Até que ponto é justificável/perdoável cometer "crimes" por desespero?

Se eu tiver que escolher uma das três escolheria a opção 2. É uma questão de valores próprios. Mas na vida real iria correr com ele para o Pronto Socorro. E iria parar os carros na rua até uma boa alma me ajudar a levá-lo.
Claro

É só chegar no pronto socorro em 5 minutos

E a saúde pública ter o que você precisa de graça, imagina que não?


Opção 2 seria a mais sensata, dentro do seu exemplo de que conseguiria em 5 minutos a quantia
Você conseguiria 300 reais de esmola em 5 minutos?

Pedindo esmola 40 horas por semana, você ganharia 576.000 reais por mês

Acho que os pedintes ganham um pouco menos que isso...
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Juridicamente falando não é crime esse tipo de furto, como do remédio. Então também para o estado não daria em nada.
Ok, posso procurar outra analogia

Mas o pessoal aqui pensa que a lei é absoluta? Se a lei diz que roubar é certo, então pode?
 
Você conseguiria 300 reais de esmola em 5 minutos?

Pedindo esmola 40 horas por semana, você ganharia 576.000 reais por mês

Acho que os pedintes ganham um pouco menos que isso...
Você cria um exemplo hipotético e depois critica uma de suas próprias opções? Qual o setido?

Ok, posso procurar outra analogia

Mas o pessoal aqui pensa que a lei é absoluta? Se a lei diz que roubar é certo, então pode?
Recomendo que procure, pois esta se encontra equivocada. A Lei sempre pode ser alterada. Tratar negros como escravos já foi defendido por Lei. Agora não cabe à nós, meros cidadãos, mudarmos as Leis. O que podemos fazer é incitar a reflexão e questionamento para que as mesmas possam ser alteradas no legislativo. Enquanto em vigor, apenas os juízes podem definir se uma lei é absoluta ou não.
 
Eu realmente não culpo quem furta ou comete algum crime de menor gravidade para não morrer de fome o problema é que esse raciocinio abre brechas para a relativização de crimes mais graves, por exemplo:


jornalista-socialista.jpg


marciatiburi.jpg


Muitas vezes esse pensamento gera a (falsa) ideia de que quem furtou/roubou é sempre necessitado e quem foi furtado/roubado sempre é alguém de classe média alta que não sentirá falta do bem subtraído.
 
Eu realmente não culpo quem furta ou comete algum crime de menor gravidade para não morrer de fome o problema é que esse raciocinio abre brechas para a relativização de crimes mais graves, por exemplo:


jornalista-socialista.jpg


marciatiburi.jpg


Muitas vezes esse pensamento gera a (falsa) ideia de que quem furtou/roubou é sempre necessitado e quem foi furtado/roubado sempre é alguém de classe média alta que não sentirá falta do bem subtraído.

O engraçado é que tão sem noção que tu pode converter isso para qualquer outro crime que o sentido da frase fica o mesmo...

Estupro:
"Não quer ser estuprada, fique em casa"
"Eu acho que tem uma lógica no estupro, o cara nunca conseguiu mulher nenhuma na vida e tá precisando transar, então tira à força devido a anos de propaganda de sexualidade que viu desde criança"

Corrupção:
"Não quer ver corrupção, então fique em casa"
"Eu acho que tem lógica a corrupção, você sempre ouviu falar que político é corrupto então é natural que ele tende a ir para a corrupção devido a anos de doutrinação"
 
Eu realmente não culpo quem furta ou comete algum crime de menor gravidade para não morrer de fome o problema é que esse raciocinio abre brechas para a relativização de crimes mais graves, por exemplo:


jornalista-socialista.jpg


marciatiburi.jpg


Muitas vezes esse pensamento gera a (falsa) ideia de que quem furtou/roubou é sempre necessitado e quem foi furtado/roubado sempre é alguém de classe média alta que não sentirá falta do bem subtraído.
Estou me sentindo aquela bruxa do pica-pau. E lá vamos nós...

Não há relação alguma entre seus prints e o furto de algo de suma importância para a sobrevivência, chamado de furto famélico. No caso dos arrastões houve ameaça e até agressão, portanto, é roubo. E assalto nem preciso definir, certo?

Dito isto, não há brecha alguma entre uma coisa e outra. Você está distorcendo dois fatos distintos.
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O engraçado é que tão sem noção que tu pode converter isso para qualquer outro crime que o sentido da frase fica o mesmo...

Estupro:
"Não quer ser estuprada, fique em casa"
"Eu acho que tem uma lógica no estupro, o cara nunca conseguiu mulher nenhuma na vida e tá precisando transar, então tira à força devido a anos de propaganda de sexualidade que viu desde criança"

Corrupção:
"Não quer ver corrupção, então fique em casa"
"Eu acho que tem lógica a corrupção, você sempre ouviu falar que político é corrupto então é natural que ele tende a ir para a corrupção devido a anos de doutrinação"
Errado, mas muito errado mesmo.

Furto famélico e roubo são coisas totalmente distinas.
 
Errado, mas muito errado mesmo.

Furto famélico e roubo são coisas totalmente distinas.

Não é o caso ali das citações nas imagens, ali é arrastão e assalto por um bem (chuto que é pra drogas ainda) ai se enquadram nas minhas analogias...
 
Não é o caso ali das citações nas imagens, ali é arrastão e assalto por um bem (chuto que é pra drogas ainda) ai se enquadram nas minhas analogias...
Das imagens não, mas da correlação do rapaz com as imagens sim. É que você citou todo o post.
 
É só uma pergunta hipotética, não vejo qual o problema responder

Mas ok

Seu filho(a) com diabetes está tendo convulsões. Você não tem dinheiro para comprar uma dose de Glucagon.

Suas opções são:
  1. Afanar a farmácia
  2. Conseguir 300 reais de esmola em 5 minutes
  3. Seu filho(a) morrer

E aí, qual vai ser?
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Seu post consegue ser tanto extremamente radical e relativista ao mesmo tempo

Você coloca roubo como uma moral absoluta. Mesmo um valor insignificante (exemplo a agulha) mereceria uma punição extrema?

Contudo, o valor financeiro precisa ter sido adquirido honestamente e com desprendimento de energia. Pela lógica, seria então moralmente aceitável roubar políticos, a maioria das grandes empresas, etc?

Deixar o filho morrer é muito mais honroso do que subtrair terceiros, seja lá a quantia que for.

Radical é você tentar manter um negócio qualquer honestamente se privando de muitas coisas na vida, apostando que no futuro terá uma condição financeira melhor sem prejudicar ninguem. MAXIMUM RESPECT.

Aonde nós chegamos ? Muita gente defendendo bandido, lamentável a consciencia de alguns por aqui.

Politico (incluindo os seus aliados) tinham que ir pra vala todos.

Roubo pra mim é uma coisa muito dificil de tolerar, eu nao vou me expor aqui mas eu nao tenho dividas e a empresa da familia com mais de 30 anos de existencia NUNCA sofreu um processo, eu pratico o que eu defendo como etico e moral na minha vida, aprendi isso com o meu pai.
 
Não sabia que Paulo Kogos tinha conta ativa aqui no fórum.
 
Foi um exemplo irônico
Você responde um rapaz dizendo que uma pergunta anterior sua tinha sido hipotética e traz outro exemplo, dentro desse contexto. Me desculpe, mas não foi ironia.
 
Não há relação alguma entre seus prints e o furto de algo de suma importância para a sobrevivência, chamado de furto famélico. No caso dos arrastões houve ameaça e até agressão, portanto, é roubo. E assalto nem preciso definir, certo?

Dito isto, não há brecha alguma entre uma coisa e outra. Você está distorcendo dois fatos distintos.
Não sei se não fui claro. Não disse que há uma relação direta entre furto famélico e a relativização de crimes mais graves, disse que o raciocinio de "até onde pode-se ir para garantir a sobrevivência?" abre margem para esse tipo de coisa.

Há pontos onde obviamente todo ser humano razoável concorda, de que alguém colocar um pacote de macarrão ou de carne embaixo da blusa para alimentar a si, ou ao filho que está com fome não é (ou não deveria ser) crime. No entanto alguns realizam ginástica mental para ir além, dizendo que "arrastões são justificáveis" e "roubos diversos para comprar um tênis da moda" são justificáveis pautado no principio de "até onde pode-se ir para garantir a sobrevivência?".

Aliás, se não me falha a memória alguns anos atrás houve uma tentativa de inserir o princípio da insignificância para celulares de baixo valor...
 
Não sei se não fui claro. Não disse que há uma relação direta entre furto famélico e a relativização de crimes mais graves, disse que o raciocinio de "até onde pode-se ir para garantir a sobrevivência?" abre margem para esse tipo de coisa.
Mas não abre margem.

A partir do momento que há ameaça ou agressão deixa de ser furto e passa a ser roubo. Por isso citei ser impossível haver qualquer margem ou possibilidade de um furto famélico dar margem para roubo. Há distinção em ambos.

Há pontos onde obviamente todo ser humano razoável concorda, de que alguém colocar um pacote de macarrão ou de carne embaixo da blusa para alimentar a si, ou ao filho que está com fome não é (ou não deveria ser) crime. No entanto alguns realizam ginástica mental para ir além, dizendo que "arrastões são justificáveis" e "roubos diversos para comprar um tênis da moda" são justificáveis pautado no principio de "até onde pode-se ir para garantir a sobrevivência?".
Pensar as pessoas podem pensar qualquer coisa. E felizmente que não há liberdade de expressão do pensamento, não é mesmo? Agora, materializar este pensamento em Lei, repito, não há margem. É óbvio que você pode até encontrar uma decisão de juiz que entendeu que o furto de um celular foi qualificado como famélico (hipoteticamente falando). Juízes são seres humanos com culturas e opiniões próprias. Em uma decisão que depende de uma avaliação humana, tudo é possível. Mas essa seria a exceção e não regra.

Aliás, se não me falha a memória alguns anos atrás houve uma tentativa de inserir o princípio da insignificância para celulares de baixo valor...
Eu acompanhei este caso. O STF julgou procedente princípio de insignificância este caso no furto de um aparelho que custava R$ 90,00 na época. Foi como disse, cada juiz vai entender uma coisa. São pessoas, afinal. Mas concordo com você aqui e acredito que não foram assertivos em nenhum momento, o STF.
 
Mas não abre margem.

A partir do momento que há ameaça ou agressão deixa de ser furto e passa a ser roubo. Por isso citei ser impossível haver qualquer margem ou possibilidade de um furto famélico dar margem para roubo. Há distinção em ambos.
Mas eu não disse que furto famélico dá margem a esses casos, disse que a discussão de "até onde pode-se ir para garantir a sobrevivência?" dá margem a esses casos.

Pensar as pessoas podem pensar qualquer coisa. E felizmente que não há liberdade de expressão do pensamento, não é mesmo? Agora, materializar este pensamento em Lei, repito, não há margem. É óbvio que você pode até encontrar uma decisão de juiz que entendeu que o furto de um celular foi qualificado como famélico (hipoteticamente falando). Juízes são seres humanos com culturas e opiniões próprias. Em uma decisão que depende de uma avaliação humana, tudo é possível. Mas essa seria a exceção e não regra.
Concordamos em tudo aqui.

Eu acompanhei este caso. O STF julgou procedente princípio de insignificância este caso no furto de um aparelho que custava R$ 90,00 na época. Foi como disse, cada juiz vai entender uma coisa. São pessoas, afinal. Mas concordo com você aqui e acredito que não foram assertivos em nenhum momento, o STF.
Também concordamos em tudo aqui.
 
Furto famélico é algo que é sim perdoável.
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Também determinados homicídios privilegiados são perdoáveis. Tipo, você e sua (seu) mulher/marido são sequestrados e você tá vendo seu cônjuge ser estuprado por um psicopata e você vai lá e parte pra cima dele e vocês lutam, mas você acaba matando o psicopata para salvar a si mesmo e a outra pessoa. É algo extremo, mas não tem como condenar. É perdoável, é legítima defesa.
 
Última edição:
Mas eu não disse que furto famélico dá margem a esses casos, disse que a discussão de "até onde pode-se ir para garantir a sobrevivência?" dá margem a esses casos.

Entendi seu ponto.
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Furto famélico é algo que é sim perdoável.
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Também determinados homicídios privilegiados são perdoáveis. Tipo, você e sua mulher/marido são sequestrados e você tá vendo seu cônjuge ser estuprado por um psicopata e você vai lá e parte pra cima dele e vocês lutam, mas você acaba matando o psicopata para salvar a si mesmo e a outra pessoa. É algo extremo, mas não tem como condenar. É perdoável, é legítima defesa.
Exato.

Há leis que protegem ambos os casos.
 
É algo extremo, mas não tem como condenar. É perdoável, é legítima defesa.

Mas legítima defesa não seria um crime como proposto pelo autor do tópico.

Ou seria?

.
 
Mas legítima defesa não seria um crime como proposto pelo autor do tópico.

Ou seria?

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São coisas que já estão previstas em lei, então não tem porque mudar.
 
Vejam esse caso, o apelo emocional é enorme por causa dos filhos, mas se analisarmos com atenção:
- a mulher só furtou porcaria
-já tinha histórico
não vejo condição de inocentar, independente de apelo emocional, se fosse assim qualquer mãe de várias crianças estaria autorizada a furtar refrigerante pros filhos e sair impune.
 
Eu realmente não encontro justificativas para alguém roubar comida em um país onde tem fartura de alimentos. Se você bater humildemente em 10 portas pedindo comida, pelo menos 5 vão te dar alguma coisa. Baseado em muitas situações que já presenciei.

Isso sem citar os pratos feitos que inúmeras prefeituras distribuem gratuitamente todos os dias.
 
Pode justificar o que for, a lei não está pra engolir desculpa furada, cumpre-se a lei.
Roubo, matou = cadeia.
Seus motivos e sentimentos pouco importam, a lei tem que ser fria.
 
Uma vez vi uma discussão sobre legítima defesa e tem uma situação assim. Vc atira e mata um ladrão q estava armado e poderia ter atirado. Mas depois vc queima ele e enterra. Aí vc ultrapassou a legítima defesa e passou a ser um crime. Acho q eu vi isso num canal de defesa pessoal. Se vc derruba um ladrão, até aí seria legítima defesa. Mas se vc pegar uma pedra e jogar na cabeça dele caído, deixou de ser.

Esses casos de furto de pão a mídia meio que distorce as coisas na reportagem. Se por acaso a pessoa furta um pão, é uma coisa. Mas e se essa pessoa já tem, digamos, 20 registros de furto de supermercado ao longo de 2 anos? Continua sendo "pq eu morro de fome"? Tentou procurar emprego e não acha. Mas e se é um cara q já foi demitido umas 3 vezes por faltar demais e só ficar contando horas? E se for um caso de TOC?
 
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