrado e acertado dos pulos, acredito que se fosse o Krul a chance de classificação seria maior, o Cillessen é um bom goleiro, mas depois do que vi do Krul pegando pênaltis, ele está muito acima do titular para essa função (defender pênaltis).
 
O Van Gaal fez isso de propósito, tenho certeza.
Naquela primeira ocasião que ele tirou o Cillessen, a imprensa holandesa caiu matando em cima dele, mesmo o Krul tendo entrado e acertado dos pulos, acredito que se fosse o Krul a chance de classificação seria maior, o Cillessen é um bom goleiro, mas depois do que vi do Krul pegando pênaltis, ele está muito acima do titular para essa função (defender pênaltis).

Pois é. Mas ele apostou alto demais. O Cilessen nunca tinha defendido um pênalti na carreira. Foram 16, acho.

O Krul é um monstro nos pênaltis. Ele espera o cobrador. Sempre que o cobrador bater mal ele vai pegar, porque ele vai estar sempre no canto certo. O tempo de reação e altura dele permitem isso. Ele só não vai chegar na bola se o pênalti for bem batido.
 
Pois é. Mas ele apostou alto demais. O Cilessen nunca tinha defendido um pênalti na carreira. Foram 16, acho.

O Krul é um monstro nos pênaltis. Ele espera o cobrador. Sempre que o cobrador bater mal ele vai pegar, porque ele vai estar sempre no canto certo. O tempo de reação e altura dele permitem isso. Ele só não vai chegar na bola se o pênalti for bem batido.


O Krul também não tinha bom retrospecto, e a altura só era alguns centímetros a mais, só que o Krul estava muito confiante naquela partida. Já nessa semi-final, o Cillessen na hora dos pênaltis não estava, pelo contrário, estava inseguro, aí pra completar os batedores da Holanda, Sneidjer e Vlaar, dois jogadores que estavam bem na partida erram, o resultado foi esse. Mas pelo menos dois pênaltis da Argentina eu acredito que foram "defensáveis".


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Agora é levantar a cabeça, se preparar para a Euro e as próximas eliminatórias, de tanto bater na trave essa bola vai entrar. :challenge:
 
Um pouco de Teoria de Futebol –

(o texto é meu, as imagens eu tirei da internet)


Comparação entre a movimentação dos centroavantes das quatro seleções semifinalistas da Copa:

Van Persie-HOL
Higuaín-ARG
Klose-ALE
Fred-BRA

As áreas manchadas indicam onde o jogador esteve posicionado no campo durante o jogo (com ou sem bola). A foto mostra SEMPRE a direita como campo de ataque dos jogadores, independente de ser no primeiro ou no segundo tempo.

A análise se refere apenas às semifinais, Brasil 1x7 Alemanha, Argentina 0x0 Holanda.


1. Robin Van Persie-HOL

https://s2.yimg.com/bt/api/res/1.2/...7783ff2426_Heatmap-Van-Persie-x-Argentina.png

Como se vê, Van Persie se movimenta muito. Joga muito pouco como um 9 fixo, e muito mais como o que chamamos o “falso 9”, o centroavante que sai da área para buscar jogo. As manchas dentro da própria área indicam os momentos em que, por ser alto, ele volta para ajudar a defesa na bola parada defensiva (escanteios, faltas laterais, etc., para o adversário). As manchas mais fortes no meio de campo indicam o retorno do falso-9 para ajudar na recuperação da bola, fechando as linhas de passe da saída de bola da Argentina, quando a Holanda não tinha a posse da bola. Como atacante versátil, vemos presença de Van Persie ao redor da área, inclusive nas duas linhas-de-fundo, tentando jogadas de penetração na área.

Aprofundando um pouco a análise, vemos ainda o resultado de um time que não tem um criador, um pensador, um camisa 10 clássico. A Holanda tem jogadores que agridem o adversário (como Robben, Sneijder e o próprio Van Persie), mas ninguém que ponha a bola no chão e pense o jogo. Sabedor disso, o técnico Van Gaal apostou num futebol de muita velocidade, transições rápidas e trocas de posições – não há, neste modelo, espaço para um jogador fixo que espere a bola chegar, pois nesse caso ela não chega. Acertou Van Gaal, e trouxe um time bom, mas com limitações, às semifinais da Copa, e perdeu a chance de ir à decisão pelo azar dos penaltis.

2. Gonzalo Higuaín – ARG

https://s3.yimg.com/bt/api/res/1.2/...46-37e6e53c424b_Heatmap-Higua-n-x-Holanda.png

Aqui vemos a movimentação de um camisa 9 mais típico, um centroavante mais de área, que todavia também sai para buscar jogo com os companheiros. Importante notar que Higuaín deixa a área muito mais pela direita do que pela esquerda – pois por aquele lado atua Lionel Messi. Apesar de ter praticamente o mesmo tamanho de Van Persie (1m84 x 1m85), Higuaín tem menos impulsão e é mais fraco no cabeceio; logo, não retorna à sua área na bola aérea defensiva. Dá um ligeiro combate na saída de bola adversária, e retorna apenas até a intermediária para participar da construção da jogada de ataque da equipe Argentina (o gol que marcou contra a Bélgica foi de fora da Área, de primeira). Ou seja, participa menos ativamente da partida do que Van Persie, mas marca presença mais fortemente dentro da área, busca mais a finalização da jogada..

Qual dos dois está correto? Ambos. A Argentina pode se dar ao luxo de jogar com um 9 fixo, pois tem jogadores capazes de organizar o time e as jogadas, e de fazerem essa bola chegar lá: Lionel Messi e Ángel Di María. Com a lesão deste último com a Bélgica, entrou em seu lugar Enzo Pérez, e manteve a criatividade no meio-de-campo – criatividade que não pode ser confundida com agressividade. Já a Holanda não tem esse cara que pensa o jogo com a bola no chão, que dá um passe e se aproxima para recebê-la de volta e lançar outro jogador, embora tenha jogadores capazes de driblar diagonal ou verticalmente buscando o chute.

3. Miroslav Klose – ALE

https://s1.yimg.com/bt/api/res/1.2/...-8b46-37e6e53c424b_Heatmap-Klose-x-Brasil.png

O futebol coletivo alemão cobra sacrifícios até do centroavante. A mancha no círculo central indica o segundo tempo, quando o Brasil tentou esboçar uma reação e mostrou um pouco mais de posse de bola, e o centroavante alemão ficava aguardando o desarme para contraatacar. A mancha forte na esquerda mostra Klose participando da movimentação defensiva alemã, reforçando a marcação da saída de bola brasileira pela direita (direita brasileira, Maicon e Bernard, esquerda alemã). As duas manchas fortes na intermediária ofensiva mostram a participação ofensiva de Klose na construção das jogadas (tabelas, domínios de bola, passes), com uma leve chegada à frente nos momentos das conclusões.

Apesar de ser um 9 de ofício, clássico, Klose tem que mudar seu estilo para jogar nessa Seleção Alemã. Isso porque, a exemplo da Holanda, a Alemanha não tem um pensador-organizador no meio-campo (Messi, Di María, James Rodíguez, Pirlo, ou, para os torcedores da dupla Gre-Nal, Zé Roberto e D’Alessandro). Então, se Klose (ou Müller) ficar parado lá na frente esperando a bola, ela não chega. Ciente disso, Joachim Löw conseguiu integrar Klose à equipe, fazendo-o jogar fora da área, participando efetivamente da partida, ofensiva e defensivamente, entrando na área somente no momento correto, na hora da conclusão.

4. Fred – BRA

https://s1.yimg.com/bt/api/res/1.2/...9e6b-851034ff3762_Heatmap-Fred-x-Alemanha.jpg

Agora que você já conseguiu parar de rir, vamos ao que interessa. O círculo central é o Fred assistindo de camarote aos gols da Alemanha, esperando uma roubada de bola e um contra-ataque que nunca aconteceram. A leve manchinha à esquerda são as vezes que o Fred voltou para ajudar na bola aérea defensiva. A mancha à esquerda mostra uma discreta tentativa de combate à saída de bola alemã pela esquerda, e na intermediária uma modesta tentativa de participar na construção de jogadas – todavia, sem sucesso, como indica a ausência dentro da área.

De todos os centroavantes analisados, somente Van Persie não é um 9 fixo, típico. No entanto, só Fred não deu certo. Por quê? Como veremos, a culpa não é só do Fred.

A Argentina pôde usar um 9 fixo, ainda que ele tenha saído um pouco da área. Saiu da área, não da função de 9. A Argentina tem jogadas pelas pontas, com Lavezzi por um lado e Di María (depois Enzo Pérez) pelo outro, e pelo meio com Messi. Messi se aproxima do ataque, e os meias abertos fazem o afunilamento. Messi conduz a bola com competência ao mesmo tempo em que visualiza a movimentação dos companheiros à frente, tocando a bola e recebendo de volta, pensando a jogada. Por vezes, Messi vê um companheiro em movimentação e faz um passe longo, rasteiro ou alto, com a mesma competência – é um passe para o momento-futuro do companheiro, não um ato de jogar a bola pra frente pra ver quem pega. Como tem outros jogadores de alta movimentação na frente, mais a chegada dos laterais, a bola chega com freqüência e com qualidade ao 9, que pode concluir a jogada com qualidade ao gol adversário.

A Alemanha não tem Messi. O Centroavante (no caso Klose, mas também Müller ou Shürlle) então sai da Área e participa das ações ofensivas e defensivas, da recuperação de bola e da construção das jogadas coletivas. Entra na área para concluir e só.

A Holanda não tem Messi, mas tem um time rápido, veloz e agressivo. Individualmente, tem um futebol com mais qualidade que o alemão, mas perde na coletividade. Seu 9 (ou falso-9), Van Persie, atua por todo o campo, inclusive na área. Constrói, dribla, contra-ataca, cruza.

Ambas, Alemanha e Holanda, souberam suprir com coletividade, inteligência e futebol moderno a carência de um jogador que não possuem. A Argentina, por possuí-lo(s), não teve tal necessidade. E o Brasil?

Bem, o Brasil apostou em Oscar para esse papel. Sim, Oscar, porque Neymar tampouco é esse cara. Neymar é um Robben melhorado: um atacante de drible curto, com ginga brasileira, com bons passes e ótimo chute, mas antes de tudo um atacante, um jogador para dois dribles e chute ou assistência, jogador que deve jogar próximo à área para criar lances de gol. Jogador para agredir e não para envolver. Nosso meia-de-ligação era o Oscar, mas este se limitou a tentar lançamentos longos que não deram resultados. Oscar não conseguia o drible, não conseguia o passe e não conseguia a aproximação. Resultado: a bola só chegava à área adversária (em toda a Copa) quando conduzida pelo Neymar ou pelo Marcelo (eventualmente o Hulk), ou nos lances de bola parada.

Ora, neste caso, torna-se um erro manter um 9 fixo na área, quem quer que seja ele – mesmo um bom 9, em boa fase, o que ainda por cima não era o caso, pois a bola não vai chegar. Esse erro tornou-se ainda maior quando o Brasil ficou sem o Neymar. A bola que já não chegava no Fred, agora é que iria fugir dele como o diabo da cruz.

O Brasil precisaria ter jogado (a Copa inteira, mas principalmente quando perdeu o Neymar) com atacantes de movimentação. Ou, caso mudasse totalmente o jeito de jogar, com outro esquema capaz de levar essa bola até o 9, pelas laterais por exemplo, com 3 zagueiros, mas aí é outro papo.

Cagou tudo ali.
Hoje:
Robben > Neymar. Robben melhor arrancada e velocidade final, mais forte e protege mil vezes melhor a bola... tão habilidoso quanto, com menos variações entretanto, e ótimas finalizações.
 
Sobre o Krul: Aquilo foi jogada de mestre do Van Gaal: A troca de goleiro não foi porque A é mais ou menos pegador de pênalty do que B. Foi estritamente psicológico! Imagina a sensação de "que porra é essa?" dos costarriqueños quando viram o goleiro sendo trocado no minuto final da prorrogação?? Pênalty é x% sorte, y% físico e z% psicológico, e ali o Van Gaal ganhou longe o fator psicológico. Além disso, enquanto o Cilessen estava focado e concentrado no jogo, o Krul estava aquecendo pênaltys. A TV mostrou um pedaço do aquecimento, o treinador simulava atirar algo pra um canto e o Krul tinha que simular o pulo no menor tempo possível, aquecendo o reflexo.

Ou seja, o fator "medo do goleiro", que estava até então a favor da Costa Rica - Navas era o melhor goleiro da Copa até ali e talvez tenha de fato sido - ficou totalmente a favor da Holanda.

Depois, contra a Argentina, o Van Gaal não tinha mais esse fator surpresa. Uma troca ali e os argentinos pensariam apenas "ah, tá, lá vem o golpe....".

Pra mim o Neymar é muito melhor que o Robben, embora o Robben tenha feito uma Copa muito melhor. O Neymar é mais ágil e muda de direção com a bola mais facilmente do que o Robben, além de ser melhor na bola parada. E tem um passe melhor. Mas repito, a Copa do Robben foi infinitamente superior à do Neymar.
 
Parabens!

Uma aula de futebol para mim, nunca havia visto o futebol nessa perspectiva.

Sou formado na area de exatas, mas sempre via o Esporte como diversão, lazer mas não dessa forma.

Obrigado pela aula!
 
Ótimo tópico, mas acho que com "movimentação" você quis dizer "posicionamento", não?
Porque de movimentação o Fred é realmente um poste já que o mesmo nem se dá o trabalho de correr para os buracos da defesa. Estava vendo os jogos e várias oportunidades ele perdeu ou estava impedido.

Cagou tudo ali.
Hoje:
Robben > Neymar. Robben melhor arrancada e velocidade final, mais forte e protege mil vezes melhor a bola... tão habilidoso quanto, com menos variações entretanto, e ótimas finalizações.
Concordo. Nisso que você citou o Robben supera o Neymar sem dúvida mas acho o menino ousado e alegre digamos... mais completo. Ele pode ajudar tanto na criação tanto no ataque, já acho o Robben "agressivo", como o Decio citou, apesar dele ter um bom controle de bola.
 
Parabens!

Uma aula de futebol para mim, nunca havia visto o futebol nessa perspectiva.

Sou formado na area de exatas, mas sempre via o Esporte como diversão, lazer mas não dessa forma.

Obrigado pela aula!

Obrigado pelas palavras, mas não é pra tanto, são só algumas reflexões. Tenho bons sites de teoria pra indicar, quem tiver interesse, MP (ou, se algum moderador der o ok, eu posto aqui mesmo).
 
Ótimo tópico, mas acho que com "movimentação" você quis dizer "posicionamento", não?
Porque de movimentação o Fred é realmente um poste já que o mesmo nem se dá o trabalho de correr para os buracos da defesa. Estava vendo os jogos e várias oportunidades ele perdeu ou estava impedido.

Digamos que "movimentação" seria a busca pelo posicionamento.

O futebol moderno, na minha opinião, até aceita um jogador que se movimente pouco, DESDE QUE o time tenha uma mecânica de jogo que faça a bola chegar com qualidade neste cara para a conclusão. Túlio Maravilha e Jardel eram verdadeiros cones, mas foram artilheiros incontestáveis, em parte porque as mecânicas de jogo de seus clubes funcionava para que esses centroavantes concluíssem bem a gol.
 
Qualifiquei. Odeio futebol, mas se eu tivesse esta visão sua pro esporte, acho que gostaria um pouco. :haha:
 
Faltou parte técnica e análise do adversário, nisso os europeus dão um banho na gente.
 
Faltou parte técnica e análise do adversário, nisso os europeus dão um banho na gente.

Aí o título do tópico teria que ser MUITA teoria de futebol, não UM POUCO de teoria :)

Exigiria um bom aprofundamento da análise, mas seria muito legal tentar fazer.
 
Muito bom o tópico, gostaria de contribuir, pois gosto de futebol e entendo um pouco de táticas e tals. :coolface:

Primeiro temos que observar todo o posicionamento do time do Brasil, começando pelo Luiz Gustavo que estava jogando praticamente como terceiro zagueiro, Oscar e Hulk como pontas e o Neymar livre para ficar onde quisesse. Com isso, nós só tínhamos Paulinho/Fernandinho no meio campo, ou seja um homem para tentar levar a bola ao ataque, o que nunca daria certo obviamente. Os adversários marcavam nossos laterais, pois sabiam que seria nossa válvula de escape, ou seja, com os laterais marcados e sem meio campo, a gente era obrigado a dar chutão pra frente para o Fred ou um dos pontas, mas a chance de isso dar certo é bem pequena.

A partir disso temos o primeiro erro do Felipão: esquema tático. Não adianta querer jogar com 3 zagueiros e mais dois pontas, visto que os laterais precisam de espaço para avançar, mas bateriam nos pontas. Além disso, deixou praticamente ninguém no meio campo, onde só tinha Paulinho/Fernandinho e às vezes voltava o Neymar ou ainda o Oscar tinha que sair da ponta para vir cobrir ele.

Outro erro foi: não usar as características dos jogadores. O Oscar começou jogando de meia(no Inter), meia pelo centro, distribuía jogo, tabelava, chegava na frente, etc. No Chelsea ele também jogava de meia, mas já revesava com Juan Mata e Hazard as pontas, mas era claramente visível que ele não rendia lá, ou seja, escalamos um jogador fora de posição. O Hulk, jogava de segundo atacante pela direita no Porto e jogava muito bem lá, cortava pra dentro, chutava, marcava ofensivo, mas o que o Felipão fez? Mudou ele de lugar de novo, colocou ele de ponta esquerda, lugar onde ele não podia usar sua melhor característica, cortar e chutar. O Neymar a mesma coisa, ele jogava de segundo atacante mais pela esquerda no Santos, mas o Felipão achou que ele fosse o único capaz de criar alguma jogada, botou ele no meio, mas sem obrigação de marcar, então ficou mais um buraco ali na hora de repor a marcação e na hora de criar as jogadas ele não conseguia fazer nada diferente da jogada individual, porque é a característica dele e ele sempre foi incentivado a fazer isso(dae não sei se o sucesso sobe a cabeça e ele tentava resolver sozinho, acho que sim :haha:).

Outra coisa importante são as funções dos meias, o Brasil sempre teve grandes meias, mas hoje em dia como o futebol está muito físico e tático, estão deixando a inteligência e habilidade de lado, ou seja, ao invés de ter o cara que pensa no meio campo, preferem ter os corredores pelo lado(famosos pontas), então estamos indo contra o fruto nacional do nosso futebol, que são os meias inteligentes e habilidosos para colocar corredores, sendo que o físico nunca foi nosso forte.

Acredito que temos que mudar a filosofia das categorias de base, onde jovens são cortados por não ter porte físico ou altura para jogar, reformular o estilo de jogo, dar mais importância aos meias, ao futebol inteligente, não que a tática e o físico não sejam importantes, mas priorizar as características do nosso futebol de antigamente, porque hoje em dia ta triste. :mesa:

É isso, mal pelo wall of text, mas ta inspirado e sem nada para fazer aqui no trampo!!

Abraço
 
Ótima visão, parabéns.

Seu único erro:
Neymar é um Robben melhorado: um atacante de drible curto, com ginga brasileira, com bons passes e ótimo chute

Apesar de ter uma boa noção dos acontecimento em campo, vejo que você está um pouco equivocado nessa afirmação. Ao longo da copa Robben demonstrou um futebol superior ao [R]pegador da atriz gostosa que eu esqueci o nome[/R] Neymar. Muitos ficaram impressionados com esse [R]velocista [/R] jogador de futebol holandes careca, eu sou um deles.

"Um atacante de drible curto" - Sim, neymar faz alguns dribles curtos, mas esse não é seu ponto principal, ele está distante do Messi nesse quesito e eu, particularmente, considero o Robben muito superior nesse aspecto. Não vejo como Neymar pode ser um Robben melhorado em dribles curtos.
"com bons passes" - Nesse quesito os dois ficaram muito emparelhados, mesmo com uma comparação com os dados da FIFA, ainda é difícil dizer quem foi/é melhor (se tratando de copa do mundo) quando os dois não jogaram o mesmo número de partidas. Bom, alguém se arrisca a dizer quem é o melhor? :seferrou:

"ótimo chute" - Bom, verificando os dados exibidos pela FIFA sobre a atuação do Robben e Neymar, temos o seguinte resultado: Robben teve 20 chutes com 95% de precisão; Neymar teve 18 chutes com 72% de precisão. A meu ver isso já é suficiente para saber quem é o melhor nesse quesito. Vale lembrar que o Robben jogou duas partidas a mais que o neymar. :hmm:
Além do mais, Robben devia ter ganho o titulo de melhor jogador da copa. :cereal:

Robben > Neymar
Robben > Messi
Só falei o que eu vi na copa do mundo. Não acompanho tanto o futebol europeu (menos ainda o br :haha:) para falar sobre as atuações em clube.

Bonus:
Pega holandes ladrão:
[video=youtube;CzvK10J0WFw]http://www.youtube.com/watch?v=CzvK10J0WFw[/video]
 
Aí o título do tópico teria que ser MUITA teoria de futebol, não UM POUCO de teoria :)

Exigiria um bom aprofundamento da análise, mas seria muito legal tentar fazer.
Não me refiro ao tópico, me refiro à comissão técnica da CBF.
 
Ótima visão, parabéns.

Seu único erro:


Apesar de ter uma boa noção dos acontecimento em campo, vejo que você está um pouco equivocado nessa afirmação. Ao longo da copa Robben demonstrou um futebol superior ao [R]pegador da atriz gostosa que eu esqueci o nome[/R] Neymar. Muitos ficaram impressionados com esse [R]velocista [/R] jogador de futebol holandes careca, eu sou um deles.

"Um atacante de drible curto" - Sim, neymar faz alguns dribles curtos, mas esse não é seu ponto principal, ele está distante do Messi nesse quesito e eu, particularmente, considero o Robben muito superior nesse aspecto. Não vejo como Neymar pode ser um Robben melhorado em dribles curtos.
"com bons passes" - Nesse quesito os dois ficaram muito emparelhados, mesmo com uma comparação com os dados da FIFA, ainda é difícil dizer quem foi/é melhor (se tratando de copa do mundo) quando os dois não jogaram o mesmo número de partidas. Bom, alguém se arrisca a dizer quem é o melhor? :seferrou:

"ótimo chute" - Bom, verificando os dados exibidos pela FIFA sobre a atuação do Robben e Neymar, temos o seguinte resultado: Robben teve 20 chutes com 95% de precisão; Neymar teve 18 chutes com 72% de precisão. A meu ver isso já é suficiente para saber quem é o melhor nesse quesito. Vale lembrar que o Robben jogou duas partidas a mais que o neymar. :hmm:
Além do mais, Robben devia ter ganho o titulo de melhor jogador da copa. :cereal:

Robben > Neymar
Robben > Messi
Só falei o que eu vi na copa do mundo. Não acompanho tanto o futebol europeu (menos ainda o br :haha:) para falar sobre as atuações em clube.

Bonus:
Pega holandes ladrão:
[video=youtube;CzvK10J0WFw]http://www.youtube.com/watch?v=CzvK10J0WFw[/video]

Então, como eu enfatizei bastante, o Robben fez uma Copa MUITO superior à do Neymar. Poderia ter ficado com a Bola de Ouro que não seria nenhuma injustiça (como poderia ter sido o James Rodríguez, o Müller ou até o Neuer).

Mas ainda assim, na minha opinião, o Neymar é mais jogador.... olha o que ele já fez no Santos e a própria Copa das Confederações...

NESTA Copa, todavia, o Robben jogou muito mais bola, nisso concordo.

@Panza: eu prefiro ver essa mecânica toda de uma maneira mais dinâmica.... prefiro ter jogando juntos o ponta rápido-forte E o pensador inteligente. Era o que a Seleção Brasileira tinha em 70, com Pelé e Jairzinho, por exemplo. Não por acaso, Pelé foi o grande nome da Copa, mas o artilheiro foi o Jair.
 

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