Quando eu falei sobre BH, foi justamente sobre estas regiões que vc citou. Tenho colegas e amigos que hoje moram espalhados por regiões diferentes de BH. E muitas dessas pessoas, que moram em bairros das regionais Barreiro e Venda Nova ficam ainda dependentes do xDSL de Oi ou Vivo, pq nem HFC nem FTTH chegam lá.
Mas vc pode reler meu post e ver que eu só disse que conheço muitos bairros sem HFC. São "apenas" algumas dezenas. Mas eu tomei o cuidado de não dizer que é a maior parte de BH. BH tem quase 500 bairros. Chutando um número aqui, por exemplo, 50. Pra mim é um número grande pq engloba tranquilo quase 300 mil habitantes. Mas é uma miudeza perto do tamanho de BH.
Então, eu sei que a esmagadora maioria de BH tem cobertura do HFC da Claro. Mas não é 100% da cidade. E tem muita gente sem cobertura. Governador Valadares tem 280 mil habitantes e é uma das 10 maiores cidades do estado, só pra ter um parâmetro de comparação.
E o que eu quis esclarecer com meu post é essa questão de tamanho da rede HFC quando se fala de cobertura nacional. E eu trouxe números que as próprias operadoras divulgaram pra imprensa especializada.
Tem muita gente que mora em metrópoles, que foi onde a então NET começou e expandiu primeiro, e vê HFC por todo canto que acha que no Brasil inteiro é assim. Provavelmente, pessoas que só viveram em metrópoles e só conhecem metrópoles e, sem ter os números que eu trouxe, extrapola seu conhecimento de mundo pra todo mundo.
Este post mesmo é um exemplo disso.
Daí que tem gente com essa visão de que "ah, se todo lugar onde eu passo ou conheço tem coaxial da Claro, então a rede tem a mesma capilaridade no Brasil todo". Mas olhando os números concretos, essa impressão de que "
a abrangência do HFC da NET/Claro é MUITAS vezes maior do que uma Vivo Fibra ou Oi Fibra da vida" cai por terra. Todos aqui concordamos que a Claro não está mais construindo HPs em HFC há pelo menos 2 anos. Então, ela parou próximo aos 30 milhões de HPs com coaxial. Contando com as HPs construídas em 2020, a Vivo sozinha já chegou aos 14 milhões de HPs em FTTH. Portanto, como eu já disse antes, essa "muitas vezes maior" mal passa de 2 vezes. Isso em números de hoje, hein. E sem contar a Oi Fibra, a Claro Fibra e a TIM Fibra.
Só pra finalizar, e deixar mais informação aqui pra quem se interessa no assunto, seguem mais duas matérias com pontos bem relevantes quanto a isto.
Claro pretende aumentar a capilaridade na banda larga fixa. A meta é terminar o ano com mais de 1,5 milhão de homes passed em FTTH em quase 100 cidades. Para isso, adotou a estratégia de reúso da infraestrutura de transporte de longa distância.
www.telesintese.com.br
Alguns trechos que destaco:
Em janeiro [de 2019]
, a companhia passou a instalar fibra até a residência do consumidor por todo o Brasil, em cidades onde a NET (agora marca dentro da Claro) não tinha presença. Hoje, as redes GPON da operadora estão ativadas em 51 cidades, conforme Marcio Carvalho, diretor de marketing da Claro.
Segundo ele, com o piloto [em Serra Negra, SP]
a Claro conseguiu comprovar que o investimento em GPON vale à pena para a construção de novas redes onde ainda não atendia. “A rede de fibra é passiva, transmite o sinal a partir de uma central, não é suscetível a energia elétrica, então no total cost of ownership se mostra atrativo”.
Futuro da rede híbrida
Onde a empresa já oferecia banda larga, o HFC supre a demanda. “A gente sempre usou a arquitetura híbrida, em que a fibra chega a um nó da rede, e de lá segue com o cabo coaxial para a casa do cliente. Com o aumento das velocidades, vamos instalando mais nós, e a fibra vai ficando cada vez mais perto da casa do cliente, então naturalmente os clientes HFC vão passar para a fibra pura em algum momento. Até lá, usamos a tecnologia DOCSIS 3.1, que está em pé de igualdade com o FTTH”, explica Carvalho.
Serra Negra, em São Paulo, é a primeira nova operação da companhia em cerca de dois anos e é a primeira totalmente baseada em GPON/FTTH
teletime.com.br