gvt FAZ sim TS, só não faz em 100% da clientela...
Primeiro, tente usar encriptação no seu tráfego P2P. Programas como BitComet, BitTorrent, uTorrent, e Vuze oferecem a encriptação. Ao habilitar a função, fica muito mais difícil (impossível, em alguns casos) que seu provedor detecte o uso de softwares de P2P.
As explicações para os quatro programas seguem abaixo:
BitComet: vá ao menu Option, clique em Preferences, Advanced, Connection, e selecione a opção Protocol encryption.
BitTorrent e uTorrent: vá ao painel Preferences e selecione a aba BitTorrent. Clique em Protocol encryption e selecione Enabled.
Vuze: antes, mude seu perfil do modo iniciante para o avançado. Vá ao menu Tools, abra o Configuration Wizard e selecione o Advanced. Em seguida retorne à função Tools e clique em Options, Connection e Transport Encryption. Selecione Require encrypted transport, vá ao menu Minimum encryption e escolha encriptação RC4.
Um segundo método de driblar a restrição de tráfego é mudar a maneira como o protocolo de torrent age. Este método funciona em provedores que tentam frear velocidades baseadas nas configurações padrão dos clientes torrent.
Para reconfigurar o software, procure as instruções de suporte oferecidas pelo responsável pelo cliente de torrent que você está usando. Uma maneira simples, porém efetiva de experimentar configurações alternativas, é simplesmente mudar de programa. Diferentes softwares usam diferentes protocolos, e um pode se sair melhor na rede do seu provedor que outro.
A porta de comunicação padrão usada no tráfego de torrent é a 6681. Provedores sabem disto e vigiam esta porta. Caso um provedor freie ou bloqueie o tráfego de P2P por esta porta, sua velocidade cairá consideravelmente.
Já sabendo disto, muitos programas de torrent já vêm com funções para mudar ou alternar a porta de tráfego de torrent, com alguns deles tentando até mesmo configurar o firewall automaticamente para agilizar o tráfego. O excelente site Port Forward lhe dará dicas valiosas sobre como configurar seu roteador para fazer o trabalho manualmente.
Um método mais avançado é usar um túnel encriptado que, como sugere o nome, blinda seu tráfego de supostas manipulações do seu provedor.
Serviços gratuitos como o The Onion Router e o I2P foram criados para enviar mensagens anônimas e encriptadas, mas alguns usuários os adaptaram para usar em conexões torrent. O Vuze tem suporte nativo para rotear o tráfego pelo Onion Router ou o I2P.
Por cerca de 5 dólares por mês, fornecedores de redes privativas virtuais (do inglês, VPN) como Relakks e SecureIX podem evitar que seu provedor identifique o tráfego de torrent e P2P.
A SecureIX, por exemplo, promete que seu produto "desabilitará problemas com P2P" e oferece uma versão gratuita para conexões com até 256 Kbps.
Os provedores, no entanto, estão ficando mais espertos quanto às técnicas usadas. Alguns, inclusive, chegam ao extremo de bloquear qualquer aplicação que pareça usar tráfego torrent. Caso isto aconteça contigo, ou você deve trocar de provedor ou testar um novo software torrent.
Se você espera que órgãos de regulamentação como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), corram atrás do traffic shaping, em curto prazo, é bom não criar muitas expectativas. Ainda assim, há novidades tecnológicas que podem facilitar nos próximos anos o uso de aplicações torrent.
Nos EUA, entidades como a Electronic Frontier Foundation pediram que a Comissão Federal de Comunicações (FCC) investigasse os casos trazidos pelos usuários, mas admitem que não pretendem adotar uma nova regulamentação para forçar provedores a desistir de qualquer prática que atrapalhe o tráfego alheio.
No Brasil, o problema está na Justiça brasileira, com processos iniciados há mais de seis anos e parados por falta de averiguação técnica.
Uma nova tecnologia P2P, chamada de P4P, pode facilitar a vida tanto de provedores como dos que usam clientes torrent. A nova tecnologia pode melhorar em até 600% a velocidade de download simultâneo facilitando a vida tanto dos provedores para gerenciar suas redes como dos usuários para baixar conteúdo mais rapidamente.
A Pando Networks, que testou a tecnologia e é membro do P4P Working Group, afirma que o protocolo envia requisições para arquivos específicos dentro da própria rede do provedor, antes de se conectar às redes de outras companhias.
Esta abordagem reduz o custo de banda ao conectar a redes de terceiros e permite que as companhias gerenciem seus protocolos com maior eficiência. Essencialmente, quanto mais perto o arquivo está, menos banda o provedor usa para baixá-lo.
Pode haver um problema neste meio, porém. Já que os provedores serão os responsáveis por instalar redes P4P, eles poderão decidir quais tecnologias poderão usá-las.
Caso um provedor acredite que uma aplicação é geralmente usada para downloads ilegais, ele pode bloquear sua conexão à rede P4P.