Vc está errado, simples assim.
Quando a rede é mais exigida? De noite, então a rede precisa ser inteiramente dimensionada para suprir a população no pico da noite, que é exatamente o momento que vc está usando. Não chega conta na casa de ninguém falando que foi feito infra elétrica nova, esse preço é subsidiado na conta, então se vc não tá pagando a sua parte do subsídio quem tá pagando é o resto da população
Na sua mente vc acha que tá usando carro elétrico e pagando imposto sobre combustível, mas o que vc realmente ta pagando é pedágio pois está usando a via.
Vc tá jogando energia na rede quando a rede inteira está sendo menos exigida e pegando quando está mais exigida e tá achando que os dois momentos tem o mesmo valor... Existe até uma modalidade de conta de luz que vc paga valor diferente dependendo da hora que usa.
Enfim, eu até entendo sua reclamação, faz algum sentido, apenas está errado.
Eu não citei imposto sobre combustível. Eu citei bicicleta elétrica e IPVA.
O IPVA é um imposto sobre veículos automotores exigido para circulação em via pública, se você quiser ter um carro guardado na sua garagem não precisa pagar.
Portanto é um imposto cobrado sobre a utilização da via, mesma via utilizada pela bicicleta elétrica e a esta não é subsidiada no IPVA.
Você tá confundindo várias coisas, primeiro que o aumento do consumo no período da noite é somente no começo da noite, momento que as pessoas chegam do serviço, tomam banho, etc.
Comércio, por exemplo, na sua imensa maioria trabalha durante o dia.
Industrias tem horário diurno mas essa regra não é exclusiva.
O período da meia noite as 6h é um horário de baixo consumo.
Isso, também, pouco importa para a rede elétrica com fornecimento pela sua maioria com hidroelétrica, o rio não flui menos durante a noite, a turbina não gira menos na falta do sol.
Além disso a conta é mensal, não diária, se a geração é superior ao consumo e o cidadão é tributado pelo ICMS, imposto sobre consumo de mercadorias e bens, não há portanto consumo ao final do mês. Além disso o que eu falei é exclusivo do estado de São Paulo.
Não existe parte do subsídio, painel é comprado com todos os tributos, instalação e toda a parte de autorização da concessionária é paga e tributada.
Durante o dia não só o cidadão torna-se invisível para a concessionária, uma vez que o que é produzido é consumido in loco mas o excedente ainda é jogado de volta na rede elétrica.
Se o excedente é considerado subsídio e há a subtração desse valor extra do consumo, portanto para eventual justiça nessa sua visão, não deveria ninguém jogar excedente na rede pública e sim deixar que ela se vire.
Portanto, ainda, se não há qualquer motivo para se jogar o excedente na rede pública fazendo seu abastecimento e desafogando-a o mais justo é então, pelo que eu estou entendendo do seu ponto de vista, a compra de baterias e a quitação do contrato com a concessionária, portanto a casa abastecida pela energia solar e portadora de baterias deixa de recolher:
1. PIS
2. Cofins
3. ICMS
4. Tarifa básica de consumo que já estabelece 100 kw/h para todas as contas
5. Iluminação pública
6. Bandeira vermelha
O que para o Estado e a concessionária, obviamente, é muito pior.
Existem dois caminhos para o excedente, abastecimento da rede pública e crédito em conta, ajudando a suprir um setor em crise ou baterias internas e abrindo mão de qualquer tributo.
Eu, realmente, não vou me alongar nesse tema e prometo ser meu último post sobre o tema no tópico de mineração.
Se houver um tópico sobre fotovoltaica podemos continuar conversando por lá mas realmente meu ponto é esse.