Primeiramente, sobre a jogabilidade. Eu gostei. Nunca imaginei que seria um DMC6. A repetição dos combos básicos eu consigo contornar com modificadores de pulo e com "explosões" com timing, e quando tô muito aborrecido mesmo, fico me desafiando a dar esquivas precisar ou mesmo o Parry. Achei menos repetitivo do que um jogo com turnos, por exemplo, como Persona 5 (que adoro por sinal), que sempre são as mesmas animações. Os poderes de Eikons são bons modificadores de dinâmica, e você pode fazer umas "builds" (se é que dá para chamar assim) diferenciadas.
"Ah, mas são repetitivas". Sim, mas NO MEU CASO, eu jogo assim e curto. Quanto ao que o
@Gois falou sobre as SideQuests, concordo e discordo. Sobre o que falou que são "historinhas simples que qualquer um escreveria", não, não acho. Tem muitas sidequests com ótimo conteúdo e que são complementos insubstituíveis de coisas da campanha. Desfechos inteiros para arcos de personagens. Achar a mecânica delas simples é um fato (e isso aborrece), mas não ver importância ou falar que o conteúdo não é relevante por ser repetitivo? Não, são duas coisas diferentes (minha opinião, ok? não estou falando que ele está errado e eu estou certo, isto é subjetivo).
Porém, assim como ele, também senti falta de buffs e debuffs, que isso sim dá uma camada de estratégia para jogos de turno e que ultrapassam a chatice de ficar vendo sempre os mesmos menus e animações. Até magias tradicionais, como Protect e Shell, no máximo são habilidades automáticas de inimigos. E alguns dos seus aliados, controlados por IA, te dão uns buffs, mas você não controla. Isso foi uma bola fora tremenda.
Contudo, compartilho da chateação que o jogo proporciona no final. Em muitos momentos, eu ficava aguardando missões opcionais e simplesmente não existiam. Do nada, no momento mais importante, lá no final, despejam umas duas dúzias em seguida. Isso ressalta a parte gráfica fraca dessa parte, com ausência total de expressões faciais, parecendo um jogo de PS3, e só aumenta o contraste para as missões principais, que nas batalhas de Eikons parecem desta geração do PS5 mesmo, mas no geral são um PS4 no máximo.
O mundo é vasto, mas aproveitaram pior do que FFXV. Porque é muito vazio e só serve para determinadas missões. Não tem senso de exploração real. E o sistema de Level é automatizado do jeito mais superficial possível.
Quanto a história principal, agora eu vou ser polêmico. Todo mundo fala que é o melhor ponto, e eu concordo. Mas, cara... a mudança de tonalidade que teve, sem grandes spoilers, lá na etapa final do jogo, saindo dos conflitos políticos e familiares (que esses sim eram interessantes) e indo para um "sobrenatural mais Final Fantasy", ali não gostei não. Na real. Coisa chata e manjada... O que tinha de original e meio Game of Thrones antes, simplesmente virou um anime shounen de fantasia medieval 100%.
Eu não gostei, o que não quer dizer que seja ruim. Foi o que me deu uma murchada no final, quando a história se escorou 100% nisso. Quando eram com coisas da família do Clive e tudo mais, eu tava 120% empolgado, mas depois disso, deu uma desanimada com o enredo.
É uma experiência completa e muito mais polida do que FFXV no geral, e muitos momentos eu me emocionei e me diverti demais. E ainda pretendo jogar bem mais, claro. Não a platina necessariamente, mas é que estou intercalando com outras coisas.